[Cartola na Chuva] Re - escravizaram
a ex - escrava Isaura
Dedicado Ao Cartola
Os pássaros
voam em seus pares
(até que sua
sorte os troque de ares)
Enquanto a
flor se abre reluzente,
(depois da
Chuva) Com o sol que vem quente.
SEM
pássaros, flores; sê sofrida,
No sol ou chuva,
Isaura, à sua cela,
retorna; ela
não prende em senzala,
Mas faz que
ainda escravize à vida.
Não mais a
escravidão imposta aos africanos;
Agora, Isaura
se veste da cor do povo guerreiro
que acorda
cedo (altivo) de segunda a sexta-feira,
Mas que se celebram
(vivo) aos finais de semana.
Isaura é a
trabalhadora corajosa, porém
Que nas suas
rotinas e opões se vê refém;
O que mais
ela poderá querer de sua vida, além?
Será Mestra?
Tem reservas no banco? É avessa?
Mas o que
mais a ocupa para além de sua vida?
Ela se
prendeu nas suas próprias mesmices
Oque fez com
a liberdade não a deixa a vontade,
E agora, por
mais que tente, está desgastada.
O patrão
ofereceu um resgate, a fiel servidora
Não quer uma
funcionária assim vá embora;
Não parece
que não teve mesmo jeito; ela (verdade)
Se foi se
usando e deixando ser usada pela sociedade.
Resultado:
foi-se embora de si sem direito a nada.
Sofre,
coitada, a cada prestação atrasada ou quitada;
Se paga,
fica sem dinheiro até mesmo para ficar em casa,
Se não paga,
se vê encoberta de juros, multas – endividada.
Olhem no
céu, os pássaros que voam como parceiros
De lá
encontram frutos; vão a riachos e veem celeiros;
Mas SEM
pássaros, flores; na despedida, ao sol ou chuva,
Isaura, à
sua cela, retorna; ela não a prende como senzala,
Mas ainda
faz que ela se escravize em sua rotina de vida.
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EDITORIAL:
Mais
um de “Quem Sou”
Eu nunca sonhei que um
blog meu fosse ser muito bem visto, e causar tanto impacto, afinal, “são apenas poemas, filosofias, contabilidade
e controladoria, com contos, histórias, de RPG, mixagens e algo mais...”;
que nada, há mais ainda (Suponho): há verdade aqui, empenho, desprendimento,
entregas e o sentimento (o feeling)
de um jovem aspirante a... como me definir? Como se definir?
Se eu disser: sou / fui
DJ; ora, mas o que isto é? Se for ser DJ mixar e remixar, animar uma festa e
fazer um CD Mixado; mas se eu posto meus mix na web e depois de 2 anos vem a
notificação que eu infligi direitos autorias, mas ora, se plágios são pegos em
minutos (às vezes segundos, ou milésimos de segundo), porque teve que se
esperar dois anos para que fosse notificada e retirada a mixagem? Será por ter
sido isto em um dos meus perfis alternativos? Ou eu deveria apelar ao ser
supremo, e dizer que isto deve ser obra Dele? Mas nada, são os Direitos Autorais, é algo mais complexo ainda, ao
menos aqui neste planeta. Sinceramente eu não entendo o que há de errado em
mixar músicas alheias, a Lei de Reprodução de Obras Intelectuais (artísticas)
diz que são proibidas as execuções públicas, radiodifusões, etc... isto ainda
tem a ver com os registros de músicos, e etc. Mas acontece que o DJ, ao meu
ver, é uma exceção a isto, porque ele não está simplesmente reproduzindo a
canção (apertando o play em um
sistema de som ao público, por exemplo), ele está re-trabalhando enquanto
executa a faixa, e trabalhando a sua mixagem simultaneamente; isto é a leitura
da faixa, e a inserção dela no contexto do set (geralmente mixado, aplicado
efeitos etc); DJ só teria que ter direito a realizar execução pública, se tiver
um registro profissional de Disk Jokey,
mas por exemplo, isto, desde que ele ganhe dinheiro com isto, e a web seria uma
exceção a isto também, Não pode-se tirar o mérito de quem realizou uma
postagem, e fez uma arte final (seja uma imagem ou um arquivo de áudio) para
realizar o upload; isto porque uma
coisa são os direitos autorais, a citação de fonte, etc; agora, quando não há
ganho envolvido, ou quando simplesmente um DJ toca em seu site pessoal na web,
eu entendo que isto não deveria infligir dano algum a propriedade intelectual, por
ser uma questão cultural dos DJS, clubbers, dancers, hip-hoppers, etc; e ainda
mais se dados como nome da faixa, artista, remix, featuring, e outros detalhes (incluindo o set e o nome do DJ que
mixou a faixa) forem postados em conjunto, e como o sistema SHARE ALIVE, Creative Common Copyrights, creio que tudo poderia ser
diferente e que muito alarde (e precipitações) são feitas em relação a esta
questão; o que posso fazer agora? Que já postei mais de 60
faixas alheias aos meus perfis e sets
da web, mas mixados? Vou retirar todos e ver likes, reposts e comentários serem deletados? Eu não tenho esta
coragem? Fazer o que, se for denunciado, paciência, nunca pensei que mixar,
realmente, fosse tão complicado assim. Mas quem sabe no futuro questão assim
não sejam melhores analisadas; quem sabe não podem ser dada (re)vistas ao cerne
cultural da questão dos direitos dos artistas, principalmente dos DJ, dos
escritores, dos Remixadores, dos
Revisores de Textos, etc e etc.
E por falar nisto, eu
seria um escritor? Sim, eu o sou, certamente. Escrevo sobre diversos temas, com
muitas formas diferentes de textos, e estilos, etc. Escrevo desde 1992-94, com
certa regularidade; em 2002, meus textos e minha leitura eram aclamados em sala
de aula de EJA (supletivo – ensino de jovens e adultos) tanto de matéria de
Língua Portuguesa, como de História, como de Inglês, de Artes, etc; (só o fato
de alguém ter igual habilidade para as letras quanto para os números já era
algo que deveria indicar que eu deveria partir à prosa-matemática, mas só
percebi isto depois de 2008; e só em 2012 percebi que, de certo modo, a
prosa-matemática era, ao extremo teórico e prático, a Estatística) e minhas
habilidades eram notadas, nos estudos e nas comunicações – mas eu não tinha
percebido isto. Em 2009, eu com ajuda da professora Mirian do SENAI Oscar Lúcio
Baldan (de Comunicação Oral e Escrita), eu tive conhecimento de que eu tinha
boas ideias de redação, bom estilo, etc; mas eu não tinha as corretas técnicas
de redação (e só em 2015 que tive conhecimento de normas ABNT e normas ISO –
Canadá – de produção de textos científicos), mas foi assim, a prof.ª Mirian foi
quem me deu aulas de reforço, literalmente depois do horário (agradeço muito a
ela, pois ela chegou a perder o ônibus duas vezes, por ter se posta disposta a
me ajudar, ela morava em Taquaritinga e dava aula em Matão), e assim aprendo
até hoje, para cada texto, cada projeto, uma regra específica e mais. Segundo
as orientações dela consegui melhor o nível de meus textos, e olha que posso
dizer, que foi exatamente o que ela me ensinou que aprendi em curso de inglês
avançado (fluente) da certificação TOEFL do MyEnglishOnline do CAPES / MEC
(2015); a estrutura de escrita do texto (formato) é a mesma em português,
inglês, etc; mas claro, cada língua tem suas particularidades, suas
preposições, seus conectivos, etc.
Mas o que mais? Eu
seria um contabilista, um cientista, um RPGista, um artista, um sádico, um
pândego? Um CADista? Um desenhista? Um
anarquista? Um marginalista? Enfim, quem eu sou, porque é difícil me definir?
Eu sou o último da geração dos 80’s (apesar de ter nascido em 1981), eu vi a
instituição da Constituição de 88, eu vi o fim do regime militar, o regime de
transição e o regime democrático do presidencialismo (do “executivismo”); vi impeachment, avanços e retrocessos; eu
vi a justiça legislar sobre minha casa e meu cânhamo, eu vi garotos (em que
queriam criminaliza-los) e lá, eu vi ódio das classes, das orientações e das
realidades socioculturais diferentes, que se chocam atritando-se; só que quando
o choque passa, sai o retorno agressivo, vem à calmaria e percebemos que o outro
é assim mesmo; e que somos nós quem não
deveríamos querer fazer o outro ser, igualmente, à nossa imagem e semelhança.
Tudo é questão de aceitação ou repulsa.
Então, não adianta nada,
nada, dizer que eu sou isso e não aquilo; ou que já fiz daquele outro e não
deste modo, nada disso importa – uma vez que tudo o que fiz veio
verdadeiramente de mim, e infelizmente não posso me estereotipar como
contabilista, revisor, e estudante de controladoria, apenas; seria muito cômodo
e objetivo, mas simplesmente não posso definir-me assim, e ignorar os outros
lados de Edson; porque se fizer isto, ainda faltará dizer que sou DJ, mestre e
narrador de RPG, sou poeta, escritor de HTML, sou computacional, etc. Mas posso
confessar pra vocês, meus leitores e ouvintes queridos, quem observa aquilo que
faço na web, eu tenho a dizer que por mim eu creio que eu deveria mesmo é ser
um douto, ou um doutor em Sistemas de Manutenção, Controladoria ou
Contabilidade Gerencial.
E o que eu poderia ter
sido se minha fenomenologia fosse outra, se eu tivesse nascido na Alemanha de
hoje em dia, ou na Inglaterra do século XVIII ou XIX? Mas quer saber? Isto
ainda pouco importa, pois eu sou brasileiro, matonense, e morador da COHAB. E
profissão, que profissão Edson pratica?
Considero profissões,
além daquelas que se ama àquelas que se tem e se recebe por isto; assim, eu
posso ser DJ, escritor, etc... Mas atualmente, são as revisões que me dão mais
retornos (e a venda que faço na web, também não pode esquecer-me disto, muito
bem, e muito obrigado); assim atualmente este sou eu; e obrigado por me
acompanhar. Thanks.
Imagem: Heaven
done by Windows Media Player, Edsonn@ndo, 2015.
₰₪ⱡ╨□∏ↄ⁞ȶ͏ΘͼΩӁӁؤئڿӁӁԊ█├
Mãos
Passando na Janela
Não
é o medo da destruição
Que
te leva à ingratidão;
É
não ter a consciência
Que
te dá as tuas sentenças.
Quando
passam mãozinhas de meninas
Na
janela da sala, quando não abres a porta,
Não
temas o futuro, alheios ou inseguranças,
Essas
mãos são antes os afagos do passado
Que
te trazem lembranças alegres, no presente.
Mas
era só um sonho,
Uma
lembrança, criança.
Mas
que tenhamos confiança
Que
teremos a nossa herança.
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