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segunda-feira, 6 de julho de 2020

Livros do Edson: Reprise

Nem acredito! cá estamos nós, em uma nova linguagem de html.


No começo e no final desta postagem, dois sons Reprise, pra nós, aqui deste blog.
Tá bom, algumas páginas minhas, deste blog, estão bem confusas com a nova linguagem da internet mas estão aí, foram escritas à unha e por isto são indeléveis. Ai de mim, ai de mim - Saudades do Abujamra. E do Toninho, o saudoso e agora eterno Toninho da taba. Puxa a vida, o que é a vida? Saudades e sentimentos, concretos ou desejáveis...
E antes de prosseguirmos com esta postagem, que tal um set novinho em folha, mixado por mim, edsonnando? Sometimes, I wonder.




E o set link, aqui completo:

01 Bellle and Sebastian - Everlasting Muse
02 Aliotta Haynes Jeremiah - Lake Shore Drive
03 Bob Dyan - Dignity (live - unplugged)
04 The Juan Maclean - I Can't Have It Both ways (live)
05 Skrillex - All I ask of you [feat. Penny]
06 Digweed; Muir - Organia (Intro Mix)
07 B Traits - Mameya
08 Dj Chus & Ceballos & Dennis Cruz - The Sun (Drums Mix)
09 Audion - Mouth to Mouth
10 Souf Of Man - Dirty Waltzer (Denney's Nubreed Edit)
11 Delhia de France - Friend: Kalypso (Fur Coat Remix)
12 UNKLE - Touch Me [feat. Liela Moss]
13 Motorcycle - As The Rush come
14 Marlo - You and I [feat Chloe]
15 Rodrigues Jr. - Amargosa [Bonus - sem-mixar]
16 Chicane - Offshore (Radio Edit) [Bônus - un-mixed]

Nesta postagem, em conversa de hoje da internet sai algo sobre os livros de Dostoiévski, em sua essência realistas, e como os realistas, eu vejo assim, são fracassados, e que notaram que tudo é nada e que tudo é um joguinho armado para driblar crianças da dor. E pois bem, lá vai.

E assim, surge esta nova postagem de livros do Edson, com três poemas já publicadas, mas devidas a questões de formatação de html, vamos republicar eles aqui agora. E reunimos aqui nesta postagem, poemas:
º Aos [moradores] Da Rua Alberto G. de Faria
º A Cidade dos...
º ...Que Conseguem (Parte I e II)

Obrigado por sua atenção e tenha uma boa leitura. Boa noite.



AOS DA RUA ALBERTO GOMES DE FARIA

Volto a falar do meu lar
e por conseguinte, de mim,
meus políticos perderam
e novamente
'minha vontade nunca se realiza
se a vontade dos outros assim não quiserem',
já não sabem nada do que falo
e continuam me achando um louco,
infame, que só chapa e fala besteiras.
Se acaso soubessem o que pensam de vós!

O reflexo hi-tech
aponta o sentido da vida
sabem o que há no underground?

Não é cabresto e aceitação;
vou ferrar meu corpo
e estourar meu estômago
- Anjos falam: Amém!

Consumo 2000 watts de energia por dia
e creio no potencial da minha família
(não entendi nada do que você disse)
e eu não entendo nada de seus sentimentos e pensamentos,
idiota ambulante que pela rua clara
com copos e copas
fumos e fumadas,
dados e dadas
todos - dispersos.

Não tenho sono
nem amor,
tenho solidão e medo.
Deus me mata e possui
para ouvir poemas trágicos
e fitas malditas.

Ninguém entende.

Não tomo banho nem bala
Não falo, não fumo, e respiro!

Só doou dinheiro a carentes,
desprezo os Homens crentes nos Homens da fé
- sina é sina
e fé é do coração, da alma, da mente.
Só.
De verdade,
quero coisas bem feitas
e mal ditas.

Sou poeta pobre
sem grana nem companheiros.
Mas tenho um Home Theater
e uma mãe
e no mais,
ainda sou filho de Deus
e da bebida.

Ignoro-te e te desejo,
Ignoro o desejo
Desejo o Ignorante

Não sabem nada
e nunca saberão.
Fim do mundo, à vista.

Héteros-fim
preconceitos-fim
fim-fim-fim
finalmente o novo

No final, mente o sábio
por sua arrogância
perdeu e desistiu.

Respiro pesado, me excito, choro,
canto e ouço a voz interna
que diz:

"beba, todo dia;
nada, todo o dia;
Sou, todo o dia,
um tolo sonhador que tenta
se erguer e ser grande
homem de si e dos outros
provarei a essência de todo o silêncio.
Me chamam na porta;
Cães latem, saio e nada.
te chamo na porta,
nada e não saem...fico só,
rua deserta,
suja, obscura, escusa e indiferentemente
de sóbrio ou louco de pedra
- indiferença
Sou único e só
sóis únicos e só.

Te tornaste gordo e burro
e já trocaste tudo e todos"

Vou secar o reservatório de cerveja do mundo
e produzir mais bebida,
água e chuva,
lua nublada e nada.

Meu trabalho vale a pena
e a pena salva-me do mundo.
medo de ti e do mundo

Desce mais uma e outra
e juntos morreremos abraçados
letra ilegível.

Você adora Bhrama?
eu também.
Morre fígado, rim pulmão, estômago
e coração
esse é meu testamento final
e fatal - sim - morre tudo!

Menos meu pé
que é meu hoje e eterno
meu dinossauro rock e prosa!

Exaltação do cúmulo ao quadruplo.
rancor. rancor. rancor.
infinito rancor. perdido!

Sugue minha energia vital
e me frite, possua, jogue no lixo,
sou só eu e nós.

Pegou fogo na rua,na casa ao lado,
morte -venha!
Eis me em casa, te esperando.
Espero outra vida burra e melhor.
órfão é bem melhor
(adoro-te mãe)
Mas órfão vai-se para onde quer.

Mais um cigarro, menos alguns dias.
Mais uma bebida, menos saúde.
Mais noitada e noite virada,
menos cabeça e menos respeito,
tudo isso é o que pensam e sabem de mim.

Boa noite, mãe
durma com teu anjo da guarda,
e tenha um bom despertar.

Agora, na noite, sou só eu e o corote.
O cigarro, o escuro e a solidão
dessa música e de tantas outras
chuvas de garotas e tarôs grátis.

Guru dos flagelados
-esse sou eu, assim e sim!!!

Impublicável?!
Que nada, há muito pior que isto.
Calma, não tenha pressa,
ela te espera e você espera à ela.
Sabe do que falo?

Jamais pois isso
é pra quem já passou dos trinta e 3.
Pra quem se molha de sangue
e do saciamento simultaneamente.
E isso foi o meu melhor
que já viu e ouviu
e isso é só pra mim
e para a rua em que vivo!
e eu fiz chover em ti
- tolo.

Tô Lei
e como?

 

   "A CIDADE DOS..."
I
Quero brindar ao fracasso,
eis um ótimo brinde:
essa sensação mixuruca
serve, ao menos, como desculpa para encher
o rabo. 
O fracasso vale para entendermos o real,
os realistas eram todos fracassados
que notaram que tudo é falso;
tudo  é um joguinho armado para
driblar crianças da dor
   -   isso de fato, que foi assim,
   ganha outro tom
  quando
   percebemos com intimidade
o que realmente são as coisas!
Viu? É uma revolta...

A Podridão está ao redor de tudo,
e os mais podres percebem mais
pois reconhecer um semelhante,
é fácil, facílimo de fazer.

A podridão quase sucumbi
o pároco pedófilo e capitalista:
será que só os poetas odeiam
o capitalismo?

Do que vale comprar e consumir?
Era assim que queríamos?
O eliminar e tornar?

Creio na cabeça, nas ideias;
e nunca achei que coisas valem,
o que vale são os dogmas:
A libertação dos dogmas,
a criação
de / por cada um
Seus dogmas.

Mas atrás da paz do conhecer
está reconhecer e entreter,
a frente de tudo
veja como some
aquilo que ninguém sabe,
repare como o novo está à frente:
precisamos aceitá-lo?
aderi-lo? amá-lo? idolatra-lo?

Você, no que você acredita?
Você quem vive na cidade dos
capitalistas,
dos senhores castos monetários,
dos velhos fétidos/bêbados/jogados sem grana,...
você vive onde o sacerdote admite
que notas de cem são o que importam,
No que se sente e acredita?

Dinheiro comprador
quem aguenta a imensidão
dos teus cálculos?
Quem paga pelo que
não pode levar?

Hoje a noite não foi nossa,
vá para casa e se entregue
ao que gosta de fazer.

Até quando?

"Deixe suas intimidades a você mesmo,
ou as entregue, se assim convir.
Quero que saiba, que te aceito.
Adoro o diverso, os muitos,o novo,
tudo que conquista por si só."
Cuidado!...


II
Sixteen songs of rock and roll
approaching to transition of 70 to 80's.
One tentation of make a Disco in one hour:
David Bowie and Brian Ferry.
Songs to enjoy.


III
Acreditas que seja eu um louco?
Ainda não o sou, estou me formando.
Daqui a longo tempo.
Quero muito da loucura aprender,
tomara que ela não me consuma
pois tudo tem um preço,
cuidado!

"Não perca tempo tentando sustentar
uma vida que não lhe trará
um futuro, uma chance,uma vida melhor.
Olhe o tempo que você está gastando!"

Eu tento chegar a uma fronteira:
a superação da mente:
quero controlar meu humor,
minha saúde, minha vontade e meu instinto
pelo poder infinito e secreto
da Mente.
Quero que meu intelecto, em junção
com minhas consciências e meus sentidos,
guiem-me perante todo o caminho
desconhecido, necessário e único
da vida:
a vida em conjunto.
Acreditas que podes
criar um mundo à parte?
Acreditas mesmo?

O que é pequeno, ou isolado,
ou silencioso, ou a espreita,
ou na sutileza
e na delicadeza do
 "assim só, bom",
traz a eterna utopia:
acreditar que o caos, por si só
se revolva.

você sofre pelos sentimentos alheio,
sem notar, mas sofre...
e sei.
Bem estar, é bem viver em comunidade.

Já ouviram meu sonho sobre a rua
em que quero morar?

Um lugar onde só vivam filósofos,
poetas, artistas, músicos, livres pensadores.
Um lugar de extremo estímulo,
uma rua de inspiração.
Um dia a construo, ou
 a vejo construírem-na.
Tenho braços: ou escrevem
ou amassam massa.

Mas saibam:
Haverá a rua em que sonho.

A comunidade
ora queiram ou não
importa na nossa vida,
prefira os semelhantes.


IV
Aqui é a cidade dos que fazem
cada qual a sua realidade:
seus points, trampos, love
  - a cidade daqueles que querem que
o mundo seja um reflexo deles:
"acreditam que o insustentável
ficará em pé, e bailará enquanto
arremessará pratos, num sublime show"
 - ó! Quanto tempo perdido de vida.

Esperem, desejem pelo outro lado,
contornem
adentrem em horizontes triangulares,
olhe o ângulo, a linha
e então,então comece a sonhar,
deste tempo pra frente:
Tridimensionalismo.
_ Agora é que começa!   


"...QUE CONSEGUEM  I" 

eu creio que deverias tentar outra coisa.
Acho que deu-se bem,
que tal um pouco de reflexão?

Não é útil e necessário saber de 
si mesmo? Não é o que melhor e mais profundo
podemos saber a respeito de tudo
que é possível saber? Não é?
 
:
 
"está é minha vida
são os meus desejos
eu conquisto até tal ponto
depois dele não me controlo 
e me ultrapasso
enquanto estico os meus vinte braços
tentando ir além do que podia.
Estou no limite, no fio, na linha;
Se bambo: caio
Se escorrego: arrisco
Se solto: perco
Se continuo: como?
 
Precisamos achar o eixo de tudo
e pulveriza-lo para que nunca mais
venhamos a precisar de meios."
 
Só a finalidade é válida,
insisto. 
Não importa o que causa
importa o causado
o feito que ficou.
 
E Olhe lá, 
pois vale o efeito e não o feito.
Olhe a linha. 
 
 
 
"...QUE CONSEGUEM   II"
 
I 
as suas inspirações são suas,
não são?
Só são, se forem suas!
 
A grandiosidade sua vem
do verdadeirismo
de entender porque tal coisa
é de um jeito e não de outro.
 
I I
eu me pus pra fora
e repus-me para dentro.
Na entrada e saída
saída e entrada de mim mesmo
compreendo o eterno movimento
das situações, das coisas, dos fatos, dos atos:
cata motos, vem a chuva,
molha-me todo sem chance de não
e tropeço na raiz de uma árvore.
Um dia terei pleno domínio de meus
passos.
 
Tudo começa na consciência
ou no acaso
na consciência do acaso.
No acaso inconsciente
No fado in-fadado
 
Abolimos o ponto
e cultivamos o vago:
nada mudou,
permanecemos mudando. 
Os erros são fases,
e fases passam.
Agora se erros e fases
em tua vida não passam,
você está  passando a viver,
você está se enganando! 
 
"eis que vou a um bar
já na minha embriaguez
que fez-me cantar em videoquê,
vertiginar na chácara,
percorrer o escuro intenso
que era rompido por fechos
de luz cegante e desconfortante,
embriaguez que fez-me chapar
desde a tarde,sol até as oito,
copo na mão às quatro;
eis que já madrugada
transcorrido muito 
vou-me a um outro bar
e hesito no beco que o dá acesso
a grande rua de barro e mato
rasteiro - sedutor dos erros,
hesitando, eis que surge o amor
em sua forma mais instintiva.
 
I I I
Já fomos adentrando no caminho
do amor, do prazer, do toque em tudo.
Deixamo-nos envolver, nos lamber,
nos provar, nos doar
nos conhecermos intimamente, 
beijos tão desenvoltos,
soltos, explosivos, que nos vinham
simples e eroticamente 
até o amor indaga:
_ Alguém não pode ver a gente aqui?  
 
Poderiam.
saímos. 
Procuramos cafofos em construção
onde nos despíamos e não nos víamos:
um escuro muito não-penetrante
nos rodeava e consumia.
Porém, nos sentíamos, profundamente,
nos deleitávamos em nós mesmos.
Prazeres de lábio tocando pele e pelo.
Sonhávamos e não nos víamos,
só a boa sensação do fruir; a reação,
das carícias/toques em nós."
 
"E tal amor nunca mais vi
e tal amor já passou.
E ao mesmo tempo, fica."
 
IV
Não é  porque não me entendem
que eu não tenho razão.
Eu tenho razão ou não razão
é pelas minhas capacidades;
tua opinião precisa ser analisada
 
:
 
"Quando chove na cidade
as pessoas ficam em suas casas
mofando,
Eu prefiro mofar na rua
essa úmida, barrenta, poçarosa
e desabitada rua da cidade;
na cidade há os que conseguem e no campo?
No campo ninguém anda ,
e lagos criam-se nos caminhos,
e a chuva traz a vida,
e a plantação está a salva,
nascem os cogumelos
e a secura sufocante
custará a chegar,
mas chegará
e outra vez esperaremos a chuva...
e as ruas limpar-se-ião 
por isso pagamos impostos :
na periferia, as famílias e suas mangueiras 
que molham o asfalto abundantemente 
enquanto torna a baixar o nível dos reservatórios;
no centro, os funcionários terceirizados
varrem os paralelepípedos ancestrais, 
e em periferias mais periféricas,
onde não há o asfalto ou a luz,
os moradores vão trabalhar
com uma sacola a mais - a dos sapatos limpos.
E na cidade também chamarão
pela chuva farta
quando meteorologistas assim acharem
o mais "técnico"
 - é só olhar para a tua pele
e ver quando falta ou não
mais chuva."    

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