Postagem 81 deste blog. Com o tema ↓
Re-Nato: Renascido, outro aniversário;
E, também, inspirado nas distâncias.
(onomatopeias para adultos?
prefiro separar tudo em canais de áudio)
Escrito por Edson, em Matão: de 25 de Abril à 04 de Maio de 2014.
Obrigado, Mais Alto, pela inspiração deste material.
Obrigado, Mais Alto, pela inspiração deste material.
Quadro-texto: Por que no Brasil não valorizam a Inteligência?
Editorial
"Quando não se dá a devida atenção à
Educação de Qualidade e à Cultura Salutar
Surgem os Paradigmas Morais Duvidosos
e a cultura, de subversiva, torna-se vulgar".
Para subtrair o nível de pobreza
intelectual, é necessário muito tempo de dedicação ao estudo;
subtrair a pobreza física é relativamente mais fácil e rápido, basta um
Governo atuante que enxergue alterações que precisam ser feitas para
acompanhar as novas condições de mercado, e permitir a competitividade
Glocal ao
empresariado e aos trabalhadores do Brasil, além de um ambiente justo,
saudável, propício para a ocorrência da livre concorrência, e, que sejam possibilitadas,
assim que necessárias, as melhorias nas empresas para continuarem a
exercer suas atividades (Princípio Contábil do Going Concern).
Mas é claro que o governo brasileiro não faz
assim - há muitas teorias. Dizem que uns seis ou sete são "donos" de
certas regiões, e para esses poderosos, certas 'mudanças' (ou melhor,
evoluções?) não seriam, em nada, 'interessantes', se houvessem. Outros ainda defendem "o pra que mudar",
se quem 'precisa' ganhar já está ganhando, e se quem não tem nada, nada
pode fazer para mudar? Há ainda a teoria que o Brasil é uma eterna
colônia, e que, de fato, nunca, em absoluto, fomos independentes e
autônomos - pode chamar de povo 'explorado', será que nos acostumamos a
sermos explorados? Certamente, prezados leitores e leitoras, a alguém interessa o Brasil como está desde 1998.
Nesta postagem de Livros do Edson
teremos muita coisa: arte panfletária (como gosto de chamar), uma
espécie de monólogo (esquete) com frases de Renato Russo, um teste
sobre dar & receber, uma resenha sobre changeling, uma prosa, um
texto sobre mim e mais uma coisa ou outra, entre todas essas coisas.
Mas o que tudo isso tem a ver com o Brasil, com a nossa situação?
Creio que está na hora de renascermos para nós mesmos, temos que achar
uma data qualquer, um pretexto, e pôr um fim ao que precisa ser posto
um fim e reiniciarmos todo o processo. Há um custo na mudança, mas o
benefício, quase sempre é muitíssimo maior.
Muito boa leitura, e muito obrigado por acessarem esse blog, e por verem esse site. Blog é Cyber Cultura.
soundcloud: Tecnotronic - Get Up
Arte do Post
A seguinte arte eu finalizei em GIMP, e as formas e texturas 3D, foram feitas em Blender Linux.
Arte: Lugares 'Distantes' das Luzes
vídeo utube: O Rappa: A feira
Teste
RECOMPENSA E SACRIFÍCIO
Qual sua relação com o trabalho? Trabalha por
dinheiro ou prazer? Gosta de fazer as coisas rapidamente, de modo a que
as acabe logo, ou sabe que cada coisa tem seu tempo de se realizar,
segundo vários fatores?
Segundo as correntes psicológicas, os
trabalhadores podem ser divididos entre
os que querem as recompensas imediatamente após fazerem seus trabalho
(seja essa recompensa em espécie, dinheiro, ou seja álcool, uma
religião, amor e sexo, drogas, etc) e as pessoas que conseguem realizar
grandes trabalhos para só depois pensarem em suas recompensas.
Além destes, há uma outra categoria, que quase sempre vive as turras
com o mercado de trabalho e toda a sociedade. Dizemos trabalhadores,
mas isto se aplica a muitos outros sentidos.
Trabalhadores Sacrifícios |
Trabalhadores Sacrifícios são ótimos para trabalhos braçais e físicos. Gostam de receber por quinzena ou semana. Geralmente tem um vício (que usam como válvula de escape do estresse do trabalho, note que esse vício pode ser até mesmo uma coisa bem aceita socialmente, como uma pessoa fanática ou alienada religiosamente, um bêbado, ou ainda, um pretenso dj de funk proibidão). A grande maioria da População se enquadra nesta categoria. |
Trabalhadores Recompensas |
Trabalhadores Recompensas são excelentes para atuarem no nível estratégico e realizar tarefas mentais e longas. Esses trabalhadores apresentam características únicas, como um poeta contabilista, ou um remixador de sons regionalistas cult, mas também pode ser um advogado com conhecimentos em administração, ou ainda, um técnico de fabricação mecânica, que domina a retórica, a oratória e as belas noções de etiqueta. Uma minoria da população se enquadra nesta categoria, devido a inter-relação entre habilidades, já por si, raras e espetaculares, em um só ser. Pode-se se moldar deste modo, mas leva vários anos e muitas provas. |
Trabalhadores Alheios |
Já os Trabalhadores Alheios são os avessos (ou peculiares) ao extremo, por um motivo ou outro. Podem ser muito bons sacrificadores ou recompensadores, entretanto, possuem algo que não os enquadra socialmente, e que muitas vezes pode isto nem sequer pô-los no mercado de trabalho. Alguns, a sociedade gosta de chamar de 'deficientes', mas isto não quer dizer não tenham seu valor. De todo modo, os trabalhadores alheios são os que mais entram em atritos (de um modo ou outro) com os empregadores e a sociedade e de fato, a sociedade talvez não esteja pronta para eles. Este grupo vive em constante expansão. |
Tabela de tipos de profissionais.
Responda sinceramente as perguntas abaixo para descubrir, de fato, de qual dos tipos acima você é?
1 - Seu primeiro emprego foi (ou) pretende que seu primeiro emprego seja:
a) Algo que lhe dê estabilidade e reconhecimento;b) Alguma coisa que possa até ser (ou ter sido) dura, mas que trará (ou trouxe) muito retorno em salário.
c) Algo novo, revolucionário, e que, talvez, nem ao menos, tomem conhecimento dos seus trabalhos feitos.
d) Não curto trabalhar.
2 - O que mais gosta de fazer no trabalho?
a) Obedecer ordens e fazer horas extras para que meu salário venha gordo no fim do mês.b) Planejar e supervisionar, e não que nisto não esteja incluso por a mão na massa e vestir a camisa da empresa.
c) Planejar e supervisionar, desde que nisto não esteja incluso por a mão na massa e vestir a camisa da empresa.
d) Não curto trabalhar.
3 - O que menos gosta de fazer no trabalho?
a) Acessar email, redes sociais, sites de notícias e baixar arquivos.b) Arrumar o ambiente de trabalho, manter a limpeza e a organização do lugar.
c) Seguir ordem, concordar incondicionalmente e ter que cumprir horários rígidos demais.
d) Não gosto de trabalhar.
4 - Qual o seu plano para a sua carreira?
a) Tenho um plano irregular, que se baseia em ir atrás de empregos que pagam mais, onde eu vou migrando de área de acordo com o setor que melhor paga.b) Tenho um plano fixo de trabalho, um planejamento certo do que quero fazer.
c) Pretendo atuar dentro de uma área que melhor aproveite todas as minhas capacidades e aptidões.
d) Não trabalhar na vida.
5 - Se tivesse que resumir trabalhar em três palavras seriam:
a) Faça você mesmo.b) Organizar, planejar e executar.
c) Fazer, receber e gastar.
d) Não para mim.
6 - Você pretende (ou sempre pretendeu ser) um trabalhador:
a) Que seja lembrado por seus feitos incríveis.b) Um trabalhador que viaja muito, sempre atrás das melhores oportunidades efêmeras.
c) Visionário. Com novas ideias ou muitas formas diferentes de se chegar ao resultado desejado.
d) Nenhum.
7 - Salário é :
a) Consequência (resultado) de um trabalho bem orientado e bem feito.b) Salário é o que me me mantém, mantem minhas coisas e meu status.
c) Não ter salário é muito pior do que receber pouco; mas, as vezes, vale mais nada ter, do que ter muito pouco.
e) Salário (e carteira registrada) é para os fracos.
Tabela dos valores de cada resposta | |||||||
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | |
A | 1,5 | 1 | 1,5 | 1 | 0,5 | 1,5 | 1,5 |
B | 1 | 1,5 | 1 | 0,5 | 1,5 | 1 | 1 |
C | 0,5 | 0,5 | 0,5 | 1,5 | 1 | 0,5 | 0,5 |
D | zero | zero | zero | zero | zero | zero | zero |
CONCLUSÃO
-
de zero Pontos até 3 Pontos (maior parte das respostas D): Você não gosta de trabalhar, aparentemente com nada e nesses casos, há basicamente três opções: ou você é bem de vida e não tem que se preocupar com o trabalho. Outra opção é você não ter bens, neste caso, não trabalhar poderá te trazer problemas, principalmente se mora no Brasil. Se ainda não descobriu do que gosta, fique frio, uma hora, quando menos se esperar, algum serviço vai lhe atrair; agora, se é um vagabundo confesso e sem dinheiro, meu amigo há poucas opções para ti e elas incluem a mendicância, ou a plena submissão social.
-
de 3,01 Pontos até 5 Pontos (maior parte das respostas C): Você é um trabalhador alheio e a sociedade, mesmo se você tiver interesse em trabalhar, pode não saber como aproveitar as suas capacidades.
-
de 5,01 Pontos até 8,99 Pontos (maior parte das respostas B): Você é um trabalhador sacrifício, e mesmo dizendo frases como "trabalhar não mata ninguém" ou "meu trabalho me trouxe até aqui", em algum lugar de você, talvez lá no fundo, você ainda associa trabalhar com algo ruim e que só tem o seu lado bom, com as recompensas financeiras e monetárias, que o trabalho pode proporcionar.
-
de 9,00 Pontos até 10,5 Pontos (maior parte das respostas A): Você é um trabalhador recompensa e seus trabalhos quase sempre terminam em grandes sucessos, devido a sua capacidade de saber aguardar (planejar), e de saber atuar em uma empresa ou projeto.
Meu próprio teste deu resultado 7, com
maioria das respostas C. Assim, há uma outra forma de interpretar este
teste: associando a nota com a maioria das alternativas escolhidas como
respostas. Se bater a nota e a maioria das respostas, o.k., trata-se de um
tipo puro, sem variações. Agora, se der maioria de uma resposta mas a
nota somada corresponder a outra categoria, então, nesses casos (e
caos), indica um ser indeciso, que não tem lá muito firmeza em suas
resoluções. Indica alguém que está sempre tendo que se afirmar, ou
então, pode acabar por se desviar de seu caminho.
No meu caso, eu tenho pretensões de criar algo novo, revolucionário,
mas ao mesmo tempo, deixo-me levar pelas situações e pelos salários que
me oferecem. Deste modo, claramente, estou a não seguir meu
planejamento, assim, não sou um tipo recompensador, que pena...
quem sabe, posso refazer o teste daqui a sete anos? E os seus
resultados? ... :)
vídeo Utube - Legião Urbana - Sr da Guerra
Renato Russo - Diálogo com o Mestre
( Cena na cozinha
de um casa zen, ouve-se o som da chuva e o vento bate portas e janelas.
Ouve-se a voz de um narrador que diz, logo após a porta abrir com a
força do vento : )
Voz: _ Entre, Renato!
( e surge Renato Russo - vídeo ou holograma - entra pela porta, tira um pouco dos pingos da chuva e diz : )
A: _ Merda! Que chuva! A gente ia fazer um show no parque... caramba, ia me esquecendo, entra Renato, Renato, vem.
( e várias outras
imagens ou hologramas do Renato Russo vão entrando em cena, em torno de
três, ao todo, mas o diretor pode adaptar isto. O interessante é que
cada Renato representa um momento ou uma fase do verdadeiro Renato
Russo : )
B: _ Me abraça forte, e diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo.
C: _ Quero colo, vou fugir de casa, posso dormir aqui com vocês?
C: _ Nós nos perderemos entre monstros, da nossa própria (pro) criação,
e serão noites inteiras, talvez por medo da escuridão, que ficaremos
acordados, imaginando alguma solução, pra que esse nosso egoísmo, não
destrua o nosso coração.
A: _ Se a via crucis virou circo, então estamos aqui.
C (e A, opcional): _ Moramos na cidade, nós e o presidente.
A: _ Vai ver que é assim mesmo e vai ficar assim pra sempre.
C: _ Eu vou pra curva do diabo, só pra diminuir. E vocês?
B: _ Eu moro com a minha mãe, mas meu pai vem me visitar.
C: _ Longe desta gente estranha que não se respeita.
Coro: _ Tenho quase certeza que nós não somos daqui.
A: _ Eu moro na rua, não tenho ninguém, eu moro em qualquer lugar... já morei em tanta rua que eu nem me lembro mais...
C: _ Eu Moro com meus pais.
B: _ Eu não tenho ninguém!
A: _ Sou a gota d'água, sou um grão de areia, vocês dizem de seus pais não lhes entendem... que absurdo!
B: _ Meu filho vai ter nome de santo, quero o nome mais bonito.
C: _ O senhor da guerra não gosta de crianças.
B: _ Vamos fazer um filho?
C: _ Vamos brindar a estupidez de todas as nações!
A: _ Vamos celebrar nossa justiça, a ganância e a difamação!
C: _ Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão; vamos
festejar a violência e esquecer a nossa gente que trabalhou
honestamente a vida inteira, e agora não tem mais direito a nada;
vamos celebrar a aberração, de toda a nossa falta de bom senso, nosso
descaso por educação; vamos celebrar o horror de tudo isso com festa,
velório e caixão, 'tá' tudo morto e enterrado; agora, já que
também podemos celebrar a estupidez de quem fez essa declamação...
B: _ Venha! Meu coração está com pressa, quando a esperança está
dispersa, só a verdade liberta, chega de maldade e ilusão, venha, o
amor tem sempre a porta aberta, e vem chegando a primavera, nosso
futuro recomeça, (e) venha! que o que vem é perfeição!!
C: _ Que país é esse?
B: _ Que país é esse?
C: _ Terceiro mundo se for,
piada no exterior, mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar 1 bilhão,
quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão.
Voz: _ Entre, Renato!
( e surge Renato Russo - vídeo ou holograma - entra pela porta, tira um pouco dos pingos da chuva e diz : )
A: _ Merda! Que chuva! A gente ia fazer um show no parque... caramba, ia me esquecendo, entra Renato, Renato, vem.
( e várias outras
imagens ou hologramas do Renato Russo vão entrando em cena, em torno de
três, ao todo, mas o diretor pode adaptar isto. O interessante é que
cada Renato representa um momento ou uma fase do verdadeiro Renato
Russo : ) B: _ A Tempestade que chega é da cor de teus olhos, castanhos...
A: _ Dorme agora, é só o vento lá fora.
B: _ Me abraça forte, e diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo.
C: _ Quero colo, vou fugir de casa, posso dormir aqui com vocês?
A: _ O que aconteceu ainda está por vir e o futuro não é mais como era antigamente.
C: _ Nós nos perderemos entre monstros, da nossa própria (pro) criação,
e serão noites inteiras, talvez por medo da escuridão, que ficaremos
acordados, imaginando alguma solução, pra que esse nosso egoísmo, não
destrua o nosso coração.
A: _ Se a via crucis virou circo, então estamos aqui.
C (e A, opcional): _ Moramos na cidade, nós e o presidente.
A: _ Vai ver que é assim mesmo e vai ficar assim pra sempre.
B: _ Matando o tempo procurando uma briga e vendo as meninas que passam.
C: _ Eu vou pra curva do diabo, só pra diminuir. E vocês?
B: _ Eu moro com a minha mãe, mas meu pai vem me visitar.
A: _ Quero me encontrar, mas não sei onde estou, vem comigo procurar algum lugar mais calmo.
C: _ Longe desta gente estranha que não se respeita.
Coro: _ Tenho quase certeza que nós não somos daqui.
A: _ Eu moro na rua, não tenho ninguém, eu moro em qualquer lugar... já morei em tanta rua que eu nem me lembro mais...
C: _ Eu Moro com meus pais.
B: _ Eu não tenho ninguém!
A: _ Sou a gota d'água, sou um grão de areia, vocês dizem de seus pais não lhes entendem... que absurdo!
B: _ Meu filho vai ter nome de santo, quero o nome mais bonito.
C: _ O senhor da guerra não gosta de crianças.
B: _ Vamos fazer um filho?
C: _ Vamos brindar a estupidez de todas as nações!
A: _ Vamos celebrar nossa justiça, a ganância e a difamação!
C: _ Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão; vamos
festejar a violência e esquecer a nossa gente que trabalhou
honestamente a vida inteira, e agora não tem mais direito a nada;
vamos celebrar a aberração, de toda a nossa falta de bom senso, nosso
descaso por educação; vamos celebrar o horror de tudo isso com festa,
velório e caixão, 'tá' tudo morto e enterrado; agora, já que
também podemos celebrar a estupidez de quem fez essa declamação...
B: _ Venha! Meu coração está com pressa, quando a esperança está
dispersa, só a verdade liberta, chega de maldade e ilusão, venha, o
amor tem sempre a porta aberta, e vem chegando a primavera, nosso
futuro recomeça, (e) venha! que o que vem é perfeição!!
C: _ Que país é esse?
A: _ Nas favelas, no senado, se cheira pra todo lado, ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação.
B: _ Que país é esse?
C: _ Terceiro mundo se for,
piada no exterior, mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar 1 bilhão,
quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão.
A: _ Que país é esse?
B: _ Olhem só o que eu achei, Cavalos Marinhos...
(introdução feita por edson; grandes frases retiradas de letras da Legião Urbana - saudades, Legião; saudades, Renato)
vídeo doUtube - Legião Urbana - Índios
Prosa do Distante
I
Sou um tanto irritante, quando não, um ofegante
Sabiam que andava com aquela guia, toda tardia?
Mas deixa, não convém mais disto falar,
Uma vez que de ti agora eu vou narrar,
A vós, que estais tão distantes, e justamente
Neste (o) grande distanciamento ausente
onde sentes, mais precisa, a tua alegria.
Eu não te conheço. Nós não nos conhecemos!
Mas isto o que já nos importa?
Se nós somos conexão no linkedin,
Podemos, nos mandar, mensagem direta, no twitter
Ou ainda nos falamos via facebook,
email, celular, skype, pinterested,
soundcloud, promodj, reverbnation
E nos falamos, mesmo eu sem saber russo
E você mesmo sem ter certeza se fala com uma máquina
Ou uma pessoa viva, que anda, respira e estar a ser...
II
Sou aquilo que disseram que eu seria,
Ou aquilo que pensam que acham que devo ser,
Mas, veja só, eu não sou isto aí, Não
- eu posso até ser, por Caridade Moral,
como bem explicava Irmã Rosália desde 1860,
mas de fato, não sou aquilo que pensam que sou -
Não, sou antes uma mistura de genes, situações e coisas
sou um tanto do outro (the other) em mim,
sou um passado esquecido e em sonho impossível
Que um belo dia acaba por se realizar - plenamente!
E não sou aquilo que escolhi ser, não ainda.
Todavia, um dia, sei que serei aquilo que sou.
III
Desenhista, atenta-te para o processo de usinagem: cisalhamento.
Dj, vê se faz a mixagem longa, regula bem os canais e ajusta, sem tremular, o fader.
Gerente, distribui corretamente as tarefas de modo a otimizar o ambiente de trabalho.
(O) Público, já virou de costas bem na hora em que tocava um new sub-hit?
Já andou tanto no mato com corotes, lubrificantes e caixas de gelo?
Já usou fluido de corte para realizar o tratamento térmico?
Já apurou fidedignamente os resultados ao término do exercício?
Aquele que lhe paga é o mesmo que lhe cobrará em um futuro,
E aquele a quem paga é aquele quem lhe cobrará em um distante.
Neste instante, vi a garça ofegante; quisera ser como ela
E portar em cada um das costelas, uma milhar de diamantes.
No clube, mano, véio, um milhar de diamante
De garça ou de pomba, nada valem; Vale mais é ver
a Lucy no céu, com os seus diamantes na mente.
IV
Você é aquele quem vence o pacato,
Quem carrega arquivos que trazem
As respostas para os dilemas que tinha
Des'da tenra idade desta sua atual vida.
Onde ESTAVA quando não viu o que fazia(m) com sua vida?
Mas, como sabe, seu futuro começa agora, com as respostas
Que obteve - e sabe, sempre as teve, tinha é medo de fazer
as Perguntas certas para si mesmo, no silêncio do teu quarto.
V
E surge, finalmente, aquilo que esperou.
Mas não é exatamente como esperou,
uma vez que tudo isso já supera as tuas expectativas.
Vós outros, onde estavam,
Por que se agitam e tremem os queixos e bocas?
Já é hora do inverso rigoroso que tudo trava e sufoca?
De todo modo já passou também esta prosa e se tratando dos outros
Quanto menos se disser, tanto melhor será para eles.
E a distância sempre é boa,
se faz sentir saudades que dói
essa mesma saudade é que nos une
E se foi uma paixão que foi embora com a distância,
talvez tenha sido melhor assim, porque antes assim ,
Do que o sofrimento fosse maior.
Antes terminar ausente
do que permanecer na ausência.
E sobre o Tempo e a Distância,
muitos poucos podem se considerar
especialistas.
E quem, de fato, quer ser especialista nisto?
Arte-texto: Tudo tem um Tempo certo para acontecer
CHANGELING : O Sonhar
O Jogo que tem que pagar "Peta"
Dedicado a Jim Henson (dos Muphet Babies) - cuja inspiração continua a
nos desenvolver à infância ¹ - e a Neil Gaiman (The Sandman) - que
rasga o véu para nos mostrar sonhos ocultos
¹ - Changeling: O Sonhar, foi lançado no Brasil pela Devir, a edição
que tenho é de 2005, nos EUA changeling foi lançado em 1998, escrito
por Mark Hein°Hagen (criador do sistema storyteller™), e Sam Chupp e
Ian Lemke, com a colaboração de Joshua Gabriel Timbrook. Tradução
de Rodrigo Pontoglio.
Changeling é um termo em inglês, formado por
duas palavras → to change (verbo - mudar, trocar, ou, adjetivo,
inconstante) e ling (substantivo, criança, menino ou menina), assim
changeling quer dizer criança trocada, ou bebê estranho (feio), e diz,
também, do velho conto de fadas 'espiãs malditas', que entravam em
castelos europeus e trocavam crianças
reais (ou da plebe, em último caso) por seres feéricos ou fantásticos;
no jogo, o que acontecia na época é que as fadas trocavam os bebês, que
eram levados às terras das fadas, enquanto o ser feérico, substituto,
ficava no lugar do mortal, na Terra. Desta prática surgiu o expediente
das fadas, onde elas "entram" em seres humanos e podem continuar a
existir em seu asilo de sua terra natal, a Arcádia e o Alto Sonhar. O
jogo
se chama changeling porque neste RPG, não se joga com um ser pleno do
mundo das fadas, mas sim uma mistura (criatura mix?), um ser que tem
uma parte de
mortal e outra parte glamour (ou magia das fadas), e esse é um dos
pontos chaves do jogo: equilibrar as necessidades feéricas, como
inspirar ou tirar a esperança de alguém, como mostrar sua verdadeira
natureza, etc e, em contraparte, realizar feitos mundanos, como se
desenvolver socialmente, crescer (em tudo que essa palavra queira dizer
em termos de humanidade), criar família e ciclos de amizades,
trabalho...
Changeling é sobre um mundo mágico, onde tudo é
possível e quase sempre ocorre, mas a magia é frágil, por esses dias, e
o lado humano, adulto e responsável, sempre tenta atrapalhar o
relacionamento dos personagens com o Sonhar (a umbra das fadas). Por
falar em humanos adultos, isso se aplica ao lado mortal do personagem,
o lado feérico das fadas diz
apenas de três formas: infante - criança, fada levada - , estouvado -
adolescente, fada rebelde - e rezingão - um fada já velho, que perdeu
um pouco de seu encanto e suas esperanças. Parece que existe o
semblante (aspecto das fadas) correspondente a fase adulta, mas essas
seriam as fadas equilibradas, que conseguiram 'ascender' (semelhante ao
estado da Golconda, viver na Terra do Verão, etc), indisponível aos
jogadores iniciantes (e experientes, também).
As fadas
realizam vários truques (magia das fadas). Note que fada se refere
tanto a mulher quanto homem. E o jogo certamente brinca com certos
conceitos e esteriótipos. Os tipos de fadas são muito variados, indo
desde seres que vivem esgueirando-se em cavernas e masmorras, passando
por fadas nobres até chegar nas fadas operárias, que são excelente em
boatos. Há muitos outros tipos, fadas da natureza, da violência e das
artes. Para realizarem suas magias, as fadas tem que gastar seu glamour
(semelhante a pontos
de sangue, sorvo, etc), lançar os dados (claro; em meus jogos,
principalmente, sempre) e pagar as petas. Esse é um ponto 'polêmico' do
jogo, pois jogadores machões podem não se sentirem a vontade ao ouvirem
isso: Então, como o seu personagem vai fazer a peta? De que jeito vai pagar a peta?
Pagar peta, é igual pagar prenda. Uma prenda é como um acordo, ou um
mimo,
que alguém deve pagar para conseguir algo em troca. Em changeling,
pagar uma peta é fazer algo irracional, ou estranho para ativar a magia
do glamour. Em outras palavras, se um personagem quer se seu changeling
voe (se tiver Arte - característica que diz o que a fada pode fazer;
aqui, Andanças 4, Mensageiro do Vento - e a Alçada - a quem a magia vai
afetar - necessária),
ele terá que gastar glamour e descrever a peta, com ou sem uma jogada
de dados adicional, no caso aqui, a peta poderia ser ter que chacoalhar
os braços, como um pássaro, ou lançar-se de um prédio, ou ainda usar
uma jaqueta feita de penas.
Isso é a peta, é algo sem lógica, que se faz para ativar um efeito
mágico das fadas. Pode ser bater palmas, para não deixar um cachorrinho
morrer, andar de costas para que o tempo passe mais devagar, falar
baixo para que todos façam silêncio em um estádio de futebol, etc. E se
você acha isso ridículo, saiba, as fadas nobres, os shide, nunca podem
ser ridicularizados (qualquer teste que queira ridicularizá-los falha
automaticamente) e nunca sofrem falhas críticas em testes de Etiqueta.
O jogo é padrão storyteller (e muito bem elaborado, diga-se de passagem) , contém todas as regras necessárias para se jogar, descrições gerais sobre os cenários de jogo, além do sistema de qualidades e defeitos incluso no livro básico; contém, ainda, regras de magia (glamour, arte, alçadas, quimeras, etc), tabelas de armas, os tipos de kith (tipos de fadas), as casas (guildas de fadas), Lia, encantamentos, Inspiração e Extermínio, antagonistas e mais detalhes sobre os changelings.O livro é maravilhoso, todo colorido, lindas ilustrações, um texto, as vezes confuso, outras, parece que tem poucas informações, mas, no fim das contas, é um bom texto também, cheio de citações grandiosas, como essa:
" Eu sempre acho que, se pudesse, deixaria de acreditar na magia, pois passei a enxergar ou a imaginar, nos homens e nas mulheres,
nas casas, nas artes, em praticamente tudo que se vê e ouve, um certo
mal, uma certa feiura, que advém, através dos séculos, da lenta
deterioração de uma qualidade de espírito que tem tornado comum, mundo
afora, essas crenças e suas evidências" - Willian Butler Yeats, Magia.
N. do A. ¹ (1) = citado pelos autores do livro, na obra original
Concórdia é como as fadas conhecem os EUA.
Divulgação Changeling: Capa de War In Concordia The Shattered Dream
(Guerra em Concórdia, O Sonho Despedaçado)
(Guerra em Concórdia, O Sonho Despedaçado)
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