blog de Escritor: Edson Fernando

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Aproveitando as imensas facilidades do mundo on line e, também, aproveitando o imenso conteúdo que tenho de material escrito, resolvi transcrever uns livros on line.
É um projeto longo, acho que vai levar um tempo, mas as semente foram lançadas. E ora, os frutos, os frutos serão os mais variados possíveis, como agregar novos leitores e aumentar a minha visibilidade,além de proporcionar um pouco de diversão e cultura gratuitamente a todos vocês.Espero que gostem!

Boa Leitura, Leitores Amigos.

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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Sobre o Infinito

SOBRE O INFINITO: A Contestação deste Ponto da Teoria de John Locke
E assuntos correlacionados.

Palavras do Autor ao leitor & ao Blogger
Existe um abismo entre a honra & a graça & o orgulho de se ter um dom, e, a existência de sofrimentos & de não-aceitação (por si ou pelos outros de um dado dom) causados certamente pela diferenciação que o dom confere a quem o possuir, justamente “pelo maior mal ser necessário ao maior bem” (Nietzsche).
Assim, eu tenho absoluta consciência do que é ter o dom de escrever; sei que posso fazer TCC (ou revisar ou ajudar na confecção da tese /banner / apresentação) e tirar uma nota 9,5; ou um 9,23 ou então, um 9,9 ou um 10, logo de vez. Posso fazer isto com praticamente qualquer Trabalho de Conclusão de Curso (TCC – de nível Superior, ou de pós-graduação), em razão de minhas altas capacidades de comunicação oral, filosófica e científica; onde, mesmo um trabalho de escrita duvidosamente maravilhoso, ao final do meu processo de revisão, o mesmo TCC e as mesmas ideias do autor em questão terão se tornado acadêmicos e extremamente atuais (e nos padrões exigidos, obviamente).
Mas ao mesmo tempo que isto é bom, por ser uma habilidade rara e proporcionar coisas muito incríveis (mesmo!), como aquilo que faremos agora: eu escrevendo e publicando, você, leitor lendo, compartilhando e comentando, e eles outros (o suporte da plataforma do blogger, a web e a tecnologia) entrando com a estrutura (ou proporcionando o ambiente) para que tudo isso pudesse acontecer; a ponto de que nós vamos agora, simplesmente, atualizar alguns pontos metafísicos, com a revisão de um texto (na verdade, dois ou três) pra mais de 15 anos.
Publicada, esta é minha maior maturação literária, e a produzi entre um tempo e outro que tenho, entre as revisão que me são contratadas.
Enfim, se não bastasse isto, eu escrevo originalmente; eu não copio (ctrl + c e ctrl + v, só servem, a mim, em citações de mais de quatro linhas... diretamente), e este post é a prova definitiva que eu REALMENTE escrevo.
E claro, jamais deve-se confundir: o que eu escrevo neste BLOG, que é público e original, senão, devidamente, creditado o conteúdo, à sua Fonte; não confundir com os trabalhos autônomos que faço às outras pessoas (que são serviços exclusivos, aos quais eu reviso, formato, etc., dando ao trabalho rigores de ares formais e padronizados, mas não pertencem a mim, estes textos, ou seja, apesar de ser fruto do meu serviço, estes textos não são propriamente meus).
Mais uma vez: (obrigado; não, não é isso desta vez) eu escrevo desde meus 8 anos, conscientemente, desde os 14, com pesar, desde os 18, enfim. A escrita está em mim; porém, apenas agora, com 34 anos percebi que eu poderia escrever para os outros.Writer: freelancer; percebi que é possível fazer “uns biquinhos de escritor”, ou mais apropriadamente, “escrever, por fora”.
E isto é muito bom, mas é muito ruim, também. Por isto o abismo, e o mal necessário ao bem.
Mas sim, isto explicado, eu devo agradecer, sim, principalmente aos meus leitores e ao Blogger. Uma vez que não adianta se comunicar no vácuo. Do mesmo modo não é de bom tom falar sem se ter alguém a quem o ouvir.
E aproveito para agradecer a todos os leitores, não só aos leitores de filosofia (quem diria, epistemologia na web, olhem só...).
Agradecer, sempre, Aos leitores por desde já, há dois (três) meses, manterem em cerca de 7 views as visitas médias deste blog por dia, sendo que facilmente está a se chegar a 100-150 ‘views’, visualizações, na semana. Isso é bom, haja em vista que considera-se que este blog não seja de conteúdo “apelativo”, mostrando nada de nudez ou vulgaridades... e uma vez que este blog tem conteúdos muitos específicos e orientado à determinados públicos. Por isto, considera-se, estas, grandes marcas que devem ser divulgadas.
Olha, obrigado mesmo; assim eu percebo também que estas ideias não são só minhas, são nossas (tendo em vista a regularidade das pessoas que as buscam), simplesmente não estavam na internet, mas muitos já dela, sabiam; assim não sou os dono destas ideias – ideias em trust funds (?) – apenas as propago na web, na medida do que me cabe neste processo.
Muito obrigado e boa leitura. E obrigado por compartilhar e comentar (citar) este blog.




Prefácio:
Este texto (agora, uma postagem) teve iniciada a sua escrita na década de noventa (do século XX), mais precisamente entre 1998 e 1999; na época o autor (deste texto) não tinha o conhecimento que tem hoje sobre os filósofos John Locke, Berkeley e Nietzsche (base fundamental-lógica deste texto). O autor, recentemente, acabou de ler a Draft A de Locke, sobre o Ensaio Sobre o Entendimento Humano, e, consequentemente, recordou-se de que dissera algo, em 1990, sobre esta temática do Infinito; segundo, sobremaneira, à visão de Locke (primeira versão de 1671; e atualização – relançamento, no Brasil – em 2015).
Assim foi dada a concepção desta postagem (adaptada de textos do final do século XX); claro que a escrita será atualizada agora, com esta versão (online), e que se tornará, deste modo, a primeira edição (publicação) deste conteúdo / postagem (baseada em: [textosRespostas, e, Sobre a Certeza Humana, de E.F. SOUZA, os originais datilografados, obviamente, o autor dispõe deles ainda hoje).
E, para concluir o prefácio, seguem as citações do §’ s - parágrafos textuais, números 44 e 45 – de Locke, que tratam das ressalvas do filósofo inglês do século XVII-XVIII fez acerca da percepção da infinidade (e suas relações com os sentidos e os entendimentos). Que são os objetos das contestações principais deste texto / postagem.

§44: [..] Objeção vem dos que dizem ter uma ideia positiva de infinito, que não poderia ser obtida pelos nossos sentidos, o que provaria que temos ideias que não são derivadas dos sentidos. [...] Pois, se não me engano, é assim que eles provam esta ideia: finito é o que tem fim, fim é uma negação de ulterior produção ou extensão, infinito é a negação desta negação, portanto a ideia de infinito é positiva. Observo apenas que eles mesmos julgam o infinito como algo que se refere a extensão, quer esteja abarcada sob essa rubrica duração, poder ou o que quer que se encontre sub ratione quanti, “sob a categoria de quantidade”. A próxima coisa a se considerar é se o fim de uma coisa qualquer é positivo ou negativo, principalmente em relação ao corpo, de todas as coisas, a única propriamente extensa. Minha noção de fim (de um globo, com um pé de diâmetro ou com o tamanho do mundo) éextremitas ipsius corporis, “a extremidade do mesmo corpo”, o que me parece ser sua superfície, pois se forem além da superfície não chegarão ao término do corpo, mas terão ido além. [...] Mas, caso insistam que fim, ou finis, é negação de existência, creio que não poderia recusar que o início é a primeira ocorrência de um ser ou de sua existência, e ninguém conceberia isso com uma mera negação, mas como algo positivo, de modo que, de acordo com o próprio argumento, a remoção deste positivo é mera negação, e a ideia de eterno, a parte ante, ou de algo desprovido de começo, é uma ideia negativa. Quanto a eterno a parte post, ninguém diria que se trata de actu, apenas de potentia infinitum, pois quando aplicamos a ideia de infinito a nossas almas não imaginamos que sejam de fatos infinitas, apenas que não deixarão de existir, isto é, que terão sempre existência contínua ou duração adicional, nunca uma infinitude, e tal infinitude não é outra que a dos números, que não é nunca real, mas sempre suscetível de adição (LOCKE, 2015, p.67-68).

$45:[...] Se eternidade ou duração infinita é a ideia de infinito que presumem ter, pergunto se a noção ou ideia de duração inclui ou não sucessão; em caso negativo, devem mostrar a diferença entre a sua noção de duração aplicada ao ens aeternum e ao ens finitum, o que me parece inconcebível. Não posso senão confessar a debilidade de meu próprio entendimento a esse respeito, e reconheço abertamente que as minhas noções de duração me obrigam a conceber que um ens aeternum quodcunque durum sit diutius duraverit hodie quam eri, “ser eterno, por mais que tenha durado, terá durado hoje mais do que durara até ontem”. Se a ideia que têm da duração de seres eternos não inclui sucessão, suponho que incluiria o inconcebível punctum stans, “ponto fixo” das escolas, que, no entanto, por não ser quantum finite ou quantum infinite, não poderia pertencer a ela. Mas, se a noção de que falam é de infinita sucessio durationis, “duração de sucessão infinita”, ela é apenas de número infinito, pois duração não é, nesse sentido, senão sucessão imediata dos momentos em que uma coisa qualquer existe. [...] Uma ideia de infinito como essa estou certo de possuir, mas, como não é senão a negação de coisa positiva (como é sempre o caso com a noção de começo), não pode ser uma ideia positiva de infinito; e confesso que dessa ideia, por mais que tente estender meu pensamento, não consigo obter noção alguma. Mas, se após o que eu disse, ainda restarem homens de entendimento alargado que encontrem em si mesmos ideias claras positivas de infinito, não me cabe questionar o que eles próprios experimentam, apenas admirar essas almas de feitio diferente da minha (LOCKE, 2015, p.68-69).

Locke (2015, p. 68-69) diz (em §45) que “se eternidade ou duração infinita é a ideia de infinito que presumem ter, pergunto se a noção ou ideia de duração inclui ou não sucessão” (idem). Na verdade, a duração infinita ou eternidade pertence apenas aos espíritos perfeitos que sucedem em si mesmos, em ciclos perfeitos – analogicamente, diz da Natureza ou do mito da Fênix.
Especificamente, sob este ponto consiste a contestação do infinito ao infinito e o finito contínuo / cessante (diferença fundamental); que se encera, renasce e continua em si mesmo; ao qual se propõe analisar este texto.
E sem mais nada a acrescentar a este prefácio (exceto, a dizer que “o Senhor, s.r. Locke, é que tem uma alma majestosa e muito eficiente, sagaz e acuradíssima - capaz de trazer definições do século XVII até os dias de hoje, quase sem prejuízo algum da parte semântica e filosóficas das ideias em questão), segue-se agora aos elementos textuais (e, na maioria das vezes, originais, à partir das ideias; apenas citadas, como as do final do século XX, do autor, mas que serão vistas agora, a seguir) da postagem.



INTRODUÇÃO

Havia uma Terra, que ofertava pela própria terra (ou mar) o fruto necessário a vida. Os frutos, nos próprios pés bem cuidados, também estão sujeitos ao apodrecimento. Enquanto 9/10 (nove décimos) do pé enche o olho do cultivador, um décimo prova que nem tudo é exatamente perfeito. Onde, mesmo com os mesmos cuidados oferecidos a todas as espécies da plantação, algo pode dar errado, à algumas; e isto prova que a diversidade (não, não àquela dos olhos humanos, não a idiota ideia de bom e mau, dos conceitos humanos) sempre terá seu lugar garantido, in factum. É a natureza das coisas, ao qual não se pode ir contra sem causar um enorme desequilíbrio a todo o planeta, a esta e outras gerações. Mas, infelizmente, no conceito de diversidade está imbuído outros tantos, como o de que uma coisa é boa e de que outra coisa é da pura maldade. Mas, e em relação as causas destas coisas, sim pois, algo é bom ou mau em sua causa e não só em sua consequência. E a causa... mas será que existe mesmo uma causa, um começo?
A única coisa que não se pode abolir é a causa; pode-se deixar de ser sentencioso, e viver de um modo não pensativo, pode-se até mesmo esquecer os complicados rumos de um discurso (de uma discussão filosófica) e somente existir para considerar um único ponto de vista (a síndrome do eterno umbigo próprio, que afirma: eu sei, eu sou; eu estou no centro, eu sou o centro do universo... e todos aqueles demais horrorosos egoísmos fúteis). Assim, pode-se esquecer que se pensa, e sim, alguns de fato sejam abolir o pensamento e viver uma mera rotina que exigirá, no máximo, apenas estra vivo, feita um animal sem consciência ou tal como vegetal.
Mas, afinal, o que há de tão péssimo em ser um vegetal ou um mineral? De fato, não há nada nada negativo em ser planta ou pedra, desde que se nasça pedra ou planta. Ao humano, foi dado o entendimento, a locomoção, a ciência e a socialização (entre outras qualidades e capacidades). A que pretende, senão estagnar-se e controlar a si mesmo de modo sufocante, a filosofia oriental do viver como um mineral? Onde basicamente é pregado o ideal do não pensar e do manter apenas a mente vazia. Isto, claramente, é uma tentativa de eliminar os sentidos e os turbilhões da mente: se não se sofre com os pensamentos tolos e insistentes, também, nãos e chegará a conclusão nova alguma, exceto: sol, ar, vento e chuva, e etc.
Verdadeiramente, a inteligência humana fez com que a vida se tornasse sentida (ou um sentido) à humanidade. O aprendizado humano, acumulado ao longo de milênios, torna possível compreender como as coisas são. Claro que nem todos da humanidade tem essa consciência e de fato, os solitários fizeram mais do que toda a cidade inteira.
Assim, é um absurdo acreditar no ideal do absorto em nada; uma vez que o nada (vazio) deve ser criado (ter algo criado nele) ou preenchido (algo preenchido nele). Se Deus fez o universo (hipótese 1ª), Ele o fez, simplesmente, porque nada estava lá antes; uma vez que assim é que não se pode cultivar o ideal do NADA. Tem-se que sempre se estar a criar algo: num criar constante... e que venham os criadores; pode-se tudo, só não se pode abolir a causa e considerar o nada como criação (hipótese 2ª).
Mas o que vem a ser isso de causa, finitude e infinidade? Que surdo de loucura é esse pretende dizer algo em um sentido diametralmente oposto ao que foi afirmado por Locke, sobre a finidade e a infinidade?
E que desde já fique pontuado: se alguém abolir o pensamento, as conclusões, as ponderações (os prós e contras), como assim, ainda assim, restará alguma origem de tudo? Pois este último estágio, então, não fosse o inicial, o que seria? Se isso assim não fosse onde a humanidade estaria?
Pois este último estágio inicial é onde estamos: não necessita-se pensar para ter vontade [podemos conceber que, mesmo a “humanidade dos plantinhas”, ou mesma as plantinhas, secas de vontade de água, esperam que elas sejam molhadas – para que ela(s) possa(m) crescer], não necessita de sistemas filosóficos, o doente mental, que só tem (sente) vontade de matar (ou de bravejar); assim mesmo, não importa se o drogado sem volta (sem voltar ao caminho certo, na vida) não analisa, objurga ou sequer faça qualquer outro exame de pensamento, pois a vontade dela (a droga) sempre estará presente, talvez, mesmo ele usando ou não, para si ou socialmente.
Estando isto claro, deve-se prosseguir com o andamento do textos. Uma vez que estas são as considerações primeiras sobre tal temática (intrigada, por que não? e) envolvente e complexa. De modo que, assim é que não se destrói a causa, nem a vontade ou o instinto-porque isto independe de pensar e agira; mas não independe de causa – ser e estar / pertencer – prosseguir a existir como ela espera que queira; resta observar que isso só se altera, destrói ou constrói, deveras, na causa fundamental ou naquilo que se espera que seja; e este é o método mais fácil que se tem conhecimento de alterar coisas ou seres: lhes alterando as causas, essências e formas, mais do que os pensamentos e os acesso as coisas sensíveis.
Deste mesmo modo (como existe uma Terra que dá fruto pela terra), Existe um TEMPO (infinito, tempo forma), que nos fornece o tempo necessário a nossa vivência (tempo linear, sensível), e ambos, formam o Tempo (o conjunto do TEMPO infinito com o tempo finito).



CAPÍTULO 1: Contestação da Teoria de Finitude e Infinutude de John Locke.

Pois bem, volta-se a nossa discussão principal e as subsequentes discussões pendentes: onde se está a causa da causa ou a essência das essências? Onde há a infinitude de finitudes e a infinitude de infinitudes?
Existe, por fim, uma ordem neste aparente caos de acasos de que se forma o tempo, a terra, o ser e o pensamento? Há uma ordem neste turbilhão de instintos que sempre existem aos montes? Eis daquilo que se ocupará este capítulo.
João é o mais próximo, afirmar, (d’) aquilo que de fato, mesmo, deva ser o Ente Supremo e a relação Dele com a vida, através da criação (encarnação) do verbo:

No Princípio era o Verbo, e o Verbo está com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez (faria). A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens (JOÃO, O Evangelista, capítulo I: versículos 1-4).

Esta é a Encarnação do verbo, segundo João. E, sim, acredita-se que deva ter sido algo como isto mesmo, neste sentido mesmo. O verbo com Deus, Deus disse faça-se e se fez. A vida no verbo e a vida, essa, que era a luz dos homens.
Antes de João, Aristóteles assim definiu Deus e suas características:

“Deus não criou o mundo, mas o movimenta. Ele é pura energia, um ser incorpóreo, indivisível, sem espaço, assexuado, sem paixão, sem alteração, perfeito e eterno.
Um espírito autoconsciente, muito misterioso.
Nunca faz coisa alguma; não tem desejos, não tem vontades, propósitos; tão puro, que nunca age.
Só pode desejar nada, pois é perfeito e tem tudo, não faz nada.
Só se preocupa em contemplar a essência das coisas.
Ele é a essência das coisas;
A forma de todas as formas.
Um rei que reina e não governa.
Nada romântico e intocável” (Adaptado de Aristóteles apud Will Durant in a História da Filosofia).

A citação acima não se encontra no formato padrão desta postagem por ela ter sido deste modo escrita na época do texto original; e, por não ter como ser verificada suas palavras e ordenação corretas (de acordo com os atuais padrões de citação), em virtude de indisponibilidade de fontes confiáveis, foi optado por utilizar-se desta formatação mesma (para diferenciar os padrões, justamente). Assim, a citação foi mantida como original, no texto, porém isto pode estar em dissonância com os padrões de textos acadêmicos atuais (se bem que o texto atual não tem a total intenção de ser acadêmico, mas sim, de ser filosófico – metafísico – epistemológico). Abaixo, será apresentada uma citação mais apropriada sobre Will Durant e Aristóteles. E prossegue-se.



1.1. Orientações I:

Talvez (primeiramente, é necessária muita coesão, clareza e elegância para que todas estas ideias possam significar algo a você, leitor, e por isto, também, por essa significância a você, leitor, é necessário, inclusive, ter um tempo e disposição para ler e entender estas ideias; logo, assim, necessita-se de vontade, também, de entender que estas coisas todas têm a nos dizer), por ventura, chegue-se a algum lugar novo (ou não inteiramente explorado) metafisicamente dizendo, de acordo com o desenvolvimento, conclusão e repercussão deste texto; ou talvez estas palavras fiquem apenas à disposição de alguns poucos que atrás dela, um dia, foram. De todo modo, pretende-se manter a maior seriedade nestes temas, e é sempre bom mencionar que algumas refutações (incidentais ou propositais) que apareçam nesta postagem não caracterizam deméritos dos filósofos aqui citados, muito pelo contrário, haja vista que estes sistemas filosóficos permanecerem até os dias do hoje; isto quando são de conhecimento de grande público de uma dada nação.
Entre João e Aristóteles, é um pouco mais verossímil o conceito de João, talvez pelo motivo de ali estar contido toda a essência da base religiosa: isso é comprovado, onde até mesmo a alta cúpula dos religiosos (evidente, porém nem tanto) assumem que João é mesmo o mais correto, em termos de exatidão e elegância literária, de todos os evangelistas.
Já Aristóteles preferiu ver Deus como um rei britânico ou o seu modelo ideal de encarregado geral de sua sociedade:

A ideia de motor imóvel concebida por Aristóteles, ao que parece, é uma decorrência de sua necessidade de explicar a origem do movimento das coisas. Como sugere Will Durant, no pensamento aristotélico, “a divina providência coincide inteiramente com a ação das causas naturais”. Embora a matéria – enquanto potencialidades de futuras formas – seja eterna, o seu movimento não o é. Neste caso, se não cabe explicar a origem da matéria – uma vez que ela é eterna – cabe explicar a origem de seu movimento, a transformação de suas formas e finalidades. Assim, para evitar o regresso ao infinito, ao movimento que gerou outro movimento, Aristóteles pressupôs a existência de um motor imóvel, isto é, de um agente ou de um “ser incorpóreo, indivisível, sem espaço, assexuado, sem paixão, sem alteração, perfeito e eterno”. Um Deus que não criou o mundo, mas que criou o movimento: um movimento que não é uma força mecânica, mas um motivo total de todas as ações no mundo. Neste sentido, Deus movimentaria o mundo tal como um objeto adorado movimenta o seu adorador. Enfim, o primeiro motor, Deus, seria a causa final da natureza, o impulso e o propósito das coisas, a forma do mundo, o princípio da vida neste mundo: como sugere Durant (2000, p. 87-88), mais que uma pessoa, ele é uma força magnética. Deus seria um rei que reina, mas não governa; só contempla as ações e reações que ocorrem entre os seres tendo em vista uma finalidade (SILVA, 2008, p. 07 - disponível em <http://www.unioeste.br/campi/cascavel/ccsa/VIISeminario/outrasareas/artigo45.pdf>).

Assim, Aristóteles (antes de João, que será melhor tratado no 2.1, logo abaixo) propunha um deus mecanicista e condizente com o que se espera da natureza (e do universo, talvez). E estes tipos de afirmações, ao que se entende, são os alvos das críticas de Locke aos conceitos de finitude e infinitude de ens aeternum e ao ens finitum (eterno – infinito – e finito), quando conceitos de infinito não positivos e sucessivos, segundo Locke, a ele são inconcebíveis.
Pelo que se espera que o leitor observe nos próximos capítulos, será demonstrado que estas confusões se devem ao fato de, talvez, não se ter considerado os momentos – ao menos, pretensos momentos que a ciência atual diz conhecer – da saga da “existência” de Deus, das galáxias e dos planetas. Se é que é apropriado fazer analogias a Deus e as Galáxias e ao Universo, físico e metafísico.
O quadro abaixo faz analogias dos infinitos e dos finitos, com demonstrações aritméticas ou algorítmicas (melhor, algébricas).

° Infinito Infinito.
ni  ∞ 1’
° Infinito Intermediário ou Total
X = [n ]
° Infinito Positivo
n! +1
° Infinito Limitado
 S = A, ..., Z + 1 / n
° Finito Contínuo / Cessante
1 X ni p
° Infinito Negativo
|ÆOU | (-) n! |

Quadro 1: Esboço das Escalas das Noções de Infinito/ Finito. Fonte: Elaborado pelo autor.

Onde (no Quadro 1), o Infinito Negativo de fato não deveria haver na concepção original de Deus (uma vez que Deus não pretenderia criar as coisas para que elas se sucedessem num turbilhão de nadas ou de infinidades negativas); o finito contínuo / cessante diz da existência físicas dos seres vivos que tem uma vida de chances e possibilidades limitadas dentro de uma dada realidade; um Infinito Limitado é um conjunto de realidades finitas divididas pelas próprias realidades aos quais ele se foi formado (ou integrado); o infinito positivo é a ideia de infinito (n!) acrescido de uma sucessão (+1);o infinito intermediário é uma infinidade fechada que não dialoga com outros conjuntos de infinidade, ou seja, é um infinito “isolado” da infinitude; e, finalmente o infinito ao infinito é aquilo que mais se assemelha de Deus, na constante criação e interação das coisas com aquilo que se probabilizou & idealizou delas. A isto, coletivamente, é chamado de momentos da existência ou formas de circunvizinhança do Tempo.
Considerações, feitas; o que se segue, são análises destas afirmações e as suas dadas correlações com à temática deste texto.



CAPÍTULO 2: Perspectivas in Prospectivas

2.1. João:

No Princípio: o que seria o princípio?
Isto é um tanto complexo. Se assumirmos que Deus teve um princípio, também diremos que ele terá um fim, o que no decorrer da Bíblia será negado. Da mesma forma, se se assumir que o ambiente da existência de Deus teve um princípio, também se estará dizendo que se tal ambiente irá de ter um fim. Logo, esse princípio, não se refere a Deus nem ao Universo (o jardim de Deus); esse princípio fala do início da criação de todas as coisas que conhecemos, o início da saga do mundo físico ou até mesmo de um mundo metafísico; o principio, enfim, da atuação de Deus, onde Deus percebeu que Ele era o regente de Tudo.
Onde ocorreu, por fim, o Princípio?
Bem, no exato momento em que Deus percebeu que (ou o que) Ele era, quando ele percebeu que tinha voz ativa no processo de criação, notou que Ele era a criação. Isso sempre dá ganchos a perguntas do tipo: o que Deus fazia antes de ser A Consciência Suprema? Quem criou Deus e o Universo? E quem criou quem criou Deus & o Universo? Na verdade, ninguém criou o universo, nem Deus, eles sempre existiram e sempre vão existir – eles são a definição de tudo o que é Infinito ao Infinito. Deus, por exemplo, é um poliedro de n! (Lados Infinitos). O universo em si é o Nada (o 0) que Deus (o 1) fez toda a criação (Tudo).
Mas existe uma importante diferença entre o Nada e o Universo. Em suma, o universo foi criado por Deus, e, o nada (o mais perto de nada que se conhece são os Buracos-Negros), que é o real meio de existência de Deus antes Dele proclamar o Universo Real; e que talvez, ainda hoje, Deus toque nas partes intocadas do Universo.
Agora, sobre a pergunta de “o que Deus fazia antes de ter (e ser) A Consciência (momento do Big-Bang, analogicamente), é realmente intrigante a quem não assimila o conceito de Deus resguardar-se até o momento oportuno de irromper o nada, produzindo uma ignição (um start) ao Universo; mas as palavras de Santo Agostino que, em resposta a isto, dizia Deus estava preparando o inferno para pessoas como vocês, são muito pontuais.
Assim, a perfeição de Deus é tamanha que ele não poderia dizer (pensar) simplesmente que tudo que se crie e depois vai se ver que “bicho” é que vai dar na cabeça. Crie tudo e depois veremos o resto. Deus não poderia simplesmente pensar assim. Talvez, Ele estivesse arquitetando minunciosamente todos os passos da existência não sempiterna (da humanidade, por exemplo), ponderando todos os sins e todos os nãos que a realidade poderia aceitar, todos os ciclos e todas as suas influências, ou seja, Ele planejou, desenvolveu e executou toda a perfeição que deveria haver para a total existência na Terra, na Via Láctea, no universo físico e nas existências em ondas; desenhou todos os caminhos e todos os princípios, meios e fim, dando-os causalidade, fenomenologia, percepção (e perceptividade) e consciência (em alguns seres, mais do que a outros – de acordo com seus adiantamentos, seus empenhos e seus anseios); isto de modo bem resumido.
Conclui-se: Deus antes de declarar que existia estudava como dizer isso sem desequilibrar o Tudo com o Nada e fazer todo o resto desnecessário (suas anotações primitivas, seus traços de desenho, analogicamente, por exemplo) no momento exato do haver e do não-haver. Da Existência e do Devaneio. Pares infinitos: sol, trevas; sul, norte; yin, yang; etc. et. al....
Por isso, depois, nas palavras bíblicas, João dizia que “Deus era o Verbo e o Verbo estava em Deus”, e, ainda depois, por fim, para confirmar tudo João diz que Ele (o verbo) estava no princípio com Ele (Deus). Por intermédio Dele, assim, tudo foi feito ou foi permitido de ser feito (Dele, de verbo de Deus).
Isso fala, ainda, que Deus antes de proclamar a vida como a conhecemos, estava elaborando as palavras, O Verbo – ousendo-o. O mais antigo e longínquo tempo e voz verbal proclamados por Deus, no princípio, o big bang, o que muitos como consideram o início do tempo (finito e infinito), foi no último momento em que Eles estavam juntos, onde o Verbo teve um fim no seu início. As contas solucionaram-se quando o universo real foi criado; junto com o estabelecimento das equações e das formas. Naquele momento o verbo (não como conhecemos hoje, mas como ele era dentro de todas as possiblidade de ser em Deus) era uma propagação física do próprio Deus: uma prolongação de Deus (Deus físico que interfere na ordem das coisas), para que pudesse o nada entender que todo o mais deveria se criar. E a vida é o verbo, eis uma excelente frase de João. E mais: e a vida era a luz dos homens.
Onde, enfim, a vida é filha do verbo (filha do Verbo, do verbo que é filho de Deus): que é o guia dos homens. Ou seja, o verbo é o organizador dos pensamentos e da própria vida; é o que sempre guiará o homem; e que, talvez, no momento em que um homem deixar de pensar, ele deixe de algum modo, de existir, também. Nisto, também encontra-se um pouco do pensamento de Descartes, “penso, logo existo”; onde não penso, não existo.
Por fim, João afirma que Deus é cuidadoso, que sabe o exato momento de tudo; sabe, sempre, o que deve haver primeiro; pois Deus sabe de tudo. Deis criou tudo e criou até mesmo o nosso pensar, quando deu o verbo à criação do universo.


2.2. Orientações II:

97. Além da existência externa dos objetos perceptíveis, outra grande fonte de erros e dificuldades com respeito ao conhecimento ideal é a doutrina das ideias abstratas [...]. As coisas mais singelas do mundo, coisas comas quais estamos intimamente familiarizados e que são perfeitamente conhecidas, se nos mostram estranhamente difíceis e incompreensíveis quando as consideramos de modo abstrato. O tempo, o lugar e o movimento, quando são tomados em particular ou concreto, são o que todo mundo sabe; mas quando passam pelas mãos de um metafísico, convertem-se em algo demasiado abstrato e sutil para serem captados por um homem comum. Pedi ao vosso servidor que vos espere a tal hora e em tal lugar, e ele não se deterá em liberar a respeito do sentido das palavras; também não terá a menor dificuldade em conceber o tempo, o lugar ou o movimento que lhe levará a esta citação. Mas se o tempo se considera como um pouco do que ficam excluídas todas essas ações e ideias particulares que diversificam o dia, e é considerado como uma mera continuação da existência ou como duração em abstrato, então quem sabe até um filósofo se verá confundido quando queira compreendê-lo (BERKELEY, 2006, p.88).

Berkeley já avisa ponderado sobre a questão de tempo linear (humano e social) e tempo in abstracto, (cíclicos,condicionáveis a, infinitos, etc.); e, também, avisa sobre a respeito das confusões que podem se dar em virtude de estudar o tempo metafísico (abstratamente). Assim, há o tempo do homem e o tempo dos seres celestial (e o Tempo de Deus, que não deve ser confundido ou citado como se fosse um tempo exclusivamente ou pertencentemente aos homens). Neste sentido;
Talvez (em alguns talvez, poderia estar, provavelmente, mas deve-se manter a humildade, sempre; ainda mais quando se fala daquilo que a poucos a compreensão sobre isto foi dada), o verbo de Deus e o verbo da humanidade não sejam exatamente o mesmo, mas, novamente João esclareceu: a luz dos homens é a vida. E isto quer dizer que a vida é a luz dos homens, no sentido de que o verbo permite criar, ao se pensar e nomear as coisas existentes (ou provavelmente existentes) no universo.


2.3. Aristóteles:

Um filósofo que errou muito (segundo dizem, porque também tentou muito); errou principalmente nesta sua definição (citada neste post), onde ele se preocupou em criar um deus, mas considera-se que isto seja em ato extremamente obsessivo; uma vez que deveria ter se preocupado em se descrever Deus.
Ele pôs a humanidade um deus muito acima, extremamente intocável (tal como, se isso existisse, um imperador Dalit em uma das suas muitas luas no planeta das fadas), algo que deveria servir para causar medo a humanidade, algo a ser temido como um Juiz ou um carrasco, de muita forma, impiedoso e arrogante.
Em suma, um deus que muitas religiões “compraram”, sem pagar um centavo de crédito a quem criou esta ideia; um deus que é exatamente assim venerado por muitas religiões.
Um deus fabricado, para servir a imperadores, reis, igrejas, sociedades e cidadãos de mentalidades menos inquietas & frutíferas.


2.4. Apresentação da Teoria do Autor

§ 1: Tudo termina e começa em Deus (exceção ao NADA, que é a contraposição natural ao conceito de Deus). Assim, tudo pertence-Lhe, pois uma vez que tudo pode ser nomeado (e pensado) pode se estar em contato com Deus.
§ 2: Deus é puro pensar, puro saber, puro nomear. Tudo que tem palavra (ou ideia) é de Deus, ou vem de Deus.
Resposta Hipótese n.º 1: o Nada e Deus eram o conjunto de pares inicial do universo; algumas teorias dizem que a Deusa era a contraparte natural de Deus (mas note que a Deusa apresenta, no mínimo três facetas), tal como Deus é Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Como nós existimos (Cogito, ergo sum – de Descartes, penso logo existo) a teoria mais apropriada é que Deus decretou o fim do Nada, no momento da existência do verbo (o big-bang). Assim, mesmo irrompendo o nada, Deus não destruiu o nada, mas também não permitiu que ele fosse a situação mis corriqueira a ocorrer no universo. Dizem que o nada não existe, mas, de fato, o nada é aquilo que não deixa as coisas existirem. Mas esta teoria não anula totalmente a Hipótese 2.
Resposta Hipótese n.º 2: pode-se tudo, só não se pode abolir a causa e considerar o nada como criação. As possibilidades existem, mas nada é diferente daquilo que foi criado.
Assim se tem Deus, que é a causa da vida humana, por exemplo em uma finitude de realidades que coexistem em funções relativas de infinidade; existe sua contraparte, o nada, a ausência da criação.
Síntese das Hipóteses: O embate entre Deus e nada é observado nos movimentos do universo; se só existisse criação, nada se deterioraria, e se só existisse o nada, tudo não duraria.
Há uma chance, de fato, de que Deus não exista continuamente e fisicamente. Uma vez que Deus criou a luz que deu partida a tudo em todos os lugares; porém há a chance de Deus nunca ter se criado – pois se ele tivesse se criado TUDO seria ou estaria nele. Se Ele nunca se criou, isto se deu em virtude de Deus haver de existir por consciência das coisas & da criação e por ser a contraposição natural ao nada (inclusive inspirado na 3° Lei de Newton);
Pois, à do momento em que Deus dissesse: Eu existo – tudo estaria contido Nele, tudo seria Ele.
O Verbo é o papel de Deus e isso é maior do que qualquer coisa, uma vez que isso possibilite que a humanidade exista. Deus pode criar todas as coisas à partir de ordens, de citações, e o próprio Livro Do Gênese confirma isso; e dizer que Deus não decretou a si mesmo existente é o mesmo (para a maioria dos homens) que afirma-lo, Deus não existe. Assim, essa afirmação vai contra o preceito bíblico de Deus vivo e existente; logo que é afirmado agora: Ele não pode existir, pois logo que Ele se declarar Existente (o Deus Pensamento feito Deus carne) tudo, exatamente tudo que existe no universo seria ele. Agora, parece que tem até um jogo (de PS3, se não me engano) sobre esta temática... enfim.
Deste modo, o sentido da vida é o saber, não o ser ou ter. se Deus de fato ser Deus físico e existente, Ele não saberá (porque ele já o é ou seria), logo que Ele não saberá, Ele será. Assim, mesmo sem existir fisicamente (Deus puro conceito, pensamento e criação) Deus sabe das coisas, tanto que o Verbo é Dele. E a vida, na Terra, por exemplo, só se é possível pelo motivo de Deus não ter decretado Sua Existência, mas sim que se fizesse a Vida, a luz dos homens.
Se Deus existir, a humanidade, por exemplo (formada de outros seres pensantes, mas Deus é infinitamente mais pensante do que o homem...) não poderia haver, exceto como uma fantasia de realidade; ou seja, se Deus existir a humanidade haveria de ser apenas parte da imaginação de Deus, havendo em Sua existência conscienciosa ou em Seu infinito corpo de saber e, à partir daí, todos, os seres humanos, conscientes e pensantes, seriam supra gênios, pois estariam a se alimentar Dele, ou De Seu sempiterno saber.
Mas Deus não haver é a maior generosidade (maior, talvez, do que os sacrifícios que Jesus fez pela humanidade) que possa haver; uma vez que Deus é tão generoso que preferiu criar o Verbo, que é a essência de tudo A se criar ou, mais apropriadamente, a ser criado.
Ou seja, Deus está em todos os lugares e em nenhum lugar ao mesmo tempo; pois o Verbo está em tudo e Deus (em existência, em essência) está em lugar algum, especificamente, uma vez que nem este lugar nem Deus, pelo exposta há, fisicamente, a ser encontrado, por exemplo. Talvez eles possam ser sentidos, mas sem senso algum de localização ou pontos de referência.
A humanidade criou deus; os extraterrestres criaram deus. Porque ambos criaram nomes e signos para designar DEUS; Deus existe como trindade metafísica (carne-pensamento-espírito) mas se Deus criasse a si mesmo de seu próprio Verbo, ele seria exatamente Todas as Coisas, e o princípio da individualidade, por exemplo, seria uma ilusão. E também, se Deus existir (fisicamente, em um lugar e etc.), ele deveria ter se auto criado, ou ter sido criado pela Deusa, o que não indicara eternidade, assim, também não deve ser considera esta hipótese, supõe-se.
E neste último, e absurdo sentido, levado ao extremo, seria o próprio fim do mundo, ou quando Deus assumir para si mesmo que existe e disser: Eu existo, sou Deus. E naquele exato momento tudo se transforme e passe a integrar a pura consciência Daquele que Há e que Tudo criou.



2.5. Os conceitos de Bom e Mau no Tempo: Ideais Ascéticos

Ao afirmar sobre conceitos assim, logo vem à mente: mas são verdadeiros? Até que pontos, são positivos ou negativos? Bons ou maus?
Temos em mãos temas extremamente complexos e polêmicos, que tratam sem dúvida alguma da compreensão (epistemologia) e da metafísica (transcendência e realidade final das coisas). Há bastante contrapontos, onde destacam-se três:
·        Locke afirma que para ele é inconcebível um tempo sem uma noção clara de seus limites, e que se algo for infinito, deve ser infinitamente contínuo e sucessivo (se isto for possível a ele), senão não pode ser considerada uma ideia complexa plausível de infinito. Entre outros pontos, recomenda-se a releitura das citações de Locke (no prefácio).Berkeley apreciava extrair a máximo as coisas delas mesmas. E com isso, retirando extensão, forma, cor, sabor e outras características daquilo que a humanidade percebe, não restará muita coisa; então para Berkeley, isto só poderia significar que é Deus quem causa as impressões na percepção humana, por exemplo. Isto leva a crer que corpos não são reais, mas percepções da mente. Seria o puro e indivisível sumo do in abstract. São pensamentos confrontantes: um afirma que os sentidos nos dão a certeza das coisas e fora deles não há razão suficiente de crença sincera; já para Berkeley os sentidos nos enganam e de fato as coisas são ilusões de uma realidade maior.
Ademais a estes contrapontos, a ainda a influência disto no tempo, na percepção de Deus e de ideias antagônicas como bom e mau, forma e essência, etc.
·        Há diferenças (contrapontos) entre a visão de Deus de João e de Aristóteles, também; e tudo isto é proposital, e tende a mostrar, basicamente, como são formados os conceitos humanos e o entendimento daquilo que quer diz uma coisa e outra, especificamente na metafísica e na epistemologia.
E, finalmente o último contraponto; depois de sentido VS aquilo que teoricamente são de fato as coisas, Finito e Infinito VS noções objetivas e abstratas, e Deus e deus; que é:
·        O último contratempo é sobre o Verbo e como se criaram os conceitos ascéticos (basicamente, de positivo e negativo).

Que significam os ideais ascéticos?  - Ou para tomar um caso particular, a propósito do qual muitas vezes pediram minha opinião: como devem entender-se que um artista como Richard Wagner tenha prestado em sua velhice homenagem à castidade? Num certo sentido, é verdade que sempre agiu assim, mas somente no fim da vida, num sentido ascético. Que significa essa mudança de “estilo”, essa inversão radical de sentido? – pois foi exatamente o isso que fez Wagner, soltou de um pulo só diretamente para seu oposto. Que significa de fato de um artista saltar de um pulo para o outro lado? [...] a melhor época, a mais forte, mais alegre e mais audaz da vida de Wagner: era o período em que estava íntima e profundamente ocupado com a ideia das Bodas de Lutero. Quem sabe o que houve que fez com que hoje, em lugar dessa música das bodas, tenhamos a dos Mestres Cantores? E quem sabe se nesta última não continua a ressoar a primeira? [...] Wagner teria procedido muito bem, segundo me parece, em fazer sentir novamente nos alemães esse prazeroso estado de fato, por meio de uma comédia graciosa e atrevidamente consagrada a Lutero, porque há e sempre houve entre os alemães difamadores da sensualidade, e não é o maior mérito de Lutero ter assumido precisamente a coragem de sua sensualidade (na época era chamada, com certa delicadeza, a “liberdade evangélica.... Mas mesmo no caso em que essa oposição entre castidade e sensualidade existir realmente, dista muito felizmente de ser uma oposição trágica. É o que poderia muito bem valer [...] como uma das razões de condenar a existência – os mais sutis e iluminados como Goethe e Hafiz, viam nisso até um atrativo a mais da vida. Essas “contradições” seduzem justamente em proveito da existência.... Em contrapartida, não se compreende muito porque os porcos desapontados, se por acaso são levados a adorar a castidade – [...] Richard Wagner quis incontestavelmente, no fim de sua vida, compor em música e leva-la a o palco [a adoração a castidade, os porcos que só se encontrarão e adorarão em seus pares opostos de porcos desapontados]! Para quê? Pode-se perguntar com direito. De fato, que lhe importavam, que importam para nós os porcos? (NIETZSCHE, s/d, p.96-97).

Nesta primeira citação selecionada de Nietzsche (direta) é possível ver um caso prático do que era considerado o bom, o sagaz (segundo um artista do ‘calibre’, da estampagem de Wagner), as bodas de Lutero e sua contraparte, que agora se tornou o novo bom e sagaz que é Os Mestres-Cantores de Nuremberg; a saber, o protestantismo se iniciou em Lutero, onde ele queria casar novamente, após ter se divorciado, e o papa na época não permitiu (apenas recentemente o Vaticano permitiu que fosse analisado cada caso de união não matrimonial, no caso de divorciados, a fim de que eles possam ou não receber a hóstia); enfim, Lutero fundou o Protestantismo – a grosso modo – para poder casar novamente e ter a “liberdade evangélica” que permite segundos, terceiros casamentos, e consequente vidas sexuais; isto hoje pode parecer tolice, mas o próprio Weber defende que as religiões evangélicas são de algum modo, avanços na parte religiosa democrática, descentralizando a Igreja-Mãe, enfim...
Esta discussão é muito antiga, mas Nietzsche observa bem: será que isto já não estava bem dentro de quem um belo dia, resolve dar uma reviravolta total em sua vida e proclamar bom aquilo que durante um longo tempo disse que era ruim? Em suma, o protestantismo evangélico é uma não aceitação da resignação, a bem grosso modo (para não nos delongarmos muito sobre este assunto).

Alerta, portanto, diante desses espíritos benevolentes que governam talvez esses historiadores da moral! Mas falta-lhes infelizmente o espírito histórico, porque foram abandonados à sua sorte por todos os espíritos benevolentes da história! Pensam, segundo à velha tradição dos filósofos do passado, de uma maneira essencialmenteanti-histórica. [...] Essa primeira derivação apresenta todos os traços característicos das idiossincrasia dos psicólogos ingleses – encontra-se nisso a “utilidade”, o “esquecimento”, o “costume” e, por fim, o “erro”; e tudo para servir de base a uma avaliação que até hoje havia ensoberbecido o homem superior, como uma espécie de privilégio do homem em geral. Esse orgulho deve ser humilhado, essa avaliação deve ser desprezada. [...] Foram os próprios “bons”, os homens nobres, os poderosos, aqueles que ocupam uma posição de destaque e têm a alma enlevada que julgaram e fixaram a si e a seu agir como “bom”, ou seja, de “primeira ordem”, em oposição a tudo que é baixo, mesquinho, comum e plebeu. Foi esse pathos da distância que os levou a arrogar-se por primeiros o direito de criar valores, de forjar nomes de valores: que lhes importava a utilidade?! [...] O direito de dar nomes vai tão longe que se pode considera a própria origem da linguagem como um ato de autoridade que emana daqueles que dominam; eles dizem: “Aí está o que é isto e o que é aquilo”, a põem seu selo sobre todas as coisas e todos os acontecimentos por meio de um som e, de alguma forma, se apoderam desse fato (NIETZSCHE, s/d, p. 24-25).

Nietzsche, filólogo, sabia bem o que era o conceito histórico das coisas; por exemplo, as mulheres gordas eram o máximo da sensualidade, em determinada época, enquanto que séculos depois, ser magra indicava sinônimo de ser sexy, enfim. Nietzsche bem entendia que os conceitos se alteram, e isto também é o que propõe argumentar este texto; e não há nada de errado com isso, pois de certo modo, o pensamento é tal como uma ciência, de eras em eras teorias e experimentos vem comprovar ideias vagas, ou abolir completamente, sistemas que pareceriam indefectíveis, por não serem sequer questionados superficialmente.
Segundo Nietzsche, o bom é aquilo que algum poderoso decretou como bom, assim como Deus é aquilo que alguns homens (mesmos os mais iluminados e inspirados) definiram ou criaram como deus.
O mesmo foi quilo que ocorreu quando se definiu conceitos como o tempo e o infinito; os modelos matemáticos apenas propõe situações previstas ou esperadas em determinados planos (matemáticos) exatos ou irracionais (que sejam), porém, a comprovação da existência física de certos princípios e teoremas matemáticos é virtualmente improvável.
Isto, Locke já havia descoberto sobre Deus, ao dizer que não se pode definir coisas além do homem sendo homem porque falta a compreensão aos sentidos; todavia, as descobertas científicas levaram a física até a quântica, e foi descoberto que em dadosub-nível massa e energia são a mesma coisa (corpo e movimento em um só espaço); há a possibilidade de as dimensões serem bem mais do que meras teses e enfim, o que se propaga além da via láctea?
Da mesma forma que não se pode provar, não se pode desmerecer tais teorias. Há uma lógica naquilo que foge a compreensão da Terra, que diz que os pequenos se engrandecem e que os grandes se apequenam... e que montes podem ir daqui para ali, se pensasse da maneira correta...



CONCLUSÃO.

Nós existimos porque Deus possibilitou que o verbo se fizesse carne e vida.
A luz da humanidade é seu entendimento, e perpetua-se, se não fisicamente, na carga genética de seus descendentes, perpetua-se na consciência que pode alavancar com muito empenho, para que a faça chegar a outras eras ou a descobrir sobre tantas outras coisas, supostamente, entes “inconcebíveis”.
Deus não pode haver fisicamente, ocupando um espaço do universo, porque isso seria considerar que tudo seria Deus; pois um ser que tudo cria e ainda se autocria, no mínimo, está também sendo todas as coisas que existem.
Não pode-se supor que o nada seja consecutivo (e sucessivo) e nem se pode conceber que o nada é a essência primeira das coisas. Como afirmado, foi dado o Verbo, por Deus, de modo que se fizesse a proporcionar com que as partes necessária a perpetuação da vida (de um modo que a permita ter mais sempre prosseguir) se encarregam-se de se autorregularem.
Não é Deus quem faz as coisas aos homens, Deus já fez tudo o que tinha que fazer pela humanidade. Resta apenas o Seu julgamento, que mais dia ou menos dia vem.
Mas isto ainda não é o infinito; a vida depois de ter sido julgado por Deus.
Pelo exposto, o infinito é justamente não ser mais, ou deixar de ser para que muitas outras partes de realidade possam haver sem anularem-se, definitivamente, entre si.
Mas isto não significa que Deus morreu ou que Des não existe. Deus, simplesmente, está a disposição para muitas outras coisas senão as pesquisas, vaidades e os estudos humanos que pretende descrevê-lo ou contara a sua história inimaginável.
Sobre o tempo, se não há essência alguma de criação no Nada, também não há tempo eterno que se encerre, nem tempo limitado que se perpetue. E isto é o básico. Não deve-se confundir o tempo cíclico, dos anos, das estações, das luas, com o tempo do espaço, do espírito, da maturação da evolução conscienciosa. Cada tempo em seu tempo – isto, de fato é o mais apropriado.
Há tempos, Tempos e TEMPOS, em, respectivamente, medidas menores, conjuntos e tempo indefinidamente infinito. Neste último é o tempo em que deus está, e que de fato, é um tempo muito distante daquele em que a humanidade está vivendo agora.
Saltar de um tempo a outro talvez seja possível, mas, repete-se uma pergunta feita neste texto: qual a finalidade de ir de um ponto a outro? O que importa isto aos porcos?
Quem sabe o que significa tudo isto e sua aplicabilidade prática às vicissitudes que se enfrenta diariamente em uma sociedade que sufoca a genialidade em valorização superficial ao torpe, baixo e decadente (senão o corrupto e a sexualidade desmedida)? O que estes tempos acrescentam a produção?
E de fato, o que a produção e a deterioração da Terra acrescentam ao infinito?
Só outras consciências – que já começam a haver – preocupam-se com a questão da superficialidade e da verdadeira importância das coisas terrestres e das coisas que há para o infinito e mais além; apenas há o tempo (e o verbo) de cada coisa haver.


REFERÊNCIAS:

BERKELEY, George. Tratado Sobre Os Princípios do Conhecimento Humano. Tradução de André Campos Mesquita. São Paulo: Escala, 2006. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal, n.º 48.


LOCKE, John. Draft A. Tradução de Pedro Paulo Pimenta.  São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015. Coleção Folha Grandes Nomes do Pensamento, n.º 14.


NIETSZCHE, Friedrich. A Genealogia da Moral. Tradução de Antonio Carlos Braga. São Paulo: Escala, 2006, s/d. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal, n.º 20.


SILVA, José Otacilio da. Aristóteles: Estado e participação política. In VII Seminário Do Centro De Ciências Sociais Aplicadas, Campus de Cascavel, PR. Cascavel: UNIOESTE, 2008. 19p. Disponível em <http://www.unioeste.br/campi/cascavel/ccsa/VIISeminario/outrasareas/artigo45.pdf> Acesso dia 08 novembro 2015.

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