blog de Escritor: Edson Fernando

Livros do Edson: Blog









(interação: Aperte CTRL + ou CTRL - para ajustar o modo de visualização) This page is not mobile-friendly.
Aproveitando as imensas facilidades do mundo on line e, também, aproveitando o imenso conteúdo que tenho de material escrito, resolvi transcrever uns livros on line.
É um projeto longo, acho que vai levar um tempo, mas as semente foram lançadas. E ora, os frutos, os frutos serão os mais variados possíveis, como agregar novos leitores e aumentar a minha visibilidade,além de proporcionar um pouco de diversão e cultura gratuitamente a todos vocês.Espero que gostem!

Boa Leitura, Leitores Amigos.

Esta publicação confirma a minha propriedade do Web site e que este Web
site respeita as políticas do programa e os Termos de utilização do Google
AdSense. partner-pub-0072061571065124

google.com, pub-0072061571065124, DIRECT, f08c47fec0942fa0


google.com, pub-0072061571065124, DIRECT, f08c47fec0942fa0

Translate

Pesquisar este blog

Hyperlinks











Visualizar perfil de Edson Souza no LinkedIn




Seja Bem Vindo, Amigo, Por Muito Tempo Lhe Esperei, agora, Fique à Vontade!

Edson Fernando Souza | Create Your Badge

google.com, pub-0072061571065124, DIRECT, f08c47fec0942fa0
google.com, pub-0072061571065124, DIRECT, f08c47fec0942fa0

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Renato






Postagem 81 deste blog. Com o tema ↓


Re-Nato: Renascido, outro aniversário;

E, também, inspirado nas distâncias.


(onomatopeias para adultos?

prefiro separar tudo em canais de áudio)


Escrito por Edson, em Matão: de 25 de Abril à 04 de Maio de 2014.
Obrigado, Mais Alto, pela inspiração deste material.


Quadro-texto: Por que no Brasil não valorizam a Inteligência?


Editorial    

"Quando não se dá a devida atenção à

Educação de Qualidade e à Cultura Salutar

Surgem os Paradigmas Morais Duvidosos

e a cultura, de subversiva, torna-se vulgar".


    Para subtrair o nível de pobreza intelectual, é necessário muito tempo de dedicação ao estudo; subtrair a pobreza física é relativamente mais fácil e rápido, basta um Governo atuante que enxergue alterações que precisam ser feitas para acompanhar as novas condições de mercado, e permitir a competitividade Glocal ao empresariado e aos trabalhadores do Brasil, além de um ambiente justo, saudável, propício para a ocorrência da livre concorrência, e, que sejam possibilitadas, assim que necessárias, as melhorias nas empresas para continuarem a exercer suas atividades (Princípio Contábil do Going Concern).

    Mas é claro que o governo brasileiro não faz assim - há muitas teorias. Dizem que uns seis ou sete são "donos" de certas regiões, e para esses poderosos, certas 'mudanças' (ou melhor, evoluções?) não seriam, em nada, 'interessantes', se houvessem. Outros ainda defendem "o pra que mudar", se quem 'precisa' ganhar já está ganhando, e se quem não tem nada, nada pode fazer para mudar? Há ainda a teoria que o Brasil é uma eterna colônia, e que, de fato, nunca, em absoluto, fomos independentes e autônomos - pode chamar de povo 'explorado', será que nos acostumamos a sermos explorados? Certamente, prezados leitores e leitoras, a alguém interessa o Brasil como está desde 1998.

    Nesta postagem de Livros do Edson teremos muita coisa: arte panfletária (como gosto de chamar), uma espécie de monólogo (esquete) com frases de Renato Russo, um teste sobre dar & receber, uma resenha sobre changeling, uma prosa, um texto sobre mim e mais uma coisa ou outra, entre todas essas coisas. Mas o que tudo isso tem a ver com o Brasil, com a nossa situação?

    Creio que está na hora de renascermos para nós mesmos, temos que achar uma data qualquer, um pretexto, e pôr um fim ao que precisa ser posto um fim e reiniciarmos todo o processo. Há um custo na mudança, mas o benefício, quase sempre é muitíssimo maior.

    Muito boa leitura, e muito obrigado por acessarem esse blog, e por verem esse site. Blog é Cyber Cultura.




soundcloud: Tecnotronic - Get Up




Arte do Post


A seguinte arte eu finalizei em GIMP, e as formas e texturas 3D, foram feitas em Blender Linux.



Arte: Lugares 'Distantes' das Luzes




vídeo utube: O Rappa: A feira





Teste

RECOMPENSA E SACRIFÍCIO


    Qual sua relação com o trabalho? Trabalha por dinheiro ou prazer? Gosta de fazer as coisas rapidamente, de modo a que as acabe logo, ou sabe que cada coisa tem seu tempo de se realizar, segundo vários fatores?

    Segundo as correntes psicológicas, os trabalhadores podem ser divididos entre os que querem as recompensas imediatamente após fazerem seus trabalho (seja essa recompensa em espécie, dinheiro, ou seja álcool, uma religião, amor e sexo, drogas, etc) e as pessoas que conseguem realizar grandes trabalhos para só depois pensarem em suas recompensas. Além destes, há uma outra categoria, que quase sempre vive as turras com o mercado de trabalho e toda a sociedade. Dizemos trabalhadores, mas isto se aplica a muitos outros sentidos.


Trabalhadores Sacrifícios

 Trabalhadores Sacrifícios são ótimos para trabalhos braçais e físicos. Gostam de receber por quinzena ou semana. Geralmente tem um vício (que usam como válvula de escape do estresse do trabalho, note que esse vício pode ser até mesmo uma coisa bem aceita socialmente, como uma pessoa fanática ou alienada religiosamente, um bêbado, ou ainda, um pretenso dj de funk proibidão). A grande maioria da População se enquadra nesta categoria.

Trabalhadores Recompensas

 Trabalhadores Recompensas são excelentes para atuarem no nível estratégico e realizar tarefas mentais e longas. Esses trabalhadores apresentam características únicas, como um poeta contabilista, ou um remixador de sons regionalistas cult, mas também pode ser um advogado com conhecimentos em administração, ou ainda, um técnico de fabricação mecânica, que domina a retórica, a oratória e as belas noções de etiqueta. Uma minoria da população se enquadra nesta categoria, devido a inter-relação entre habilidades, já por si, raras e espetaculares, em um só ser. Pode-se se moldar deste modo, mas leva vários anos e muitas provas.

Trabalhadores Alheios

  Já os Trabalhadores Alheios são os avessos (ou peculiares) ao extremo, por um motivo ou outro. Podem ser muito bons sacrificadores ou recompensadores, entretanto, possuem algo que não os enquadra socialmente, e que muitas vezes pode isto nem sequer pô-los no mercado de trabalho. Alguns, a sociedade gosta de chamar de 'deficientes', mas isto não quer dizer não tenham seu valor. De todo modo, os trabalhadores alheios são os que mais entram em atritos (de um modo ou outro) com os empregadores e a sociedade e de fato, a sociedade talvez não esteja pronta para eles. Este grupo vive em constante expansão.

Tabela de tipos de profissionais.



Responda sinceramente as perguntas abaixo para descubrir, de fato, de qual dos tipos acima você é?



1 - Seu primeiro emprego foi (ou) pretende que seu primeiro emprego seja:

a) Algo que lhe dê estabilidade e reconhecimento;
b) Alguma coisa que possa até ser (ou ter sido) dura, mas que trará (ou trouxe) muito retorno em salário.
c) Algo novo, revolucionário, e que, talvez, nem ao menos, tomem conhecimento dos seus trabalhos feitos.
d) Não curto trabalhar.


2 - O que mais gosta de fazer no trabalho?

a) Obedecer ordens e fazer horas extras para que meu salário venha gordo no fim do mês.
b) Planejar e supervisionar, e não que nisto não esteja incluso por a mão na massa e vestir a camisa da empresa.
c) Planejar e supervisionar, desde que nisto não esteja incluso por a mão na massa e vestir a camisa da empresa.
d) Não curto trabalhar.


3 - O que menos gosta de fazer no trabalho?

a) Acessar email, redes sociais, sites de notícias e baixar arquivos.
b) Arrumar o ambiente de trabalho, manter a limpeza e a organização do lugar.
c) Seguir ordem, concordar incondicionalmente e ter que cumprir horários rígidos demais.
d) Não gosto de trabalhar.


4 - Qual o seu plano para a sua carreira?

a) Tenho um plano irregular, que se baseia em ir atrás de empregos que pagam mais, onde eu vou migrando de área de acordo com o setor que melhor paga.
b) Tenho um plano fixo de trabalho, um planejamento certo do que quero fazer.
c) Pretendo atuar dentro de uma área que melhor aproveite todas as minhas capacidades e aptidões.
d) Não trabalhar na vida.


5 - Se tivesse que resumir trabalhar em três palavras seriam:

a) Faça você mesmo.
b) Organizar, planejar e executar.
c) Fazer, receber e gastar.
d) Não para mim.


6 - Você pretende (ou sempre pretendeu ser) um trabalhador:

a) Que seja lembrado por seus feitos incríveis.
b) Um trabalhador que viaja muito, sempre atrás das melhores oportunidades efêmeras.
c) Visionário. Com novas ideias ou muitas formas diferentes de se chegar ao resultado desejado.
d) Nenhum.


7 - Salário é :

a) Consequência (resultado) de um trabalho bem orientado e bem feito.
b) Salário é o que me me mantém, mantem minhas coisas e meu status.
c) Não ter salário é muito pior do que receber pouco; mas, as vezes, vale mais nada ter, do que ter muito pouco.
e) Salário (e carteira registrada) é para os fracos.





Tabela dos valores de cada resposta

1 2 3 4 5 6 7
A 1,5 1 1,5 1 0,5 1,5 1,5
B 1 1,5 1 0,5 1,5 1 1
C 0,5 0,5 0,5 1,5 1 0,5 0,5
D zero zero zero zero zero zero zero




CONCLUSÃO


  • de zero Pontos até 3 Pontos (maior parte das respostas D): Você não gosta de trabalhar, aparentemente com nada e nesses casos, há basicamente três opções: ou você é bem de vida e não tem que se preocupar com o trabalho. Outra opção é você não ter bens, neste caso, não trabalhar poderá te trazer problemas, principalmente se mora no Brasil. Se ainda não descobriu do que gosta, fique frio, uma hora, quando menos se esperar, algum serviço vai lhe atrair; agora, se é um vagabundo confesso e sem dinheiro, meu amigo há poucas opções para ti e elas incluem a mendicância, ou a plena submissão social.

  • de 3,01 Pontos até 5 Pontos (maior parte das respostas C): Você é um trabalhador alheio e a sociedade, mesmo se você tiver interesse em trabalhar, pode não saber como aproveitar as suas capacidades.

  • de 5,01 Pontos até 8,99 Pontos (maior parte das respostas B): Você é um trabalhador sacrifício, e mesmo dizendo frases como "trabalhar não mata ninguém" ou "meu trabalho me trouxe até aqui", em algum lugar de você, talvez lá no fundo, você ainda associa trabalhar com algo ruim e que só tem o seu lado bom, com as recompensas financeiras e monetárias, que o trabalho pode proporcionar.

  • de 9,00 Pontos até 10,5 Pontos (maior parte das respostas A): Você é um trabalhador recompensa e seus trabalhos quase sempre terminam em grandes sucessos, devido a sua capacidade de saber aguardar (planejar), e de saber atuar em uma empresa ou projeto.


Meu próprio teste deu resultado 7, com maioria das respostas C. Assim, há uma outra forma de interpretar este teste: associando a nota com a maioria das alternativas escolhidas como respostas. Se bater a nota e a maioria das respostas, o.k., trata-se de um tipo puro, sem variações. Agora, se der maioria de uma resposta mas a nota somada corresponder a outra categoria, então, nesses casos (e caos), indica um ser indeciso, que não tem lá muito firmeza em suas resoluções. Indica alguém que está sempre tendo que se afirmar, ou então, pode acabar por se desviar de seu caminho. No meu caso, eu tenho pretensões de criar algo novo, revolucionário, mas ao mesmo tempo, deixo-me levar pelas situações e pelos salários que me oferecem. Deste modo, claramente, estou a não seguir meu planejamento, assim, não sou um tipo recompensador, que pena...  quem sabe, posso refazer o teste daqui a sete anos? E os seus resultados? ... :)

vídeo Utube - Legião Urbana - Sr da Guerra




Renato Russo - Diálogo com o Mestre


( Cena na cozinha de um casa zen, ouve-se o som da chuva e o vento bate portas e janelas. Ouve-se a voz de um narrador que diz, logo após a porta abrir com a força do vento : )

Voz: _ Entre, Renato!

( e surge Renato Russo - vídeo ou holograma - entra pela porta, tira um pouco dos pingos da chuva e diz : )

A: _ Merda! Que chuva! A gente ia fazer um show no parque... caramba, ia me esquecendo, entra Renato, Renato, vem.

( e várias outras imagens ou hologramas do Renato Russo vão entrando em cena, em torno de três, ao todo, mas o diretor pode adaptar isto. O interessante é que cada Renato representa um momento ou uma fase do verdadeiro Renato Russo : )

B: _ A Tempestade que chega é da cor de teus olhos, castanhos...

A: _ Dorme agora, é só o vento lá fora.

B: _ Me abraça forte, e diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo.

C: _ Quero colo, vou fugir de casa, posso dormir aqui com vocês?

A: _ O que aconteceu ainda está por vir e o futuro não é mais como era antigamente. 

C: _ Nós nos perderemos entre monstros, da nossa própria (pro) criação, e serão noites inteiras, talvez por medo da escuridão, que ficaremos acordados, imaginando alguma solução, pra que esse nosso egoísmo, não destrua o nosso coração.

A: _ Se a via crucis virou circo, então estamos aqui.

C (e A, opcional): _ Moramos na cidade, nós e o presidente.

A: _ Vai ver que é assim mesmo e vai ficar assim pra sempre.

B: _ Matando o tempo procurando uma briga e vendo as meninas que passam. 

C: _ Eu vou pra curva do diabo, só pra diminuir. E vocês?

B: _ Eu moro com a minha mãe, mas meu pai vem me visitar.

A: _ Quero me encontrar, mas não sei onde estou, vem comigo procurar algum lugar mais calmo. 

C: _ Longe desta gente estranha que não se respeita.

Coro: _ Tenho quase certeza que nós não somos daqui.

A: _ Eu moro na rua, não tenho ninguém, eu moro em qualquer lugar... já morei em tanta rua que eu nem me lembro mais...

C: _ Eu Moro com meus pais.

B: _ Eu não tenho ninguém!

A: _ Sou a gota d'água, sou um grão de areia, vocês dizem de seus pais não lhes entendem... que absurdo!

B: _ Meu filho vai ter nome de santo, quero o nome mais bonito.

C: _ O senhor da guerra não gosta de crianças.

B: _ Vamos fazer um filho?

C: _ Vamos brindar a estupidez de todas as nações!

A: _ Vamos celebrar nossa justiça, a ganância e a difamação!

C: _ Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão; vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente que trabalhou honestamente a vida inteira, e agora não tem mais direito a nada;  vamos celebrar a aberração, de toda a nossa falta de bom senso, nosso descaso por educação; vamos celebrar o horror de tudo isso com festa, velório e caixão, 'tá' tudo morto e enterrado; agora,  já que também podemos celebrar a estupidez de quem fez essa declamação...

B: _ Venha! Meu coração está com pressa, quando a esperança está dispersa, só a verdade liberta, chega de maldade e ilusão, venha, o amor tem sempre a porta aberta, e vem chegando a primavera, nosso futuro recomeça, (e) venha! que o que vem é perfeição!!

C: _ Que país é esse?

A: _ Nas favelas, no senado, se cheira pra todo lado, ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação.

B: _ Que país é esse?

C: _ Terceiro mundo se for, piada no exterior, mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar 1 bilhão, quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão.

A: _ Que país é esse?

B: _ Olhem só o que eu achei, Cavalos Marinhos...


(introdução feita por edson; grandes frases retiradas de letras da Legião Urbana - saudades, Legião; saudades, Renato)

vídeo doUtube - Legião Urbana - Índios




Prosa do Distante



I


Sou um tanto irritante, quando não, um ofegante

Sabiam que andava com aquela guia, toda tardia? 



Mas deixa, não convém mais disto falar,

Uma vez que de ti agora eu vou narrar,

A vós, que estais tão distantes, e justamente

Neste (o) grande distanciamento ausente

onde sentes, mais precisa, a tua alegria.


Eu não te conheço. Nós não nos conhecemos!

Mas isto o que já nos importa? 



Se nós somos conexão no linkedin,

Podemos, nos mandar, mensagem direta, no twitter

Ou ainda nos falamos via facebook,

email, celular, skype, pinterested,

soundcloud, promodj, reverbnation 



E nos falamos, mesmo eu sem saber russo

E você mesmo sem ter certeza se fala com uma máquina

Ou uma pessoa viva, que anda, respira e estar a ser...



II


Sou aquilo que disseram que eu seria,

Ou aquilo que pensam que acham que devo ser,

Mas, veja só, eu não sou isto aí, Não

- eu posso até ser,  por Caridade Moral,

como bem explicava Irmã Rosália desde 1860,

mas de fato, não sou aquilo que pensam que sou - 



Não, sou antes uma mistura de genes, situações e coisas

sou um tanto do outro (the other) em mim,

sou um passado esquecido e em sonho impossível

Que um belo dia acaba por se realizar - plenamente!


E não sou aquilo que escolhi ser, não ainda.

Todavia, um dia, sei que serei aquilo que sou.



III


Desenhista, atenta-te para o processo de usinagem: cisalhamento.

Dj, vê se faz a mixagem longa, regula bem os canais e ajusta, sem tremular, o fader.

Gerente, distribui corretamente as tarefas de modo a otimizar o ambiente de trabalho.

(O) Público, já virou de costas bem na hora em que tocava um new sub-hit?


Já andou tanto no mato com corotes, lubrificantes e caixas de gelo?

Já usou fluido de corte para realizar o tratamento térmico?

Já apurou fidedignamente os resultados ao término do exercício?


Aquele que lhe paga é o mesmo que lhe cobrará em um futuro,

E aquele a quem paga é aquele quem lhe cobrará em um distante.

Neste instante, vi a garça ofegante; quisera ser como ela

E portar em cada um das costelas, uma milhar de diamantes.


No clube, mano, véio, um milhar de diamante

De garça ou de pomba, nada valem; Vale mais é ver

a Lucy no céu, com os seus diamantes na mente.



IV 


Você é aquele quem vence o pacato,

Quem carrega arquivos que trazem

As respostas para os dilemas que tinha

Des'da tenra idade desta sua atual vida.


Onde ESTAVA quando não viu o que fazia(m) com sua vida



Mas, como sabe, seu futuro começa agora, com as respostas

Que obteve - e sabe, sempre as teve, tinha é medo de fazer

as Perguntas certas para si mesmo, no silêncio do teu quarto.



V


E surge, finalmente, aquilo que esperou.

Mas não é exatamente como esperou,

uma vez que tudo isso já supera as tuas expectativas.


Vós outros, onde estavam,

Por que se agitam e tremem os queixos e bocas?

Já é hora do inverso rigoroso que tudo trava e sufoca?


De todo modo já passou também esta prosa e se tratando dos outros

Quanto menos se disser, tanto melhor será para eles.


E a distância sempre é boa,

se faz sentir saudades que dói

essa mesma saudade é que nos une


E se foi uma paixão que foi embora com a distância,

talvez tenha sido melhor assim, porque antes assim , 

Do que o sofrimento fosse maior.

Antes terminar ausente

do que permanecer na ausência.


E sobre o Tempo e a Distância,

muitos poucos podem se considerar

especialistas. 



E quem, de fato, quer ser especialista nisto?





Arte-texto: Tudo tem um Tempo certo para acontecer




CHANGELING : O Sonhar

O Jogo que tem que pagar "Peta"


   Dedicado a Jim Henson (dos Muphet Babies) - cuja inspiração continua a nos desenvolver à infância ¹ - e a Neil Gaiman (The Sandman) - que rasga o véu para nos mostrar sonhos ocultos ¹ - Changeling: O Sonhar, foi lançado no Brasil pela Devir, a edição que tenho é de 2005, nos EUA changeling foi lançado em 1998, escrito por Mark Hein°Hagen (criador do sistema storyteller™), e Sam Chupp e Ian Lemke, com a colaboração de Joshua Gabriel Timbrook. Tradução de Rodrigo Pontoglio.

    Changeling é um termo em inglês, formado por duas palavras → to change (verbo - mudar, trocar, ou, adjetivo, inconstante) e ling (substantivo, criança, menino ou menina), assim changeling quer dizer criança trocada, ou bebê estranho (feio), e diz, também, do velho conto de fadas 'espiãs malditas', que entravam em castelos europeus e trocavam crianças reais (ou da plebe, em último caso) por seres feéricos ou fantásticos; no jogo, o que acontecia na época é que as fadas trocavam os bebês, que eram levados às terras das fadas, enquanto o ser feérico, substituto, ficava no lugar do mortal, na Terra. Desta prática surgiu o expediente das fadas, onde elas "entram" em seres humanos e podem continuar a existir em seu asilo de sua terra natal, a Arcádia e o Alto Sonhar. O jogo se chama changeling porque neste RPG, não se joga com um ser pleno do mundo das fadas, mas sim uma mistura (criatura mix?), um ser que tem uma parte de mortal e outra parte glamour (ou magia das fadas), e esse é um dos pontos chaves do jogo: equilibrar as necessidades feéricas, como inspirar ou tirar a esperança de alguém, como mostrar sua verdadeira natureza, etc e, em contraparte, realizar feitos mundanos, como se desenvolver socialmente, crescer (em tudo que essa palavra queira dizer em termos de humanidade), criar família e ciclos de amizades, trabalho...

        Changeling é sobre um mundo mágico, onde tudo é possível e quase sempre ocorre, mas a magia é frágil, por esses dias, e o lado humano, adulto e responsável, sempre tenta atrapalhar o relacionamento dos personagens com o Sonhar (a umbra das fadas). Por falar em humanos adultos, isso se aplica ao lado mortal do personagem, o lado feérico das fadas diz apenas de três formas: infante - criança, fada levada - , estouvado - adolescente, fada rebelde - e rezingão - um fada já velho, que perdeu um pouco de seu encanto e suas esperanças. Parece que existe o semblante (aspecto das fadas) correspondente a fase adulta, mas essas seriam as fadas equilibradas, que conseguiram 'ascender' (semelhante ao estado da Golconda, viver na Terra do Verão, etc), indisponível aos jogadores iniciantes (e experientes, também).

    As fadas realizam vários truques (magia das fadas). Note que fada se refere tanto a mulher quanto homem. E o jogo certamente brinca com certos conceitos e esteriótipos. Os tipos de fadas são muito variados, indo desde seres que vivem esgueirando-se em cavernas e masmorras, passando por fadas nobres até chegar nas fadas operárias, que são excelente em boatos. Há muitos outros tipos, fadas da natureza, da violência e das artes. Para realizarem suas magias, as fadas tem que gastar seu glamour (semelhante a pontos de sangue, sorvo, etc), lançar os dados (claro; em meus jogos, principalmente, sempre) e pagar as petas. Esse é um ponto 'polêmico' do jogo, pois jogadores machões podem não se sentirem a vontade ao ouvirem isso: Então, como o seu personagem vai fazer a peta? De que jeito vai pagar a peta?

    Pagar peta, é igual pagar prenda. Uma prenda é como um acordo, ou um mimo, que alguém deve pagar para conseguir algo em troca. Em changeling, pagar uma peta é fazer algo irracional, ou estranho para ativar a magia do glamour. Em outras palavras, se um personagem quer se seu changeling voe (se tiver Arte - característica que diz o que a fada pode fazer; aqui, Andanças 4, Mensageiro do Vento - e a Alçada - a quem a magia vai afetar - necessária), ele terá que gastar glamour e descrever a peta, com ou sem uma jogada de dados adicional, no caso aqui, a peta poderia ser ter que chacoalhar os braços, como um pássaro, ou lançar-se de um prédio, ou ainda usar uma jaqueta feita de penas. Isso é a peta, é algo sem lógica, que se faz para ativar um efeito mágico das fadas. Pode ser bater palmas, para não deixar um cachorrinho morrer, andar de costas para que o tempo passe mais devagar, falar baixo para que todos façam silêncio em um estádio de futebol, etc. E se você acha isso ridículo, saiba, as fadas nobres, os shide, nunca podem ser ridicularizados (qualquer teste que queira ridicularizá-los falha automaticamente) e nunca sofrem falhas críticas em testes de Etiqueta.

    O jogo é padrão storyteller (e muito bem elaborado, diga-se de passagem) , contém todas as regras necessárias para se jogar, descrições gerais sobre os cenários de jogo, além do sistema de qualidades e defeitos incluso no livro básico; contém, ainda, regras de magia (glamour, arte, alçadas, quimeras, etc), tabelas de armas, os tipos de kith (tipos de fadas), as casas (guildas de fadas), Lia, encantamentos, Inspiração e Extermínio, antagonistas e mais detalhes sobre os changelings.O livro é maravilhoso, todo colorido, lindas ilustrações, um texto, as vezes confuso, outras, parece que tem poucas informações, mas, no fim das contas, é um bom texto também, cheio de citações grandiosas, como essa: 

    " Eu sempre acho que, se pudesse, deixaria de acreditar na magia, pois passei a enxergar ou a imaginar, nos homens e nas mulheres, nas casas, nas artes, em praticamente tudo que se vê e ouve, um certo mal, uma certa feiura, que advém, através dos séculos, da lenta deterioração de uma qualidade de espírito que tem tornado comum, mundo afora, essas crenças e suas evidências" - Willian Butler Yeats, Magia.


N. do A. ¹ (1) = citado pelos autores do livro, na obra original

Concórdia é como as fadas conhecem os EUA.




Divulgação Changeling: Capa de War In Concordia The Shattered Dream
(Guerra em Concórdia, O Sonho Despedaçado)



Descrição sobre MIM

     Nasci em uma segunda-feira tranquila, em 81, em 1981, aos 18 de maio, às 15 horas e 15 minutos, sou do terceiro decanato de touro, com ascendente em libra, e sou filho único, de mãe viúva.

    Tive uns 'anos 80' difícil/lindo: amava esperar minha prima Simone vir me visitar; na época, eu odiava a espera (parecia que minha prima não iria vir nunca), mas hoje sei, que aquela espera é que era boa, enquanto eu estivera ansioso, havia um sentimento bom anelando por minha prima, porque eu sabia que alguma coisa excepcionalmente incrível estaria para acontecer, isso pelo lado bom; e o lado difícil, pelas perdas de entes queridos na minha família.

      Os anos 80-90, a transição, foi um negócio estranho, talvez em 89, ou 87, estivesse eu em um quarto de um apartamento Santos, São Vicente ou Gonzaga, as vezes minhas lembranças falham, talvez fosse 92, mas eu me lembro que tinha um vídeo-cassete, tenho certeza disto, como tenho certeza das imagens e frases do filme Lua de Cristal em minha mente, não sei, talvez o ar condicionado, ou a cidade grande, o saber que tem shoppings abertos, mc donnald's, festas, pessoas na rua, tarde da noite, e eu, um menino, na casa do Tio Pacheco (Giácomo Pinotti), de visita ao primo Giulio (filho de meu tio), em uma noite sem sono, soube que não é onde a gente está que faz a gente esquecer as 'coisas tristes', mas sim, é o que guardamos no peito, isso que nos faz dizer se estaremos tristes ou alegres - o lugar é dentro de nós mesmos. E a poesia, veio de onde?

       Mas, talvez, depois disto, ao contrário de me abrir ao mundo, me tranquei em mim mesmo. Vou revelar um segredo, pros meninos que brincavam comigo de ferrorama, lego, hotwheels, comandos em ação, atari, pense bem... depois das brincadeiras eu sempre brincava um pouco mais sozinho, as vezes, à tarde, outras, a noite, mas sempre depois das boas brincadeira, eu brincava sozinho, mesmo tendo já me divertido antes. E depois eu escrevia poemas que eu sempre mostrava a tia Améris.

        Enquanto isto, ninguém entendia na escola como eu poderia tirar tanto 8 ou mais, faltando tanto as aulas (minhas frequências escolares NUNCA - exceto no SENAI - foram maior que 40 ou 35%, ou, quando não, menor de 10% de presença em aulas dadas), os outros alunos (e os professores, também) achavam que eu colava - nunca - ou que eu fazia 'macumba' ou algo assim - essa teve me agradava e eu não confirmava nem negava essa especulação. Deste modo, não é exagero nenhum afirmar que eu era um ícone dos avessos, e daí,  partir para o fascínio pela marginalidade foi um pulo; mas, graças a Deus, não fui pego pela marginalidade, a conheci, mas não fui abraçado totalmente por ela, pude antes sair da margem da sociedade, para dizer o que se fazem nas bancas, com os corotes e garrafas até amanhecer o dia, para mostrar que há saída e que nem sempre, tudo tem sempre que nos apresentar e terminar com sendo fatalista. E Este sou e continuo sendo, eu, senhores e senhoras. 

        Eu me fechei socialmente de algum modo, é isso não é de agora, de 08/2011 pra cá, quando parei de beber, comecei a cursar Ciências Contábeis (Ead) e também fiz um ano de um curso técnico de web designer, não, não é de agora. Me fechei desde 1997, que enquanto todos queriam ouvir axé e pagode e sertanejo, eu queria ouvir Faithless, os sons remixados do New Order, do Club 96 e ouvir singles e cds duplos importados, o Toninho, o Alexandre e o Ronald me ajudavam muito nisto. Quando eu optei por ser o garoto grind em Matão, no final dos anos 90 e ao longo da década 2000, bebendo todo tempo e etc, quando fiz aquelas escolhas, de certo modo, eu estava dizendo a sociedade que eu não aprovava a estrutura estabelecida como aceita socialmente. Eu preferi andar por ruelas e ruas poucos movimentadas por tutti bonna gente (não sei italiano), a continuar em clubs hi-tech (termo discutível na região em que vivo, porque aqui tudo é low-dis-tech), em bares-points e etc, eu quis conhecer a fundo a vida marginal, muito de perto e muito, perigosamente, esse método que usei não recomendo a ninguém, como já ouvi uns dias, eu poderia estar numa grande situação muito pior agora, ou preso ou morto, no mínimo.

    Mas graças a Deus, nada disso aconteceu, estou aqui, não fui aprovado em um grande concurso federal (passei em 140° para ADI - trabalhar com crianças), mas não bebo mais, não tenho reservas, fundos, capitais, mas ao menos não vago mais pelas madrugadas tortuosas, não estou mixando em um clube super fashion (nem em bares fuleiros), mas ao menos, continuo tocando na web (e alguns de meus sets e mixagens são bem ouvidos),por fim, posso não ter exatamente a vida que sonho e creio desejar, mas tenho certeza, tenho a vida que mais aprendo e me desenvolvo (e me liberto, entre um processo e outro,com a graça de Deus), por isso, digo que está tudo bem.

     Ou vocês acham mesmo que eu me dedicaria tanto a estudo, escrita e e-music (artes), se eu tivesse nascido em berço de ouro, e tivesse tudo de modo instantâneo em minha vida? Certamente, se eu fosse outro, talvez esse blog (e consequentemente esse texto) nem existisse.







Arte feita em Inkscape: Os Fios Conectados



soundcloud: Gouryella - Gouryella


reverbnation: edsonnando






CONTEÚDO BÔNUS:

2 POSTAIS EM PORTUGUÊS

 

 








Esse Sou Eu,

Em Carne,

Osso,

Mente,

Sentimento e

Espírito

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

obrigado por comentar, seu comentário será publicado sem passar por moderação.