blog de Escritor: Edson Fernando

Livros do Edson: Blog









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Aproveitando as imensas facilidades do mundo on line e, também, aproveitando o imenso conteúdo que tenho de material escrito, resolvi transcrever uns livros on line.
É um projeto longo, acho que vai levar um tempo, mas as semente foram lançadas. E ora, os frutos, os frutos serão os mais variados possíveis, como agregar novos leitores e aumentar a minha visibilidade,além de proporcionar um pouco de diversão e cultura gratuitamente a todos vocês.Espero que gostem!

Boa Leitura, Leitores Amigos.

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domingo, 27 de abril de 2014

Cronograma Tecnocrata


POSTAGEM 80 do blog de literatura, contra cultura, cultura cult e entretenimento diverso



Cronograma Tecnocrata

Livros do Edson

Postagem 80

Document made with KompoZer

inspirado e dedicado a um

C=C/x² (a divisão de um conjunto de fatores, elevados a um dado quadrado),

de coisas, entre as quais:

  • Filtro do GIMP Crazy Metal;

  • Mago: A Ascensão, o Guia da Tecnocracia;

  • A Série NIKITA (em exibição, atualmente, no SBT, madrugada de domingo para segunda, a uma hora);

  • Uma mixagem que chama-se  SET POP UPS - PROG REVIVAL (Que está em fase de finalização);

  • Contextos: Organização (Metodologia e Prática);

  • A segunda Vida, que cada um de nós temos (e as terceiras, quartas e quintas, também);

  • Friedrich Nietzsche: A Genealogia da Moral & a Lenda da Morte de Deus e do Homem Superado;

  • O ¿mira? ß ø  →  Ð * ł ´© & ® & ™ ' ± ¢²³ {£ + € + R$} = 0,000333 * 3 = 0,001;






SET TECHNOTRANCE REVIVAL - THE POP UPS




Dedicado Aos Mestres do Tempo João Gibão e Tecnoman.



Organize sua Vida Em Datas E Metas: Editorial do Blog


"Uma máquina é capaz de fazer  o trabalho de cinquenta homens comuns.

 Entretanto, nenhuma máquina é capaz de fazer o trabalho de apenas  um homem extraordinário."

- Elbert Hubbard


    Talvez, a dinâmica da tecnocracia seja, o poder pela tecnologia. Quem domina a tecnologia detém o poder. [Mas nunca se esqueça, a palavra é de prata, apenas o silêncio é de ouro e a contemplação é de diamante.] Ou, quem tem o controle sobre a tecnologia, tem como armar para com o destino. Desde Francis Bacon já temos ciência do quote "Saber é Poder", e o que vem a ser tecnologia senão o saber exponenciado e especializado em uma área de atuação? Deste modo:

        Saber → PODER

        Poder → Realizar

        A Tecnologia Realiza o (ou, um) Poder Específico


                Assim, a tecnologia é um poder realizado, mas há uma observação importante a se fazer:

  •  A Tecnologia está em constante renovação, de modo a se afirmar → A Tecnologia sofre forte influência de certas leis (Lei de Moore, Lei de Morphe e Lei de Mercado, etc). 

  • LEI DE MOORE: Esta lei diz que a tecnologia (os processadores) são sempre lançados em atualizações que utilizam uma razão que dobra suas capacidades de produção (processamento) e diminuem os seus custos, otimizando, barateando e difundindo a tecnocultura. Note que isto é verdade, mesmo quando os processadores chegaram em seus limites máximos de capacidade de processamento, começou a ser utilizada a tecnologia dualcore (dois processados) e suas evoluções (quadricore, etc).

  • LEI DE MURPHE: Esta lei diz que se algo tem chance de dar errado, esta coisa dará errado. Aplicado a tecnologia, podemos dizer que se uma coisa pode dar pau, ela dará pau, se apresentar um defeito sempre apresentará este defeito, ou se é nova, tecnologicamente, logo ela será obsoleta (se uma coisa tem chance de se tornar ultrapassada, essa coisa será ultrapassada). Por que isto acontece? Bem, é basicamente pela lei de murph mesmo e um mix de outros fatores, como as leis de mercado, o que nos dá um sentido como "onde (se) uma empresa acaba de lançar um produto tecnológico, a concorrente certamente pode estar a desenvolver um modelo novo e com algumas adaptações, o modelo da concorrente supera o da primeira empresa, em termos tecnológicos".

  • LEI DE MERCADO: As leis de mercado dizem que os consumidores estão sempre atrás de melhores, e mais baratos, produtos que saciem as suas necessidades (ilimitadas). Essa lei regula os preços (oferta e procura, demanda e disponibilidade) e as tecnologias, alias, regulam inclusive os preços de mercado, em contraparte. Uma vez que produtos novos são lançados a preços altos e só depois de um tempo, são barateados, para que outras faixas econômicas da população possam adquirí-los.

  • OUTRAS: Acontece que para quem não tem histórias milenares para competir com outras culturas, como a cultura tecnocrata, uma das únicas soluções é criar os "Super Novos Paradigmas" - modelos de status quo que todos devem desejar ser ou ter. O conceito da Nova Ordem Mundial vem destes pressupostos (NOM). Algumas pessoas dizem que a NOM é a cola super-tudo que mantém a União da Tecnocracia Unida (lembrando que as divisões, como a demonstrada em Nikita, são só articulações da União, e, na verdade, a União Tecnocrata é muito pior e mais cruel do que se pode imaginar - claro, o materialismo está intrínseco aqui, inclusiv), inclusive o guia da tecnocracia diz isto no setor sobre a NOM. De todo modo, os interesses controversos e caóticos, aparentemente baseado no ego, dentro da própria tecnocracia como um todo, é apenas uma breve observação de outras forças que ameaçam ruir o murro tecnocrata, polido e concretado, porém com rachaduras e diversas "exceções".


(livro do edson post 80: O Cronograma tecnocrata, trata-se de um post "experimental", aparentemente sem nexo claro, sobre o que o autor do blog sente e pensa sobre a tecnocracia, que se define como o poder pela tecnologia, ou a tecnologia como ferramente para deter o Poder, e como diz Nietzsche, "O Poder Corrompe, O Poder Absoluto corrompe absolutamente - mas é claro que há um sentido aqui, e com vocês, está esta missão, cada qual ao seu modo, identificar o que tanto quer nos dizer essas coisas da tecnologia, da posse e do poder)

BOA LEITURA




Arte : O Fim Da Seca. Feito Especialmente para esta postagem.



AGENDASSE


    Dizem que é possível se fazer tudo, desde que tudo seja devidamente planejado. Por nossa parte, avisamos, agora: O Mundo pós 2012 não aceita inteiramente certas crendices vindas de tempos antigos, cada dia mais, a mentira cai por terra, mas, para poucos, propagar a burrice e a mesmice é o que os interessam, mesmo que não tenham fundamento algum para sustentarem suas teses. Para outros, a internet é a invenção do mundo, só que se esquecem que nem todos na internet estão atrás de coisas novas e do conhecimento (e que nem todo o conhecimento está on line), além de que, para muitos, a internet é uma mera repetição, de todas as tolices e mesmices que fazem, rotineiramente, no mundo. É duro de dizer isto, mas, infelizmente, o bizarro, o vulgar e o tosto, quando não o mutilado, o abusado e o infame, são aquilo que tem vez no mundo web - graças, claro, que há exceções, e somente por isto, estamos aqui, na web.

    Podem-se nem dar conta, mas, até o que não tem planejamento, está planejado - ou viver do jeito que a vida quer (isto é também um planejamento). O que acontece quando se planeja? Com o planejamento se constrói um império industrial, constrói-se exoesqueletos biônicos, quebra-se um país, do mesmo modo que pode o fazer crescer e desenvolver. Quem está sobre influência de um planejamento sério (quase todos estamos, no "esquema" de alguém), se não tiver seu próprio planejamento, em pouco tempo, se verá a deriva em marés de mercado e vontades alheias. Como fazer, quando cessar a sua profissão? Como fazer se alguma nova lei o pegar em cheio? Como "não" reagir as provocações (vide TV Cultura) que a sociedade lhe faz - lembre-se, a melhor forma de reagir as ofensas, é não rebaixar-se ao nível do ofensor, pois se a ofensa não atinge o nível que quem se pretendia ofender, o ofensor não obtém êxito.

        Mas se se rebaixar amigo, ai já foi e é só se planejar para não cair em armadilhas do orgulho e do materialismo, novamente. Mas afinal, por que tanto se fala em materialismo, em sentido negativo, quando o post é justamente sobre a tecnocracia? E isto é implícito: há tecnologia por si só nada é ruim, mas quando acrescenta-se o puro materialismo a ela, nestes casos, a situação muda de figura. Reconheça o que está a sua frente, e não apenas vá aceitando e descartando novidades segundo modismos e tendências, há coisas muito maiores que deve observar e ter sempre em sua mente sã e poderosa, amigo e amiga.





Tamanha Felicidade

# 3 Partes de Felicidade





Tem uns três que pensam, que ser feliz, é poder adquirir

Mesmo que seja parcelado - tornam-se, sem notar,

Aquilo que um dia tanto gabavam-se de criticar.


Devem ser os mesmos que fazem churrasco em mata ciliar,

Protegidas pelas leis ambientas - terra que amamos expulsar

E quem expulsamos? Qualquer um, basta ser "minoria"


Expulsamos mendigos e bêbados, mas isto, deve considerar um só,

Não aprovamos pontos de putas e nem bocas de fumo

- mesmo que nossos filhos, ou nós mesmos, fumemos e chapemos.


Eu me despeço de modo controverso, e nunca pego os ganchos

mas sei que descriminar e segregar é "bad", pra não dizer merda

que de tão tóxica, nem se dá a ser estrume de ranchos.







Como já deveriam saber

aqui é sempre quinze minutos antes

porque aqui se antecipam as coisas

até mesmo as rezas, observamos elas antes;


Todavia, assim mesmo, temos que carregar nossa cruz

lembrando que o calvário é passageiro, mas

O Reino do Céu é para a eternidade.

E nada de Lá se compara as coisas que temos aqui.





Sem emissão de respiração eu respiro (a serenidade).

Eles, Nunca. Nada sabem! Só que eu sei que parei com essas

de dizer que havia chapado, que tinha bebido até as tampas

 - talvez nem nada sobrou para mim, e nem mesmo quero mais

não me restou nem um goró de coco, um pega de fim

que nada, não queria nenhuma mais destas coisas pra mim

quero música alegre bem como o C&C (Music Factory)

quero música bem alegre bem como el meu general (David Morales)

mas ao fundo vem surgindo o Front (242)

   com final/faixa do Front by Front

   Welcome To Paradise         V 1.0  




Rale! Lê, Luià.


e segue para frente

mesmo quando

(e se)  acaba


Só queria que soubesse aquilo

 que um dia soube e passei

E EU cometo muitos erros

errinhos tolinhos sozinho

que só os percebo se deles falo

e compartilho,




TABELA: COMO CRIAR UM CRONOGRAMA


ETAPADESCRIÇÃO
GêneseTudo começa na ideia, no castellar, vai castellando...
NecessidadesDepois, deve saber para que o cronograma vai servir, ou seja, o porque de usar uma planilha com datas planejadas a fim de organizar algum evento ou acontecimento. Pra que é, pra que vai servir, e o que vai ser necessário fazer?
PossibilidadesQuais são os métodos que irá se usar para chegar ao resultado desejado, quase sempre há mais de um modo de se fazer alguma coisa, é deve se decidir qual melhor método e o que cada um deverá fazer para obter o sucesso no cronograma, ou melhor, na realização do cronograma, porque o cronograma não é só planilhas mas sim realizá-las.
OrganizarPor fim se organiza todo o cronograma. Depois do bla bla blá é hora de criar aquilo que deverá ser realizado, ou melhor, que deve se realizar.
AplicarSe tudo foi planejado de acordo com todas as nuances envolvidas, está fase não trará problema algum, todavia, se as etapas anteriores foram ignoradas ou não tiveram seus devidos valores reconhecidos e resguardados, esta etapa será muito tormentosa e problemática.
ControlarMuitos se esquecem desta etapa, mas é fundamental que se utilize de ferramentas de controle, como checar se o cronograma está a ser cumprido de acordo, pois se erros forem detectados a tempo, tem como  estes mesmos erros serem corrigidos ou minimizados, bem antes de todo o projeto ruir ou falhar.


So wake me up when it's all over, did know i've lost

Então só me acorde quando tudo isto estiver acabado, sabe você que eu estive perdido?

Avicci - Wake Me Up (Livre adaptação do blog)








arte Um Chefe, Os 3 de Ouros e as 5 Pontas, feito especialmente para essa postagem





Conto Tecnocrata:

Relva Elevada, Poluição Neon

Tem um brilho neon, vermelho enfumaçado, que carrega o ambiente, enquanto caminha O introspectivo, pela Capinga arruinada pela vaidade das pessoas e os descasos das autoridades. Um carro modelo sedam, importado, com os vidros escurecidos e uma película de blindagem aplicada passa e vai além do município, demonstrando claramente, que existe alguma força por trás da tecnologia, dos bens e das posses, e não, não estamos falando do Divino, mas antes do materialismo e das coisas que são e interessam aos homens, apenas. Mas uma hora, o homem pode se tornar a máquina que tanto fabrica e quer. Dizem que uma máquina não pode fazer o trabalho de um homem extraordinário, mas onde estão os homens extraordinários? Caminha O introspectivo, perto da rodovia que leva para fora  da cidade de Capinga, está ele e o Luis, Luis está mais a embrenhado em algum beco próximo, atrás de alguma porcaria.

De qualquer forma, ambos estão em uma espécie de lixão, a prefeitura diz que é PDR, ou ponto de descarte de resíduos, mas o que acontece é que se joga de tudo lá, talvez até corpos fatiados em sacos, uma vez que não só carniceiros humanos frequentam o lugar: urubus, baratas, escorpiões, aranhas, cobras, ratos e lagartos também vivem no lugar, que estranhamente, é próximo a um córrego largo. O lado "humano" deste nicho ambiental cyber punk, fica a cargo de catadores de material reciclável, mendigos, garotas noias, caras noias, meninos de rua e mais uma porção de gente, que passa, vez ou outra, pelo lugar, quase sempre atrás de drogas, sexo bizarro ou uma outra coisa qualquer que talvez não se ache em outro lugar. Um exemplo das pessoas que passam por esse lugar é a dupla, Luis e O introspectivo.

Carnaval na Matão fictícia, março de 2014, O Introspectivo estava em um clube tradicionalista e badalado da cidade, já cinco da manhã, bêbado e bem docinho, ao sair do domingo de carnaval (isto já na segunda feira quase seis da manhã) depara-se com Luis gesticulando exaltado como um tosco, em meio a uma pracinha que fica próximo ao clube caro e tradicionalista da cidade:

_ Que houve, veio, tá doido!

_ O Introspect, nossa, véi...

Luis explicou que estivera daquele jeito agitado, graças a um encontro que tivera com a travesti Solena, que estava com uma quantia exorbitante de droga e havia afirmado que havia pago apenas vinte contos pela mercadoria. Enquanto, disse Luis, a bicha dizia isso, ela repetia apenas, "tô louca, já fumei horrores, quendá quanto tem ainda". E Luis afirmou que naquele momento ele mostrou o papel de droga que tinha acabado de pegar, e dizia "seis pegas, e óia lá, se 'dá' esse meu". E Luis perguntou, naquela hora e dizia agora como se dissesse agora:

_ Onde você pegou, bicha?

_ No Lixão da Saída de Capinga! - e deu área.

Foi isso que houve, esta conversa, de Luis com Solena e a seguinte conversa dO introspectivo com Luis, foi o gancho, o que motivou que terça feira de carnaval, esses dois últimos, estivessem em Capinga, as dez e dez da noite atrás de uma suposta boca, que vende um monte de droga por vinte, trinta ou cinquenta Contos.

Que não mais usava, o Luis, drogas químicas e nem bebia, era fato (#fato), mas era, já era, agora Luis voltou, e pelo visto, o bang está sendo feio. Luis até que se deu bem, por um tempo, conseguiu ficar de cara, mas foi só não sei lá quem dar a ideia de que tinha que ir pra clínica pra desintoxicar de vez, que tudo piorou. O Próprio processo de conseguir uma clínica "religiosa" junto com uma igreja, já foi por si só desgastante, e depois, os nove meses de tratamento, fizeram muito mal para Luis e duas semana na rua, viu lá, o Zezinho pego, já foi suficiente para Luis chapar novamente, mas não se preocupem, amigos, leitores, um dia ele para novamente, mas neste carnaval, não.

O introspectivo deve ser um altista esquizofrênico (tente ver isto por um prisma positivo), que chapa apenas em respirar, ainda mais quando bebe e  fuma um, logo depois de tomar um ácido (#LSD). Se fosse há um ano atrás, era chá de cogumelo. Um flash amarelo, num fundo vermelho. Uma textura de algodão doce, de açúcar mascavo. Um Zé Ramalho, com "Os meus cometas se agrupam no meu Som". E tem gente que nunca mais volta, depois de muitas drogas, ou um chá de lírio e um excstassy fodido. O introspectivo é tão inteligente que entende e chora com Vagner, mesmo sem saber alemão. É tão especial que nem ao menos consegue relacionar-se, porque fala e sente em um mundo que os outros jamais ousarão saber.  E quando soube que Luis estava de volta à ativa, e com uma fonte que dizia que um lugar tinha umas paradas servidas, resolveu abriu uma exceção e por o pezão na lama.

Quando O introspectivo torna a si, e deixa de lembrar de como fora parar ali, no lixão, olha ao seu redor. Há entulho aos montes: sofás velhos e postos, há galhos, lixos, móveis velhos, colchões, criadouros de dengue, há a pobreza do ser, em um mundo cada vez mais estéril e prepotente. O chão de terra pisada, tem muita areia, pedras e vidros, além de metais e outras impurezas, ao longo de toda a área de mais ou menos, 8 quilômetros quadrados. Novos e velhos, seres e hábitos, estão contidos aqui, enquanto alguém come uma marmita fria, um outro dá uma tragada em um cachimbo improvisado, observado aquela lá lavar seu rosto, em um tonel de água impura. Em um lugar assim, onde muito se acontece ao mesmo tempo, há um risco de acabar parando em uma roubada. Mas, como saber quem procurar quando se quer algo em um lugar assim? Que base e referência utilizar?

As fogueiras são aquilo que demarcam territórios, e os sofás e bocas, também. Muitos pensam que as fogueiras servem apenas para iluminar, esquentar (#esquenta) o lugar. Que nada. As fogueiras indicam a área de cada banca, e dizem da liberdade também. Pensam que as fogueiras existem apenas para espantar os mosquitos e os bichos piores, que nada, as fogueiras quase sempre, são alimentadas, pela pessoa correspondente à área em que a fogueira está acesa.

_ Eu tenho uns bit-coins, mas você não troca por pó, não, né?

Enquanto andava para aguardar a chegada de Luis com a trouxa de droga, sim, pois, O introspectivo acreditava que ficar em uma boca, mesmo tão bizarra e Constantinopla, como está, não é algo discreto, e ele pensava "a melhor coisa a se fazer em uma áreas onde se vende drogas ou se faz outras coisas ilegais é estar sempre circulando", para não atrair a atenção? E enquanto O introspectivo andava de um lado para outro, beirando a rodovia, ouviu um technorave perguntar assim, sobre os bit-coins, a um mano da área. É neste momento que aparece Luis, saíndo de dentro de uma espécie de labirinto de "montanhas" de material reciclável, como gigantes bags de mais de quatro metros de garrafas pets, outras com latinhas e outras, com sucatas amassadas. Luis só olhou prO introspectivo, como que o convidando para seguí-lo. O introspectivo aperta o passo e quando chega perto de Luis pergunta:

_ O que foi?

_ Peguei 30 conto de pedra, mas tem lugar certo pra usar. Veio um monte, véio. Tem que curtir o bang lá atrás, perto do rio, no desmanche de carro véio, mas tem que tomar cuidado com os bicho, mas é de boa, mano... cara... vamô logo.

E lá foram para fumar em meio a carros velhos e destruídos. Muitos outros caras e minas estavam curtindo lá, e logo que chegaram, já foram avisados para ficar próximos, por causa dos bichos e que curtir na área era sossegado, desde que não ficassem "roubando a brisa" dos outros. O introspectivo pensava em uma mixagem perfeita, a harmonia das melodias, a construção da batida casada perfeitamente, bem equalizada, fechada em zero db e por fim, o cut no zero da outra faixa.

_ Luis cada a maconha. Você falou que ia pegar dez de chá e vinte de pedra, cadê o chá?

_ Não tinha, peguei trinta de dura!!!

_ O mano, dá licença aí, mas aqui tem que curtir de boa, em silêncio, sem fazer escândalo. Sou o responsa maluco da área, tô curtindo, o que tá pegando? Luis diz:

_ Nada não, irmão, o doido aqui tá chapando que eu não peguei erva, mas quando ele ver o pega deste bangue aqui, vai caí duro na hora, só não vai enrolar a língua em tiozão (fala isso, olhando prO  introspectivo)...

_ Véio, de boa. É chá que o mano quer, aqui, eu peguei os último déizão de chá da biqueira, dez minutos antes de vocês "chegar" na área (dinheiro na mão, droga na mente), essa droga nossa aqui é de um laboratório top, a pedra é bin laden, e o chá é do batman. Amarelo, véio, hidropônico trans, e a dura, química pura e sobra de pó boliviano. Tudo modificado em laboratório. O introspectivo que já estava com medo de usar o crack, agora nem tinha certeza se queria fumar a droga (muito farta e forte, ao que tudo indicava) que acabara de comprar.

_ E o pó, véio? 

_ Pó a gente não trabalha. Cês cheiram?

_ Nada. Só pra saber -  disse O introspectivo. Tem uns cara que bebem muito wisky, que andam com garrafas no carro e em seus gabinetes, não que eu saiba que eles cheiram, mas é estranho beber tanto e não cair no chão, ainda mais wisky, igual aqueles outros que bebem caixas e caixas de cerveja e não  ficam moles, tem que ter pó no meio; não estou dizendo que todos que bebem muito usam cocaína, mas que é estranho alguns fatos, é...

_ Véio, que esse cara tá falando, manda ele calar a boca, ou os dois saem daqui, agora!

Ficaram onde tinham que ficar, em seus cantos, cada um curtindo a sua loucura especial, paga barata, aparentemente, e com um "custo/benefício" muito alto, também aparentemente. Certamente, nem sabem que a organização criminosa que revende essa droga está em acordo com os interesses de laboratórios escusos, que querem "analisar", de modo mais preciso, se é que isto é claro, "os resultados" de suas pesquisas por drogas mais "perfeitas".

Enquanto a sociedade quiser ser alienada, sempre terá como a sociedade se fazer alienada. Há lugares específicos da decadência e da barbárie contro a decência do ser humano, e alguns desses lugares são bem próximos a outros lugares, que antagonicamente, significam outros valores. É a cyber sociedade dos contrastes, que acumula lixos e parafernálias, tendo que incineram seus feitos passados, para abrir um suposto espaço aos feitos futuros, e neste caminho, como um meio termo, sub existem, aquels que vivem às margens, e fazem de seus consumos, aquilo que a sociedade rejeita e descarta. Mas sempre acabam achando uma finalidade para aquilo que parece não ter mais uso.





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