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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

CARTOLA NA CHUVA


[Cartola na Chuva] Re - escravizaram a ex - escrava Isaura
Dedicado Ao Cartola

Os pássaros voam em seus pares
(até que sua sorte os troque de ares)
Enquanto a flor se abre reluzente,
(depois da Chuva) Com o sol que vem quente.

SEM pássaros, flores; sê sofrida,
No sol ou chuva, Isaura, à sua cela,
retorna; ela não prende em senzala,
Mas faz que ainda escravize à vida.

Não mais a escravidão imposta aos africanos;
Agora, Isaura se veste da cor do povo guerreiro
que acorda cedo (altivo) de segunda a sexta-feira,
Mas que se celebram (vivo) aos finais de semana.

Isaura é a trabalhadora corajosa, porém
Que nas suas rotinas e opões se vê refém;
O que mais ela poderá querer de sua vida, além?
Será Mestra? Tem reservas no banco? É avessa?

Mas o que mais a ocupa para além de sua vida?
Ela se prendeu nas suas próprias mesmices
Oque fez com a liberdade não a deixa a vontade,
E agora, por mais que tente, está desgastada.

O patrão ofereceu um resgate, a fiel servidora
Não quer uma funcionária assim vá embora;
Não parece que não teve mesmo jeito; ela (verdade)
Se foi se usando e deixando ser usada pela sociedade.

Resultado: foi-se embora de si sem direito a nada.
Sofre, coitada, a cada prestação atrasada ou quitada;
Se paga, fica sem dinheiro até mesmo para ficar em casa,
Se não paga, se vê encoberta de juros, multas – endividada.

Olhem no céu, os pássaros que voam como parceiros
De lá encontram frutos; vão a riachos e veem celeiros;
Mas SEM pássaros, flores; na despedida, ao sol ou chuva,
Isaura, à sua cela, retorna; ela não a prende como senzala,
Mas ainda faz que ela se escravize em sua rotina de vida.


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EDITORIAL:
Mais um de “Quem Sou”

Eu nunca sonhei que um blog meu fosse ser muito bem visto, e causar tanto impacto, afinal, “são apenas poemas, filosofias, contabilidade e controladoria, com contos, histórias, de RPG, mixagens e algo mais...”; que nada, há mais ainda (Suponho): há verdade aqui, empenho, desprendimento, entregas e o sentimento (o feeling) de um jovem aspirante a... como me definir? Como se definir?
Se eu disser: sou / fui DJ; ora, mas o que isto é? Se for ser DJ mixar e remixar, animar uma festa e fazer um CD Mixado; mas se eu posto meus mix na web e depois de 2 anos vem a notificação que eu infligi direitos autorias, mas ora, se plágios são pegos em minutos (às vezes segundos, ou milésimos de segundo), porque teve que se esperar dois anos para que fosse notificada e retirada a mixagem? Será por ter sido isto em um dos meus perfis alternativos? Ou eu deveria apelar ao ser supremo, e dizer que isto deve ser obra Dele? Mas nada, são os Direitos Autorais, é algo mais complexo ainda, ao menos aqui neste planeta. Sinceramente eu não entendo o que há de errado em mixar músicas alheias, a Lei de Reprodução de Obras Intelectuais (artísticas) diz que são proibidas as execuções públicas, radiodifusões, etc... isto ainda tem a ver com os registros de músicos, e etc. Mas acontece que o DJ, ao meu ver, é uma exceção a isto, porque ele não está simplesmente reproduzindo a canção (apertando o play em um sistema de som ao público, por exemplo), ele está re-trabalhando enquanto executa a faixa, e trabalhando a sua mixagem simultaneamente; isto é a leitura da faixa, e a inserção dela no contexto do set (geralmente mixado, aplicado efeitos etc); DJ só teria que ter direito a realizar execução pública, se tiver um registro profissional de Disk Jokey, mas por exemplo, isto, desde que ele ganhe dinheiro com isto, e a web seria uma exceção a isto também, Não pode-se tirar o mérito de quem realizou uma postagem, e fez uma arte final (seja uma imagem ou um arquivo de áudio) para realizar o upload; isto porque uma coisa são os direitos autorais, a citação de fonte, etc; agora, quando não há ganho envolvido, ou quando simplesmente um DJ toca em seu site pessoal na web, eu entendo que isto não deveria infligir dano algum a propriedade intelectual, por ser uma questão cultural dos DJS, clubbers, dancers, hip-hoppers, etc; e ainda mais se dados como nome da faixa, artista, remix, featuring, e outros detalhes (incluindo o set e o nome do DJ que mixou a faixa) forem postados em conjunto, e como o sistema SHARE ALIVE, Creative Common Copyrights, creio que tudo poderia ser diferente e que muito alarde (e precipitações) são feitas em relação a esta questão; o que posso fazer agora? Que já postei mais de 60 faixas alheias aos meus perfis e sets da web, mas mixados? Vou retirar todos e ver likes, reposts e comentários serem deletados? Eu não tenho esta coragem? Fazer o que, se for denunciado, paciência, nunca pensei que mixar, realmente, fosse tão complicado assim. Mas quem sabe no futuro questão assim não sejam melhores analisadas; quem sabe não podem ser dada (re)vistas ao cerne cultural da questão dos direitos dos artistas, principalmente dos DJ, dos escritores, dos Remixadores,  dos Revisores de Textos, etc e etc.
E por falar nisto, eu seria um escritor? Sim, eu o sou, certamente. Escrevo sobre diversos temas, com muitas formas diferentes de textos, e estilos, etc. Escrevo desde 1992-94, com certa regularidade; em 2002, meus textos e minha leitura eram aclamados em sala de aula de EJA (supletivo – ensino de jovens e adultos) tanto de matéria de Língua Portuguesa, como de História, como de Inglês, de Artes, etc; (só o fato de alguém ter igual habilidade para as letras quanto para os números já era algo que deveria indicar que eu deveria partir à prosa-matemática, mas só percebi isto depois de 2008; e só em 2012 percebi que, de certo modo, a prosa-matemática era, ao extremo teórico e prático, a Estatística) e minhas habilidades eram notadas, nos estudos e nas comunicações – mas eu não tinha percebido isto. Em 2009, eu com ajuda da professora Mirian do SENAI Oscar Lúcio Baldan (de Comunicação Oral e Escrita), eu tive conhecimento de que eu tinha boas ideias de redação, bom estilo, etc; mas eu não tinha as corretas técnicas de redação (e só em 2015 que tive conhecimento de normas ABNT e normas ISO – Canadá – de produção de textos científicos), mas foi assim, a prof.ª Mirian foi quem me deu aulas de reforço, literalmente depois do horário (agradeço muito a ela, pois ela chegou a perder o ônibus duas vezes, por ter se posta disposta a me ajudar, ela morava em Taquaritinga e dava aula em Matão), e assim aprendo até hoje, para cada texto, cada projeto, uma regra específica e mais. Segundo as orientações dela consegui melhor o nível de meus textos, e olha que posso dizer, que foi exatamente o que ela me ensinou que aprendi em curso de inglês avançado (fluente) da certificação TOEFL do MyEnglishOnline do CAPES / MEC (2015); a estrutura de escrita do texto (formato) é a mesma em português, inglês, etc; mas claro, cada língua tem suas particularidades, suas preposições, seus conectivos, etc.
Mas o que mais? Eu seria um contabilista, um cientista, um RPGista, um artista, um sádico, um pândego? Um CADista? Um  desenhista? Um anarquista? Um marginalista? Enfim, quem eu sou, porque é difícil me definir? Eu sou o último da geração dos 80’s (apesar de ter nascido em 1981), eu vi a instituição da Constituição de 88, eu vi o fim do regime militar, o regime de transição e o regime democrático do presidencialismo (do “executivismo”); vi impeachment, avanços e retrocessos; eu vi a justiça legislar sobre minha casa e meu cânhamo, eu vi garotos (em que queriam criminaliza-los) e lá, eu vi ódio das classes, das orientações e das realidades socioculturais diferentes, que se chocam atritando-se; só que quando o choque passa, sai o retorno agressivo, vem à calmaria e percebemos que o outro é assim mesmo; e que somos nós quem não deveríamos querer fazer o outro ser, igualmente, à nossa imagem e semelhança. Tudo é questão de aceitação ou repulsa.
Então, não adianta nada, nada, dizer que eu sou isso e não aquilo; ou que já fiz daquele outro e não deste modo, nada disso importa – uma vez que tudo o que fiz veio verdadeiramente de mim, e infelizmente não posso me estereotipar como contabilista, revisor, e estudante de controladoria, apenas; seria muito cômodo e objetivo, mas simplesmente não posso definir-me assim, e ignorar os outros lados de Edson; porque se fizer isto, ainda faltará dizer que sou DJ, mestre e narrador de RPG, sou poeta, escritor de HTML, sou computacional, etc. Mas posso confessar pra vocês, meus leitores e ouvintes queridos, quem observa aquilo que faço na web, eu tenho a dizer que por mim eu creio que eu deveria mesmo é ser um douto, ou um doutor em Sistemas de Manutenção, Controladoria ou Contabilidade Gerencial.
E o que eu poderia ter sido se minha fenomenologia fosse outra, se eu tivesse nascido na Alemanha de hoje em dia, ou na Inglaterra do século XVIII ou XIX? Mas quer saber? Isto ainda pouco importa, pois eu sou brasileiro, matonense, e morador da COHAB. E profissão, que profissão Edson pratica?
Considero profissões, além daquelas que se ama àquelas que se tem e se recebe por isto; assim, eu posso ser DJ, escritor, etc... Mas atualmente, são as revisões que me dão mais retornos (e a venda que faço na web, também não pode esquecer-me disto, muito bem, e muito obrigado); assim atualmente este sou eu; e obrigado por me acompanhar. Thanks.



Imagem: Heaven done by Windows Media Player, Edsonn@ndo, 2015.



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Mãos Passando na Janela

Não é o medo da destruição
Que te leva à ingratidão;
É não ter a consciência
Que te dá as tuas sentenças.

Quando passam mãozinhas de meninas
Na janela da sala, quando não abres a porta,
Não temas o futuro, alheios ou inseguranças,
Essas mãos são antes os afagos do passado
Que te trazem lembranças alegres, no presente.

Mas era só um sonho,
Uma lembrança, criança.
Mas que tenhamos confiança
Que teremos a nossa herança.


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Este post foi produzido ouvindo-se muito o som de Cordas de Aço. 
Link de Vídeo  do YouTube : https://www.youtube.com/watch?v=jXD94g7Jdv0

Cordas de Aço,  de autoria de CARTOLA,
EMI - BRBMG9200207
Intérprete: Gal Costa
o autor do blog ouviu esta cancão do CD  FOLHA DE SÃO PAULO, Raízes da MÚSICA POPULAR BRASILEIRA (MPB) CD 3 - Cartola, 2010.


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