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domingo, 25 de dezembro de 2016

Natali & Fatali

Natali e Fatali.


Natali é natalino, o surgimento ou dar a vida;
Fatali é fatalista, o depauperamento ou o fim dos reveses da vida.



Imagem 1: Noel 71 Prisunic. Com aplicação de Filtros e Efeitos, do (software) Microsoft Word 2010.
Fonte: Web, S/d. Disponível em <https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/ab/53/46/ab53467eafed2ef82effdd0846ad0439.jpg> Acesso em 24 de Dezembro de 2016.


Amigos, saudações, e sejam bem-vindos a este blog. É-me uma imensa honra poder falar-lhes, em qualquer lugar do mundo - onde vocês estiverem - e no momento em que vocês consideram o melhor para acessar este blog: muito obrigado por ajudar a fazer este blog, os Livros do Edson e muito obrigado por sua leitura e atenção; assim, eu só quero agradecer um pouco mais, também, no sincero agradecimento por viver nesta era tecnológica, mesmo que antagonicamente algumas pessoas ainda vivam como antes de 1950... De todo modo: é desafiador e dinâmico viver por estes dias, no avançar do século XXI. Mas, o agora, também, é nosso espaço, principalmente com a Internet; e, devemos aproveitar isto; ou seja: esta é uma das maiores vantagens da internet – que é o privilégio de poder falar com as pessoas em qualquer lugar, a qualquer hora, sendo sempre no agora, transpondo as barreiras de línguas, barreiras geográficas, as de fusos horários e outras. E este é o novo e contemporâneo significado de ad hoc. E as coisas se misturam, cada vez mais e sempre...
E ao mesmo tempo é natal e algumas tradições são mantidas e também estas mesmas tradições podem acabar por servir de ignição para atos violentos, discriminatórios ou de segregações. Porque, infelizmente, se Deus criou a fé e as forças invisíveis, porém, foi o homem que quis que fossem às religiões que deveriam tomar conta dos motivos religiosos; ou seja, isto aponta para quando se começou a entender que a crença pessoal de cada um, socialmente, deveria ser vista como algo coletivo, assim isto foi o que se conveniou chamar de Religião. Assim, também, a religião é o coletivo e a religiosidade é singular – onde o centro das atenções deveria ser a religiosidade, mas infelizmente, as pessoas e as entidades estão preferindo mais valorizarem o numeral, o tanto, a quantidade do que o âmago, o pessoal e a qualidade.
E quando uma maioria tentar se impor pela quantidade e não pela qualidade, sempre acabam por desequilibrar as culturas e as ideologias diferentes. E quem se sente ameaçado ou acuado, acaba por fugir ou lutar (enfrentar) aquilo que o desequilibra. Eu não estou defendendo nem os fanáticos religiosos e nem os corruptos, mas será que nós já paramos para pensar que a cultura e fé ocidental impositiva são, de certa forma, ameaçadoras para algumas outras culturas? Ou então que mesmo estando certas as novas posturas e condutas que nós defendemos isto vai, radicalmente, contra o jeito de certas famílias, e mesmo contra os hábitos de certas pessoas; que não são mais hábitos aceitos como corretos, porém que são difíceis de alterarem-se, por se tratarem de um aspecto cultural? Ou seja, já paramos para pensar que talvez a modernidade e a contemporaneidade estejam exigindo demais de algumas culturas e tradições, ou mesmo exigindo um comportamento radicalmente contra o que algumas destas outras culturas – minoritárias – propagam? Ou seja, fases de transições e um dado tempo de assimilação, então, se fazem necessários.
Desta forma é que uma época que era para ser apenas de festas e comemorações se torna um período em que os níveis de alerta de segurança são redobrados, porque se trata de uma época de ataques, em potencial; onde os ânimos se exaltam e as teorias absurdas de fanáticos, que apesar de dissonantes, acabam por fascinarem àqueles que já estavam sem esperança ou amor-próprio. E se tem fanatismo e se tem propaganda, nem tanto precisaria de internet; mas, tem fanatismo, tem divulgação e ainda tem a internet, então, meu amigo leitor, tudo aquilo que falamos se torna exponencial, perigosamente.
Mas é claro, a internet é apena uma parte do mundo, ou melhor, é um outro mundo, virtual, que existe dentro da realidade real, concreta e física das coisas; sendo que em alguns pontos e momentos estas duas realidades se chocam, colidindo-se ou abraçando-se. Mas, de fato, a internet frisa mesmo algumas diferenças gritantes do mundo atual.
Exemplos da internet e da realidade concreta chocando-se: É a menina que fez sucesso na internet que depois vai fazer sucesso na tevê e nas revistas; ou é aquele morador de rua, que de tão gente boa, fez amizade com bastantes pessoas do bairro, prestando alguns serviços como de limpeza e de pequenos consertos, e foi deste modo que ganhou a confiança e admiração do pessoal do bairro, que depois de os moradores de endereço fixo fazerem um vídeo e postarem na web, acabaram por abrir as portas, em definitivo, para uma nova vida a este morador de rua. São de coisas assim que dizíamos...
Não podemos, assim, achar que estando tudo bem na nossa vidinha de internet ou naquela rede social que nós mais gostamos, então, tudo está bem em nossa vida, em certos aspectos; isto, ainda, quer dizer do egoísmo e visão limitada da realidade concreta das coisas, que algumas pessoas exibem. Porque se podemos inovar e fazer algo a mais, porque apenas iríamos fazer para nós e daquilo que já sabemos, apenas? Limitando-nos e nos contentando com nossas mesquinhezes.
Mas a internet ainda está também em Natali e Fatali – o principal assunto desta postagem; isto porque ao mesmo tempo a virtualidade, também carrega os mesmos problemas da humanidade, seja no aspecto de segurança, de ética, de conduta e comportamento e etc. E também está, a internet, em ciclos de ascensão e decadência; ou de vida e morte.
Significando, ainda, que:
O Natali é o natal, o nascimento ou o reviver;
Fatali é o fatal, a morte ou as vicissitudes.
Mas natali & o fatali não são antagônicos, muito pelo contrário, são dois lados de uma mesma moeda única; são faces distintas de um só título: a vida na Terra, ao que tudo nos indica.
Estas ideias não são necessariamente contrárias, vamos ver dois momentos de Drummond de Andrade (1998) agora, antes de fazermos esta explicação final de Natali e Fatali:

- não se morre
uma só vez, nem de vez.
Restam sempre muitas vidas
para serem consumidas
na razão dos desencontros
de nosso sangue nos corpos
por onde vai dividindo.
Ficam sempre muitas mortes
para serem longamente
reencarnadas noutro morto.
Mas estamos todos vivos.
E mais que vivos, alegres.
Estamos todos como éramos
ante de ser, e ninguém
dirá que ficou faltando
algum dos teus (DRUMMOND DE ANDRADE, 1998, p. 81).


Os dois poemas de Drummond de Andrade (1998) citados nesta postagem são, o de cima, que é “A mesa” (pp. 76-86) e o poema “Nosso Tempo” (pp. 119-126). Sendo que para muitas pessoas, a explicação do Natali e Fatali pode mesmo parecer desconexa ou “sem sentido” – porque e o sentido dela extrapola a compreensão normal de vida que as pessoas têm.
O Natal não é uma vez só e nem o Fatali é apenas em definitivo. Ficam sempre muitas vidas e muitas mortes, como já bem observou Drummond de Andrade (1998) na citação acima.
E continuando com o poeta de Itabira. Como diz Carlos Drummond de Andrade: “Escuta o Horrível emprego do dia, em todos os países de fala humana” (DRUMMOND DE ANDRADE, 1998, p. 124). Ou seja, todo dia, começa a acaba o trabalho; é o Natali e o Fatali a todo instante. O horrível emprego é o que traz o maravilhoso salário, que dá graça e continuidade a vida; que compra mimos e que impulsiona a economia. Ou seja, mesmo horrível, é necessário. Isto explica bem o Natali e o Fatali segundo a poesia drummondiana.
Onde, geralmente, as pessoas associam o Natali à felicidade e às festas; e o Fatali à tristeza e ao choro; mas isto não precisa ser assim; uma vez que quando se entende o Natali & o Fatali, então, tudo faz outros sentidos...
E isto para nós é o Natal – dia 25 de Dezembro – o Natalis; e o Fatal – o dia 31 de Dezembro – o FatalisE é bom que nos lembremos disto, sim.
Sendo que o Natal representa o nascimento de novas possibilidades ou a renovação das esperanças; e o Fatali é o fim de um ciclo – geralmente, o fim do ciclo do ano e etc. – e que indica que o caminho para o novo, finalmente, está em aberto. Como dizia Jesus sobre Natalis e Fatalis, quem não nascer de novo não entra no Reino dos Céus. E não amigos, isto não é batismo, é de fato renascer e reviver; muitas vezes, entendendo o ciclo e as coisas desta e de outras vidas. E este é mais um mistério da nossa Fé e da vida na Terra, mas não o único.
O mistério de nossa fé, maior, talvez seja mesmo o de:
Jesus ser feito menino, ter vindo à Terra como gente; ou seja, o corpo humano com capacidade de abrigar um Avatar, ou uma fidedigna e expectorada fac-símile imagem e semelhança de Deus, feito em pessoa “homem” – em próprio Deus –; ou, então, um Deus feito um Menino-Homem; indicando a capacidade que o corpo humano tem de abrigar espíritos muito evoluídos; e que detenham de total controle de suas capacidades – totais capacidades – físicas, mentais, espirituais e sociais; entre outras – TODAS.
Assim, amigos de web, e amigas leitoras, enquanto alguns pensam em como assustar e mesmo causar dor & Fatalis aos seres humanos que vivem suas vidas sociais inocentes, comprando presentes e enfeites de natal em feiras livres; existe quem pensa em como o significado do Natalis quer dizer da verdadeira luz humana, de cura, libertação e proteção – para nós e os nossos. E isto que mais falo hoje com esta postagem, do lado do nascer e do perecer da vida, e das coisas.
É assim que podemos escolher, e optar por seguir o caminho da iluminação ou da decadência, tentando interferir o mínimo possível nas escolhas que as outras pessoas fazem, porque se nós temos a nossa liberdade de escolha, elas também têm a liberdade de escolha delas; mas sempre, devemos ainda, invariavelmente, estar nos respeitando-nos uns aos outros, de modo que as culturas mais fracas devem estar a proteger e zelar pelas culturas mais frágeis e minoritárias e jamais que uma cultura venha a sufocar ou engolir a outra.
Que possamos sinceramente nos compreender e sermos compreendidos. Entender a época em que vivemos e as épocas em que sempre existiram para nós (nossas vicissitudes e condições) enquanto seres humanos em evolução. E lembre-se: enquanto uma pessoa vibra em uma frequência Natalis; outra pessoa pode estar em Fatalis, e isto é duro de entendermos, mas por mais difícil que isto possa parecer, devemos respeitar o direito do outro de vibrar negativamente, mas se formos perguntados, devemos, sim, alertar sobre os malefícios que ondas vibratórias negativas vêm a causar às pessoas, animais e coisas.
É isto senhoras e senhores; espero não ter me delongado mais do que o necessário. E que ainda dê tempo de nós fazermos tudo aquilo que viemos nos propor a fazer nesta existência e neste ano!
Feliz Natal para ti; e que o Fatali apenas possa te alcançar quando de fato estiver preparado para isto, que nada possa ser cortado de sua vida; desejo isto lhes sinceramente; e também: muita vida, saúde e proteção para vocês, leitores de Livros do Edson; ouvintes de DJ Edsonn@ndo (e meus outros perfis de DJ), e, quem mais me acompanha nas diversas atividades que faço. Muito obrigado. Boas festas e até mais.
Obrigado, também, a todos os meus clientes de 2016, dos serviços que faço com as revisões de Textos e Relatórios. Muito sucesso para vocês todos. Agradeço-lhes.
Voltem sempre. Obrigado e tudo de bom.


REFERÊNCIAS

DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. 1902 - 1987. Poesias, Seleções. Antologia Poética. Organizada pelo autor. 39ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. [Coletânea].

domingo, 18 de dezembro de 2016

Sinceridade de Dezembro


Sinceridades de Dezembro

Olá, tudo bem? Eu quero que você seja bem vindo a este blog, você que chega aqui pela primeira vez; e como é bom em te ver vocês aqui novamente, pra vocês que já conhecem este endereço. Fiquem à vontade, como sempre. 
Pra não dizerem que sou muito impessoal neste blog, olha aí uma foto minha recente (de hoje!), perto da porta da sala, que estamos fazendo a troca da porta, porque a antiga estava gasta nas dobradiças... Olha só... P.S.: Apenas não reparem na qualidade da imagem, uma vez que eu uso uma versão demo do ManyCam e a resolução é um pouco baixa, e mesmo forçando um tamanho maior de imagem (mais pixel) mesmo assim, a qualidade não fica boa; assim as imagens servem apenas para ilustrar este post, OK...


IMAGEM 1Edson, o autor, ao acordar pela manhã; às dez horas de domingo.
FONTE: O autor (2016).

E, depois disto visto, agora é hora de começarmos nossa postagem de hoje, com texto sobre a época do fim de ano e depois, mais fotos e indicações de CDs de áudio. Vamos lá? E vamos ser sinceros? !!!

Pra ser sincero não espero de você mais do que educação; um beijo sem paixão, crime sem castigo, aperto de mãos; apenas bons amigos. [...] Nós dois temos os mesmos defeitos, sabemos tudo ao nosso respeito; somos suspeitos de um crime perfeito; mas crimes perfeitos não deixam suspeitos. [...] Pra ser sincero não espero que você me perdoe, por ter perdido a calma; por ter vendido a alma ao diabo. Um dia destes, destes encontros casuais, talvez a gente se encontre, talvez a gente encontre explicação. [...] Pra ser sincero; prazer e vê-la; até mais. Até mais(ENGENHEIROS DO HAWAI, Pra Ser Sincero – GESSINGER; LICKS, S/d, faixa 06).


Existe um quê de não sei oque em dezembro: o mês de dezembro tem um quê muito especial. Um quê de querer; e talvez um outro quê de quonfiança [confiança].  E eu escrevo tal como se faz um Samba.
Sem muitos mais mistérios, além dos necessários para fixar a sua atenção, prezado leitor, pois bem, vamos lá? Então. O que temos pra agora? Esta postagem diz daquele quê de sinceridade, que ocorre quando as festas e os efeitos do clima leve de dezembro influem na vida de cada um de nós – que se deixam levar por tais sentimentos –, contagiando assim com leveza e descontração todo o ambiente em que estamos. Vocês já tiveram esta sensação? Ela mistura compaixão, amizades, laços familiares, laços profissionais e outros: num emaranhado sentimental de perspectivas [que vão] de bon vivant, à melancolias, de gratidão e outras. Resumindo: em dezembro, nós, pessoas, ficamos diferentes: mais sentimentais, mais excessivos, mais dóceis, mais com compaixão ou mais desenfreados.
“O meu pensamento tem a cor de seu vestido. Ou um girassol que tem a cor de seu cabelo” (CLUBE DA ESQUINA, 1971, Um Girassol da Cor do seu Cabelo; BORGES; BORGES, 1972; 2012, faixa 8) – resume um belo tanto do que quero dizer com a alegria e a leveza que se tem em dezembro, isto mesmo quando se extrapola um pouco; e alguns excessos, mesmo excessos de sinceridades são acometidos, e acabam por acontecer, sim, e isto é normal e bem-vindo em dezembro, desde que saiba-se que a vida prossegue-se no dia ou no mês seguinte. Então, festejar, com cautela: é uma boa medida. Ou não? A vida segue meus queridos, isto é fato.
Mas o que mesmo que é que deixa dezembro tão especial? Não sei se são os horários especiais do comércio – às compras –, ou a quantidade maior de dinheiro em circulação – o décimo terceiro salário – e com isto mais bebidas e festas; ou então, as viagens, as férias, e o contato mais próximo com amigos e familiares... Ou, o que será? 
Não sei se são as compras. Ou o espírito do natal. E refletindo um pouco, dá pra chegar à conclusão de como estes dois – as compras e o espírito do natal – insistem em tentar se complementarem; ao que a esmagadora maioria das pessoas pensa e sente sobre isto que: se se tem uma mesa farta, uma moradia digna, e dispõem de saúde os membros familiares, então o espírito do natal deve estar presente naquele lar; e se nada disto anteriormente dito estiver sendo atualmente vivido, então não se está com o espírito do natal; mas é claro que não se trata disto, jamais; é antes uma questão de como cada um [de nós] se sente no natal e o que precisa ter nesta data para que se possa ser ou se sentir feliz; ou ainda, para se estar em paz consigo mesmo e com os demais; e isto tudo, estes vários pontos-vírgulas dizem de como a pessoa pensa e sente o mundo em que vive [ou como abraça o aspecto lógos / pathos da questão], e se tem estabilidade física (monetária e etc.), igualmente, pensa que está em bênção espiritual, ou seja: as compras e o espírito do natal em uma mesma situação. 
Porém, ao que tudo indica – metafisicamente – estas coisas são antagônicas entre si; e por isto mesmo comemoram-se na mesma época, não por similaridade, mas por antagonismo; por uma disputa, para ver quem se supera a quem, ou seja: se as pessoas intentam ter mais o espírito do natal ou mais as compras – e etc. – em suas vidas. Ou seja, se comemora a época do espírito do natal – que simboliza Jesus em compreensão sincera muito mais do que em adoração desmedida – na mesma ocasião da festa ao deus maior dos pagãos, não apenas por conveniência de calendários, mas para de fato haver um embate entre uma energia e outra nesta oportunidade. Ou seja, elas se entrelaçam por suas características antagônicas. 
Ou então por suas antalogias (antalogias é igual à: junção da palavra antagonia mais a palavra lógicaantagonia quer dizer sobre o que é de qualidade antagônica ou daquilo que é antagônico).
Muitos filósofos afirmam que a dicotomia entre o bem e mal não é nada mais do que uma invenção ou um meandro das sociedades ou mesmo da Igreja para inverter os valores da vida, como adaptabilidade, evolução, superação e etc. Nietzsche diz sobre isto, assim [citação selecionada - a seguir]: ...

De súbito, porém, sobressaltou-se o ouvido de Zaratustra, porque a caverna, até ali animada pela bulha e o riso, ficou de repente num silêncio sepulcral. Às narinas de Zaratustra chegou um odor agradável de fumo e incenso, como se tivesse posto pinhas ao lume. “Que sucederá? Que estão a fazer”, perguntou a si mesmo, aproximando-se da entrada para ver os convidados sem ser visto. Mas, ó maravilha das maravilhas! Que viram então os seus olhos? “Tornaram-se todos religiosos! Rezam! Estão doidos!”, disse numa admiração sem limites. E, efetivamente, todos aqueles homens superiores – os dois reis, o papa, o sinistro feiticeiro, o mendigo voluntário, o viandante e sua sombra, o velho adivinho, o consciencioso e o homem mais feio – estavam prostrados de joelhos, como velhas beatas; estavam de joelhos a adorar o jumento! E o mais feio dos homens começava a soprar, como se dele quisesse sair qualquer coisa inexprimível; mas quando afinal se pôs a falar, salmodiava uma piedosa e singular ladainha em louvor do adorado e incensado burro. Eis qual era a ladainha: “Amém! E honra e estima e gratidão e louvores e forças sejam com o nosso Deus, de eternidade em eternidade”. E o burro zurrava: I-A. “Ele leva nossas cargas; é pacífico e nunca diz não. E não o ama o seu Deus; castiga-o”. E o burro zurrava: I-A. [...] “Vê como tudo tu não repeles ninguém, nem os mendigos, nem os reis. Deixas vir a ti as criancinhas, e se os velhacos te querem tentar dizes simplesmente: I-A”. E o burro zurrava: I-A. “Gostas das burras e dos figos frescos, e não és exigente com a comida. Um caldo te satisfaz as entranhas quando tens fome. Nisso reside à sabedoria de um Deus”. E o burro zurrava: I-A.(NIETZSCHE, 2010, p. 256, 257)

Ou seja, era necessária que houvesse uma – ou mais – Igreja ou Igrejas porque os Homens, mesmo os mais elevados dos Homens, necessitavam de um bezerro a ser adorado, ou como Nietzsche expôs, um burro a ser louvado e adorado. 
Mas isto não é inteiramente ruim; e vamos nos ater a apenas um exemplo, no caso, o da sexualidade; por exemplo, se a Igreja tivesse pregado que o ser humano pudesse fazer sexo à vontade, provavelmente, a raça humana agora estaria com maiores adoecimentos ainda, em virtude de doenças sexualmente transmissíveis e demais mazelas do sexo, como obsessões ou cargas de estresses em demasia, em virtude deste exagero que poderia ter - e sem dúvida teria - sido acometido pelas culturas humanas, se, por exemplo, a Igreja tivesse adotado uma postura mais flexível e liberal em relação ao sexo e à sexualidade. Eu tive esta ideia hoje: o ser humano é adaptável, mas tem um organismo sensível e suscetível a doenças e muitas dessas doenças são causadas pelos exageros de todas as espécies. Assim, contendo o homem, ou 'pregando o tedioso caminho do meio', como Nietzsche dizia, assim, mesmo vivendo limitado [ou limitando-se voluntariamente] e com parcimônia, se está de certa forma, preservando a si mesmo.
Assim o quê que há em Dezembro – com maiúsculo em referência ao deus antigo que originou este nome - é o quê da vontade, seja a vontade do ter e do possuir física ou do ter e possuir espiritualmente, porém, o espiritual apenas nos é dado se o mais alto assim o quiser; enquanto as posses físicas ainda dependem de como nos relacionamos e vivemos por estas Terras aqui, e etc.
Por isto, eu não posso desejar outra coisa senão que você tenha mais, neste natal e neste fim de ano, é paz, saúde e compreensão entre os teus (amigos ou familiares), e claro, que você tenha sucesso e possa se manter; e que também você possa ter anseios em conquistar coisas boas junto com Deus e seus Méritos [e Mistérios - como sempre], mais do que junto com as pessoas e suas vaidades, e isto sinceramente e de verdade, sem querer mostrar - a priori - para os outros sobre isto.
É deste modo que eu desejo a você, neste natal, muitas realizações e conquistas.
E para quem acredita em espiritualidade, desejo que as conquistas maiores ainda possam ser as que o Mais Alto reserva para nós, e que as possamos obter desde esta vida, até a nossa existência futura.


IMAGEM 2Edson, o autor, tomando café - hoje em dia. Ao fundo, porta da sala em substituição
FONTE: O autor (2016).



Presentes de Natal:

Nesta parte vamos dizer de alguns CDs que comprei agora em dezembro, mas não que sejam necessariamente CDs exatamente novos, ou seja, de 2015, 2016 ou pré-lançamentos. São CDs que gosto e que agora integram minha Discoteca ou meu Case de CDs de DJ. Vamos lá?
Vamos começar com o David Guetta e o CD Listen Again (2015). Listen Again tem faixas de 2014 e 2015. Com muitas parcerias e participações especiais de David Guetta, com artistas do quilate de Emeli Sandé (in What I Did For Love, 2014), Nicki Minaj; Bebe Rexha & Afrojack (in Hey Mana – 2014) e Sia (in The Whisperer e Bang My Head, ambas de 2014); e também participações de Sia & Fetty Wap (in Bang myHead – 2015) e Skylar Grey (in Shot me Down – 2015). E abaixo, uma foto do CD duplo, isto é, que conta ainda com um CD 2 inteiramente mixado, inclusive fazendo uma espécie “de pot-pourri de Remix de faixas” de David Guetta, do CD Listen – CD 1.


IMAGEM 3: David Guetta, CD Listen Again (2015).
FONTE: O autor (2016).

A seguir, com a continuação de nossas sugestões de Presente de Natal, o negócio fica mais hard, linear e bem pegado: eis que surge o techno de Luke Slater. Eu não saberia precisar dizer como o pessoal da União Europa e dos Estados Unidos, por exemplo, consideram a Techno Music de Slater; mas pra quem é daqui de Matão, ou da maior parte do interior de São Paulo e em uma grande parte do Brasil, o Techno mesmo, o pure Techno é muito underground, sem dúvida alguma. 
O CD Fabric32 – Luke Slater, eu considero um achado eu ter conseguido compra-lo em pleno ano de 2016, ou seja, 10 anos após ele ter sido lançado, eu consegui o achar novo, na loja, que vou até dizer o nome da loja, a recomendadíssima e maravilhosa, Saraiva Livraria (e Mega Store); e quem diria que eu teria CDs originais da Fabric (boate underground em Londres, UK), pois bem, agora eu os tenho, alguns. 
Mas vamos lá? Luke Slater, Fabric32. A track 1 é um som de projeto de Luke Slater chamado L.D. DUB Corp; depois, o CD segue com destaque para as faixas 4 (chamada Hazui, em Remix de Gui Boratto – som de Guy J & Sahar Z); faixa 6 (Brain Freeze – de Tres Demented); Faixa 7 (Doin’it – de Putsch 79); track 9 (Organ Bender; em Mix de Alone At The Altar of Twisted Souls – do próprio Luke Slater); faixa 12 (Bump; em Remix de Switch – de Spank Rock, com participação especial de Amanda Blank); e faixa 13, chamada She Showed Me Heaven, de Luke Slater. O CD é inteiramente mixado, e contém 22 faixas totalmente Techno underground. É muito bom, porém, é bem fechado no estilo Techno, hard tech house; mas para mim é indispensável em uma discoteca Techno dos dias de hoje.
Já o Alright on Top é um disco autoral de Slater (as faixas 4 – I Can complete You – e 10 – Doctor Of Divinity – do disco são de autoria exclusiva de Slater) com autoria de Barrow, e participação de Finlow (na maravilhosa faixa 6 Take Us Apart, que é um Techno house fabuloso), isto na parte das músicas, das melodias. 
SE o Disco de Mixagem do Slater, recomendado nesta postagem, é eclético em estilos de beats e em texturas de pistas; o Álbum aqui recomendado de Slater é igualmente diversificado, porém eletrônico, que passeia pelo rock (big beat), pelas melodias (house ou tech-house) e pelos breaks (ou Trip-Hop ou Trip-Tech-House). A faixa 7 – Searching for a Dream – é um Trip, Big Beat, melódico e mais um bocado de estilo perfeito, isto, em um álbum de canções limpas, lineares, porém com evoluções de strings e Harmonias Eletrônicas. Destaques ainda para a Faixa 1 – Nothing At All - , com uma excelente levada Rock Big Beat e a faixa 3 – Star & Heroes. E ainda o CD tem uma levada psicodélica e envolvente; com vocais empolgantes e conceituais; sim com vocais, sim. Resumindo: Interessante ainda mencionar que todas as faixas têm letras, que são transcritas no encarte do CD, uma exceção a isto é a faixa 10 que é sem letras (quase inteiramente instrumental, mas que tem uma narração – narrativa – como vocais).






IMAGEM 4: CDs de Luke Slater: Fabric32 (2006) & Alright on Top (2002), respectivamente..
FONTE: O autor (2016).


O som alternativo sempre me envolveu. Pois bem, e segue.

E aqui, mais dois CDs Essenciais, maravilhosos que são: 

  • Essential Selection de Pete Tong (2003) e 
  •   
  • Cut Master Swift com o The Breaks II (1999). 

Estes dois CDs são muito importantes, sejam juntos ou separados, aparentemente eles não tem ligação alguma, mas de fato, eles complementam e indicam a História da Club Music, do House, do passinho, do Hip-Hop e de muitos outros estilos, incluindo a arte de DJ mix, claro. Vale a pena ouvir este CD, sempre.
Amostra (de cerca de 1 minuto de duração) do CD de Pete Tong (2003) pode ser ouvida no link embutido a seguir:




Vale a pena ouvir e ler o CD; o próprio CD – no encarte – de Pete Tong traz uma análise do DJ / Escritor Pete sobre a Cena Club no começo do século XXI. Pete Tong bem observa que o fator econômico era o mais importante na cena club até os anos de 1999-2002, em virtude do domínio das mídias de gravadoras no mercado fonográfico, quase que exclusivamente, por exemplo; porém, o lado do Club em si, ou de como as pessoas gostavam e gostam de curtir sua dança, sua música, ou mesmo a sua bebida ou sua droga influenciam também na cena, mais do que as gravadoras e os sons que elas produziam. Ou seja, Pete Tong (2003) já falava do som postado na web, sem gravadora, mas que agrada e que cai em cheio no gosto popular ou mesmo nas pistas mais undergrounds ou de fino house. O som Make It Happen (Ewan Pearson Mix) de Playgroup, faixa 3 do CD de Pete Tong resumi muito bem este movimento mencionado. O som / track 4 do CD eu já até postei em rede social e tudo, [porque] é fabuloso, introduzindo o break que denominou muito nas pistas dos anos 2000; o som é Sleeza, nome muito bem apropriado, de Kiki& Silver Surfer; quem não conhece, deve conhecer já sim, muito bom. E o Cd segue só com grandes nomes da cena Club dos anos 2000, com Sam La More, M Factor e Chopstick & Spoiled. E também, Flash Atkins; MoonCat e Ferank; e o incrível som chamado Hum feito por Meat Katie Meets Lee Coombs.
O Cd Breaks II – se chamaem inteiroCutmaster Swift presentes The Breaks II – Original by Boy Street Funk & Block Party ClasssicsÉ o CD classic total das festas dos anos 80 e 90 no Brasil, anos 60 e 70, nos Estados Unidos, Europa e mundo moderno, originalmente - uma vez que sempre houve um delay de algumas culturas até chegar ao mainstream no Brasil, se bem que aqui se trata de culturas undergrounds que em tese podem demorar mais ainda para chegarem, se é que chegam. Mas tudo isto é ainda muito especulativo. Sobre as eras e as canções que tocam ou não em suas respectivas épocas, ainda mais em outros países. É claro que algumas canções mudam, sim, sem dúvida alguma, de estas décadas todas e de um país a outra, mas acontece que no CD Breaks II tem canções do começo do som Funk de Rua – o que hoje se entende como o Gran Funk dos anos 70, o som Funk de Pista Original. Sim, é muito relíquia este Cd. Todo ele é dez, mais vou indicar três músicas que gosto muito. A primeira é Hercules de Aaron Neville; depois Chove Chuva / Mas que Nada, em performance por Samba Soul; e o maravilhoso som hip hop, street dance retro original, enfim, é tão raridade que nem sei como definir, pois é; o som de Gil Scott-Heron, com a maravilhosa letra de The Revolution Will Not Be Televised.
Estes Cds dizem de como as pessoas encaravam o som dance, o som hip hop, o som eletrônico, enfim, a musica de club, de rua ou de fazer o corpo se mover: move sound, man. Enfim, até os anos 2002, o que se tinha era tudo bem definido em estilos como Funk, Hip Hop, Techno, Trance, HouseDrum and Bass, Big Beat, Dub, Rap, Samba e etc. Mas depois do século XXI a música se misturou muito, o que o diga o Trap e o Drum Step. E então começou a se falar nos subgêneros mais que os gêneros: o som se tornou progressivo, eletrônico, drum  ou EBM – ElectronicBass Music – , Minimal e outros.
Estes dois CDS indicados agora falam do comecinho do som de baile funk, de club e de guetos, o CD Breaks II. O outro CD já faz a ponte, a transição entre o som que estava fixado pelas gravadoras nos anos 2000 e o novo som do século XXI que batia a porta das cabines dos disks jóqueis ao redor do mundo. E, os mais, senhores, são as histórias que fazemos hoje.
Abaixo a foto da parte traseira dos CDS citados.


IMAGEM 5: CDS: Essencial Seletion by Pate Tong (2003) & Cut Master Swift presents the breaks II (1999).
FONTE: O autor (2016).

E a seguir, os mesmos CDS – Essential Selections e Breaks II – em foto frontal.


IMAGEM 6: Lado Frontal dos CDs:  Essencial Seletion by Pate Tong (2003) & Cut Master Swift presents the breaks II (1999)
FONTE: O autor (2016).


Bem é isto, tem muitos outros sons que estou ouvindo, como o impressionante DJ Linus e o seu K.B.s Grooves em versão de Kris Wadworth A Love Letter To Dance Music Remix.
E a abaixo, um close meu para quem quiser me observar mais de perto, enfim. É isto.
Muito obrigado por acessar este blog e por visitar este site. Até mais. Tudo de bom pra você e seus queridos amigos e os familiares. Até mais.



IMAGEM 7Edson, o autor; em close e sem filtros.
FONTE: O autor (2016).



Referências

BORGES, Lô; BORGES, Márcio. Um Girassol da Cor do Seu Cabelo. ISRC BR-EMI-71-00101; EMI Music Brasil; EMI SongsIn Clube da Esquina – 1972. Coleção Milton Nascimento, Vol. 2. Abril Coleções. São Paulo: Abril, 2012.

GESSINGER, Humberto; LICKS, Augusto. Pra ser Sincero. (64033490) Warner / ChappellIn ACERVO ESPECIAL: Engenheiros do Hawaii. Produzido no Polo Industrial [Zona Franca] de Manaus, por Novo Disc; Rio de Janeiro: [licenciado por] Sony Music Entertainment Brasil, S/d. CD áudio wave, 14 faixas.

NIETZSCHE, Friedrich. Assim Falou Zaratustra. Texto Integral. Tradução de Alex Marins. Nova Edição, 4.ª Reimpressão. São Paulo: Martin Claret, 2010.



sábado, 3 de dezembro de 2016

Quando e Enquanto Se Espera o Fim do Ano...



Quando se espera que o ano de 2016 acabe
É quando se começa a se entender oque passou,
Mas aí já estamos em 2017.


É preciso criar de novo, Luís Maurício. Reinventar nagôs e latinos,
e as mais severas inscrições, e quantos ensinamentos e os modelos mais finos,

de tal maneira a vida nos excede e temos de enfrentá-la com poderosos recursos.
Mas seja humilde tua valentia. Repara que há veludo nos ursos.

Inconformados e prisioneiros, em Palermo, eles procuram o outro lado,
e na sua faminta inquietação algo se liberta da jaula e seu quadrado.

Detém-te. A grande flor do hipopótamo brota da água – nenúfar!
E dos dejetos do rinoceronte se alimentam os pássaros. E o açúcar

que dás na palma da mão à língua terna do cão adoça todos os animais 
(DRUMMOND DE ANDRADE, 1998, p. 91 in Poema A Luís Maurício, Infante).



TENTANDO MEDIR O IMENSURÁVEL


Nesta postagem tentaremos responder à pergunta: Quando há de cessar parte do sofrimento que se derrama sobre a sociedade brasileira? E quem disser que este sofrimento não há de afetar a todos, engana-se. Porque quem não sofre ao ver um semelhante seu lançado ao chão, encolhido, desabrigado e sem sua comida ou bebida, a espera, talvez de não esperar mais nada; quem, em melhor condição que este, ao menos que não se sinta recolhido e sensibilizado com semelhante situação de penúria descrita, pode se cientificar de que: esse próprio que ignora o sofrimento alheio, é quem ignora o inadequado sofrimento que um dia poderá recair a ele próprio, se persistir no caminho do orgulho, da soberba e da ganância. Mas será que é necessário mesmo que seja assim? Sempre e que com isto sempre se gere mais sofrimento e mesquinharias?
O poeta Carlos Drummond de Andrade (1998), que abriu a nossa postagem de hoje com o poema “A Luís Maurício, Infante” já escreveu muito bem, em citação já feita, mas que repete-se agora, assim: “É preciso criar de novo [...]. Reinventar nagôs e latinos, [...], e quantos ensinamentos e os modelos mais finos, de tal maneira a vida nos excede e temos de enfrentá-la com poderosos recursos. Mas seja humilde tua valentia. Repara que há veludo nos ursos” (ANDRADE, 1998, p. 91). Ou seja, se for preciso lutar e vencer um urso, para não ser por ele consumido ou submetido (vamos fazer a exposição assim), deve-se ainda observar que há uma certa suavidade na pele do urso. E isto Drummond de Andrade (1998) chama de valentia com humildade.
Assim, pergunta-se: quando o Brasil se sentirá pronto para crescer de fato com segurança, sustentabilidade, gestão e controle integrados ao progresso de toda a nação? SE há a valentia com humildade, então, quando haverá o crescimento do Brasil com sustentabilidade e equilíbrio?
Hoje, o progresso que se observa no Brasil, com o avanço da recessão e da crise político econômica é de um perseverar que com as “obsoletas ou inapropriadas” tratativas de amenizar e tentar solucionar este mesmo colapso que foi causado precisamente por políticas tendenciosas e que apostavam em opções já manjadas e comprovadamente equivocadas de lidar com tal questão, mas que mesmo assim, há que se insistir que tudo dará certo. Enfim, será? 
Ou seja, acreditamos que seja preciso reinventar, sim, com toda a carga poética e administrativa que isto exige sim, afinal, deve-se pensar na sensibilidade das medidas de políticas públicas - porque corrigir o Brasil, se é que isto é possível, exigirá muito tino, uma vez que medidas duras vão impactar diretamente na qualidade de vida e nos serviços prestados à população.
Tem um post que eu escrevi no começo da vida deste blog, por volta do segundo ou terceiro ano (no segundo ano desde blog, exatamente, no 14.º mês de vida do blog), em que se lê um texto chamado “Teoria do Regulamentado” 1 (que infelizmente saiu com uma fonte pequena, mas que tem um conteúdo bem específico de economia e modelos econômicos, inclusive; e outros) falando de Samuelson (1983) e demais teorias desta área do saber humano; onde lá, naquele post, quando analisava o modelo de economia do Brasil - que na época se apostava em juros mais baixos, crédito abundante e a meu ver tinha (ou tem) também uma falta clara de controle e de direção corretos ao caminho que o Brasil deva rumar – e assim pudesse corrigir os seus erros, para tentar apontar um rumo para que se consiga, por fim, começar a explorar parte do potencial que esta nação brasileira tem. Além disto, a Teoria do Regulamentado fala de questões de cargos de comissão pública, cargos de confiança, cargos regulatórios e fiscais, todos ocupados por indicações políticas, sendo que são os mesmos cargos que aprovam loteamentos, construção de parques industriais, ou seja, misturando política com poder privado, de empresas, num mix de negócios públicos e privados de “desenvolvimento”, lobby, negociatas, licitações armadas e etc., e a conclusão: uma corrupção imensurável. E para quê?  Eu respondo com a opção drummondiana: para que nós pudéssemos nos reinventarmo-nos. Reinventar os negros – e seus descendentes diretos e indiretos - e os sangues latinos. E isto ainda: por quê? Por causa do livre-arbítrio de cada um e mais algumas coisinhas mais, exemplos:
Porque acontece que o Brasil precisa de investimentos em Infraestrutura, energia limpa erenovável, além de atualizar os seus parques industriais, isto é: adquirir máquinas e adequar procedimentos a fim de obter maior produtividade. Mas para isto, talvez seja necessário um maior grau de escolaridade da população e neste sentido, uma reforma do ensino médio, pode sim ser bem vinda, mesmo que isto implique em aumentar a carga horária e expandir as opções de ensino que o aluno pode optar por ter.
Mas falando do post da Teoria Regulamentada, eu reescrevo aqui uma parte introdutória da postagem citada:

Já que, em 2013, pela primeira vez na história do planeta Terra, aqui na Terra de Santa Cruz (BR), inventaram os outros, os políticos dos abismos deste território em que tudo se dá, até que reinventaram a Política Empresarial ultra-corrompida.
O poderes legislativo, o executivo e por vezes, o judiciário, se tornaram "empresas" que de 4 em 4 anos têm eleições direta para a formação da diretoria (i.e. Prefeito, Deputados, Vereadores, Senadores e Presidente). Isto é observado, como por exemplo, no caso dos cargos comissionados, nada pior para o Brasil e para nós, brasileiros, do que cargo comissionado e as cunhas e as licitações e as privatizações, por que não privatizam a alma da Presidenta já que tem (ou tinham) tanto (ou tantos) encosto (encostos) ao lado dela? E que de tão cobiçada por seus encostados, seus próximos, acabou ela impeachment-ada; por fim, observando certa indiferença mesmo que semipresencial na passagem para os mundos espirituais de Fidel Castro, o mito, o símbolo, o contrate ao sistema e ao sonho do consumismo e da globalização, ícone este que agora se fora, e deixa uma lacuna ou uma oportunidade em seu lugar? Talvez isto, apenas os cubanos e o tempo dirá. Se é que há alguma evolução neste sentido, sem um algo extraordinário, que aproxime cuba do mundo. Mas, tornemos ao Brasil.
    A Política Pública tornou-se uma oportunidade para as empresas, ao menos era assim encarada no primeiro meado da década zero dos anos 2000 até o ano de 2014-15; e, neste ano corrente, alguns acordos estão sendo fechados, dizendo do maior acordo de leniência do mundo, e também alguns destes acordos correm em segredo de justiça – ou seja, o ano de 2016 ainda precisará ser reanalisado em 2017. Porque muito ainda deve ser esclarecido por aqueles que governaram para multiplicarem em 10, 100 ou 1000 vezes o patrimônio que tinham antes de serem empossados em cargos políticos.
    Enquanto isto, aqueles que eram de classe média em 1997 e que adquiriram cultura e intelecto, hoje, tem dificuldades de conseguirem um cargo de maior exigência intelectual, todavia, a agricultura e trabalhos mais operacionais, exigem cada vez mais mão de obra do que cargos administrativos e de supervisão (mas isto ainda é em virtude do nível de atraso no maquinário e parque industrial brasileiro, na média geral); mas acontece que sem desenvolvimento no parque tecnológico e sem tecnologia no campo, o crescimento no PIB brasileiro é tímido ou é negativo, enquanto o Brasil não começar a exibir o potencial que tem em termos econômicos, naturais, de pessoas e de ideias, de inovação e de tecnologia; com uma política pública e uma gestão empresaria de qualidades para que estes anseios todos possam de fato concretizarem-se. [...] Isto. E volta-se ao blog de hoje.

Esta postagem mencionada 1 é uma das primeiras grandes postagens deste blog, segundo a minha concepção de autor, e esta citação que refiz agora diz bastante do conceito principal da postagem referida. Enfim, mas voltemos a nossa análise do sofrimento que ainda o Brasil sofre mesmo após o impeachment, uma vez que a economia está relutante em sair da estagnação ou do vermelho, e parece que está complicado de ela (ou elas: Economia e Política) engrenar novamente – depois desta terrível e atual crise.
Eu entendi perfeitamente o que o PT fez com o Brasil, mas eu já desconfiava, ou praticamente tinha certeza de que nada daquilo daria certo, porque o próprio sistema mostrava entraves e engrenagens que não agregavam força econômica e produtiva de qualidade à nação, mas sim e evidentemente, aprisionava e inchava o país, tal como um viciado em cachaça faz com seu próprio corpo; ou seja, eu encaro-o como um governo de pseudos-trabalhadores, mas que se tornou um governo político, ou infelizmente, sinto muito mesmo ter de dizer isto, mas de politicagens, caro e ineficiente, com muita capacidade de realizar as coisas, mas apenas fazendo em partes, aquilo que originalmente estava previsto para ocorrer.
Sabem, sobre o caro, eu entendo que em alguns pontos, apesar de Steve Jobs (1955 – 2011) ter definido o conceito tecnologia atual como de alta qualidade, mas cara e mesmo extravagante em certos aspectos, em outros pontos, eu entendo que Steve apreciava também um P&D – Pesquisa e Desenvolvimento – de um custo talvez menor, mas que resulte em um produto ou serviço de excelência; mas vejamos a citação original de Jobs (1998) apud Beahm (2011) sobre isto:

Money – Innovation has nothing to do with how many R&D dollar you have. When Apple came up with the Mac, IBM was spending at least 100 times more on R&D. It’s not about the money. It’s about the people you have, how you’re led, and how much you get it…. Rarely do I find an important product or service in people’s lives where you don’t have at least two competitors. Apple is positioned beautifully to be that second competitor 2 (JOBS, 1998 apud BEAHM, 2011, p. 69).

Ou seja, a antiga administração pública federal – do PT – inchou o INSS, quando aumentou bem o salário mínimo, eu não digo que isto é ruim, mas sim que isto aumenta o buraco que há entre quem recebe um salário mínimo e quem nos anos de 80 e 90 (do século XX) tinha a expectativa de receber mais quando se aposentasse: com salário acima do mínimo e que sofre outro índice de reajustamento. Mas ainda acontece que o número de beneficiários ou dependentes que recebem um salário mínimo é muito maior do que quem recebe mais do que um salário mínimo.
 Ou seja, fazendo uma analogia, o PT encarra o dinheiro e o desenvolvimento exatamente o posto do que o PT fez com o Brasil.
O PT fez governo populista e “gastão”, vamos expor assim. Fazendo sim programas habitacionais, dando subsídios a faculdades privadas (com programas de bolsas), e fazendo a transferência de renda com a política assistencialista aos mais carentes, em tese. Mas isto tudo aumentou gasto, e não, por conseguinte, também, nem fez um investimento de qualidade que proporcionasse emprego em longo prazo e trouxesse uma visão sustentável e um crescimento econômico seguro ao país. Jobs, pelo que entendo, fica feliz em a Apple ser concorrente de empresas como IBM e Microsoft – talvez uma empresa mais do que a outra – do que por exemplo, desejar que só a Apple existisse, como em um oligopólio, por exemplo. E no mais, é importante que existam concorrentes para se fazer o Benchmarking e a Análise SWOT das empresas, onde por exemplo, JOBS (1998) cita que “When Apple came up with the Mac, IBM was spending at least 100 times more on R&D” – quando a Apple surgiu com o MAC, a IBM estava gastando pelo menos 100 vezes mais [dinheiro] em Pesquisa e Desenvolvimento. Ou seja, sabemos que o conceito de um produto da Apple é ligeiramente diferente de um conceito IBM, apesar de serem duas companhias gigantes das telecomunicações, da informática e da alta tecnologia pessoal, empresarial e governamental. E que o que importa não é em si o dinheiro que se tem, mas sim os negócios que se faz, além das pessoas que estão envolvidas nele, o avanço que isto traz e etc. 
Muito diferente dos descontroles de gastos e atrasos, aditamentos, recálculos e “versões finais” que são apresentadas como as obras concluídas, mas que tem vazamentos, rachaduras, tem erros de planejamento e execução, e isto quando não põe em risco a vida da população com estas obras e investimentos, ou mesmo quando a população não perece, literalmente, por causa disto tudo. De modo que assim que se antagoniza, aqui, Steve Jobs de Governo Federal PT. Só para constar, não tenho certeza sobre o Governo Lula, eu vivia muito alienado naquela época, enfim; mas sobre o Governo Dilma, posso afirmar que eles usavam o Open Linux, o Ubuntu, o GnomeKurimin, se não me engano, ou seja, nenhum software pago nos Governos PT – ao menos esta era a recomendação oficial ao qual eu tive conhecimento em um curso técnico de informática para a internet. 
Obviamente o Linux é ótimo sim, mas mais uma vez, a concepção Linux é diferente da concepção Apple e podemos dizer que são extremos, no que se referem a custo / benefícios. Linux é conceito de software livre e aberto; Apple é conceito de integração total entre o usuário e o produto/ serviço; exclusivamente pensado para atualizar a vida de quem é usuário de um i-Phone, um Mac ou mesmo um computador Lisa.
Isto exposto; já é hora de concluirmos nosso texto de hoje.
O PT quis tentar fazer o Brasil crescer (e até deu certo no começo) fortalecendo o empreendedorismo, as empresas de empreita – que até realizam alguns trabalhos muito bem feitos, porém, ao que tudo indica, havia uns dutos corrompíveis que minava parte das verbas de empresas para governos, e vice e versa, em contatos superfaturados, fraudulentos e que oneravam o verdadeiro trabalhador e a sociedade – e também, um governo que favorecia as classes sociais mais baixas, que em tese são os menos sortudos de destino, e isto se dava por meio de políticas públicas de valorização do salário mínimo, e assistencialista; falta de acuidade na gestão e no controle público-organizacional e etc. Mas não se trata apenas disto.
E Mais, pois uma vez que tudo, também, indica que houve pagamento de Bolsa Família a famílias fora do perfil do programa, como moeda de compra de votos ou como meio de criar uma rede política corrompida e articuladamente feita para tentar perpetuar o PT no poder, ou ao menos, contribuir significativamente para isto, inclusive. Sendo que recorrentemente se trata a isto como “esquemas de corrupção”, mas isto ainda não e tudo.
Já que, igualmente, devem-se observar posições de célebres autores; como a posição do clássico-moderno Samuelson (1983):

“Os economistas têm se consolado com seus parcos resultados pensando que estavam forjando ferramentas que com o tempo dariam fruto. A promessa está sempre no futuro; somos como atletas altamente exercitados que nunca participam da corrida e, em consequência, perdem sua condição física por treinarem demais. Ainda é muito cedo para se afirmar que as inovações do pensamento da última década [escrito originalmente na metade dos anos 40 – do século XX] puderam deter os sinais inequívocos de decadência que se encontravam claramente presentes no pensamento econômico anterior a 1930” (SAMUELSON, 1983, p. 10).

Existe uma certa situação de soberba desmedida e contraditória, ou mesmo, perdoem-me a palavra, uma burrice ou ignorância total nas consequências que certos atos públicos, principalmente os políticos e econômicos podem tomar. 
De certa forma, Samuelson (1983) antevia que os sistemas e modelos econômicos precisariam ser mais claros; também, deveriam ser melhormente definidos e estabelecidos, para que alguma inovação ou atualização no pensamento, de fato, pudessem suceder – e que com isto, as sociedades e empresas pudessem a vir a se desenvolverem de modo mais “perfeito”. E isto também se aplica ao Brasil, relativamente, óbvio: foram feitas atualizações e mudanças, mas os resultados que se esperavam obter não foram os que apurados foram: muitas intrigas e jogos de poder, ainda, foram e estão sendo descobertos por trás de toda esta suporta e pretensa evolução que a parte federal do Governo Petista queria, mas nem em tudo o que desejou conseguiu equalizar o país. Algo deu errado: talvez os sistemas, principalmente os sistemas políticos e econômicos; e mais a questão da corrupção geral que observamos. 
O Brasil é grande sim, mas roubar por demais, acaba por corroer mesmo as estruturas da nação, e isto é muito perigoso: é necessário que haja equilíbrio nas contas públicas, sempre – e cada vez mais isto é importante.
Governantes e empresas que não entendem isto, devem ser exemplarmente corrigidas a fim de que esta mudança de hábito indevido possa se alterar, e assim, por fim, comece a se explorar as capacidades totais do Brasil com sustentabilidade, dignidade clareza e transparências nas operações, contratos e, sobretudo, em todas as pessoas envolvidas cm isto tudo, que chamamos Brasil.

E me despeço hoje, aqui de Matão (SP), no comecinho desta noite de 03 de dezembro, de dois mil e dezesseis, uma noite chuvosa e fúnebre – em que a cidade viu em virtude do falecimento do jogador Canella que estava a bordo do avião que caiu na Colômbia, porque este jogador integrava à equipe do Chapecoense (2016) e também este jogador era natural da cidade de Matão/SP, nasceu nela. 
Este finado jogador, que era atacante da Chapecoense, também foi o primeiro nome pronunciado na cerimônia de homenagem fúnebre que ocorreu em Chapecó (SC), no campo da Chapecoense, na mesma data de hoje. 
Sendo que entendendo a delicadeza que a situação toda exige, este blog presta condolências às famílias envolvidas - entendendo que apenas a solidariedade, o afeto e o cuidado de todos para com todos que estão sofrendo com este acidente, poderá nos fazer suportar e transpassar este momento, com o mínimo de angústia possível.

Força Chape. Somos todos Brasil. Somos todos Chape. #ForzaChape.

Obrigado por visualizar e acessar este blog.
Até mais.



Referências

ANDRADE, Carlos Drummond de [1902 - 1987]. [Poesias Seleções] Antologia Poética. Organizada pelo autor. 39.ª Edição. Rio de Janeiro: Record, 1998.

BEAHM, George. I, Steve: Steve Jobs In His Own WordsEditado por George Heahm. Chicago (EUA): Agate Imprint; B2 Books, Novembro de 2011.

SAMUELSON, Paul Anthony. Fundamentos da Análise Econômica. Tradução de Paulo de Almeida. São Paulo: Abril Cultural, 1983.



NOTAS
1-      LIVROS DO EDSON. Teoria Regulamentada [A teoria do Regulamentado]. Publicado em Blogger (2013): Livros do Edson, postado em 29 de outubro de 2013. Disponível em <http://livrosdoedson.blogspot.com.br/2013/10/teoria-regulamentada.html>

2-      Tradução livre de citação de JOBS (1998) originalmente a Revista Fortune (de 6 de Novembro de 1998 3), entrevista citada por Beahm (2011,p. 69): Dinheiro – Inovação não tem nada a ver com quanto de P&D – Pesquisa e Desenvolvimento – você tem. Quando Apple veio com o MAC, IBM estava gastando ao menos 100 vezes mais com P&D. Não é sobre dinheiro. É sobre as pessoas que você tem; como você está negociando, e quanto mais você produz. Raramente posso achar um importante produto ou serviço em onde as pessoas vivem, quando você não tiver ao menos dois competidores. Apple está lindamente posicionada para ser esta segunda competidora.

3-      Endereço Eletrônico disponível em <http://money.cnn.com/magazines/fortune/fortune_archive/1998/11/09/250834/index.htm>