LIVROS DO EDSON
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PRIMEIRAS PALAVRAS
Vivemos cercados em um mundo que nos diz, para seguir o caminho mais fácil (nadar com a corrente e não contra ela,
como dizem), um mundo que diz que você deve ser exatamente aquilo que a
sociedade quer que você seje: se nasceu no interior, deve ouvir música
sertaneja; se é robusto, deve ser operário; se tem ideias, deve (é melhor!)
esquecê-las, ou fazer que elas virem dinheiro, pois só assim as ideias
tem valor na sociedade - todavia, a sociedade não foi criada de um modo
justo, e a maneira como as riquezas foram acumuladas, salvo raras
exceções, sempre as fará carregar em si, alguma coisa de podre e
decadente. Não que esse blog seja contra
TODA E QUALQUER Sociedade, os EUA, por exemplo, país desenvolvido, de
primeiríssimo mundo, apesar de muitas críticas, tem uma grande
sociedade, e, os USA, se empenham, cada vez mais, em regular os
mercados e criar possibilidades e oportunidades à todas as camadas
sociais da população, em contrapartida, a sociedade brasileira dá
passos em falsos, e só repetições e mesmices tem vez, na tola e pacata
cidade a qual estamos entregues - reféns do transporte público, dos
alagamentos, do crime e do desprezo das autoridades e de algumas
entidades e suas culturas ¹.
Talvez, um
nobre ser da consciência da Terra poderia dizer assim a nós: "O
Mundo é
o mesmo, mas as pessoas, talvez sejem outras: são pessoas menos
preocupadas
com a natureza, que não respeitam a mata e os antigos valores de
vivência em um meio comum - falta empatia, o por-se no lugar do outro
, de fato, falta tato a muita gente e por isso muita coisa se perde". E
se isso se aplica a muitos, aos leitores deste blog, é como gostamos de dizer, "Aqui não!";
neste endereço na web (www.livrosdoedson.blogspot.com.br), aqui não
cultivamos o banal, pelo contrário, vamos ao extremo da exploração filosófica, e se desvios e falácias,
surgem no caminho, ainda assim, temos a percepção destes erros, e nós
nos esforçamos para corrigi-los, diferentemente de muitos outros dogmas
socias, que pregam a ocultação dos erros para pousarem de "bons moços"
(paradigma perfeito), ou ainda, para dizerem que erro algum não foi
cometido, afinal, eles são a Lei, que não se retrata (jamais!) e mais
que isso, persistem em seus erros. Mais uma vez: Aqui não.
Muita gente
já percebeu a carga erudita que
há por aqui. Isto é bom e ruim. Como sabemos (na verdade, não
expliquei, isso, inteiramente, ainda, aqui, neste blog), mas, como
sabemos, não é possível gostarmos daquilo que não conhecemos, assim,
quanto mais pura e refinada for uma dada matéria, um assunto, uma arte,
mais difícil é para o grande público assimilá-la, por isto, insisto em
dizer
que 5500 visualizações neste blog é um grande feito, é muita gente, com
ideia, porque gente sem ideia não consegue entender este blog, assim,
mais uma vez, meu muito obrigado a cada um de vocês que me leem agora,
neste momento, show, amigo (a). Mas voltando, quanto mais refinada é
uma coisa, menos ela é aceita. Isso porque, por séculos, famílias, e
países e reinados inteiros,
ensinavam a seus filhos, de toda e qualquer forma, que "leitura" era
ruim, pois enlouquecia; diziam que arte e cultura eram para os artistas
errantes, os circenses, os "show-men" e que estes, tal qual-mente, os
trovadores e os poetas, não eram aceitos socialmente, pois arte e
cultura não era profissão até o século XX, isto é, era uma profissão,
sim, entretanto, marginalizada, o que ainda é muito nos dias de hoje,
em alguns lugares do planeta.
Mas hoje, a "arte" é imediatamente
lucrativa, e não só existe a grande arte (investimento), existe, também, a arte
das massas. Mas, nós aqui deste blog, preferimos a cultura cult, o
alternativismo e as tendências intelectualizadas, sempre, e o
Magnífico, acima de tudo, algo nestes padrões...
Hoje a
indústria do entretenimento diz que é interessante ser pop star, como
se ser artista, fosse como ser atendente, e fosse algo como realizar um
trabalho impessoal, que
não impregna uma marca à sua obra, e se esquecem que artista,
geralmente, é um tipo de pessoa muito sensível, haja vista que, sempre,
grandes artistas, anônimos ou não, acabaram por se envolver em
"esquemas"
perturbadores, ou pior ainda, adoecem ou falecem - artista é um
profissional independente, igual ao auditor compromissado com a
verdade. E quem não se lembra da maldição dos 27 anos? Quantos grandes
artistas não morreram nesta idade, senão me engano, Drummond tem um
poema sobre essa temática. E no mais, certamente, muitos artistas já se
mataram por não serem aceitos socialmente - por sorte isso não é tão
comum hoje, onde muitos "artistas" de baixo calão fazem sucesso,
enquanto que
gente talentosa, original e criativa, fica entregue aos seus fieis
amigos, ou, quando não, fica esquecida, sozinha de tudo e de todos, em
um mundo capitalista onde quem não consome, é o próprio primeiro a ser
consumido.
Mas ainda,
de qualquer modo, você recebe aquilo que dá, sempre. Só pomos um monte
para fora, do que já foi enchido aos poucos, por dentro. Nada, exceto o
ficcional, é incidental, tudo tem uma causa e efeito - tudo tem uma
motivação que se envolve, e isso independe, de grandes ou mesquinhas
motivações, mas é óbvio, os grandes vão aos cumes,
os infames, descem às profundezas, em seu devido tempo e lugar - pois,
de fato, vamos exatamente onde estávamos, e recebemos intensificado,
aquilo que distribuímos.
Aqui, uma arte feita em GIMP do Linux,
trabalhada toda com texturas, efeitos "Lava", gradient (degradê),
efeitos de luz e um pincel diferente. Essa arte já ganhou alguns
comentários, disseram que parece que foi feita com canetinha, retirou
um suspiro de espanto "feliz" de uma outra pessoa, e um outro ainda
disse que é lindo. Agradeço imensamente as manifestações que essa
"tela" causa, eu gosto muito dela, e acho que ela me deu muita sorte, e
de fato, ela representa um fim de um ciclo complicado e difícil em
minha vida, mas que creio, já encerrou-se, como disse. Viva! e que
venha a vida nova, com novas formas de artes e comunicações.
E, para fechar a sessão de Arte
(lembrando que aqui, Arte, quer dizer, um trabalho de imagem feito em
software de desenhos ou similares), um bônus, uma textura, em duas
versões, a original, uma terra gelada e a outra, a mesma porém
ladrilhável, ou seja, dá para usar como fundo de blog, por exemplo:
Original:
Encaixável:
PROSA DOS TRÊS QUARTOS
I
Ouvi dizer que me ouviu dizer sobre...
Ouvi dizer que me viu lá -
como se soubesse,
o que de fato, fui lá fazer.
Nem eu sei porque andava tanto,
nem eu sei porque faço as coisas tão bem,
deveria ter entregue tudo aos outros,
há muito tempo atrás, mas não, continuei
a converter três quartos de polegada em milímetros,
prossegui mixando em três quartos de tempo, em live set,
e criando mash up de tempos completos, de três ou quatro fases.
Estive lhe esperando, amiga; senti sua falta, louco insano, intelectualizado,
Cadê ti, poliglota das alturas, viajante dos espaços e das medidas?
Já mostramos ao mundo a que realmente viemos?
Não, amigos, queridas, na verdade, estamos os poupando
de tamanhas mudanças que terão de ocorrer, um dia, e enquanto podemos
vamos vivendo, aprendendo, sabendo e sendo, nada mais, nada menos,
Do que um pouco daquilo tudo que poderíamos ser.
II
Sou aquele que tudo provou, e que, um dia, pretendo tudo saber.
3/4 não é 1, não é 100%, não é carga total,
mas ainda assim é um valor considerável
mesmo que isso aparentemente
nada queira dizer, sua medida pode ser 3/4 -
um casaco 3/4 pode ser seu item da sorte, no inverno;
uma meia, 3/4, pode lhe salvar, em um dia estressante?
E aquilo que mais despreza e não pretende usar,
Ou Ousar Ser,
Certamente, a aquilo que provará - advinhe?
Mas por mim, tudo isso passa
E não há nada, mais nada, absolutamente,
que não se resolva, de dois modos:
O Primeiro: fazer uma longa caminhada, de preferência no campo ou bairros afastados ou rurais, ou em vias isoladas mesmos,
por longas horas, deixando que sua mente, mais do que seu corpo e seus
passos, guiem seus caminhos, a fim de que, ao cabo da jornada, após se
sentar, finalmente em chão sólido, descansando e exausto, obtenha a resposta do que lhe aflige.
A SEGUNDA:
é a primeira, isto é é do mesmo modo, só que sem andar, só que sem ser
nada mais do que é a Fé, pura e simplesmente verdadeira por si só.
III
Você é a razão do meu sucesso,
sua satisfação me fez chegar aqui.
Sem Você, sem leitor internauta,
não haveria obra alguma destas,
Nem blog nem novos sets mixados,
nada, e eu não seria, ao menos,
Um tanto mais conhecido e pior,
Eu não seria nem lido
(e que alegria essa!).
Eu não...
Teria estado hoje aqui,
A dizer que de mim,
Muito mais que 3/4
É por ti. Sempre por ti.
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