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sábado, 17 de abril de 2021

Lula Limpo

  

EF Souza


 

O TEATRO DAS SOMBRAS BRASILEIRO 

– Lula Limpo e Outros Textos

 

 

Power to the people - John Lennon

 

 

Livros do Edson já dizia isto, mas vamos repetir porque ainda não atingimos o número mínimo de pessoas que entendem isto, para que isto seja considerado um gossip, uma fofoca, um buchicho. A filosofia brasileira, ou melhor, o senso comum brasileiro, passa-se por filosofia, e esta vã “filosofia” brasileira é algo infantilizado, de papai-e-mamãe, de criar família, e que esta família destrua a natureza – mesmo sobre o pretexto de criar um recanto sustentável – mas destroem mata, abrem caminhos em padrarias, tiram a absorção do solo e o pra quê? Pois que ganham com isto – dinheiro e mais e mais gente no mundo!

E dizem que são sustentáveis! Meu Deus, que piada – a venda da Terra, tentando se passar pela própria sustentabilidade, pela própria conservação da Terra. Meu Deus, só a mudança dos cíclicos pluviais já é um sintoma que a terra não está bem e vem a Pandemia, comprovando isto – porque agora o underground é o novo normal.

E daí vem o machismo, o militarismo, as cunhas, as máfias deliberadamente criadas para manter o sistema exatamente como ele está, mesmo em época de pandemia? Que tolice, agora tome uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito - Federal (com poder de polícia e de investigação) seus imbecis. Agora tome debandada de investimentos verdes no Brasil. agora vem de novo a pobreza e a corrupção de alta adesão no Brasil. Meu Deus, como pode acontecer um negócio destes, falo da pandemia descontrolada no Brasil, um país tropical, e que agora tem o prêmio (invertido, um fardo ignóbil) de ser o país onde a pandemia mais achou campo fértil para se desenvolver, sofrer mutações e apresentar assim suas variantes mais letais ao mundo. E ontem, dia 16 de abril de 2021 é que o Ministério da saúde do Brasil fez a orientação de que as mulheres devem adiarem as suas gestações – beleza, mas explica isto para os maridos também. Que buraco se enfiou o Brasil? Tinha odor de fertilidade, mas era sim, de verdade uma grande cilada, veio a prole inadequada aos tempos que se passa; assim, as mulheres Amazonas (da Grécia antiga mesma) é que estavam certas, deixa só as mulheres cuidarem só das criança, e que estas crianças sejam apenas meninas da tribo.

 

É o que acontece na lei de licitações brasileiras (nova) recentemente aprovada pelo sr. Presidente (afinal, isto ele é, mas a qual custo, hein?). A Lei 14.133 (BRASIL, 2021) já está vigorando, em partes, porque o texto da lei, que sofreu vetos presidenciais e agora devem ser analisados pelo Congresso (futuramente), o texto prevê que a lei só vigorará integralmente daqui a 2 anos, sendo que os contratos assinados em regimes legislativos antigos continuam valendo, mas terão que se adequar, no futuro. Eu não entendo leis com ares de sustentabilidade, que dizem que podem esperar para se aplicar a sustentabilidade – o sustentável tem que o ser agora, e não no futuro apenas.

 

Enfim, são tantos contrapontos. Acho melhor deixar contrapontuado assim mesmo. Como o que não tem remédio, remediado está. Apenas dose bem, que a diferença da dose é a medida da cura ou da doença.

 

Nesta postagem de Livros do Edson, muita leitura meus amigos. Sabiam que querem taxar livros no Brasil taxar com impostos, a nível federal mesmo? Enfim... por isto, Livros do Edson F., oferece leitura nova, intelectual, de qualidade, de conteúdo acadêmico, pós-graduado a vocês meus queridos amigos leitores; e melhor, tudo isto de graça.

 

Poxa, poxa a vida. Só falta a Magazine Luiza também se interessar por autores novos agora, que bênção que seria. È ainda tem gente boa e de visão no mundo, e a Trajano é uma destas pessoas, a diretora do Magazine Luiza S.A. estava encabeçando uma frente privada de compra e aplicação de vacinas contra a Sars-Cov-II na população brasileira, mas isto sofreu forte resistência do governo (qaue é atualmente machista e controlador, que lástima), e que agora até tentam emplacar a nova lei desta vacinação, mas ainda que não pode desvincular totalmente a aplicação das vacinas contra a COVID-19 da priorização que o SUS – Sistema Único da Saúde, do Brasil – tem direito, em ministrar tais aplicações, distribuir e etc.

 

Bom é isto, quem nos conhece sabe que estamos um pouco mais ansiosos hoje, meio nervosos, e é porque vamos ter que nos retratar (não que isto seja algo ruim, em absolutamente nada, mas é que Livros do Edson costumeiramente não se retrata com tanta frequência – só me perdoem os erros de digitação e concordâncias - risos), isto se deve primeiramente, antes de tudo, porque com a sentença recém proferida do Plenário do STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL -, por 8 votos a 3, ficaram anuladas todas as condenações contra o Lula (da 13.ª Vara Federal de Curitiba) e assim ele recupera plenamente seus direitos políticos (CUT, 2021, disponível em <www.cut.org.br>).

Assim, Livros do Edson desde já pede desculpas por ter sido tão crítico contra Lula,

Sentimos muito mesmo Lula, perdão

E sentimos que ele, mesmo sem merecer, foi condenado injustamente por motivos escusos e torpes; e esta retratação, este pedido de desculpa a LULA e ao PT, por parte de Livros do Edson começa agora.

 

Muito obrigado por sua atenção, boa leitura e vamos lá?

 

 

 

 

 

LULA LIMPO

 

É comum que no Brasil, na mente e na realidade de algumas pessoas, é comum que se amarre cachorro com linguiça. Mas claro que isto é perigoso, porque o cachorro pode se soltar a qualquer tempo, bastando para isto ele comer um gomo de linguiça. Mas o Brasil é assim, principalmente com políticos, querem pôr os que não gostam do povo para cuidar das coisas do povo, e é isto o que houve com Bolsonaro, Moro e outros que se armaram para condenar Lula, tornando-o inelegível, e assim conseguiram colocar o Bolsonaro COMO presidente da república brasileira, atualmente. E colocaram para isto (para este crime contra o Brasil e contra o renome de Lula), colocaram para ser o algoz (um metido a verdugo) um juiz de primeira instância do poder judiciário, um ser totalmente NÃO simpatizante de LULA, para o julgar e condenar ambos, Lula e Brasil, só faltou pedir pra quem não gosta de Lula fazer as leis, que deveriam ser usadas para condenar injustamente o Lula. Como dizia Jesus na cruz: Perdoa-os Deus-Pai, pois eles não sabem o que fazem.

Ou seja, tudo isto foi mais um jogo armado, mais um teatro da sombras que foi criado para condenar um homem do povo, tudo isto foi feito para desconstruir a imagem de Lula, mas a justiça tardou só que não falhou. Ficou claro isto quando o Moro foi ser o super ministro do começo do governo Bolsonaro, depois por causa da família do presidente, o mesmo, ele próprio, e o ministro se desentenderam, tudo isto ficou muito estranho e o resultado é este aí, o próprio poder judiciário considerando que as condenações de Lula foram desmedidas e impróprias.

Dá nada não, põe para tocar a [música] Feijoada Completa de Chico Buarque e faz aquilo que exatamente é cantado na música, comemorando Lula livre e Lula mais limpo do que nunca.  

Lula foi responsável pelo maior booom de desenvolvimento que o Brasil teve recentemente, isto em meios totalmente democráticos e com a participação popular nas altas decisões políticas nacionais. Lula ouvia empresários, ouvia o povo, ouvia os religiosos, ouvia o pessoal da assistência social, negociava com políticos e mais do que isto, Lula valorizava a educação, valorizando a vida, a ascensão social, o meio ambiente, a diplomacia internacional, o comércio fortalecido, e etc. O PT ficou mais fortalecido com a era LULA e DILMA. E foram muitos anos (quase 16!) de um poder em que o povo se sentia representado, mas as coisas uma hora têm que se adaptar ou então são consumidas por situações, e foi isto o que houve, claro, hoje sei que muita gente tinha contra o PT motivos por causa do partido dos Trabalhadores de dar voz ao povo, de dar estudo ao povo, e de o PT ajudar o povo a pôr comida na mesa, porque o povo forte assusta os empresários de desejos sujos, de ficar rico à custa do esforço de seus empregados, enquanto seus trabalhadores só adoecem (perdem partes de seus corpos, ou mesmo, infelizmente, perdem suas vidas todas) e se sentem menosprezados – e Lula tirou isto do Brasil, no Brasil de Lula o povo era feliz e fortalecido, só que isto incomodou quem é contra ver o povo feliz.

Lula, Dilma, enfim, o PT, tinham um projeto aprovado pelo povo de 16 anos no poder e muita coisa foi feita, mas o clima de desestabilidade do Brasil já vinha desde 2012 e assim, perseguiram, condenaram e julgaram Lula e Dilma, causando com isto um terrível e muito provavelmente um mal irreparável ao Brasil. mas agora, se Deus quiser, aparecerá mudanças neste cenário nacional.

Lula livre, Lula limpo. Brasil livre, Brasil feliz. Lula conciliava o Brasil e não dava voz aos políticos e as empresários da corrupção suja, o grupo da morte, aqueles que querem ver a tristeza do povo ao contrário de sua alegria. E isto não é conto de fadas não, muito pelo contrário, tem muita energia ruim no Brasil e esta energia disputa espaço com a energia boa e da diversidade - que é justamente o Brasil, em suma: querem um Brasil cinza e desmatado, mas o brasil é colorido, o pau brasil é avermelhado e nossa diversidade brasileira é muito forte. Salve o Brasil de Lula.

 

 

 

@novalluz


 

 

 

Estácio

Pós Graduação – Modalidade EAD

Especialização em Engenharia Ambiental e Saneamento Básico.

 

 

TRABALHO AVALIATIVO

DISCIPLINA: Sistema & Tratamento de Efluentes

 

 

RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: Oasys Water: Equilibrando parcerias estratégicas e decisões de financiamento. De autoria de Ramana Nanda; William A. Sahlman; Sid Misra (2014). Estudo de Caso: Harvard Business School Publishing. ©2014.

 

 

EDSON FERNANDO DE SOUZA / Matão – SP.

 

 

A água é um bem de todos. Porém, este entendimento não é uniforme, porque alguns países “vendem” seus lençóis freáticos – e uma coisa que é de todos não pode ser utilizada de forma individual. Enfim, discussões filosóficas a parte (e vamos falar alguma coisa sobre o debate de haver ou não o conceito de bem comum, ou se de fato, como diz Smith, simplesmente o mote que vale a pena seguir é: seja egoísta e faça sua parte), o mundo deve se resolver de alguma forma mesmo. Enfim, é claro que existem bens comuns, e evidentemente a água é um dos mais importantes deles.

De acordo com os autores Irigaray; Gorczavski (2019) a água é um bem comum, mas para entender este conceito é necessário que anteriormente entenda-se a questão da importância de outros direitos, como “direitos humanos, pelos princípios basilares de relação com a água, com direito humano protegido por políticas públicas” (IRIGARAY; GORCZAVSKI, 2019, p.15) e etc..

Porém, filósofos como Adam Smith e Nietzsche (2000), que seguem a linha de Schopenhauer e da Vontade de Potência (vontade de vencer e conquistar coisas na vida) afirmam que pensar no bem coletivo é um fraqueza, porque, de fato, o homem deveria ser impetuoso, dominador e preocupado com a arte de auto conservar-se, vejamos:

 

Com isto, toco a obra-prima na arte da auto conservação, do egoísmo... com efeito, se admitirmos a determinação, a missão particular, o destino dessa missão está muito acima da média ordinária, pois não há perigo maior do que dar-se conta de si mesmo [...]. Para expressar-se com uma fórmula colhida na moral: o amor ao próximo, o viver pelos outros, etc., podem ser as medidas preventivas para a conservação [e não utilização, ou da negação] do mais absoluto amor de si mesmo (NIETZSCHE, 2000, p.62-63).

 

 

Entretanto, se analisarmos a situação do uso da água com a ótica do uso particular apenas, e que a vontade de uma pessoa, ou de um grupo de pessoas prevaleça ao entendimento coletivo sobre o uso da água, então, faria sentido o entendimento de uso egoísta dos recursos hídricos.

Entretanto, como a água é um bem de todos, e ela deve ser pensada de forma coletiva e abrangente, então, o que deve ser mais ponderado mesmo, é a questão do uso racional e bem estruturado dos recursos hídricos.

Conceitos introdutórios expostos acerca da questão da água, presentemente, faz-se a resenha de um estudo acadêmico que trata do reuso da água e do uso racional dos recursos hídricos. Estamos falando do estudo intitulado “Oasys Water: equilibrando parcerias estratégicas e decisões de financiamento”; de autoria de Nanda; Sahlman; Misra (2014), publicado na Harvard Business School (Estudo de caso – n.º 9-815-076, de nov. de 2014).

Trata-se de um estudo extremamente técnico e intrincado. A Oasys Water é uma empresa real, e que trabalha com osmose inversa (em inglês, FO ou forward osmosis) e outros sistemas de membranas para recuperação de águas servidas com altos índices de salinidade, incluindo o método ZLD (em inglês, Zero Liquid Discharge – descarte líquido zero).

Este tipo de tecnologia é categorizado na terceira classe dos tipos básicos dos tratamentos de resíduos de óleo e gás / combustível (geralmente, de Petróleo, e em inglês, O&G – Oil and Gas), se tratando de um processo de natureza química, física ou biológica.

Sobre isto, diversos autores, como Pires (S/d) e Mariano (2005), abordam a questão da importância destes tipos de tratamentos de resíduos ou efluentes. Já que para um maior efeito nos processos de tratamento deste tipo de material residual, o primeiro processo que é empregado nos efluentes das refinarias de O&G é o tratamento da separação do material residual em diferentes categorias de efluentes, assim, facilitando seus respectivos tratamentos:

 

O tratamento dos efluentes das refinarias de petróleo. Um bom tratamento das águas residuárias [residuais] das refinarias pode resultar em altos níveis de recirculação e reuso, diminuindo substancialmente a quantidade de efluentes a serem lançados. Para uma maior efetividade e economicidade, geralmente o primeiro processo empregado nos efluentes das refinarias é a separação em diferentes tipos de efluentes que, de acordo com suas características, recebem tratamentos diversos. De acordo com Mariano (2005), os tratamentos dos efluentes de refinarias são classificados em três tipos básicos: primários - uso de separadores gravitacionais; secundários - englobam os processos de neutralização, coagulação química seguida por sedimentação, e os processos de filtração e flotação;         terciários - de natureza química, física ou biológica - uso de lodos ativados, lagoas aeradas, filtros biológicos, lagoas de estabilização, torres de oxidação, filtração, adsorção em carvão ativo e osmose reversa. (MARIANO 2005 apud PIRES, S/d, p. 131-132).

 

Mas não se trata apenas da questão da osmose reversa, e de todas estas tecnologias de dessalinização ou de reuso de águas servidas, trata-se também de um estudo que analisa as diversas opções de investimentos, de financiamentos e de parcerias estratégicas para os negócios.

Isto diz de um universo muito amplo de assuntos estratégicos / técnicos. Por exemplo, sobre financiamentos, pode-se ter linhas de créditos especiais para investimentos em infraestrutura, isto com parcerias no poder público, por outro lado, pode-se tentar as parcerias estratégicas particulares como o PE / VC, isto é Private Equity / Venture Capital (equivalência patrimonial / capitais de risco) e etc..

“Investidores estratégicos eram vistos como tendo muitos recurso para tecnologia e diligência de mercado. A sua participação em uma rodada de financiamento poderia ser um forte sinal positivo sobre a importância e disponibilidade de uma tecnologia [assim]” (NANDA; SAHLMAN; MISRA, 2014, p.8).

Entretanto, as perguntas feitas com os negócios da Oasys water não são assim tal facilmente respondidas, porque, quando a empresa queria atuar no mercado chinês, vários entraves aconteciam, como as barreiras de direito à propriedade intelectual, e o uso de empresas ligadas á cultura da internet, como se sabe, na China liberdade de comunicação, propriedade pessoal e demais conceitos sofrem distorções em relação a estes mesmos conceitos, como eles são comumente aceitos no oriente. Assim, percebe-se que a tecnologia nem sempre acontece ou nem sempre é totalmente utilizada, por causa de lobbys ou influências, também.

 

 

REFERÊNCIAS

 

NANDA, Ramana; SAHLMAN, William A.; MISRA, Sid. Oasys Water: Equilibrando parcerias estratégicas e decisões de financiamento. Rev. Harvard Business School, Id Case n.º n.º 9-815-076, de nov. de 2014. © 2014, Presidente e colegas da Harvard College. Todos os direitos reservados. Para solicitar permissão para fotocopiar ou reproduzir o conteúdo de artigos, ligue para 1-800-545-7685, ou escreva para Harvard Business School Publishing, Boston, MA 02163 ou ainda acesse www.hbsp.harvard.edu. Versão online. Versão traduzida por corpo docente de IES: versão para fins educacionais, para He Others, Universidade Estácio de Sá, Pós-Acadêmicos Estácio. A cópia ou o envio deste documento viola os direitos autorais. Acesso mediante log-in em <http://pos.estacio.webaula.com.br/ead/ disciplineDetails> Acesso em 08 de fev. de 2021.

 

IRIGARAY, Micheli Capuano; GORCZAVSKI, Clovis. Água como bem comum: o reconhecimento de um direito humano. Anais UNISC..XVI Seminário Internacional / XII Mostra Inter. de Trab. Acadêm. 2019. Pp 1-17. Versão online. Disponível em <https:///www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url

https://online.unisc.br/acadnet/anais.index.php/sidspp/article/download/19659/119261 2372&ved=2ahUKEwjJj8...> Acesso em 12 de fev. de 2021.

 

NIETZSCHE, Friedrich. Ecce Homo: como cheguei a ser o que sou. São Paulo (SP): Ed. Martin Claret, 2000.

 

PIRES, Antônio Jorge Ferreira Pires. Monitoramento e Controle da Poluição Ambiental. Antônio Jorge Ferreira Pires. Santos (SP): Núcleo de Educação a Distância da UNIMES. (Material didático. Curso de Gestão ambiental). Acesso mediante log-in em <www.server1.unimesvirtual.com.br> Acessado em 28 de ago. de 2020.

 

 

 

 

 

 

TRABALHO AVALIATIVO

DISCIPLINA: Avaliação de Impactos Ambientais

 

 

RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: Identificação, Mapeamento e Monitoramento do Impacto em Organizações Híbridas. De autoria de Diane Holt e David Littlewood (2015). Estudo de Caso publicado em Rev. California Management Review, vol. 57, Nº 3, pp 107-125. ©2015.

 

 

EDSON FERNANDO DE SOUZA / Matão – SP.

 

Quando o Irmão Frei Luca Pacioli, que desenvolveu o método das partidas dobradas (o princípio de tudo o que a empresa tem é igual a tudo o que a empresa deve), isto ainda no século XIII [1], em plena Idade Média, ele criou a contabilidade moderna como a conhecemos, e presumivelmente Pacioli não supôs que os objetivos das empresas (lucros e continuidade, por exemplo) pudessem mudar ao longo do tempo. Isto quer dizer que basicamente as empresas, as entidades contábeis servem para dar lucro aos donos ou investidores, além disto, as empresas tem o princípio da continuidade, como a questão das empresas de família, em que mesmo com o falecimento de um membro mais velho da família (que tocava o negócio), o negócio continua, com um herdeiro assumindo a administração deste negócio e assim vai. Assim, diz-se que as empresas tem que seguir, categoricamente, os princípios da entidades contábeis, e da continuidade – e com isto, justifica-se inteiramente as partidas dobradas, onde tudo o que a empresa tem é igual a tudo o que ela deve, seja ela devedora a terceiros, a bancos, enfim, ou mesmo o que a empresa deve aos donos ou investidores dela, com a distribuição de lucros e dividendos, os valores retidos em reservas de capital e etc.

Os objetivos das entidades contábeis, ou empresas, mudam ao longo do tempo, ou melhor ao longo dos séculos. Por exemplo, pegue-se a revolução industrial. Era uma revolução das manufaturas contra as produções mais artesanais. Depois vem a outra revolução industrial, das linhas de produção, e toda a questão gerencial que isto acarretou. Depois teve ainda a terceira fase da revolução industrial, com o mundo globalizado e as expansões dos mercados, das telecomunicações e da informática; ultimamente, fala-se da indústria 4.0, ou seja, a indústria ligada à internet das coisas, a indústria modular, adaptável e formada por indústrias que tem severas preocupações socioambientais e etc. (FIA, 2020).

Com alguns conceitos essenciais incialmente expostos, então, apresenta-se o estudo dos autores Holt; Littlewood (2015), que falam da questão das empresas híbridas, ou seja, empresas que têm preocupações socioambientais (e que nem sempre significam preocupações com lucros) conquanto a empresa também tiver suas preocupações econômicas (isto é, empresa atenta a suas reservas, suas contas contábeis, seus lucros e etc.). Porém estas empresas híbridas apresentam uma gama imensa de variações e diversidade, por exemplo:

 

Como exemplo dessa diversidade, exige-se que uma organização cadastre-se como uma organização não governamental internacional (ONG), porque a empresa utiliza o nome do país onde está a sede. Na realidade, elas possuem características de ONG, empresa com fins lucrativos e associação comunitária, ou seja, essencialmente elas são híbridas. É essa diversidade que sugere que um processo de mapeamento de impacto, através de uma análise indutiva de nossos casos, resulta em uma contribuição que pode [ser] amplamente aplicada (HOLT; LITTLEWOOD, 2015, p. 110).

 

Assim, faz-se a resenha do artigo acadêmico intitulado “Identificação, Mapeamento e Monitoramento do Impacto em Organizações Híbridas”, estudo acadêmico este que faz parte do célebre rol de artigos que integram o Estudo de Caso Harvard, se tratando então (neste ad ínterim), de um estudo da Instituição de Ensino Superior, publicado na revista California Management Review, catalogado como Case Program cmr.2015.57.3.107. Além disto, esta pesquisa foi financiada pelo Conselho de Pesquisa Econômica e Social (referência RES- 061-25-0473). Por fim, os copyrights são de Harvard Bussiness School, e podem ser obtidas mais informações no contato: permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860, sendo que A cópia ou o envio deste documento viola os direitos autorais.

O estudo resenhado é de autoria de Holt; Littlewood (2015), sendo que Diane Holt é Professora Universitária Sênior em Gestão na Escola de Administração, discente de Essex, Universidade de Essex, Reino Unido. Contato com a professora pode ser feito em <dholt@essex.ac.uk>; e David Littlewood é um Professor Universitário, na área de Reputação e Responsabilidade, discente na Escola de Administração Henley, Universidade de Reading, no Reino Unido. E o contato com o professor Littlewood pode ser feito em <d.c.littlewood@reading.ac.uk>

O estudo trata da questão de fazer a exposição de “um processo [que serve] para identificar, mapear e construir indicadores de impacto baseados em um estudo com vinte organizações híbridas na África Subsaariana” (HOLT; LITTLEWOOD, 2015, p. 107).

Como o estudo fala de empresas híbridas na nações Africanas Subsaarianas, evidentemente, o texto resenhado tem uma alta carga de escrita sobre meio ambiente, sustentabilidade, projetos sociais, ações sociais e os impactos destes projetos / ações todos no desenvolvimento sustentável.

E os autores Holt; Littlewood (2015) realmente captaram o cerne de toda a temática do estudo que eles se propuseram a fazer, tratando de regiões com graves problemas de desenvolvimento, e de desenvolvimento sustentável, pegando ainda a questão das empresas com forte cunho social, e a concepção das empresas híbridas, casando assim todos os pontos do texto – desenvolvimento, erradicação da pobreza, dignidade humana e sustentabilidade.

 

Os contextos institucionais fragmentados e altamente variáveis das nações da África Subsaariana e os problemas sociais graves existentes nesses ambientes com recursos limitados conduziram a uma proliferação de tipos diferentes de organizações híbridas que lidam com diversos desafios sociais e ambientais intransponíveis (HOLT; LITTLEWOOD, 2015, p. 108).

 

O estudo além de tratar destes novos cocneitr5os de desenvolvimento holístico-sustentável, de empresas híbridas e de modelos de negócios verdes, além disto, o estudo traz um modelo de gestão especialmente adaptado para as necessidades destas empresas híbridas que atuam na região africana subsaariana.

Este modelo de gestão é oriundo do padrão Hy-Map, isto é, um modelo semelhante ao diagrama de análise SWOT, ou semelhante a uma matriz de alvo central, de hierarquia de prioridade e escala de valores. Sendo que os autores Holt; Littlewood (2015, p. 115) dizem assim sobre tais análise de gestão (Hy-Map) nas empresas híbridas da África subsaariana: “Após identificar e se envolver com as partes interessadas relevantes, sugerimos que o modelo Hy-Map ofereça um mecanismo capaz de gerar uma visão holística de uma organização híbrida e seus impactos potenciais em várias partes interessadas”.

Por fim, aponta-se que o estudo de Holt; Littlewood (2015) traz relevantes informações sobre as empresas híbridas e a necessidade de readaptação que os processos empresais devem passar; mesmo fazendo atualizações nas definições de contabilidade, e deixando claro que sim, as empresas ainda precisam ter lucros, porém, que as empresas com ações de cunho social, ou mesmo as empresas híbridas, com certeza, prezam sim por lucros, índices de rentabilidade dos negócios e etc.; porém que outros valores, como valor agregado a produtos, iniciativas sociais, programas de desenvolvimentos de comunidades, e ações de enfrentamento a pobreza, por exemplo, são mais (ou, ao menos, tão) importantes quanto a lucratividade. Porque de fato, a empresa atua em nichos sociais (comunidades), e de certo modo, favorecendo as próprias comunidades, no fim das contas, são as próprias empresas que também saem favorecidas.

 

 

REFERÊNCIAS

FERRARI, Bruno Amorim. Contabilidade Financeira VS Gerencial: Um estudo da evolução histórica da contabilidade e formação dos contadores. © 2003, pp. 53. Copyrights do autor. Curso de Ciências Contábeis. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis — SC. Versão online. Disponível em <http://tcc.bu.ufsc.br/ Contabeis300550.PDF> Acesso em 27 de jan. de 2021.

 

FIA (Fundação Instituto de Administração). Indústria 4.0: o que é, consequências, impactos positivos e negativos (Guia Completo – resenha). Site de FIA (Blog). Datado de: 11 de nov. de 2020. Disponível em < https://fia.com.br/blog/industria-4-0/> |Acesso em 28 de jan. de 2021.

 

HOLT, Diane; LITTLEWOOD, David. Identificação, Mapeamento e Monitoramento do Impacto em Organizações Híbridas. Rev. California Management Review, Vol. 57, nº 3, pp.107–125. ISSN 0008-1256, e-ISSN 2162-8564. © 2015 pelos Regentes da Universidade da Califórnia. Todos os direitos reservados. Para solicitar permissão para fotocopiar ou reproduzir o conteúdo de artigos, entre em contato com a Universidade da Califórnia em

http://www.ucpressjournals.com/reprintinfo.asp. DOI: 10.1525/cmr.2015.57.3.107. Versão online. Versão traduzida por corpo docente de IES: versão para fins educacionais, para Oscar Javier Celis Ariza, Universidade Estácio de Sá. A cópia ou o envio deste documento viola os direitos autorais. Contato: Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860. Acesso mediante log-in em <http://pos.estacio.webaula.com.br/ead/ disciplineDetails> Acesso em 24 de jan. de 2021.

 

 

NOTAS DESTE TEXTO

[1] Nota do estudante: (assunto: Contabilidade moderna – sua gênese e aplicabilidade) sendo que as teorias de Pacioli prevaleceram como as únicas formas da contabilidade moderna do século “XV até o século XVIII” (SCHMIDT, 2000 apud FERRARI, 2010, p.23).

 

 

 

 

 

Pós Graduação – Modalidade EAD

Especialização em Engenharia Ambiental e Saneamento Básico.

 

 

TRABALHO AVALIATIVO

DISCIPLINA: Hidrologia e Drenagem Urbana

 

 

RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO: Conselho Metropolitano de Suprimento de Água e Esgoto de Hyderabad. De autoria de Jennifer Davis; Sunil Tankha; Henry Lee (2006). Estudo de Caso Case Program CR14-06-1828.0, de Kennedy School of Government.

 

 

EDSON FERNANDO DE SOUZA / Matão – SP.

 

Ao se dedicar à leitura de um estudo de caso que aborda uma realidade, aparentemente, deveras longínqua e muito diferente da nossa (brasileira), como o estudo de Davis; Tankha; Lee (2006), que trata da questão do desenvolvimento (ao menos, do uso adequado) dos recursos hídricos e de esgotamento sanitário da densamente populosa região de Hyderabad, na Índia; o que se percebe, ao se ler um texto como o que é presentemente resenhado, é que de fato, apesar de serem culturas diferentes, com povos diferentes e problemáticas diferentes, Brasil e Índia têm semelhanças no clima, na questão da desigualdade social, e na complexa temática do uso racional dos recursos hídricos e de conseguir obter sucesso ao se dar um adequadíssimo destino final ao material residual oriundo dos esgotos.

Neste sentido, apresenta-se o artigo intitulado “Conselho Metropolitano de Suprimento de Água e Esgoto de Hyderabad”, que faz parte do célebre rol de artigos que integram o Estudo de Caso Harvard, se tratando então (neste ad ínterim), de um estudo da Instituição de Ensino Superior, Kennedy School of Government, catalogado como Case Program CR14-06-1828.0.

O estudo resenhado é de autoria de Davis; Tankha; Lee (2006), que são o corpo de acadêmicos, que é formado pela professora Jennifer Davis (na época, integrante do Massachusetts Institute of Technology), o autor / professor Sunil Tankha; e a participação de Henry Lee, (estes últimos – ambos – palestrante sobre políticas públicas da Kennedy School of Government).

A pesquisa que é presentemente resenhada, ao qual este caso foi baseado, tem o apoio da John F. Kennedy School of Government de Harvard, e também contribuição da UNDP-World Bank Water & Sanitation Program, o escritório regional do sul da Ásia, e do governo dos Países Baixos, Netherlands Partnership Program. Os direitos autorais © do estudo dos autores Davis; Tankha; Lee (2006) é do presidente da Fellows Harvad College, e são estudos integrantes do rol de artigos do Case Program  Kennedy School of Government.

O estudo trata da região de Hyderabad, que contém mais de quatro milhões de moradores; de modo que a cidade de Hyderabad é a capital do estado meridional indiano de Andhra Pradesh; e a localidade é a sétima maior cidade da Índia, e ainda é a cidade que mais rapidamente cresce naquele país. “Ao longo das últimas duas décadas, a população da cidade expandiu em uma taxa média de mais de três por cento ao ano; mais recentemente, essa taxa aumentou para 5,6 por cento ao ano” (DAVIS; TANKHA; LEE, 2006, p. 01).

Os autores Davis; Tankha; Lee (2006) ainda usam ferramentas estatísticas para estimar que, a cada dez anos, 2,2 milhões a mais de pessoas vão morar em Hyderabad. Sendo que até 2020, espera-se que sua população chegue a 11 milhões.

Todavia, não foi exatamente a este montante numérico / populacional que a cidade de Hyderabad chegou em 2020. De fato, os dados estatísticos e de densidade populacional na Índia estão desatualizados, e não se sabe precisar ao certo a quantidade de pessoas que vivam naquela região, isto de forma categórica e acuradíssima.

Porém, a ONU (2018) apud Época Negócios (2019) diz que até 2030 a região de Hyderabad haverá se tornado uma das megalópoles mundiais, onde “em um novo estudo, a ONU prevê que, até 2030, dez novas megalópoles serão estabelecidas. Um ritmo de expansão bastante acelerado” (ONU, 2018 apud ÉPOCA NEGÓCIO ONLINE, 2019, endereço eletrônico).

Onde pede ser considerado ainda a questão do fenômeno do êxodo rural ou da urbanização da vivência em meio social, ou, simplesmente, a tendência da vida social urbanizada; sendo que até meados do século XX, dois terços da população global não morava em áreas urbanizadas, há que se considerar que atualmente 55% da população mundial vive em cidades (ONU, 2018 apud ÉPOCA NEGÓCIO ONLINE, 2019, endereço eletrônico).

 

A lista [novo estudo da ONU[2]] denota, sobretudo, o crescimento econômico de grandes centros africanos e asiáticos. Na Índia, as cidade de Hyderabad e Ahmedabad ultrapassarão, até lá, a fronteira dos 10 milhões de habitantes, e se juntarão a Nova Déli, Mumbai, Kolkata, Bangalore e Chennai. Déli, inclusive, deverá ser a cidade mais populosa do mundo em 2030, ultrapassando Tóquio, com nada menos que 39 milhões de pessoas. Com isso, a Índia teria sete megalópoles. (ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE, 2019, endereço eletrônico).

 

Ou seja, o estudo de Davis; Tankha; Lee (2006) contém imprecisão, sendo que isto é notado, por exemplo, quando os autores vêm a afirmar que Hyderabad teria mais de 11 milhões de habitantes até 2020. Isto pode ter se dado em razão da região geográfica ampliada, que provavelmente pode ter sido utilizada pelos autores Davis; Tankha; Lee (2006) para superestimar a população da região de Hyderabad.

Entretanto ONU (2018) diz que até 2030 Hyderabad terá se tornado uma megalópole, contando então, com mais de 10 milhões de habitantes (ONU, 2018 apud ÉPOCA NEGÓCIO ONLINE, 2019).

Assim, o artigo de Davis; Tankha; Lee (2006) pode ter algumas imprecisões, em razão de sua pretensão de tratar de algo tão sério e atual, agora, para as sociedades mundiais de 2020/21, porém este era um assunto ainda pouco discutido na metade da década inicial (de 0’s) do século XXI. Mas ao mesmo tempo, o artigo traz informações precisas sobre a tomada de decisão (para dar um vislumbre desta cena de tomada de decisão) da implantação (e da decisão de escolher um dos três modelos / estratégias de concessões / negócios expostos a seguir e) do Conselho de Fundos Hídricos, ou melhor posto, da época de formação de Conselho Metropolitano de Suprimento de Água e Esgoto.

Davis; Tankha; Lee (2006) relatam que as três estratégias para os investimentos em Fundos Hídricos e para a Formação do Conselho Metropolitano de Suprimentos de Água e Esgoto, são: primeiramente, a estratégia da concessionária privada que poderia se tornar a única responsável de fazer a extensão do serviço para a população mais pobres (e que mais precisavam deste tipo de serviço) a um preço controlado, com a previsão de atuação de um agente regulador que viesse a garantir que investimentos estritos acontecessem nas agendas de expansão e melhorias da rede. Já a segunda opção de estratégia seria a de permitir que a concessionária escolhesse os bairros os quais ela quisesse alcançará as estipuladas metas de expansão; todavia, sob o viés deste acordo, apenas comunidades pobres, muito provavelmente, unicamente seriam servidas quando as concessionárias quiserem e também se elas pudessem fazer investimentos pelas melhorias de serviço (DAVIS; TANKHA; LEE, 2006). Por fim, a terceira opção era a de dar a responsabilidade financeira primária, pelo serviço de águas e esgoto para os lares pobres, para os próprios, isto é, para “a corporação municipal de Hyderabad, que já desempenha um papel de prover serviços de infraestrutura para as favelas da cidade” (DAVIS; TANKHA; LEE, 2006, p. 03).

E realmente, estas informação dão um deslumbre da tomada de decisão sobre o estilo de negócios / concessão que deveria ser dado a Água e Esgoto de Hyderabad. E da dimensão de que além da população, este assunto é algo que interessa para investidores, para as empresas, para bancos, para governos, para o Conselho e etc. Acompanhe-se este trecho:

O Gopal é uma pessoa (servidor público civil) muito importante nesta negociação, também. Gopal é o Diretor- Gerente da HMWSSB, isto é o Conselho Metropolitano de Suprimento de Água e Esgoto de Hyderabad (ou do inglês Hyderabad Metropolitan Water Supply and Sewerage Board - “o Conselho” / HMWSSB). (DAVIS; TANKHA; LEE, 2006)

Gopal articulava as reuniões com as equipes do Banco mundial, isto para dar um suporte ao Conselho na preparação para sua estratégia. Mas todos sabem que a estratégia de privatização é urgente e iminente, mas Gopal precisa avaliar as três estratégias rápido. (DAVIS; TANKHA; LEE, 2006)

Entretanto, a equipe de banco fazia questão que o Conselho se pronunciasse sobre uma estratégia clara, principalmente a respeito da entrega do serviço em questão para os pobres, isto ainda se governo ou conselho estivessem interessados em fazer os esforços para que sucedesse a privatização. Porque a impressão que havia é que era para privatizar tudo e que o serviço chegasse onde chegasse, todavia, este não era o ponto. Houvesse suporte técnico pra isto, ou não (DAVIS; TANKHA; LEE, 2006).

Ou seja, parece que os próprios indianos pouco se importavam coma questão do acesso dos mais pobres ao serviços de água e esgoto, porém, a pressão dos investidores e do banco Mundial para que houvesse sim, a inclusão dos mais pobres neste negócio / concessão, acabou forçando o HMWSSB, e Gopal a repensarem suas estratégias e de fato, incluem uma propostas mais robusta, que incluíssem os mais pobres nos planos de negócios iniciais, da expansão da rede de água e esgoto de Hyderabad.

Por fim, Gopal percebeu que sem uma estratégia colaborativa e admissível, o banco certamente iria retirar o apoio para o programa de privatização. Assim, Gopal precisaria rascunhar uma proposta à favor dos mais necessitados, ou “pró-pobres” em que atendesse completamente as preocupações do banco / investidores (DAVIS; TANKHA; LEE, 2006).

Assim, percebe-se que o artigo resenhado se mostra como um material acadêmico de alto nível de qualidade, contendo muita informações estratégicas, análises dos autores, além de anexos com planilhas e demais informações confiáveis sobre a situação exposta.

Mas deve ser lembrado também as deficiências do estudo, principalmente no que se refere as previsões do mesmo. Por exemplo, sobre divergências entre as previsões dos autores para a população de 11 milhões de habitantes em Hyderabad em 2020 afirmada por (Davis; Tankha; Lee (2006), enfim, isto não se concretizou. Assim, tem-se o contraponto do que é afirmado por ONU (2018) ao dizer que Hyderabad só terá mais de 10 milhões de pessoas entre 2020 e 2030 (ONU, 2018 apud ÉPOCA NEGÓCIO ONLINE, 2019, endereço eletrônico).

Mas é importante ainda que se considere a designação “Hyderabad”, que é usada no artigo resenhado, para fazer alusão às cidades adjacentes das regiões de Hyderabad e Secunderabad, localizadas em margens entre opostas do rio Musi. O Conselho de Águas de Hyderabad abrange toda a área de Hyderabad-Secunderabad. E deve ser considerado, ainda, o censo dos estados da Índia de 2001, em que é declarada a população de Hyderabad em 3.449.878 pessoas. (DAVIS; TANKHA; LEE, 2006).

Conclui-se disto que, os autores Davis; Tankha; Lee (2006) apresentam um estudo preciso no sentido de dar uma real dimensão ao leitor da situação complexa e tensa (e por que não, o jogo de poder?) que envolve as questões ambientais, o progresso, enfim, a natureza, os fundos hídricos, os recursos hídricos, as populações e etc. em Hyderabad, enfim. E por outro lado, o artigo estudado ainda contém alguns deslizes, mas que são plenamente compreensíveis, dada a magnitude de toda a situação pesquisada e descrita.

Predominante, enquanto há preocupações que trazem indagações como “qual a relação que tem um artigo sobre a formação do conselho Metropolitano de Suprimento de Água e Esgoto de Hyderabad, e a realidade brasileira?”, certamente, há soluções para estas preocupação que se apresentam e se delimitam, quando percebe-se que os problemas de saneamento básico, de desenvolvimento e de sustentabilidade da Índia, e do Brasil, são semelhantes; e se certas diferenças culturais forçam as pessoas a ver uma determinada situação de formas diferentes, soluções eficazes e eficientes atestam que modelos de negócios / gestão, e ideias podem ser replicadas em outros países (e que assim, realidades diferentes, com problemas semelhantes, podem sim seguir modelos de soluções análogos, respeitadas certas particularidades, evidentemente), bastando para tal que haja um ambiente, uma atmosfera propícia aos negócios (ou concessões) sustentáveis, eu que as negociações se deem; e isto é assim em praticamente todo lugar. É preciso que se combine os anseios de investidores, com o que diz e o que faz o poder Público, a sociedade também precisa ser ouvida e deve ser pensado em, no caso, um sistema de saneamento básico que venha a ser de qualidade para todos, além claro, da influência de forças políticas, de imprensa, sociedade civil organizada e etc. E estas coisas todas, sem dúvidas são sim explicadas e tornadas nítidas no texto resenhado, e no mais, a inteligência e a perspicácia do leitor, permite que demais conclusões sejam tomadas.

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

DAVIS, Jennifer; TANKHA, Sunil; LEE, Henry. Conselho Metropolitano de Suprimento de Água e Esgoto de Hyderabad© Fellows Harvad College (2006), ® John F. Kennedy School of Government de Harvard, HKS319, pp. 01-24. Case program CR14-06-1828.0. Versão online. Versão traduzida. Na tradução de Oscar Javier Celis Ariza (publicado por Estácio de Sá, em 2017). Esse documento é autorizado apenas para uso de revisão educacional por Oscar Javier C. Ariza, Universidade Estácio de Sá. Copiar ou postar é uma violação de direitos autorais. Permissions@hbsp.harvard.edu ou 617.783.7860. Direitos autorais do Case Program. Para informações de pedidos e permissões de direitos autorais, por favor visite nosso site www.ksgcase.edu ou envie um pedido por escrito para Case Program, John F. Kennedy School of Government, Harvard University, 79 John F. Kennedy Street, Cambridge, MA 02138. Acesso mediante log-in em <http://pos.estacio.webaula.com.br/ead/ disciplineDetails> Acesso em 14 de jan. de 2021. Versão original disponível em <https://www.comunitas.org/wp-content/uploads/2019/06/7-Hyderabad-Water-case.pdf>

 

ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE.  Mundo terá 10 novas "cidadesgigantes" nos próximos anos; confira quais são... Site de Época Negócios; Portal Globo (Mundo)Datado de 15 de fev. de 2019. Revista Eletrônica. Versão online. Disponível em <https://epocanegocios.globo.com/ Mundo/noticia/2019/02/mundo-tera-10-novas-cidades-cigantes-nos-proximos-anos-confira-quais-sao.html> acesso em 15 de jan. de 2021.

 

 

 

NOTAS:

2 Nota do Estudante: Documento da ONU que traz a lista de cidades megalópoles, isto é, cidades com mais de dez milhões de habitantes. Mais detalhes em endereço eletrônico das UN (United Nations). un.org. <https://www.un.org/en/ development/desa/population/publications/ pdf/urbanization/the_worlds_cities_in_2018_data_booklet.pdf >. Acesso em 17 de jan. de 2021.

 

edsonnando (DJ)

 




[1] Nota do estudante: (assunto: Contabilidade moderna – sua gênese e aplicabilidade) sendo que as teorias de Pacioli prevaleceram como as únicas formas da contabilidade moderna do século “XV até o século XVIII” (SCHMIDT, 2000 apud FERRARI, 2010, p.23).

[2] Nota do Estudante: Documento da ONU que traz a lista de cidades megalópoles, isto é, cidades com mais de dez milhões de habitantes. Mais detalhes em endereço eletrônico das UN (United Nations). un.org. <https://www.un.org/en/ development/desa/population/publications/ pdf/urbanization/the_worlds_cities_in_2018_data_booklet.pdf >. Acesso em 17 de jan. de 2021.