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domingo, 10 de janeiro de 2016

Pura Sabedoria

(A)puro Sabedoria:
TODA A ESPIRITUALIDADE, MAGIA e Mediunidade de Livros de O Edson.


“Tudo o que sofreu / Porto de desesperança e lágrima / Dor de solidão / Reza pro teus orixás” (NASCIMENTO, Milton; GUIMARÃES, Marco Antônio – in Lágrimas do Sul, a Winnie Mandela; álbum A barca dos amantes: São Paulo, 1986).


Olá, tudo bem? Por aqui, tudo certo; e se segue com a 1ª postagem deste ano recém iniciado, 2016.
Espero que vocês não se escandalizem muito com esta postagem; não se choquem, porque se ela não é inteiramente nova (do ponto de vista de conteúdos inteiramente inéditos e ou originais), uma vez que muitos sábios, disto – do que se trata este post –, já sabiam, mas é que ela – a teoria, a visão deste post – está renovada e atualizada, pós-2015.
Assim, espero que todos consigam assimilar do que se tratam, verdadeiramente, este texto e estas palavras aqui.
Eu, aqui, Edson, deste blog, Livros de Edson, desejo, a você, leitor, que o ano de 2016 seja feito com muita iluminação, boas energias, bons negócios, sucessos, saúde e paz; sinceramente, desejo apenas o melhor para você; e para todos vocês, também, para todos os leitores e amigos deste blog, certo? Que a proteção divina possa estar sobre você, leitor, e também possa estar em seus familiares. E desde já, obrigado por acessarem este blog e por divulgarem estes conteúdos aqui; ‘tá bem? Vamos a mais uma postagem?


INTRODUÇÃO
No texto principal (dividido em Parte I e Parte II) será visto sobre as crenças daquilo que se pratica ou se professa, como a fé ou a crendice, o pensamento e a adoração (o louvor ou os rituais, como queiram).
Na Parte I – as buscas pela via da espiritualidade, trazem constatações sobre os caminhos, apontados por muitos, como aqueles, que são capazes de nos fazerem crescer & desenvolver, de modo equilibrado e sadio – temos conceitos considerados mais eloquentes e plausíveis; já na Parte II – o materialismo, a magia e o naturalismo como vias de crescimento espiritual, onde é falado de outras culturas e crenças, que supostamente também tenham a finalidade desse “achegar” a Deus e às forças cósmicas (trazendo, ainda, um contraponto com conceitos de espiritismo de alto nível e entendimento; intentando conferir bastante sentido ao texto, justamente nesta parte dois, no momento em que nos referimos ao espiritismo pelas letras gerais transcritas por Schutel); mas que como veremos, ao que nos parece, estas outras culturas e crenças talvez, mais estejam interessadas em orgias, sexo, bebidas, euforia do transe, alienação, lavagem cerebral, etc. e etc. do que em boa relação com o Pai Mais Alto – onde é relatada uma ponderação muito bem disposta, a dizer que há muitas culturas mais ligadas à questão ancestrais e primal do queevolutiva e espiritual-pura (e, talvez, inversamente ligada à questões de evoluções ou iluminações, mas precisar, certamente, sobre este assunto é muito difícil).
E, por fim, tem, ainda, um anexo ao texto principal, a parte do APÊNDICE – falando de o tarô; inclusive, onde vou expor UM EXERCÍCIO MEU [DE TARÔ], mais pragmático do que embrenhado em crendice – que trata de assuntos diversos, mas relacionados com a parte do invisível ou das forças ocultas, ou forças do magnetismo, da aleatoriedade que conduz a previsibilidade e etc.... além deste exercício de tarô, vou dizer da metodologia usada neste exercício, criada / desenvolvida por mim, e também, as últimas 4 cartas (descrições) do sistema de arcano maiores (tarô) em Mago, que são as cartas faltantes à Crônica de Mago: A Ascensão®: A Urna Cúbica de Platina – A Pedra da Lei.
Assim, no texto principal, iremos falar de magia e espiritualidade; e que no anexo, de tarô – basicamente é isto.
Mas, vejamos mais alguns detalhes interessante sobre este post.
O título: “(A)puro Sabedoria” segue a formação de frases verbo-nominais genéricas (sem artigos; por isto, tal “A” é de averbação), semelhante à formação de frases tal como as observadas em expressões como “É Necessária Atenção”, ou “É Proibido Entrada”; onde, neste caso, o “a” (A) está prefixando “puro”, substantivo de legitimidade e / ou adjetivo de pureza, a modificar o sentido da palavra [puro], verbalizando-a para (e, conferindo um significado de) “apurar” – apuro a sabedoria = (a) puro sabedoria. E, sobre a palavra sabedoria, nada se tem a acrescentar ao sentido dela, talvez apenas, de que se trata da sabedoria de a Temperança (carta do Tarô). O texto pretende expor sobre o que é fé racionalizada, e o que é fé fanática (assunto não fundamental do texto, mas suplementar); pretende ainda dizer sobre magia e forças naturais ou ocultas – não muito abordadas. Além de dizer de o tarô (no APÊNDICE, depois das referências), e, de apresentar demais citações sobre os assuntos aqui abordados.
E claro, conceitual e ideologicamente, o texto (e anexo), ainda, diz de (e aceita como reais e corretas) as teorias kardecista (1804-1864), da tradução de J. Herculano Pires (1987), incluindo, também publicações espíritas como o jornal “O Clarim” e a RIE (Revista Internacional do Espiritismo), em edições atuais / correntes (2016), para dar um suporte mais contemporâneo ao nosso raciocínio e argumentação lógica (quase sempre, analíticos; porém, isto quando não, são, informativos, apenas); além de dizer de uma parte mais “pagã”, ou menos científica da espiritualidade física / metafísica, observada na teoria da magia de Starhawk (1992) e Bounfiglio (1995); onde, de outro prisma, como um suporte filosófico, ao nosso ideal de metafísica, temos as teorias (de metafísica) de Descartes (2015) e Schopenhauer (2015); incluindo ainda detalhes sobre as forças da natureza (e a filosofia de Schelling - 2015). E com muito mais; mas nada mais além de demais letras de músicas, e outros autores e livros que serão utilizados, e respectivamente, citados, inclusive, em seus momentos oportunos e apropriados (circunscritos), isto é, naqueles trechos em que as citações aparecem ao longo do texto (e / ou nas referências). Certo?  Bem, no mais, me desculpem pelo óbvio e por momentos de redundância (é que pretendo ser bem entendido), bem, acho que é isso.
Tenha uma boa leitura, e obrigado mais uma vez por ser leitor deste blog (ou por ouvir as minhas mixagens ou tracks). Obrigado, sinceramente; e, segue o texto principal (e complemento).


(A) Puro Sabedoria

Ou se aprende pela dor, ou (se aprende), pelo amor”.

PARTE I – As buscas pela via da espiritualidade

Dizem – sabedoria popular – que existe dois tipos de processos de ensino-aprendizagem: o (aprendizado) pelo método da dor e o (aprendizado) pelo método do amor. Mas segundo se observa, tanto um quanto outro pode, realmente, buscar (e trazer!) uma melhora na vida afetiva, uma cura na vida física ou espiritual, ou solução para um problema financeiro, isto, sim, desde que haja algum bom e certo pensamento inteiramente sincero de aprender e querer ultrapassar esta fase ou situação dificultosa de sua vida (ou de uma vida; ou de coisas, situação, etc.).
Na verdade, segundo se confirma com o pensamento da nova mentalidade do século XX – mote resumido: “pensamento atrai aquilo que emana” – ou de acordo com a decodificação do espiritismo (por Allan Kardec, Paris, no século XIX), há quem “prefira” (ou, opte) por aprender a “rota de estudo”, de um caminho da vida, de acordo com uma metodologia regenerativa / que repara (reparadora), e, em contrapartida, há quem opte por aprender, segundo os caminhos da vida, de um modo alicerceado (“alicerçado”) em punições e correções severas e rigorosas. O 1° [primeiro] é o método do amor (regeneração) e o 2° [segundo] é o método da dor (punição); há ainda uma inter-relação disto com aquilo que os homens supõem serDeus: tal como um ser da reabilitação e da cura, ou tal como um ser da punição e do sofrimento. 
Mas, já sobre este assunto – a busca das nossas verdades em acordo com Deus –, a autora Cavalcanti (2016) fez um texto atualíssimo, publicado no jornal “O Clarim”, sobre esta temática; texto esse escrito de modo vigorosamente didático e magistral, ao qual apenas ressalta-se, a seguir, os pontos (a meu entendimento, mais cruciais) desta diferenciação entre, o que, aqui e popularmente, se chama de método da dor ou do amor:

“Assim, plantamos para podermos colher no futuro (próximo ou distante) as sementes do bom ânimo, da renúncia, da esperança, da determinação, da perseverança e por fim, da auto iluminação. A grande busca do ser humano é a auto iluminação. Quando afirmamos que somos herdeiros de nós mesmos, trazemos o entendimento de que plantamos e colhemos constantemente em proveito próprio [...] e [...] em proveito dos outros também. Sendo um o conhecimento espírita um grande facilitador do entendimento das verdades espirituais tardias por Jesus. Cada pessoa percebe essas verdades de forma peculiar. [...] sendo que nem detectamos com exatidão em determinadas situações [fatores socioculturais e outros que influem na nossa percepção das verdades divinas], acabando por atribuir a influência de desencarnados atitudes que provêm dessas subpersonalidades. Para compreendermos a mensagem cristã precisamos mergulhar em seu psiquismo de amor. Entendendo que cada pessoa é um todo que se forma em partes de si mesmo, construídos em todo o seu processo evolutivo até a presente data. Vivemos hoje o necessário para a evolução, não como estrutura de justiça punitivo-destrutiva, mas como educativa-reabilitadora. [...] As duas formas de pensar: punitivo-destrutiva e educativa-reabilitadora levam a pessoa ao mesmo movimento: sair da inércia do presente. A primeira, por medo e sofrimento, criando pessoas com temores e fobias. A segunda proporciona o entendimento do fato, a necessidade de aprendizado e o desejo sincero de mudança. Este pensamento faz com que a criatura não enxergue o momento presente como algo triste, pesado e difícil de ser vivido, mas uma etapa necessária no processo evolutivo” (CAVALCANTE, 2016, p. 11).

Os dois métodos tem um único ponto em comum: a intenção de aprender, de um modo ou de outro. Ou, como a autora bem afirma, “as duas formas de pensar [...] levam a pessoa ao mesmo movimento: sair da inércia” (Idem).
Onde o próprio sujeito da frase é “Se aprende” – sujeito indefinido –, no período verbo-nominal simples, em “ou se aprende pela dor ou pelo amor” [a frase, óbvio].
Mas, o que faz com que tanto a dor quanto o amor possam levar a um mesmo destino, objetivo? Ora, isto é a intenção, o pensamento que se tem destas coisas todas; se fosse um princípio contábil, o pensamento seria o princípio de a essência sobre a forma; mas como este texto é espiritualista, segue-se afirmando um pensamento de Kardec (1987) de que é a invocação que orienta a nossa relação mental ao ser (encarnado ou não) ou ao objeto (possuído por nós ou não) – tal como se segue, a citação, que vem a melhor explicar este assunto:

“A prece é uma invocação: por ela, nos pomos em relação mental com o ser a que nos dirigimos. Ela pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou um louvor. Podemos orar por nós mesmos, ou pelos outros, pelos vivos ou pelos mortos (...) O espiritismo nos faz compreender ação da prece, ao explicar a forma de transmissão de pensamento seja quando o ser a quem oramos atende o nosso apelo, seja quando o nosso pensamento eleva-se a ele. Para se compreender o que acontece nesse caso, é necessário imaginar todos os seres encarnados e desencarnados, mergulhados no fluido universal que preenche o espaço, assim como na terra estamos envoltos pela atmosfera. Este veículo é impulsionado pela vontade, pois é o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do som, coma diferença que as vibrações de ar são circunscritas, enquanto as do fluido universal se ampliam ao infinito” (KARDEC, 1987, p. 292).

Quem intenta, invoca; e, quem invoca, antes intentou. A prece é o que relaciona o que vivemos ao que intentamos ser ou ter. De modo que também damos atenção, em pensamento, aos outros e as coisas. Assim, ao se intencionar por uma melhora, seja isto expiando, sofrendo e literalmente “pagando por seus pecados”, ou seja isto no instruir-se e no refinar da sua alma, de um modo ou de outro, ao se intencionar firmemente, pode-se, sim, conseguir a cura e a libertação (renovação); mas também, deve-se bem observar outras particularidades, que no mais, é como bem diz a clássica frase doutrinaria espírita, “Fora da caridade não há salvação”. A prece também é uma forma de caridade. Pela prece, pode-se mais bem aproximar de corações duros ou insensíveis, com a prece se abranda as forças que insistem em insuflar ondas negativas, e pela prece, se paga o mal com o bem. Entre demais muitos outros benefícios e constatações benéficas da intenção, da prece ou da mentalização e da invocação.
O que isto quer dizer é que Deus e seus guardiões de pura luz vão analisar a intencionalidade, a essência do seu coração; de fato, Eles vão [analisar] o (seu) coração; e cada momento & pensamento, ao qual cada uma destas coisas e pessoas se referem, seja isto que diga de uma situação, de uma fase (da vida), ou uma circunstância, em especial. Por isto é de bom tom intencionar coisas boas para si e para os demais, também; tal como é recomendável que se tenha entendimento e caridade. E que ninguém aqui esqueça o que, de fato, CARIDADE quer dizer.

“Não a caridade apenas no sentido material, mas a caridade que envolve, principalmente, as qualidades do coração, como o perdão das ofensas, boa vontade com todos e indulgência para com as imperfeições alheias. Tudo isto é exercício da caridade, são atos de bondade. A Fé e o pensamento positivo facilita a aproximação de nosso Anjo da Guarda, aquele espírito protetor que por afinidade ou por missão, zela mais particularmente pelo sucesso de nossa jornada terrena. Esse sadio intercâmbio faz despertar os mais nobres sentimentos de bondade, que moram em nossa alma. É sempre um combustível divino a nos impulsionar para o bem. É dentro deste sentimento de fé e gratidão que sentimos as melhores influências espirituais” (CASTRO, 2016, p. 648).

Eu sonho, em ter um dia, que haja uma religião que aceite igualmente Maria, mãe de Jesus, tal como aceita Jesus; uma religião que aceite os Anjos da Guarda, tal como aceite que tem espíritos sofredores que precisam de cuidado e atenção, a fim de que se inspirem, sempre, na senda do bem, retornando assim para o caminho da luz; sonho com uma religião que entenda os rituais e que entenda que procedimentos e ritos, principalmente os mais-naturais e não-violentos, devem ter espaço tanto quanto o estudo sério  das escrituras divinas e das liturgias sacras ou espirituais.
Busco uma religião que não queira categorizar entidades africanas, por exemplos, como menos ou mesmo, eventualmente, mais (mas, apenas como menos?) importantes do que as entidades mais esclarecidas e afeiçoadas severamente às luzes; cada personalidade imortal – alma, espírito – deve, sim, ter sua história respeitada (e na medida do possível, também, valorizada), e não apenas devemos seguir preconceitos que venham a nós, simplesmente, nos dizendo que se desprezarmos entidades ancestrais, meramente, nós estaremos deixando as suas ignorâncias em seu devido lugar de (des)-merecimento e desconsideração; ora, mas nós não somos irmãos? Todos? Ora, claro que somos, assim, temos que ouvir outras histórias e em outros tons & nuances, mas não termos que impreterivelmente nos deixarmos persuadir por estes tons brunos, e de modo algum devemos também impor a nossa fé como única e verdadeira, lembre-se, o importante é considerar o aspecto espiritual da coisa toda; isto, uma vez que a fé é algo que deve ser conquistada e alcançada (internamente), e, não imposta e tratada como algo obrigatório (externamente). Espero que eu tenha sido suficientemente claro neste parágrafo, dizendo: devemos respeitar, e na medida do possível, aceitar crenças espiritualizadas mesmo que ligeiramente diferentes das nossas, só assim se construirá a verdadeira tolerância; mas note que aceitar não significa participar de tais liturgias diferentes, apenas aceita-las como iguais (ou potencialmente iguais).
A fé é assunto inteiramente pessoal, como vemos aqui, onde ter fé é gozar de uma boa relação (espiritual e verdadeira) com Deus; e, pelo que se observa, as associações religiosas, simplesmente, focalizam, canalizando a força de tal crença, de modo mais ou menos material, ou dado a tendências espirituais, ou não; mas que desde já fique claro: religião deve sim, se preocupar com o espiritual, antes do material.
Mas muitos buscam religião apenas para alcançar e possuir bens materiais ou compráveis, e comparáveis a “posses feudais”. Mas o sentido das religiões e Deus é muito bem outro. Em muitos sentidos, as religiões pretendem auxiliar os homens a não mais praticar o erro, além de pretenderem a ajudar no caminho do homem até Deus. Além de: Despertar talentos e sensibilidades. Mediar sentimentos e ajudar na construção de pontes sentimentais e amorosas e etc....
Se preocupar sobre assuntos espirituais é observado, tal como as preocupações das corretas definições acadêmicas e científicas, desde, mesmo, alguns autores, muito conhecidos da filosofia mundial clássica, como o pensamento cartesiano, de Descartes (2015), tendo sido publicado e escrito (o pensamento a seguir, citado), originalmente no século XVII (nos anos de 1641-1642):

“E, por certo, a graça divina e o conhecimento natural, muito longe de diminuir-me a liberdade, antes a aumentam e fortificam. De forma que esta indiferença que sinto, quando não sou impelido mais para um lado do que para outro pelo peso de alguma razão, é o mais baixo grau de liberdade, e mais faz parecer um defeito no conhecimento do que uma perfeição na vontade; pois, se sempre conhecesse claramente o que é verdadeiro e o que é bom, eu jamais teria dificuldade de deliberar qual juízo e qual escolha deveria fazer; e, assim, seria inteiramente livre, sem jamais ser indiferente. Por tudo isso reconheço que nem a potência de querer, que recebi de Deus, é por si mesma a causa de meus erros [...]; nem também a potência de entender ou de conceber; pois, nada concebendo senão por meio dessa potência que Deus me deu para conceber, sem dúvida tudo o que concebo concebo-o corretamente, e não é possível que nisso me engane. De onde então nascem meus erros? A saber, só do fato de que, sendo a vontade muita mais ampla e mais extensa do que o meu entendimento, não a contenho nos mesmos limites, mas a estendo também às coisas eu não entendo; sendo por si indiferentemente a elas, ela se desencaminha com muita facilidade e escolhe o mal pelo bem, ou o falso pelo verdadeiro. O que faz que me engane e que peque” (DESCARTES, 2015, p. 83 - 84).

Onde quanto mais indiferente (longe de Deus, vazio, persistente no erro e ausente da luz) se estiver, mais se tenderá a fazer a escolha do errado pelo certo, mais se tenderá ao engano e ao pecar, mais se poderá se sentir ausente de Deus; e acabe, por fim, por tomar o duvidoso como se fosse o certo (Descartes).
O pensamento de Descartes afirma que o erro deve ser recolhido a uma condição de ausência (não haver), mas que o erro há, e que para não haver erro, deve-se sempre conceber os desejos e ações por meio das potências dadas por Deus; e que estas não podem estar ou serem enganadas sem que queiramos, ou quando nós nos distanciamos (intencionalmente ou não) de Deus; quem escolhe mau, é o homem, e ele que mais ouve seus instintos e suas vontades do que mais atende aos anseios  de sua sabedoria e entendimento; e que muito disto se deve ao fato de o homem, representado na maioria da humanidade, ao menos até este ponto do planeta, ter preferido mais atiçar-se (e desenvolver-se e ser mais) fisicamente do que mental e espiritualmente; em consonante com as ideias defendidas por este texto, e o espiritismo também veio atestar muito do pensamento de Descarte. Porém, deve-se lembrar que na época de Descartes, afirmar algo assim, necessitava do aval de alto ordem de clero e reino, ainda mais ser publicado e etc.... Mas a verdade, de certa forma, é incontida: não se barra a verdade, mesmo que apenas poucos a saibam.
E sobre as religiões que mais se preocupam com a matéria ou a natureza, menos do que com os sentidos espirituais, veremos mais detalhadamente sobre isto a seguir, na parte II; e, para terminar esta parte I, vamos ver as palavras do próprio mestre Jesus; transcritas por João, tais palavras dizem que chegará um dia em que não se louvará Deus nem nos montes (forças naturais, mágicas), nem nas cidades (Jerusalém ou outro lugar); mas sim, se louvará Deus em espírito e em verdade. E isto é, se louvará de um modo imortal e verdadeiro.

A verdadeira adoração. [19] Senhor, disse-lhe a mulher: vejo que tu és profeta. [20] Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. [21] Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me, que a hora já vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. [22] Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos [...]. [23] Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade [...]. [24] Deus é espírito; e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (JOÃO, Capítulo IV, versículos de 19 a 24).

Assim, a verdadeira adoração com Deus é consigo mesmo, pessoalmente, em espírito e em verdade. E categoricamente isto quer dizer que é compreensível que a humanidade, estando mais aconchegada a matéria e ao estado bruto e vulgarmente sensível das coisas, deveria, sim, aceitar a adoração através de “rituais” em montes, templos ou cidades, como algo natural e agradável a Deus. Mas, tão logo a humanidade se desenvolva metafisicamente, isto é, de modo a se voltar para além da matéria e da temporalidade do corpo humano, a consciência humana também entenderá que é mais plausível e lógico orar (rezar, rez) a Deus em qualquer lugar, consigo mesmo, em pensamento (em verdade) e em intenção (espírito), verdadeiramente, tal como algo muito mais natural e bem mais agradável a Deus.



PARTE II – O Materialismo, a Magia e o Naturalismo como vias de crescimento espiritual

Mas, como foi dito acima, nem todas as pessoas conseguem conceber Deus como espírito e mente (em verdade-pura, e,Espiritualmente); alguns enxergam Deus nas forças da natureza, na fertilidade, no destino, no tempo, no reparo das coisas e no curso da vida & etc.; como é de comum conhecimento dos leitores deste blog, Livros do Edson propaga que Deus já fez tudo e que a atuação Dele é deveras abstrata para que nossa mente humana possa entender. No mais, muitas vezes, espíritos impuros, zombeteiros ou pseudo-sábios gostam de serem chamados de Jesus, João, Maria, João – Batista – ou de serem chamados de outras nomes personalidades históricas, ou mesmo de serem chamados de “deus” como se fossem o próprio Deus. E como sabemos, é um erro, ou um desvio de percepção, entender fatores da existência de Deus, como se fossem o próprio Deus; claro, de acordo com a evolução espiritual de cada um, é menos ou mais possível saber distinguir de fato o que é de Deus, do que éDeus e distinguir, ainda, daquilo que não é nem de um e nem [é] de outro. Por isto também, a fé não deve ser “vendida como um pacote fechado” ou imposta, mas sim, adquirida e sentida (de acordo com a percepção e capacidade de percepção de cada um).
Deve-se assim, saber fazer distinção do que de fato é adoração agradável a Deus e o que não passa de crendices de magas, ou que não são nada mais que rituais pagãos, quando não são vaidades e preconceito humanos – não tratados fraternamente, mas – encobertos em um moldura mais ou menos vistosa, como se elas fossem preceitos de boa-fé. Por isto mesmo, devemos analisar se tal teoria ou espírito, qual-mente João instruí em seu Evangelho original, devemos analisar e especular se tal outrem é mesmo de Deus ou não; e que esse significado é muito diferente do pregado em templos evangélicos, atualmente, por exemplo, quando pregam o ódio aos gays ou a intolerância aos usuários de drogas leves – tal como os maconheiros.
Mas sempre, mesmo quando tiver algo ou alguém que não for de Deus, sempre devemos estar a evitar a doutrinação forçada & a pregação de a nossa crença de modo conturbada-mente inapropriado. No mais, reze para proteger a si; eu faço assim:
Por mim, eu gosto de tudo que é natural e espiritualmente divino & em acordo com os desígnios do Pai-Celeste; sempre, subordinando-me à vontade de Jesus, Maria e José; deixando-me ser sugestionado por meu bom Anjo Guardião e [contando] com a graça e honrada presença do Espírito Santo, na minha vida, e após ela, também. Agradeço-vos por eu amar: o Natural e o Espiritual. E por antítese, desapreciar a palavra (e consequentemente, o conceito, a abstração) “desnaturada”, onde o que menos aprecio é o “desnaturalizado” ou o próprio verbo desnaturar. Assim, aprecio o natural e o espiritual e desnecessito do desnaturalizado, agradeço a Deus e sua horda de bem feitores espirituais por assim me inspirarem. Saúde, Sucesso, Vida e Proteção [Que assim seja. Amém.] / E vamos seguir com o texto.
Desde já o leitor deve, ainda, ser avisado de que, nesta parte, muito se diz especificamente dos cultos não propriamente a Deus (porém, que podem “passar tal como se fossem de...”), mas (assim) que “são” aceitos (por alguns) como tal; nisto aí tem mais gente interessada na temporalidade desta existência, onde tem pessoas ligadas aos corpos, aos bens, as riquezas, as formas do poder terrestre; e que isto há muito onde a religião serve também como uma fuga apropriadamente instintiva daquilo que algum espirito ancestral, ou elas mesmas (as pessoas) – ou ambos – desejam e entendem como prazer e felicidade, como o sucesso e o status social; mas como se enganam! De fato, espiritualmente isto nada mais é do que o que muito bem disse um espírito protetor (na obra kardecista), isto nada mais é que “um grande abismo de nada”; onde o que construíram, nada, mas nada, mesmo, nada representará ao outro lado – puramente espiritual –; justamente porque fizeram eles apenas agregavam estes bens para si e suas concentrações da alma (anímicas?), sem caridade alguma em suas vidas terrenas; mas, eu aviso o leitor que isto não deve lhe entristecer mais do que o habitual, uma vez que devemos entender que cada um tem UM CAMINHO de evolução física-espiritual (ou metafísica), que cada um escolhe e vive, de acordo com as SUAS OPINIÕES e DESEJOS; e, que se DEUS criou todos iguais, simples e ignorantes, e, do mesmo modo, deu o LIVRE-ARBÍTRIO para que tomássemos nossas próprias decisões e realizássemos nossas próprias ações, na eterna sintonia do que se planta, colhe-se.
Sinteticamente, esta parte fala de como as crenças mais voltadas ao materialismo, ou as forças naturais e de espíritos “autônomos”, por vezes, são confundidas com os próprios feitos divinos; ao qual podemos classificá-los – tais seres, os celebradores das forças da natureza, dos espíritos errantes e das coisas materiais –, em uma escala de mais para a Luz ou mais para a escuridão, de modo proporcional como estas forças se relacionam com os cultos a tais poderes – na relação entre vontade, invocação, pensamento, materialismo, rituais, e etc. –, poderes estes que muitos, ainda entendem, de modo equivocado, como de Deus.
Mas, mais uma vez, devemos evitar julgar, e devemos racionalizar com fé sobre este assunto.
As coisas de Deus são verdadeiras e espirituais, em verdade e em espírito, como mostrado na parte I, e como será explicado, mais adiante, quando nos referimos a citação de Schutel.
Para entender a magia, as seitas, as organizações religiosas mais apegadas ao feudo, a matéria e ao poder terreno, creio ser apropriado recorrermos ao conceito de coven, onde no fundo, muito destas religiões seitas, que fazem cultos e rituais no mato, em cachoeiras, lagoas, e etc., muito destas coisas muito mais tem à ver com paganismo e bruxaria do que com crenças evangélicas ou espiritualistas puras. Mas ainda assim, repetimos, muito disto tudo que se diz aqui tratam apenas das forças cósmicas primitivas, ou seja, são forças naturais. Assim vamos começar vendo sobre o coven e o naturalismo, primeiro, depois veremos questões de religião e sexualidade; veremos o naturalismo atualmente considerado como clássico e atual, de Schelling, depois veremos os conceitos de coven, segundo Starhawk. Vamos prosseguir?
Schelling (2015) defende assim as forças naturais: o que elas são. Isto muito se assemelha a filosofia de sir Francis Bacon sobre a Natureza, onde, para Bacon (1973), cabe ao homens apenas a observação da natureza, a fim de a poder (ou pretender) entender; ainda, para Schelling, o natural é composto das (são as) infinidades de sentidos e forças introspectivas (não externas) que surgem (e surtem) efeito na finitude externa daquilo que se observa ou que se é; aproximando-as, assim, algumas substâncias e padrões ao conceito mais abstratos (e, consequentemente, mais abrangentes) de existência:

IV. Do mesmo modo, não irás reconhecer – nem de uma existência singular qualquer, nem da existência das coisas inúmeras e imensuravelmente múltiplas (disto que a plebe por assim dizer despreza em grande parte e considera como indigno dessa comunhão do existente) – uma verdadeira meta ou fim propriamente dito, a não ser este: que elas sejam.
V. Jamais, portanto, alcançarias, nesta inessencialidade e vacuidade da singularidade por si e da incondicionalidade e infinidade da existência, um outro fundamento para esse estranho espetáculo, a não ser o seguinte: o fato de essa essência desconhecida, que nos preenche com a ideia de existência, ser um puro e necessário prazer, que de nenhum modo, porém, é determinado a partir do exterior a revelar a si mesmo em si mesmo de modo infinito.
VI. Aqui não deverias pressupor nem escolha, nem arbítrio, mas apenas a bela necessidade de uma natureza amante de si mesma de modo infinito e sem reflexão. Infinitamente, pois há um fundamento de toda finitude. Um tal fundamento não estaria, contudo, nem nessa natureza – pois que ela é somente una consigo mesma e não algo duplicado –, nem fora dela – pois ela mesma é todo o ser (SCHELLING, 2015, p. 83-84).

Este é um conceito ao mesmo tempo clássico e atual sobre as forças e as concepções da natureza, ou a filosofia naturalista, ou no natural. Schelling faz distinção entre a existência singular e as existências múltiplas – reencarnação? – e diz que tal uma como a outra são o que são, e, isto é tudo. Segundo o autor é a própria natureza que é infinita e que dá a continuidade à vida, nisto (ela o faz), de um modo que o próprio natural, insuflando prazer e beleza, garante que a finitude não seja nem a própria natureza – uma vez que ela não duplica a si mesma – e nem fora dela – uma vez que toda a natureza é todo o ser (Schelling, 2015). *

(*) Deve-se notar que a teoria de Schelling de que a natureza é todo ser, é muito semelhante a minha teoria de que o NADA é ZERO e que DEUS é TUDO ou o UM. Nada = 0 e Tudo = 1. Veja a Filosofia de Livros do Edson e demais postagem com a tag (#) filosofia.

E segue, agora, com o que Starhawk (s/d) relata sobre os covens de não-iniciados, mas de aprendizes. Isto é nenhum iniciado no caminho na magia, e que não faz grandes invocações, mas que já tem algum conhecimento de magia.

Exercício 19: O Martelo. Concentre-se e centre-se. Visualize um martelo pesado em sua mão. Um prego teimoso está para fora em uma tábua à sua frente. Com toda a força, martele o prego na tábua. Repita, num total de três vezes.
Os covens possuem muitas maneiras de admitir novos membros. Alguns preferem aulas ou grupo de estudos abertos. Nós preferimos que iniciados se encarreguem de aprendizes individualmente (STARHAWK, s/d, p. 93).


Páginas 83-84 [notas a segunda edição, “dez anos mais tarde”]: Conflitos em grupo. [...] Observar as normas a seguir:
·        Encarar o conflito não como fracasso, mas como um desafio [...].
·        Lembrar que não podemos consertar os outros, mudar as pessoas ou fazer com que tudo ande bem sempre; deixe andar.
·        Aceitar o sentimento das pessoas como sendo válidos, mesmo quando não somos capazes de acatar os seus atos, comportamento ou palavras.
·        Nomear as relações de poder aberta e honestamente [...].
Página 93: Admissão de novos membros. Quando um círculo se desenvolve para um coven estritamente ligado, ele normalmente não aceita novatos a fim de que o grupo possa desenvolver maior sensação de intimidade. Em regra, covens são necessariamente pequenos. (Idem, p. 281-282).

Por exemplo, nosso último ritual do Equinócio de Outono foi inspirado por Alan, que é aprendiz, mas não ainda um iniciado no CovenCompost. Alan está muito envolvido com o movimento de libertação masculino e desejava um ritual centrado na mudança do condicionamento do papel sexual que cada um recebera [...]: Equinócio de Outono, 1978. [...] Alan, auxiliado por Guidot e Paul, organizou o círculo, utilizando belas invocações. [...] Conduzi a invocação para a Deusa [...]. Comecei falando e quando passei a cantá-lo, foi como se algo tivesse vindo por trás e me transportasse para fora de mim. Minha voz alterou-se fisicamente, tornou-se uma vibração baixa e profunda, injetando poder no círculo [....] Começamos uma dança da expulsão, girando pelo círculo em movimentos contrário ao sol. [...] Cantando-a ritmicamente, elevando-a, gritando-a, depois deixando que se dissipasse até o seu poder em controlar-nos com ela esmaecesse. Alan foi o primeiro: [...] meninas bonitas não fazem aquilo! Meninos não choram! Você não é uma mulher de verdade! Maricas! [...] Dezesseis uivos ressonantes absorviam cada brado, vozes exaltadas de escárnio que se transformaram, [...] nas atormentadas fúrias de nossa mentes, mordazes, gozadoras, gritantes [...], dezessete adultos completamente nus pulando para cima e para baixo [...] (Idem, p. 72-74).


Um coven é um grupo de suporte a um mago ou uma bruxa (maga). E isto existe no mundo atual, sem dúvida, com este nome, estas práticas, ou, [contando] com outras coisas diferentes, com outros nomes, diferentes destes nomes e destas práticas, mas muito semelhantes a estes mesmos (nomes & práticas).
De fato a bruxaria sempre existiu, andou muito oculta por um tempo, mas atualmente, as crenças em forças ocultas, naturais, de masculino e feminino são ainda muito comuns; mesmo com o advento do espiritismo e demais pensamentos mais “científicos” e acadêmicos (ou mesmo, mais racionais). Mas, enfim, devemos respeitar as crenças diferentes das nossas.
Eles – os bruxos, os iniciados, as bruxas – “têm” que (querem) entender os diversos lados da Criação, masculino, feminino, êxtase e restrições, forças estrondosas e contentamentos, e etc. Neste sentido, é evidente que os covens comumente-mente utilizam em seus rituais toques pessoais, cânticos, sexo, objetos ritualísticos, drogas, orgias, bebidas, comidas, invocações, e eventualmente, sacrifícios de animais (depende-se muito de qual energia eles, os membros do covens e as forças espirituais do mesmo, querem invocar ou “entender”). Isto é o que se percebe como diametralmente oposto a fé verdadeira e espiritual, porque, nestes processos usados por seitas e covens, são usados os fluxos vitais em exacerbação e excitabilidade extrema (ao meu ver, em alguns casos, que beiram a histeria ou a loucura coletivas – e não, isto não é bom...) a fim de se obter vislumbres da Deusa (de Deus, do Anjo, do que seja...), mas que, em tese, pode ser vislumbres de entidades ou ação de obsessores; mas claro, julgamentos precipitados sempre são perigosos e proliferadores de desarmonias e injustiças. Mas como diz Jesus, no jurar, o sim é sim e o não é não, fora disso, já é da parte do maligno.
Por exemplo, como um espírita, eu acharia no mínimo estranho que uma certa entidade resolvesse “conversar” comigo apenas quando eu fizesse tal coisa ou agisse de um determinado modo, por exemplo, fumando uma marca de cigarro importado; ou que eu estivesse pelado; ou então que eu tivesse que gritar e ficar sem comer com algum tempo; isto pra mim, me cheira a fanatismo e tolices de entidades que se comprazem com as mazelas e  crendices humanas, no mais, ainda assim, devemos respeitar quem pensa diferente de nós. E se tem uma lição muito boa a se tirar dabruxaria é esta: não duvidar da crença – e dos rituais – dos outros – é uma boa medida, mesmo quando em nada você compartilhe da fé alheia em questão.
Note que na Fé católica, ou cristã, Deus é um só e é uma Trindade ao mesmo tempo. Não existe mundo espiritual, nem outros mundos, exceto o Céu – para quem foi justo e bom, na vida terrena –, o purgatório – para quem nem foi bem nem foi mal – e o inferno – para quem não foi bom nem justo – e que todos que morrem ficam lá, até o dia do Juízo final, onde Jesus e Deus virão a julgar os vivos e os mortos, pela eternidade.
No espiritismo, Deus também é único, mas é auxiliado pelos Espíritos Puros. No espiritismo os sofrimentos não são eternos, porque todos os espíritos estão m processos de evolução, a seus tempos e modos, e que m dia, deverão retornar a pátria celeste dos espíritos felizes. Veja maiores detalhes dos dogmas espíritas na continuidade desta postagem, abaixo. E por hora, vamos voltar ao assunto coven – a fim de concluí-lo – para depois abordar a sexualidade e a bruxaria e a sexualidade de demais (algumas) crenças.
Há tanto coven – também, definição básica de seita, agregação ou congregação de filosofias, dogmas e / ou liturgias ou procedimentos ritualísticos, significado atribuído nesta postagem – no mundo, mas ainda falta muito para que nestes covens haja uma unidade; eles pretendem obter tanta liberdade, intimidade, inspiração e sentidos em suas experiências e epifanias que se perdem na capacidade de, de fato, ouvir e interagir, sem ter que se despir de muito do que racionaliza, nas conversas e nas socializações com outros covens ou grupo de pessoas; ou, ainda, não seria mais apropriado à magia, como um todo, que eles (os covens) se reconhecessem, a si mesmos, como irmãos de uma mesma crença, mesmo que ideologicamente diferente (e de uma vez por todas, devessem acabar com as diferenças fatais – letais – entre uma religião, uma seita, um dogma ou outro)? Como é notada, a intenção clara aqui é dizer que covens, seitas e dogmas fechados (quase sempre), beiram fanatismos, uma fé não racional, que tende a práticas absurdas e que podem expor muitas pessoas a situações ridículas, constrangedoras ou traumáticas (senão, definitivamente, perigosa).
Os covens, ainda, de bruxaria mesmo, são fundamentados no sexo e na sexualidade; por isto existe muitos covens só de mulheres, ou só de homens; há ainda covens mistos e outros homossexuais. Percebe-se que, por exemplo, a nudez é elemento comum nos rituais de bruxaria e como iria se fazer para que um gay, por exemplo, participasse de um coven de homens (heterossexuais) sem causar um desequilíbrio energético no ambiente?
Esta questão é muito complexa, e diz de como cada uma aceita a sua sexualidade e seu corpo. As mulheres se veem muito mais bem – de boa – nuas (muito mais naturalmente e muito mais comuns) do que os homens, talvez, como bem diz Chico Buarque isto se deva aos “Concursos de piroca” (de pênis, falo, etc. – ou seja, o tamanho do órgão sexual reprodutor masculino; todos temos órgãos sexuais reprodutores e não reprodutores; lembre-se viver é ter prazer, segundo Schelling, e pode se ter prazer de um modo ou de outro, mas isto ainda não é dado a todos); bem, assim, talvez os “Concursos de piroca” tenham alguma coisa a ver com isto que se refere aqui, da grande diferença que há entre a sexualidade, a nudez – e sua relação com a magia – entre os homens, as mulheres e os homossexuais. Sobre a obra de Buarque, vejamos:

Ai que saudades que eu tenho / dos meus doze anos / que saudade ingrata / dar banda por aí / [...] colecionando minhoca / jogando muito botão / rodando pião / fazendo troca-troca / [...] sair pulando muro / olhando fechadura / vendo mulher nua / comendo fruta no pé / chupando picolé / pé-de-moleque, paçoca / E, disputando troféu / Guerra de pipa no céu / Concurso de piroca (BUARQUE, Chico – in Doze Anos).

Ou seja, o troca-troca, os concursos de piroca são “brincadeiras” comuns do ambiente heterossexual masculino, supostamente, em busca, ou como um treino a sexualidade adulta (note que o catolicismo é radicalmente contra o sexo, de qualquer tipo, antes do casamento, por exemplo); ou seja, isto indica claramente que a homossexualidade é encarrada de modo diferentes em homens e mulheres, onde a nudez masculina é competição e descoberta, e, em contraponto, a nudez feminina – para as “fêmeas” mesmas – é algo muito mais natural e comum; e por isto, creio que é um imenso preconceito haver covens só de gays, por exemplo, e que não aceitam homens heterossexuais (ou vice e versa), pois assim, apenas se está desprezando um lado da outra essência do mesmo corpo, masculino, neste exemplo. Mas vamos seguir (voltar) a linha de raciocínio anterior.
O mesmo autor citado, Chico Buarque, mas em outra obra, Leite Derramado (Idem, 2009), diz, algo assim, mais especificamente do interesse homossexual, que era alguma coisa muito (ou “um pouco muito”) comum em toda a cultura brasileira – situando mais especificamente o assunto – até a geração do inícios dos anos 90, quando esta prática se alterou em função da maior liberdade sexual das meninas (faixa etária de 11 até os 13 anos) e adolescentes (acima de 13 anos), que concordavam mais facilmente em fazer sexo com os meninos e adolescentes; isto fez com o que a prática do troca-troca – que quer dizer, neste sentido aqui, sexo gay infantil, entre meninos de idades semelhantes, em uma descoberta da sexualidade entre eles – , que este tipo de descoberta sexual entre os garotos, deixasse de ser comum, uma vez que agora as parceiras “naturais” dos meninos tinham maior interesse em fazer sexo com os garotos e não mais era necessário este “treino” entre eles, ao menos os heterossexuais assim pensam. Buarque (2009) relata muito bem esta situação, mas com outra ótica, do interesse puro e simples do senhorio em experimentar o sexo do ‘garoto’ negro e gay, vejamos, na leitura:

Durante um período, para você ter uma ideia, encasquetei que precisava enrabar o Balbino [um preto meio roliço, foi amigo meu de infância]. Eu estava com dezessete anos, talvez dezoito, o certo é que já conhecia mulher, inclusive as francesas. Não tinha, portanto, necessidade daquilo, mas do nada decidi que ia enrabar o Balbino. Então, lhe pedia que fosse catar uma manga, mas tinha que ser aquela manga específica, lá no alto, que nem madura estava. Balbino pronto me obedecia, e suas passadas largas de galho em galho começaram a de fato me atiçar. Acontecia dele alcançar a tal manga, e eu lhe gritar uma contraordem, não é essa, é aquela mais na ponta. Fui tomando gosto por aquilo, não havia um dia em que não mandava o Balbino trepar nas mangueiras uma porção de vezes. E eu desconfiava que ele também se movia ali no alto com malícias, depois tinha um jeito meio feminil de se abaixar com os joelhos juntos, para recolher as mangas que eu deixava cair no chão. Estava claro para mim que o Balbino queria me dar a bunda. Só me faltava ousadia para a abordagem decisiva, e cheguei a ensaiar umas conversas de tradição senhorial, direito de premissas, ponderações tão acima de seu entendimento, que já me cedia sem delongas. Mas por esse tempo felizmente aconteceu de eu encontrar Matilde [foi minha mulher], e eliminei aquela bobagem da cabeça. No entanto garanto que a convivência com Balbino fez de mim um adulto sem preconceitos de cor (Idem, 2009, p. 18-20 – in Leite Derramado).

Freud fez muito bem em afirmar que todos somos bissexuais, mas que me dado momento optamos por uma sexualidade ou outra. Talvez as mulheres não sejam bissexuais. Exceção (exceção da exceção) feita as mulheres homossexuais, por podem ter em suas vidas, sim, uma fase marcantemente bissexual. Mas infelizmente, a humanidade e o preconceito da mentalidade antiga, gostam de dividir por sexo e opção sexual, inclusive os assuntos puramente, que deveriam ser, espirituais e verdadeiros. Mas vamos voltar a sexualidade nos covens e nas seitas, para, por fim, concluir este parte (com maiores detalhes das linhas gerais do espiritismo).
Starhawk também aborda a sexualidade nos covens. Relatando, assim, que os covens conhecem bem todos os membros, conhecem a ponto de saberem de todos os detalhes de todos os corpos, “esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro” (DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos, 39.ª Ed, 1998, p. 185; in Procura da Poesia – antologia poética org. pelo autor). Assim, os covens sabem a intimidade mais instintiva e secreta de cada um, conhecendo detalhes como os cheiros, de cada um, de cada coisa, e provavelmente, como muito bem diz Drummond, conhecendo “as caretas de gozos ou de dores no escuro”. Bem, Starhawk assim tara da questão de intimidade e sexualidade entre os covens (admitindo que possa haver misturas de homens em mulheres e covens, o que é incomum, porque geralmente são só mulheres) assim:

Apesar de existirem muitos homens na Feitiçaria moderna, em geral, eles são menos imediatamente atraídos para a Arte, como o são as mulheres. [...] para os homens, ela exige que abram mão de formas tradicionais de poder e conceitos tradicionais de religião. [...] Os homens não são subservientes ou relegados a uma cidadania espiritual de segunda. Mas, tampouco são imediatamente elevados a um status mais alto que o das mulheres [...]. Muitos homens acham essa perspectiva desconcertante. A arte exige, também, novo relacionamento em relação ao corpo feminino. [...] O corpo de uma mulher, seus cheiros, secreções e sangue menstrual, é sagrado, digno de reverência e celebração. Os corpos das mulheres pertencem somente a elas; nenhuma autoridade espiritual apoiará a tentativa de um homem em possuí-lo ou controla-lo. O corpo não é para ser festejado em isolamento. Os homens na Arte devem entrar em contato quanto ao poder da mulher: o poder da mulher completa, a mulher realizada, cuja mente, espírito e emoções estão completamente despertados. O homem também deve conhecer e aceitar o poder do seu próprio self feminino interno; saber gerar uma fonte de alimentação e inspiração dentro de si, em lugar de busca-la exclusivamente no exterior (STARHAWK, s/d, p. 152).

Assim, é neste sentido que há preferências por covens de só um sexo ou só uma sexualidade, realmente é algo muito íntimo e ao meu ver primal, onde nos faz crer que se houvesse a necessidade de um gay integrar um coven, ele teria de fazer isto, em um coven gay. Todas estas complicações se observam em virtude da dificuldade de aceitação do diverso e do distinto, onde o homem se preocupa muito com a casca e esquece que tudo o que vivemos aqui é passageiro e que só a vida espiritual é que é a vida verdadeira.
Mas, como então, conciliar os gays a religiões, onde em tese, até a bruxaria, que é mais antiga e natural, deveria aceitar os gays, mas não os aceita, supostamente por ele nem pertenceram a categoria masculina nem feminina do universo, uma vez que tem pênis (falo), mas que preferem ter relações sexuais por demais artes de seus corpos? Será que só quando sentirem na própria carne e coração um sentimento de amor homossexual? Ou nem assim, e acaba por se casar? Com Matilde?
Buonfiglio, diz muito bem deste impasse que pode haver entre o que o coração sente e o que a mentalidade teima em dizer que não é normal, mas que sim, é natural, porque é interno que quer se exteriorizar:

O que importa não é o sentimento que vem lá de dentro, do fundo do coração? Se sua alma é masculina no corpo de uma mulher, seja feliz, verdadeiramente feliz, colocando o seu ideal de felicidade de uma mulher. Para os homens, igualmente. O importante é que seu par corresponda às suas expectativas e possa levar o casal à felicidade e à realização que buscam com tantas dificuldades. Uma mulher ou homem podem encontrar no mesmo sexo aquilo que não encontraram no sexo oposto, se estiverem sendo absolutamente honesto a respeito do que sentem. Eu sei que algumas pessoas não aceitam a ideia de que possa existir algo de sagrado em uma relação homossexual, e a estas eu lembro que não devemos julgar. Cada qual tem seu caminho, sempre rumo à evolução. Você verá [...] histórias de casais famosos, reais ou imaginários [em busca de suas almas gêmeas]; [...] ali, estará também, a lenda de Apolo e Jacinto, e não está lá por descuido, não. Entendo mesmo que entre homossexuais podem existir almas gêmeas, escapando a regra geral. Antes de nos escandalizarmos com fatos fora das regras pré-estabelecidas, precisamos nos conscientizar de que o encontro de duas almas gêmeas é um acontecimento capaz de, em vista da profundidade e importância que tem, superar até mesmo o conceito moral que ambos tinham antes deste encontro (BUONFIGLIO, s/d, p. 143)

É exatamente isto que defendemos; onde há que se notar o absurdo que há em tudo isto: nem as bruxas parecem aceitar os gays, ou então, querem fazer um coven gay para emanar mais energia de sexo e sexualidade reprimida, que, em dado momento, pode se dilatar e jorrar respingos de uma mera felicidade efêmera e pastosa, em uma superfície totalitária que considera que este resultado é indesejado ou nojento. Mas um dia, alguém de sua família, um amigo, ou você mesmo, se vê sentido algum sentimento “fora dos padrões” e é neste ponto que todas as teorias que lhe entregam diariamente começa a não fazer sentido algum para você.
Ou então, um homossexual vai procurar uma seita evangélica e pedir para ser feliz; os crentes vão dizer que ele deve “virar homem”, e, resumindo, vão tentar por pôr alguma entidade masculina a rondar este homossexual de modo que ele deixe de “quere” ter prazer de um modo, ou com o mesmo sexo, e que deseje fazer sexo heterossexual; e só vão aumentando os preconceitos, as energias reprimidas, as frustações, e a falsa sensação de bem-estar e de conformidade das coisas.
Mas, quer saber, creio que alguns mesmo preferem a discórdia, o preconceito, as crendices, do que a aceitação, do que a compreensão, a caridade, a verdade e o espírito. E muito disto tudo aqui (que trata esta parte), contribuiu para relegar a religião, como um todo, séria ou dubiamente divina, às categorias de fantásticas e / ou sem mérito.

É irônico que a ciência e a mágica tenham sida atacadas durante a perseguição da Igreja contra “ideias novas”. Galileu sofreu tanto quantoAgrippa. Agora, a ciência reina absoluta, a religião e a mágika (mágica) foram postas na mesma categoria. Ambas são consideradas assuntos intangíveis, com os quais as pessoas inteligentes não podem se ocupar seriamente – heranças arcaicas de um passado supersticioso (TYSON, Donald – in The New Magus).

Mas é a tal história: quem persegue, há de ser perseguido, quem fere com ferro e fogo com o ferro e o fogo será ferido; lembre-se, nem João batista escapou – ou conseguiu se safar – a lei do carma e dharma, ou Lei da Causa e Efeito. Por isto ainda, sempre, devemos manter a vigília e a reza; mas que isto não significa que devemos ficar sem dormir nem apenas rezando.
Deve-se entender ainda o mundo está se regenerando, mas que isto não indica que todos somos (estamos sendo) curados ou curadores, uma vez que a re-harmonização do mundo, através de seus reequilíbrio e ajustes, prevê sim o correto “colocar das coisas em seu legítimo e devidos lugares”; só que nem sempre as próprias pessoas perseveram na iluminação, não tanto quanto insistem e se delongam, nas trevas; mas eu já repeti (e irei ter de fazê-lo, novamente, agora) várias vezes: já dissemos – aqui neste blog – o porquê do Brasil ser assim, o porquê da mentalidade das famílias ser burguesa ou feudal, ou bárbara e animal; o porquê dos trabalhos intelectuais serem tão desprezados no país; e o porquê do infame e do sarcástico & sarrístico (mais apropriadamente, com as pessoas vivendo e sendo de modos satírico e escrotal) ser valorizado na nação dos ex-paus-brasis, ao contrário de se valorizar a natureza, a Inteligência e a diversidade tão comum aqui: o porquê de tudo isto é a mentalidade exploratória, antinatural (anti-indígena, que absurdo!), fanática e com pouco comprometimento com a ciência e a instrução.
Mas, no fim das conta, não adianta se rebelar, ou abaixar a intenção de nossas preces até as forças mais ancestrais e primitivas, o que devemos é perseverar no caminho da luz e que, sim!, um futuro brilhante com Jesus, Maria, José e o Espírto (Espírito) Santo, nos aguarda, tanto quando permanecermos em união mental e comportamental em Deus – no silencio de nossas orações.
E, por fim, para finalizar este parte, encerramos com os conceitos norteadores daquilo que mais atualmente se considera a fé verdadeira e spiritual.
E sobre os conceitos mais sinceros que se deve esperar de religiões, certamente, devemos citar os dogmas do espiritismo:

“Limitamo-nos a transcrever os ‘Princípios Básicos do Espiritismo’ em suas linhas gerais. Por eles se há de notar da grandeza da concepção Kardecista, que, pode-se dizer, é irrepreensível.
1º – Existência de Deus, Causa e Fator de toda a Criação – motivo explicativo da ordem, harmonia e beleza de toda a Natureza.
2º – Existência e imortalidade da alma, sua sobrevivência à morte do corpo [...].
3° – A REENCARNAÇÃO – ou pluralidade das existências corporais [...] como FILOSOFIA explicativa das desigualdades sociais, físicas, morais e espirituais [...].
4º - CARIDADE, O AMOR AO PRÓXIMO, como base do aperfeiçoamento moral; a INSTRUÇÃO como meio de conquistas progressivas para a sabedoria; AMOR E VIRTUDE [...].
5º - UNIDADE DO PLANO DIVINO [...]: IMORTALIDADE, FELICIDADE, VIDA ETERNA.
6º - PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS [...]
7º - COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS [...].
8 – CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS em espírito e verdade.
PARADIGMA dos Espíritas: - JESUS CRISTO, seja pela sua Palavra, seja pelo Exemplo, seja pela Ação” (SCHUTEL, s/d - apud MONTEIRO, 2009, p. 169-170).

Cairbar Schutel foi um grande divulgador dos ideias – e feitos – espíritas, principalmente de Kardec e seus seguidores ideológicos mediúnicos. Cairbar fez a cidade de Matão (onde eu vivo) se lançar aos cenários nacionais (e internacionais) antes mesmo dela ser fundada, com o auxílio dele, claro. Mas quando começou a se vincular nacional e fora do país o jornal “O Clarim” e, posteriormente, a RIE entre a população leiga ou espírita, entre os estudiosos sinceros do espiritismo; ou mesmo entre aqueles que apenas queriam ler as publicações encabeçadas por Schutel a fim de encontrar “erros e inverdades” par difamar a obra dele, nada acharam de equivocado.  O fato é que as publicações da Casa Editorial “O Clarim’ e demais feitos de seu idealizador apenas continham vestígios e puros conteúdos de bondade, de caridade e fé, e que quando do desencarne de Cairbar, o que se viu foi um multidão que inconsolada aplaudia de pé, o pai da pobreza de matão e o bandeirante do espiritismo, que ao deixar a sua atuação neste planeta, deixou junto, muito remédios para curar as doenças (e a sede) espiritual da humanidade, por muito tempo. Ações como a deste senhor contribuem verdadeiramente para a união entre as religiões (mesmo quando aparentemente parece haver alguma intriga ou embate entre um lado ou outro das diversas crenças dominantes); e, não foi por nada, que Cairbar ainda foi ovacionado in memoriam em Homenagem póstuma – em março, dois meses após seu desencarne –, que fora feita na cidade de Araraquara, no ano de seu desencarne, em 1938.
No mais, devemos entender que existem vários caminhos e possibilidades de trilhá-lo s e que é melhor que nos esforçarmos nas boas energias, nas forças divinas, em verdade e em espírito, do que nos aconcheguemos a outras energias mais indecifráveis ou que preferem não se mostrarem exatamente como são; para isto, um salmo final:

“Salmo de Davi – Ações de Graça pela Proteção De Deus. 144. [4] O homem é como um sopro; os seus dias como a sombra que passa. [...][7] Estendeu a tua mão lá do alto; livra-me e arrebata-me das muitas águas, e do poder de estranhos, [8] Cuja boca profere mentiras, e cuja direita é direita de falsidade. [...][11]Livra-me e salva-me do poder d estranhos, cuja boca profere mentiras, e cuja direita é direita de falsidade”.



REFERÊNCIAS:


BACON, Francis. Novum Organum ou Verdadeiras Indicações acerca da Interpretação da Natureza. Tradução e notas de José de Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Abril Cultural e Industrial S.A., 1973. Coleção Abril Os Pensadores, Vol. 13.

BUONFIGLIO, Monica. Almas Gêmeas: aprendendo a identificar o amor da sua vida. São Paulo: Editora Oficina Cultural Monica Buonfiglio, s/d (1995).

CASTRO, Arildo Resende de. Artigos - Pureza: O bem é incansávelRIE – Revista Internacional do Espiritismo –, Ano XC – Nº 12 – Matão / SP, Janeiro de 2016, p. 646-648.

CAVALCANTE, Walkiria Lúcia de Araújo. Esperar em CristoO Clarim (sessão Resignação), Matão, janeiro, 2016. Ano CX, n.º 06.

DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. São Paulo: F olha de S. Paulo, 2015. Coleção Folha [Grandes Nomes do Pensamento, v. 5].

KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo; tradução de J. Herculano Pires, 34ª ed. São Paulo: Lake, 1987.

MONTEIRO, Eduardo Carvalho; GARCIA, Wilson. Cairbar Schutel, o Bandeirante do Espiritismo2° Ed. Matão / SP: Casa Editora “O Clarim”, 2009.

SCHELLING, Friedrich Wilhelm Joseph von. Aforismos Sobre a Filosofia da Natureza. Tradução e introdução de Márcia C.F. Gonçalves. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015. Coleção Folha [Grandes nomes do pensamento; vol. 18].

SCHOPENHAUER, Arthur. Aforismos sobre a sabedoria de vida. Tradução de Jair Barboza. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015. Coleção Folha [Grandes Nomes do Pensamento, v. 2]

STARHAWK, Miriam SimosA Dança Cósmica das Feiticeiras: Guia de Rituais à Grande Deusa. Rio de Janeiro: Record (selo Nova Era), s/d (1992) [texto referente à 2ª edição norte-americana].


APÊNDICE: Tarô de Livros de O Edson


O mais vigoroso dos braços, quando lança um corpo leve, não pode comunicar-lhe nenhum movimento que o faça voar longe e cair violentamente; ao contrário, o corpo cairá inerte nas proximidades, visto que lhe falta massa material própria pata absorver a força exterior. Do mesmo modo se passa com os belos e grandes pensamentos, com as obras-primas dos gênios, se para absorvê-las, existirem apenas cabeças pequenas, fracas ou enviesadas (SCHOPENHAUER, 2015, p. 94).

 

·       AS Quatro cartas faltantes do Antecedente Destino, da Crônica a Urna Cúbica de Platina.

 

Arcano XIXO Sol

        "É o regente da vida natural na terra. O astro-rei. A fonte de Luz, energia, vida e boas radiações; mas é melhor não tentar enfrentar o sol ou se expor a ele sem proteção; quanto mais forte é uma força, mais os outros se atraem por ela e organizam às suas vidas em virtude e razão desta mesma força, isto indica confraternização, concretização e realização de quem chegou ao fim de um caminho. É o sucesso e a liderança total. Onde tudo segue um ritmo de transformação e melhorias em muitas áreas vitais."

ABORDAGEM COSMOLÓGIKA:  A vontade de criar, a autoconfiança e a maturidade dos frutos que foram plantados são colhidos com sabedoria. O trabalho com afinco, sem perda de tempo, resulta em estímulo e reconhecimento. Esta auto-organização atrai contentamento devido à devoção pela paz, harmonia, fidelidade e maior, fechando um círculo que lhe envolve e protege.

REPRESENTAÇÃO ASTROLÓGIKA: Leão

COR: laranja-claro

LEMA: Alinhar as metas físicas, mentais e espirituais (Aproveitando o máximo de prazer (entendimento) e o máximo de cada momento).

PALAVRA CHAVE: Entusiasmo / Felicidade.

CAMINHO: O sol vai de um ponto a outro do horizonte, de uma cidade a outra, de um país a outro, enquanto permanece quase que (inalteradamente) imóvel bem ao centro da Via-Láctea.

CONSELHO:  concretização dos sonhos.

 

 

Arcano XXO Julgamento

        "Este arcano diz apenas que a morte é um mera transformação, uma transição, uma nova vida. Isto indica renascimento, liberdade, o lado oculto, a verdade, a ressureição dos mortos. Representa comunhão, acordo, união ou troca, quando algo nasce e ressurge harmoniosamente dando resultados satisfatórios e benéficos, porém, talvez, inesperados. "

ABORDAGEM COSMOLÓGIKA:  a necessidade de estar bem consigo mesmo e a busca do eu (autoestima). Deve ter predisposição do subconsciente para trazer o despertar. Nada deve ficar na ociosidade ou adormecido. Tudo novo: novas relações, novos negócios, novos caminhos, sempre, rumo ao progresso.  

REPRESENTAÇÃO ASTROLÓGIKA: Lua (ou Peixe –clarividência – e Saturno – discernimento)

COR: Verde

LEMA: O fim também é um princípio

PALAVRA CHAVE: Reação.

CAMINHO: da mesma forma como a pele foi dada ao homem em sua queda (descida) até a Terra, é pertencente ao julgamento aquilo que pode ser cumprido de sua derivação, ou seja: a distinção, a separação, o reconhecimento e demais palavras que queiram dizer “discernimento”, “clarividência” e “decisão”.

CONSELHO:  os caminhos estão abertos.

 

 

Arcano XXIO Mundo

        "A mundo é tudo de bom, e por isto mesmo, ele indica a chegada ao céu, no tarô. Ou é o fim do caminho do mago: a ascensão ou a queda (ou a estagnação). O mago obteve sucesso: conseguiu alcançar o mais alto grau de controle, equilíbrio e harmonia. Seja isto em si, no mundo, no reino espiritual, em uma esfera, ou mais que uma, etc. A perfeição, por fim, chega a quem não desiste de alcançá-la."

ABORDAGEM COSMOLÓGIKA: foi balanceado todos os fatores que se deveria balancear, todas as ponderações e os experimentos necessários ás obtenções de conclusões já foram feitos; só resta agora obter a total sincronia do corpo, com a mente e o espírito, e suas emoções, para que se traga a possibilidade de modelara a vida da maneira como se bem desejar. 

REPRESENTAÇÃO ASTROLÓGIKA: Sol

COR: Laranja.

LEMA: a imaginação criativa junto com a perseverança resultam em ações harmoniosas.

PALAVRA CHAVE: Sucesso.

CAMINHO: Aqui e agora serão cumpridos ou, se preferir, já se cumpriram, mesmo que não saibamos, pois realmente, não vivemos neste mundo, vivemos fora dele, num eixo paralelo, na ilusão de um mundo que pensamos ser real, mas que é apenas a interpretação que fazemos dele. Segundo o evangelho de Tomás na sentença 67: “Aquele que conhece o Todo, se se privar de si mesmo, priva-se do Todo”.

CONSELHO:  a busca irá alcançar o ponto visado.

 

 

Arcano XXII ou zeroO Louco ou o Não Iniciado ou O Adormecido

        "O Louco pode ser tanto a carta 0 ou 22 do tarô, justamente em virtude de seu dinamismo desaurido"

ABORDAGEM COSMOLÓGIKA: Aceite a necessidade de equalizar a mente e o poder, mas não sem antes observar que a materialização exacerbada traz indiscrição e esforços desmedidos por assuntos superficiais ou vaidades.  Funciona bem com atividades comunitárias sem questionamentos ou reflexões mais profundas, pois quando isto ocorre, há um desvio de aceitações e condutas.

REPRESENTAÇÃO ASTROLÓGIKA: Plutão

COR: Preta ou Ultravioleta.

LEMA: confiança em encontrar um caminho novo que vem do antigo.

PALAVRA CHAVE: destino.

CAMINHO: “esse caminho que eu mesmo escolhi, é tão fácil seguir por não ter onde ir” – Raul Seixas, in Maluco Beleza.

CONSELHO: “se conselho fosse bom ninguém dava, venderia à prestação”.

 

 

REFERÊNCIAS -- [Do tarô para a característica] Destino (Antecedente) de Mago: A Ascensão - 2.ª Edição.

 

AMARAL, Maria Cecília. Guia do Tarô: as cartas, seus símbolos e interpretações. Editora Escala: São Paulo, 2010.

CAZZAMATTA, Carlos (editor). Revista Como Prever o Futuro: Edição Especial. Editora Nova Sampa Diretriz Ltda: Mirandópolis / SP, s/d.

______ . Tarô Mística: Edição Especial. Editora Nova Sampa Diretriz Ltda: Mirandópolis / SP, s/d.

GALINDO, Patrícia B.; QUINDIM, Neise; CÔRTE, Tina. Revista Tarô Egípcio, n° 1, edição 1. Editora Nova Sampa Diretriz Ltda: Mirandópolis / SP, s/d.



·       MÉTODO e EXERCÍCIO MEU: Leitura de Tarô de 3 pontas





Observe a figura acima, ela indica a arrumação das cartas, com a base do triângulo do lado do consulente.
Esta é a leitura de Tarô de 3 pontas (que se faz com um lenço, preferencialmente cigano, onde se faz duas dobras no lenço e deixa ele com três pontas, um triângulo).
Mas vamos ver este método passo a passo. Leitura com as 78 cartas do Tarô.
1°: corte o Tarô em 2 ou 3 (o tarólogo). Cortar em 3 apenas se a pessoa que vai ler as cartas, o consulente, é bissexual ou homossexual.
2° o consulente ajunta as cartas e embaralha-as; depois de embaralhadas as cartas e as corta em número igual, aos montes que o vidente cortou antes.
3° a este método, iniciar a remontagem do tarô em um monte só e fazer a disposição das cartas, como mostrado na imagem acima – única imagem da postagem.

CADA CARTA quer dizer:
1 – Situação: focada, a Lâmina, carta, em si, em que se consulta com o tarô, ou em outra pessoa, que seja o foco da leitura, ou ainda tem como descrição o negócio ou o apelo do consulente.
2 – Desejos e Notícias: o que pode surgir, algo novo ou os fatos em si.
3 – Conclusão, síntese ou visão do futuro: geralmente estas previsão curtas, e mais simples, tem prazo de acontecimentos de até três meses – para frente (futuro), para traz (passado) pode ir (ver) mais longe....
4 – Vida: o ser físico, carnal e orgânico, com seus desejos e fraquezas.
5 – O Espírito e a Mente: O ser ideologicamente, motivado e motiva-acionado.

Eu fiz um exercício com este método, funcionou e eu vou transcrever uma parte aqui, para finalizar esta postagem, certo?

As três cartas das três pontas: A Torre Fulminada (ou a Casa de Deus), a Justiça e a Temperança, todas invertidas.
Re-equilíbro (a Justiça) deve ser encontrado por você (o você aqui se refere a mim, a “eu”); mas, em primeiro luar, antes de tudo: pare de se sentir e se achar um injustiçado – nada disto pertence a você. Deixe a parcialidade, a dureza moral, a intolerância e o erro de julgamento de lado, totalmente do lado de fora da sua vida, e viva assim, com mais harmonia.
temperança diz que se a fase é ruim, mesmo assim ela vai passar e que há de surgir a oportunidade certa para você. Apenas deixe sair de si o oportunismo, o caráter facilmente influenciável, a dúvida e o fatalismo; e centre-se nas boas mensagens e nas revelações maiores de sua vida. Não estaria você mais a pensar coisas negativas do que coisas boas? E sabe você que isto é um grande equívoco.
No centro o três de espada e o sol, em pé, dizendo que tem muita energia, inovações, vigor e a possibilidade de você ser um ser percursor de grandes mudanças de situações e de costumes, do novo. Mas que para isto, antes de mais nada deve saber em quais lutas deve entrar, e quais deve ignorar, para saber guardar a sua força apropriadamente para o momento certo.

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