Postagem 108 do Blog Livros do Edson:
Dedicada ao DVA e ao Balanço Social - Sustentabilidade
Quadro 1 Sustentabilidade, elaborado
pelo autor.
Revendo os
Conceitos de Riqueza e Sucesso.
Livro do
Filósofo de Friedrich Nietzsche, em versão de minha autoria (em construção,
desenvolvimento. P. 17 a 19, sem editora ainda), em trecho Original, sem
alteração alguma:
“Há coisas que devemos lutar e outras que devemos
abstrair, saber reconhecer uma da outra é tarefa do super-homem, que escolhe
quais lutas vai enfrentar e em qual intensidade vai usar suas forças.”
9
As
Facetas Da Riqueza (8 formas sintéticas da riqueza):
- Riqueza
ecológica: diz do meio ambiente como
um todo, sobressaindo-se em suas exuberâncias naturais. É a riqueza das
matas virgens, cada vez mais raras e lendárias, porque as civilizações humanas
costumam transformar a riqueza ecológica, que vive e cresce
abundantemente, em riqueza financeira, e nesse processo, além de gerar
riqueza econômica, acaba por depreciar exponencialmente a riqueza ecológica.
- Riqueza
sustentável: diz da riqueza da integração
entre o homem e a natureza, a exploração consciente das riquezas
ecológicas de modo que o meio ambiente não seja exponencialmente depreciado.
Ter condições de implantar 100% a sustentabilidade em uma localidade é algo
que deveria melhor ser aproveitado pelos atuais políticos (entidades
empresariais).
- Riqueza
financeira: diz-se da riqueza de uma
operação financeira ou de um processo operacional ou de produção qualquer
que traz retornos financeiros. Toda operação financeira (ou não) tem um
risco, assim, a riqueza financeira é muito flutuante, e muito instável,
por isto, geralmente, o mais indicado é reinvestir a riqueza financeira ou
mesmo deixá-la imobilizada, na riqueza econômica (resultado consolidado).
Antagonicamente, quando dos que não obtiveram a riqueza financeira, diz-se
que eles tiveram um fracasso na vida.
- Riqueza
econômica: diz-se da riqueza consolidada
de um país, uma região, uma família, uma empresa. São os frutos de um bom
investimento (ou o arcar das consequências de maus planejamentos ou
grandes intempéries). É a riqueza acumulada, ou, antagonicamente, em sua
falta, é prejuízo acarretado ao longo de gerações.
- Riqueza
biológica: diz aqui mais da saúde,
do bem estar, do vigor, da disposição, do humor, da alegria, da vocação para
a felicidade do corpo, etc. Diz-se também, da boa qualidade genética de
uma nação ou ração, em desuso no século XXI.
- Riqueza
intelectual: A Riqueza dos filósofos,
a riqueza dos sábios, dos matemáticos, dos grandes contabilistas, dos
engenheiros, dos cientistas. A riqueza dos livros.
- Riqueza
espiritual: a riqueza dos santos, dos
enviados do Plano Mais Alto a nós aqui nesta Terra, sejamos Superados, ou
não, Os Últimos dos Filósofos ou não, sejamos Humanos, Demasiados Humanos
ou Não. É a riqueza que transcende tudo e é dada a quem já obteve
certamente está evolução em outros Planos, e por vezes, vem a Terra,
demonstrar-nos como devemos proceder. Uma riqueza cada vez mais rara,
inclusive. Note que esta riqueza nada tem a ver com as riquezas
financeiras ou econômicas, mas a perda das riquezas naturais (riquezas
Ecológica, Sustentável e Cultural) podem sim estar ligada à perda das
riquezas Espirituais.
- Riqueza
cultural: riquezas de Ofícios (Artistas,
Médicos, Arquitetos, Capoeiristas, Oradores, MCs, das crianças, dos
idosos, dos proletariados, dos burgueses, enfim), ou riqueza de uma localizada
em específico ou ainda, riqueza de um grupo específico de pessoas, sem
praticar algum ofício específico (por exemplo, torcedores de futebol, clubbers,
etc).
Eu atualmente estudo CAE e
TOE que são testes de Inglês, e se não me engano, no Teste TOE, em uma leitura
cronometrada, tinha um texto sobre Capitalism Theory Vs Exchange Theory. Eu
estava um pouco cansado ( e juro que algumas traduções livres eu faço livre
mesmo, sem ajuda de dicionários) fiz este teste de modo rápido – ram mode; mas
creio que o texto certamente dizia sobre A Teoria Capitalista e a Teoria
Exchange (bem, eu a livre definirei aqui, porque para mim esta palavra não tem
tradução literal, até agora, bem, creio): Change é Mudança, mudar; Ex é
exterior, anterior, mas na pronuncia há toda uma sutiliza de significado, assim
Exchange é “Em Mudança”). Sustentabilidade também está relacionada a isto. A
visão Exchange é a visão sustentável, e a visão do capitalismo desenfreado, a
todo custo, é, no mínimo alarmante, ou até mesmo, tende a detonar a aceleração
das mudanças climáticas. Dois Links sobre estas Theorys apresentadas:
·
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=Krx8K0YIIfAC&oi=fnd&pg=PA9&dq=Exchange+Theory+VS+Capitalism+Theory&ots=E-xxk9myhs&sig=B-Ti81IHGkSxs8G-lwwVYp0X4Ms#v=onepage&q=Exchange%20Theory%20VS%20Capitalism%20Theory&f=false
Este Link do Google Books. A Theory of Capitalist Regulation: The US Experience - Por Michel
Aglietta.
·
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-8330.1975.tb00616.x/abstract E aqui, um link da Biblioteca Online Wiley.
A visão de riqueza do planeta está mudando,
ainda bem. Não dá mais para continuarmos a produzir e viver como nossos
antepassados, principalmente a atual e mais duas ou três gerações atrás. A
Terra tem certos limites e condições, e estes devem ser respeitados. Uma
empresa que enriquece poluindo, deveria se envergonhar de seus lucros. Poluir é
igual a destruir o planeta, em escala máxima, ou causar algum desperdício à
vida, em escala menor.
Antigamente, se produzia queimando
combustível fóssil, desmatando e tratando os animais de modo cruel e desumano;
hoje, a ideia de sustentabilidade e de produzir sem denegrir o ambiente estão
ganhando forças, e temos consolidadas práticas de marketing verde, de medição
de impactos ambientais e de uso destes dados para uma boa imagem junto à
sociedade, aos parceiros, enfim; o mundo finalmente desperta para a
conscientização que é mais inteligente ter um gasto maior agora (com novas tecnologias
e processo), mas preservar a vida e o futuro do planeta (continuidade – going concern), do que produzir de modo
mais “barato”, porém devastando a Terra com esta produção.
Só um dado que ouvi em um debate de
cientistas, debate sobre O Clima, na BAND, este ano: ao queimarmos CO2 como no uso de petróleo, pegamos este mesmo CO2 -
que nada mais é do que os monóxidos de carbono (CO) das eras passadas,
transformados em energia, se tornam o dióxido de carbono (CO2), e na queima do
dióxido de carbono, ele simplesmente retorna exponencialmente poluente ao ar,
para tornar ao planeta, consolidando a poluição – e o fazemos liberar mais CO2
no processo todo, na queima” de nossos combustíveis, nas nossas poluições da
nossa vida, tudo isto dá uma força exponencial ao processo de aceleração das
mudanças climática. Então, se achamos que está quente agora, muito mais quente
vai ficar se continuarmos a poluir o planeta, e destruir a camada de ozônio.
Livros do Edson orgulhosamente dirá sobre
Balanço Social, um conceito contábil de sustentabilidade, porém criado antes da
sustentabilidade; numa época em que questões assim eram tratadas no âmbito
social, de combate à fome, tanto como no âmbito ecológico, em relação ao
combate a seca e o avanço do desmatamento e da poluição irreversível. O famoso
sociólogo Herbert de Souza, o Betinho foi quem introduziu no Brasil o Conceito
de Balanço Social, ele foi o responsável por sua divulgação e seu idealizador, inclusive
com a formação do IBASE, criado em 1981 – Instituto Brasileiro de Análises
Sociais e Econômicas – foi o Betinho quem fez as empresas brasileiras
perceberem a importância deste olhar sério, às questões sociais / sustentáveis.
Se não me engano o conceito de sustentabilidade surgia apenas na Eco Rio +10
(Eco Rio de 1992 + 10 anos, em 2002).
O Ibase diz sobre os indicadores sociais (auxílios
a empregados, ações sociais, etc), interação entre os diferentes níveis da
empresa e demais questões econômicas e de gestão. Acesse www.ibase.org.br para maiores detalhes. O
selo de Ibase de Balanço Social é reconhecidamente um diferencial para empresas
que buscam estarem em consonância com as atuais práticas e procedimentos louváveis
ao mundo (dizem tanto dos maus exemplos do Brasil, aqui neste Blog, ressalvamo-nos
o direito de melhor escolher nossos assuntos); e ao que se refere à questão social,
das situações “Em Mudanças”, da questão da biodiversidade e da
sustentabilidade, dos biomas e dos ecossistemas; em razão de tudo o que é
melhor no homem e que há de mais maravilhoso e incrível no mundo, em razão
disto tanto Betinho como a Fundação Ibase são primorosos.
A riqueza um dia foi sim sinônimo de
desmatamento, de gados e gados tratados sem pudor algum, e de exploração de
muitos para enriquecer poucos, mas a Terra precisa ser perseverada; com isto,
devemos aproveitar e também preservar a fauna, o meio ambiente (as relações, no
geral), enfim a raça humana e os animais, do perigo do capitalismo extremo: 1%
com Tudo e 99% com Nada. Viva a vida e a exuberância da mesma, em épocas de
compartilhamento, nunca devemos nos esquecer de que esta Terra toda é que é
nosso lar.
BALANÇO
SOCIAL
Segundo José Leandro Ciofi (In Redação
Contábil e Responsabilidade Social, com Erika M. Carlos, Módulo 8.1 Curso
Superior de Ciências Contábeis, Uniseb, Ribeirão Preto, 2015, p. 124): (Balanço
Social) “Trata-se de uma demonstração que contempla uma gama de informações
acerca de projetos, ações sociais, benefícios, concedidos aos empregados,
analistas, investidores e comunidade, que é publicada anualmente por livre
iniciativa de uma corporação, um instrumento estratégico de divulgação da
responsabilidade social. (...) Sinteticamente, é uma importante ferramenta que
pode ser utilizada pelos gestores no sentido de divulgar as boas práticas, além
de agregar valor à companhia. ”
Devemos
ressaltar que Betinho foi personalidade chave na divulgação e aceitação desta
prática contábil (Balanço Social – BS) na maior parte das empresas brasileira,
algumas raras já o faziam, mas a contribuição de Betinho e Ibase foi, e é
fundamental para a questão da sustentabilidade e da Responsabilidade Social.
Abaixo,
uma planilha de Balanço Social, seguindo todos os critérios descritos pelo
Ibase (baseada no modelo de Cioffi, José L.):
Modelo de Balanço Social (Ibase 2010)
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Grupos / Nomenclatura
Contas Contábeis
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Valores 20X1
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Valores 20X0
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1.
Base de Cálculo
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Receita líquida
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Resultado
Operacional
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Folha de
Pagamento Bruta
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2.
Indicadores
Sociais Internos
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Alimentação
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Encargos
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Previdência
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Saúde
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Segurança
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Educação
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Cultura
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Capacitação
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Creches
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Participação
Lucros
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Outros
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3.
Indicadores
Sociais Externos
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Educação
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Cultura
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Saúde e
Saneamento
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Esportes
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Combate à Fome
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Outros
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Tributos
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4.
Indicadores
Ambientais
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Investimentos –
Produção
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Investimentos –
Programas Externos
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Metas de Consumo
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5.
Indicadores
do Corpo Funcional
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N° de Empregados
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N° de Admissões
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Empregados
Terceirizados
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Estagiários
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Empregados Acima
de 45 anos
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N° de Mulheres
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% de Mulheres em
Chefia
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N° de Negros
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N° de Negros em
chefia
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Deficientes
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6.
Exercício
de Cidadania Empresarial
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N° de Reclamações
de Consumidores
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% de Reclamações
Atendidas e Solucionadas
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Valor Adicional
Total a Distribuir
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DVA
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7.
Outras Informações
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Dados Cadastrais
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Modelo
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Filosofia
(Demais...)
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DVA – Demonstrativo de Valor Acionado
RECAPITULANDO: O BS (Balanço
Social) é tudo acerca do ambiente da
empresa. Lembre-se de suas aulas de administração e meio ambiental ou Filosofia
Empresarial (como gosto de chamar). Lembre-se da empresa como um ser vivo
que vive em torno de outros seres vivos – analogia para os mercados das
empresas. Lembre-se da relação da empresa com Fornecedores, Empregados,
Parceiros, Acionistas, Governo, Sociedade, Meio Ambiente, Educação, Esportes,
Psicologia e Bem Estar (Saúde, moradia, filhos, etc), tudo isto pode e deve ser
expressado no Balanço Social.
No Brasil, nem o Balanço Social, nem o DVA são obrigatórios, mas como
vimos e veremos, eles oferecem importantes dados acerca das “fatias” de
contribuição da empresa, ao responder a pergunta: qual o destino das Entradas
(Vendas, serviços prestados: recursos, dinheiro)financeiras na Empresa? A
empresa cumpre com seu papel social?
Lembre-se o DVA não é obrigatório, mas é interessante para as empresas
terem certificações de Balanço Social, Iso 14000 ou mesmo ISE (Índice de
Sustentabilidade Empresarial, cedido pela BMV&FBOVESPA), isto dá
credibilidade a empresa e a certifica a um novo mundo (e mentalidade)
empresarial.
Modelo de DVA – Demonstrativo de Valor Adicionado (CPC 09)
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Grupos / Nomenclatura
Contas Contábeis
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Em Milhares R$ 20X1
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Em Milhares R$ 20X0
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1.
Receita
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Venda de Mercadoria,
Produto ou Serviço
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Outras Receitas
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Receitas
relativas à Construção de Ativos Próprios
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Provisão Créditos
de Liquidação Duvidosa
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2.
Insumos
Adquiridos de Terceiros (ICMS,
IPI, PIS e Confins)
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Custo dos
Produtos, das Mercadorias e dos Serviços Vendidos. (CPV)
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Matéria-Prima,
Energia, Serviços de Terceiros e OUTROS.
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Perda ou
Recuperação de valores de Ativos
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Demais
(Especificar cada uma)
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3.
Valor
Adicionado Bruto (1 - 2)
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4.
Depreciação,
Amortização e Exaustão
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5.
Valor
Adicionado Líquido Produzido Entidade (3 - 4)
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6.
Valor Adicionado
Recebido em Transferência
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Resultado de
equivalência Patrimonial
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Receitas Financeiras
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Outras
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7.
Valor Adicionado
Total a Distribuir (5 + 6)
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8.
Distribuição
do valor Adicionado
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(subtotal) Pessoal e
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Pessoal
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Renumeração
Direta
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Benefícios
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FGTS
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(subtotal)
Impostos, Taxas e Contribuições
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Federais
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Estaduais
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Municipais
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(subtotal)
Remuneração de Capitais de Terceiros
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Juros
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Alugueis
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Outras
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(subtotal)
Remuneração de Capitais Próprios
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Juros sobre Capital
Próprio
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Dividendos
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Lucros Retidos
ou Prejuízos do Exercício
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Participação dos
não controladores nos lucros retidos (Consolidado)
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A parte mais crucial do DVA é o próprio valor Adicionado; ele deve ser
dividido em cinco fatias: A parte do Governo, a parte dos Empregados, A parte
das financeiras(terceiros), a parte dos acionistas (dividendos ou capitais
sobre juro próprio) e a parte Retirada, Lucros Retidos (Reservas e Provisões,
geralmente, estas últimas, quando novas). A saber PEVA (Parcela dos Empregados no Valor Adicionado), PGVA (Parcela do Governo no Valor Adicionado) , PTVA (Parcela de Terceiros no Valor Adicionado), PAVA (Parcela dos Acionista no Valor Adicionado) , e PRVA (Parcela Retida do Valor Adicionado).
Note que os juros são facilmente informados junto às agências de crédito,
quando de juros de terceiros. O cálculo de juro sobre o capital próprio envolve
várias outras variáveis, explicações estas que não cabem neste post, que veio
mesmo apenas para divulgar um pouco mais sobre as técnicas de controller e
gestão, e agora, com ênfase na questão ambiental e social da questão todo.
Muito obrigado por me acompanhar neste blog. E agradeço aos meus
professores Uniseb – Estácio. Pelos maravilhosos conhecimentos transmitidos.
E fechamos com o gráfico pizza de exemplo de aplicações de DVA. Até a
próxima.
See you later
aligator > vejo você, cara de já cara de é.
(tradução
livre deste blog)
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