blog de Escritor: Edson Fernando

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Aproveitando as imensas facilidades do mundo on line e, também, aproveitando o imenso conteúdo que tenho de material escrito, resolvi transcrever uns livros on line.
É um projeto longo, acho que vai levar um tempo, mas as semente foram lançadas. E ora, os frutos, os frutos serão os mais variados possíveis, como agregar novos leitores e aumentar a minha visibilidade,além de proporcionar um pouco de diversão e cultura gratuitamente a todos vocês.Espero que gostem!

Boa Leitura, Leitores Amigos.

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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Limites da pesquisa Controller em EPPs

Os Limites: Pesquisa Controller em EPPs e PMEs

Seja bem-vindo a este blog, é uma grande honra para mim ter você aqui conosco (agora e sempre),
 tal como meu leitor; ou simplesmente, obrigado por acessar a este blog. Agradeço-os.
Postagem de Livros do Edson, Blog de EF. SOUZA sobre a contabilidade e suas inter-relações com a
área de gestão, administrativa, de processos, de sistemas (T.I. e Controller), financeira, legal e
tributária. De modo bem simplificado e claro. Tudo bem? Vamos lá?


“Os Limites de Minha Linguagem significam os Limites de MEU próprio mundo”. – WITTGENSTEIN, in Tratado lógico-filosófico.


EDITORIAL e INTRODUÇÃO: A Tu, que Concilias a Tua Vida


O fenômeno da tecnologia adhocrática [ou em tempo real de ad hoc, isto é, em redes, (estando) conectadas (em sistemas e redes de computadores), de modo interligado e online – o oposto do tempo e método burocrático] emprega um outro – e talvez, novo – sentido a palavra conciliação: [que trata] daquilo de que cada um de nós, integrantes da sociedade cyber virtual ou cyber real, deve se preocupar em senso-rizar(sensôrrizar); em submeter à análise de imparcialidade e fidedignidade da ética & das civilidades aceitas (eobservada-mente padronizadas, vez ou outra) como corretas; além de ter uma preocupação com a (nossa) integração aos anseios de o sigilo e de os direitos cabíveis (e que devem ser resguardados) de organizações empresariais aos quais nós, os integrantes da sociedade adhocrática, estamos contidos em quadro de funcionários regulares; (esteja significando isto o que for) e / ou mesmo que seja e esteja, isto, apenas, tocado em nós, enquanto da nossa parte empresarial, ou ainda mesmo que (pertencentes) de outra categoria semelhante, mas que não seja de funcionário registrado, todavia, sim de demais contratos, como a de consultores / prestadores de serviço; isto, no que se refere as nossas atividades cibernéticas, online (redes sociais, fóruns, uploads, “contents - conteúdos) enfim, nas atividades comum a nós, agentes adhocráticos, no mundo de hoje – artificialmente tecnológico e naturalmente belo.
E não se preocupe com a compreensão total daquilo que ainda está em pleno desenvolvimento, o termo ad hoc diz mais do que o aqui e agora (deste tempo e deste espaço), não se preocupe, que além de Controller e ad hoc deve-se saber, hoje em dia, de palavras como overclocking – algo que funciona (como um relógio) com uma velocidade mais rápida do que a normal - e muitas outras; palavras, estas, que vamos tentando explicar e solidificar – eu daqui com minha escrita, e vocês ai, com suas interpretações –, e que assim vamos nos comunicando a dizer (e explicar) estas coisas todas, que tanto apreciamos e prezamos, isto, sim, para nós mesmos e para o mundo, também (abrangente e abstratamente). Why not?
E não venha a nos dizer (e mim e aos leitores deste blog) que você não entendeu nada destas coisas afirmadas nos parágrafos acima. Percebe-se, assim que tudo isto nada mais é do que o hoje em dia, o que vivemos (ou o futuro do pretérito):

Toffler fala do choque do futuro e da nova sociedade que deverá existir no futuro, extremamente dinâmica e mutável, na qual as empresas, para poderem acompanhar o ambiente turbulento, precisarão ser inovadoras, temporárias, orgânicas, isto é, precisarão mudar suas feições internas com tal frequência a ponto de os cargos mudarem de semana para semana e as responsabilidades serem deslocadas continuamente. [...] Essa organização temporária – do tipo aqui e agora (ad hoc) – que se agrupa e se dissolve, que se modifica e altera a cada momento, faz as pessoas, em lugar de preencherem posições fixas no quadro de organizacional, passarem a frente e para a trás, de um lugar para outro, em elevado índice de rotatividade (CHIAVENATO, 2010, p. 226-227).

Pelo que vimos (e pelo futuro do pretérito porque), Toffler (1973) apud Chiavenato (2010, p. 226) defendem que este “choque do futuro” é praticamente inevitável. Onde o modo ad hoc diz de alterações nas posições fixas dentro das empresas de modo a adaptá-las às melhores condições do atual momento produtivo / financeiro em que a empresa viva (passe).
E os choques de tecnologias? Estes choques, eu entendo como Entraves Psicológicos contra à especialização (e espólios destas), e / ou barreiras à ação da ciência (e mesmo da ação & atualizações daControladoria & Finanças), onde se prevalece:
1.       O Instinto de Conservação → O Instinto de Poder: Falso medo de não estar no controle da empresa (engano ao pensar que o Controller é contra a atual administração da entidade).
2.       Tendência Pessoal → Tendência Social: Não querer ouvir a opinião de um, às vezes, “desconhecido”, sobre a empresa, quando o Controller não é parente dos sócios.
3.       Medo → Cólera e Reflexos: Medo do Novo, desconfiança dos métodos científicos, preconceitos acerca das novas práticas administrativas e gerenciais.

Eu sempre tive uma veia psicológica, acho que de eu ter perdido meu pai ainda menino pode ser que isto tenha contribuído por esta empatia (detida por mim) aflorada com a percepção fiel aos sentimentos e a força dos pensamentos que se tem da vida, das coisas, das circunstâncias... e bem, vamos lá...
Então se as atualizações são inevitáveis porque as empresas ainda querem se manter burocráticas e estáticas e não-ad-hocráticas e dinâmicas (que se “especializam” ou renovam a si mesmas)? Tenho absoluta certeza de que o leitor percebeu onde essa reflexão filosófica-empresarial-científica toda nos leva. Onde: Existe um paradoxo entre as barreiras e os entraves à modernidade, e entre o antagonismo ideológico provindo das novas práticas e tecnologias disponíveis atualmente VS aquilo que empresas / governos querem. Como equacionar isto? Ora, com os mercados e o poder público agindo em conjunto à nova mentalidade e não contra ela. E com a ciência e o conhecimento aplicado (específico, prático ou teórico e experimentado) sendo valorizados, deveras e constantemente.
Ou seja, toda a sociedade precisa estar preparada para os avanços científicos especializados, mas tal postura atualizada, ainda, deve começar de algum ponto estratégico, como sempre. Deve partir de algum lugar, ser posto em prática e não apenas teorizado. E isto ainda dialoga com o que Alves (2002) diz sobre a papel do cientista na sociedade pós-moderna:

“O cientista virou um mito. E todo mito é perigoso, porque ele induz o comportamento e inibe o pensamento. Este é um dos resultados engraçados (e trágicos) da ciência. Se existe uma classe especializada em pensar de maneira correta (os cientistas), os outros indivíduos são liberados da obrigação de pensar e podem simplesmente fazer o que os cientistas mandam” (RUBEM ALVES, 2002, p. 07).

E este é outro problema: como um gestor (um mito – um cientista contábil, um contabilista gerencial), ou um controller (um profissional extremamente qualificado) vai assuntar com o dono da empresa (EPPs: nosso foco, objeto de estudo) e dizer que as coisas devem ser feitas de um modo e não de outro, sendo que o próprio dono da empresa, o é, geralmente, para não seguir ordem de outrem? E onde basta uma simples pesquisa web (tema: gerência) para este mesmo dono, crer que é capaz de cuidar de tudo, inclusive gerir de modo magistral sua própria empresa? O debate é muito complexo no sentido controller às EPPs. Esta parte (quer dizer, esteparágrafo) consta em meu TCC, 2015.
Mas é isso mesmo: como os avanços da ciência e da tecnologia vão obrigar ou incitar os donos das empresas ou o poder público a adequarem suas práticas e políticas ao que é mais atual (e usual) hoje em dia, se não detiver um interesse das partes de maior influência no que se concerne a esta questão toda – ou seja, todos que podem optar por esta atualização de postura e pensamento que o façam, e isto inclui, os próprios acionistas, donos, governantes e etc., e este debate é muito importante e creio que se deveria falar mais sobre isto. Onde buscar a excelência e as melhores práticas deveria ser o ideal de qualquer pessoa que viva por estes dias, e tenha consciência de que, e, em qual, mundo esteja a viver. Seja no âmbito do cidadão, operário, ou do proprietário, diretor. Todos temos que ter em mente a melhora e a regeneração, e isto é, em suma, a recuperação do mundo à padrões mais aceitáveis (e entendido como normais, por exemplo: o clima tornar a ser sem ter tantos excessos e extremos, não poluir, não devastar, conservar rios e mananciais, combate à pobreza, à fome e combate intenso à corrupção e etc.).
É evidente que se deva contratar os melhores profissionais às empresas desenvolverem-se de modo total / pleno, até mesmo aperfeiçoando-as; mas este aspecto é complicado de ser compreendido à mentalidade empreendedora brasileira e uma das respostas que mais se ouve, ao tentar aplicar Planejamento e Controle às EPPs é que “as empresas pequenas não precisam disto”, ou que “isto não é interessante aos donos da empresa”. E mais (pensamento mais comum), é “se eu já pago um profissional contábil para cuidar das Guias de Recolhimento Fiscais e demais documentações para o pleno andamento tributário / legal de minha empresa, por que vou ter que pagar por serviços de controle e planejamento”? Este parágrafo consta em meu TCC, 2015.
Vamos explicar isto, por analogia. Tudo é sistema, tudo é processo, tudo é desenvolvimento e resultado. Tudo é planejamento e controle. Veja o seu computador, se você fizer um overclocking simples, como aumentar a refrigeração de seu notebook, com cooler extra ou outro equipamento semelhante, vai, sem dúvida, trabalhar melhor em sua máquina, uma vez que esta refrigeração extra (overcloking) irá deixar seu hardware mais rápido do que o usual, justamente pela temperatura mais controlada de funcionamento do mesmo [equipamento].
Isto é, ainda, observado assim:

Uma das principais razões para realizar um processo de “overclocking” é obter um melhor rendimento do nosso hardware, sem que isto represente um grande investimento de dinheiro. Como sabemos, e como afirma a Lei de Moore, a capacidade de processamento aumenta de forma constante, fazendo com que nosso equipamento fique velho rapidamente. Por esse motivo, o “overclocking” se apresenta como uma alternativa bastante apreciada, caso queiramos obter maior velocidade no nosso sistema (Equipe DIGERATI, 2010, p. 7-8).

overclocking ainda ajuda a se driblar (aplicar drible) a Lei de Moore [e a necessidade de trocar de hardware – equipamento de informática, em contábeis, Imobilizado (ativo), Equipamento; e sua correspondente depreciação – de tempos em tempos], onde, com tal optimização ou customização de T.I. (ou ainda, Reavaliação de Ativos) pode-se, ainda, prolongar e dar qualidade a equipamentos que a empresa já detenha.
O mesmo vale para a segurança digital. Uma vez que os contabilistas modernos devem se preocupar com seus equipamentos de software (programas e sistemas) e hardware (equipamentos e periféricos) tanto quanto se preocupam com suas conexões, ou sua segurança online (na web).

Administradores de sites e de redes e mesmo nós, usuários comuns de informática, temos o mesmo dilema. Aplicamos correções de segurança liberados pelos desenvolvedores dos programas que usamos, instalamos firewalls, antivírus, removedores de trojans e toda uma parafernalha [apetrechos diversos] tecnológica para descobrir, depois de alguns dias, que não adiantou nada: bastou um garoto de 12 anos com muita vontade e más intenções para invadir nossos sistemas e fazer um belo estrago (ULBRICH, 2011, p. 12).

O dilema que Ulbrich diz é o da segurança, onde sempre há vulnerabilidades ou aspectos de segurança que não haviam sido antes prevenidos (previstos), até que alguma criança, ou alguém supostamente mais fraco do que nós (ou nossos sistemas) nos surpreendam com ataques furiosos e devastadores.
E isto, sem dúvida, aumenta significativamente a desconfiança e os entraves contra atitudes científicas ou especializadas, onde se até grandes sistemas podem apresentar falhas e causar perdas, obviamente, sistemas menores também podem estar sujeitos a erros – de pequeno impacto, e, potencialmente, de menor alcance de danos, mas – igualmente inconfortáveis e indesejados. Onde, imagine uma empresa que tenha gasto mais de 1000 reais (e outros 20%, deste valor inicial de investimento, com manutenção do sistema, regularmente) com a implantação da área de TI (em uma EPP, suposição) e depois, descubra, na semana seguinte, que todo o sistema da empresa foi atacado por um hacker que acabou por bloquear o mesmo [sistema]; isto é hipotético mas poderia ocorrer, sim; uma vez que, sempre, há algum ponto que pode não ter sido devidamente ponderado e planejado (com todo o critério técnico que se devia ter tido) na execução de um projeto sistêmico empresarial.
E tudo isto, ainda, é apenas nossa introdução do que vem a ser a técnica de Controller (mas poderia muito bem ser adaptada para ser técnica financeira, de gestão, ou mesmo administrativa) de um âmbito (de um ponto de vista) mais abrangente e não apenas voltado às questões contábeis, mas que é, sim, aqui, mais tratado de questões dos sistemas (e entendimento destes) e da interação das pessoas (e das personalidades delas) nesses mesmos [sistemas]; onde, nós vivemos um mundo transicional e com a comprovação da teoria da relatividade espaço-temporal de Einstein, o que nos resta é melhor estarmos preparados e prontos para vivermos e atuarmos em um mundo de muitas facetas, de muitos extremos, mas que ao mesmo tempo preocupa-se em se atualizar e adequar seus métodos àquilo que de mais correto e comprovado é ou está sendo, ainda, plenamente atestado. Onde é muito comum ouvir se dizer que o mundo e as coisas ainda estão em construção, em pleno desenvolvimento. Ou não, uma vez que isto é muito relativo a cada aponto e realidade do planeta. Onde a Teoria da Relatividade diz da aplicação destas leis a qualquer ponto do universo (de acordo com a aplicação Geral ou as Especiais) e que também, na afirmação deste parágrafo, me referia a relatividade dos fenômenos físicos, que sempre dependem de um observador, onde, por exemplo, o som que se ouve fora de um carro além de 100 por hora, se ouve parado perto da estrada onde o carro passa, é diferente do som que o motorista ouve dentro do carro e dentro de um movimento de aceleração contínua (onde o motorista ouve o som no ponto zero e quem está parado ouve o som como se este estivesse sobre efeitos de adiantamento e retardo de velocidade de execução, como um scratch ou um pitch – assim, em muitos sentidos, muitas pessoas afirmas “God is a Dj”(tal como Faithless, 1998), ou Deus é um Dj.
Onde se vive hoje, a atestar, em qual mundo se está, e isto ainda é, e quer dizer, em qual mundo se deseja viver, ou em que mundo se vive e o que espera que aconteça com o mundo; isto é bem observado em PierreLévy (2015) na defesa (especificamente no fim do livro, na conclusão) de A Inteligência Coletiva [sobre esta obra Luiz Felipe Pondé, colunista da Folha, 2015, na contracapa do mesmo livro diz “por essa razão, a ideia da inteligência coletiva (um conceito não apenas intelectual mas também político e ético) é considerada por ele um grande ganho na história da civilização; a inteligência coletiva é, assim, a primeira grande chance que tem o homem de viver fora de seu isolamento cartesiano, em atividade contínua na busca e construção de redes de pensamento abertas a outras cultura e realidades”]:

Com o projeto da inteligência coletiva damos sequência à proposta de emancipação da filosofia das Luzes [iluminismo?]. E, no entanto, mais uma vez, não podemos mais manter a ficção de um progresso linear, automático, garantido. No final do século XX, houve um extraordinário desencanto em relação à “modernidade”. O arcaico, o bárbaro estão à espreita, prestes a surgir ainda mais arcaicos e bárbaros do que jamais foram. Tudo coexiste: a mundialização (que faz agora de toda guerra uma guerra civil) e os fanatismos nacionais; as máfias triunfantes e os refinamentos da bioética; o continente cultural transversal da juventude urbana, suas insígnias e músicas, e o trabalho infantil; a fome e as megamáquinas mundiais de produção de sonhos das indústrias de diversão interativa; as multinacionais de alta tecnologia e a escassez de água; o ciberespaço e o analfabetismo... o tempo não é linear, é múltiplo, em espiral, em turbilhões. Talvez não sejamos pós-modernos, talvez não vivamos depois, mas antes da história, enquanto todas as durações estão ainda mescladas, momento fabuloso, fonte de uma história futura que ainda não começou. Viveríamos no “tempo das origens”, na própria arché, no interior do tempo e do mito, na grande época das metamorfoses e dos animais que falam. Ritmos, espaços, identidades, possíveis são marcas sobre os dados de marfim agitados no tempo. Não Cronos, o horrível deus que come seus filhos, o castrador de seu pai, o deus da sucessão linear, mas aion, o tempo dos tempos, a eternidade, a inocência. O tempo é uma criança que joga dados. Que humanidade resultará disto? Um mundo de guerra civil planetária ergue-se sob nossos olhos, dominado por rede do crime e pelas elites high-tech, condenando a maioria dos seres humanos a uma miséria sem esperança. Com o projeto da inteligência coletiva queremos trilhar outro caminho. Mais uma vez, é possível? Pode-se escapar à luta pelo poder, aos projetos de dominação, à guerra? Polemos não é pai e rei de tudo? Essa sentença de Heráclito, o grego, eu a recuso; e apelo diante do juiz dos infernos (LÉVY, 2015, p. 203-204)










Quadro 1: Os Limites da pesquisa Controller em PMEs e EPPS.
Fonte: Elaborado pelo autor.



OS LIMITES: Pesquisa Controller


A Linguagem Não É Um Fenômeno Superposto Ao Ser-Para-O-Outro: É Originalmente O Ser-Para-O-Outro, Ou Seja, O Fato De Que Uma Subjetividade Se Experimenta Como Objeto para o Outro. – SARTRE, in O Ser e o Nada.


Devemos optar por um modo ou outro, onde mesmo na mistura (na miscigenação), se as partes distintas são exatamente iguais, haverá algo de exótico ou alguma fraqueza marcante logo a vista. Assim, foi optada por ser utilizada uma linguagem mais direta e objetiva nesta postagem, a fim de que se achegue mais ao pessoal que detêm mesmo o poder de optar por se usar ou não Controller (ou Gerência ou Finanças) em sua empresa ou entidades contábeis.
A cada público, uma linguagem se destaca mais apropriadamente; tal como os demonstrativos contábeis, onde em cada um deles se preza primorosamente a uma determinada finalidade e diz de uma dada visualização (intencionalidade, diz de intenção ou circunstância) financeira ou econômica da empresa, na linguagem, cada nível de comunicação se preza à uma dada circunstância.
Como dizemos aqui mais orientada-mente ao pessoal tático (técnico) ou estratégico (público-alvo desse post e de minhas pesquisas nesta área), utiliza-se assim, a linguagem culta, mais adequada aos padrões de redação oficial, porém com certas “licenças poéticas” a fim de se pretender fazer inteiramente entendido. Isto é, se o Português deixar, (e) assim o permitir.
Peço licença de abrir o texto dizendo sobre comunicação, uma vez que este assunto é tão importante. Mesmo para o tema desta postagem. Se já tivéssemos a controladoria (ou o setor financeiro ou de gestão) em pleno funcionamento na empresa, seria necessária alteração na linguagem para falar mais abertamente com o pessoal operacional dos sistemas, por exemplo. Assim, a linguagem e os conceitos de cada nível de controladoria, dizem ainda de suas próprias funções e implantações (de controladoria).
No nível operacional, a linguagem pode ser repetitiva – a fim de frisar certos aspectos e introduzir novos procedimentos ou tratativas –, deve ser mais simples e sem muitas figuras de linguagem – para não confundir, e nem deixar ambiguidades – e deve focar no receptor da mensagem, do modo como ele irá processar e entender a mesma. Como os trabalhos operacionais são de demandas e calculados por exercícios, ou safras, eles se valem de linguagens (e trabalhos) de curto prazo (menor do que um ano) ou trabalhos que devem ser feitos imediatamente, apenas.
No nível tático (técnico), a linguagem já é mais formal, mas ainda apresenta algumas variações de maneirismos e vícios de linguagem. Algumas figuras de linguagem podem não ser entendidas completamente, por isto devem ser evitadas; a linguagem técnica é a mais apropriada, mas ainda assim, a preponderância (ou predominância) é pela palavra falada e não pela palavra escrita. O nível de controle tático tem funções de até 12 meses, e por isto, já pode se utilizar de linguagens mais orientada a cada tarefa ou departamento (médio prazo).
No nível estratégico, a linguagem vai variar em função de sua finalidade; por exemplo, um Plano de ação, um Relatório Administrativo, um manual de controle interno, devem ser elaborados com todo o rigor necessário a fim de serem de utilidade ao longo de seu extenso tempo de uso, isto é, ser atual mesmo após anos de uso. Isto exigi pesquisas e empenho nestas mesmas publicações; no caso dos relatórios contábeis – financeiros (ainda nesta postagem diremos mais sobre esta diferenciação) – as informações devem ser confiáveis e atuais, sempre. O nível estratégico trabalha com longo prazo e metas ambiciosas (quase sempre), por isto, são considerados de LP – Longo Prazo (não-circulante, se fosse uma conta contábil) –, onde perduram (tais trabalhos, manuais, papeis e procedimentos) por anos ou mesmo por ciclos de vida inteiros de empresas (de 4 a 20 anos, geralmente), isto é assim senenhuma revisão no projeto for realizada ao longo deste período e se tudo sair como o Planejado e Controlado.
Bem, como dizemos isto é apenas o básico, e ele pode melhor ser visto no quadro abaixo.


Linguagem
Planejamento
Organização
Direção
Controle
Nível Estratégico ou Institucional
Genérica e Sintética (longo prazo: analítico);
O que fazer – as metas, os planos;
Desenho da Organização Toda;
Direção e estilo administrativo;
Controle Organizacional;
Nível Intermediário
Limitado aos aspectos de departamentos (até 12 meses de prazo);
O modo de fazer – o como fazer...;
Desenho de Departamentos;
Gerência, motivação, liderança e comunicação;
Controle tático ou técnico;
Nível Operacional
Específico a cada tarefa ou subsistema (curto prazo ou imediato, apenas).
O fazer em si, as operações.
Desenho de cargos e de Tarefas.
Supervisão de primeiro nível.
Controle Operacional.
Quadro 2: O processo administrativo nos três níveis empresariais (adaptado com funcionalidade de linguagem)
Fonte: CHIAVENATO, 2010, p. 382; adaptado pelo autor.

Por hora, então, devemos já ter bem entendido:
·       Como Heráclito diz...: tudo flui. Tudo muda. A sociedade está mudando, nossas práticas como cidadãos no mundo estão mudando; as políticas empresariais e nacionais mudam; hábitos e mentalidade estão se alterando; e isto se reflete na mudança, mais significativa de que é possível notar até este presente momento, dos sistemas de empresas burocráticas para as empresas adhocráticas – rompendo, assim, com a dada “hierarquia convencional” –, isto sim; no nosso lado, a contabilidade sempre se altera, ainda mais em países com legislações tão voláteis e instáveis como a brasileira; porém se na escrituração contábil a mudança é mais lenta e sistêmica, nacontabilidade gerencial ou financeira as alterações se dão em virtude de projeções de vendas de DFCs, Planilhas de Lucros e Prejuízos e etc.
·       Tudo integra sistemas: as alterações fazem ainda parte das mudanças que elas acarretarão em sistemas, principalmente as empresas, que vivem dentro de outro sistema legal, tributário, de tipo de empresa, e etc.; a controladoria propõe equacionar e avaliar os sistemas de modo a otimizá-los e permitir que eles consigam alcançar aquilo que foi planejado (além de corrigir erros e inconstâncias e etc.);
·       Existe um medo do modo: as pessoas desconfiam da ciência, do pensamento metodológico, e de algumas áreas científicas; no que cabe neste texto, percebe-se que as pessoas, geralmente donos de empresas ou gerentes, por vezes desconhecem a importância e os benefícios de se usar técnicas gerenciais, de Controller ou financeiras nas suas empresas;
·       Tudo se integra e se converge a fim de obter a maximização de resultados: mas por mais que se resista, há de chegar um tempo em que o novo haverá de ser aceito e as atualizações deverão envolver toda a parte; assim, aquela controladoria de grandes empresas, robusta, burocrática, lenta e sem arrogo, acaba por encontrar a economia verde, os pequenos negócios, as start ups e suas sedes de desempenho tecnológico, enfim, encontram novo mercado e deste modo a controladoria também tem que se alterar para melhor prestar os seus serviços, e nisto, os sistemas mudam novamente, a fim de melhor representarem aquilo a que se prestam e prezam;
·       Tudo tem um tempo de realizar-se: e isto é mais do que metafísica e religiosidade, pois, diz de física e física quântica, onde cada um de nós vive um tempo próprio de aprendizados e experiências; do mesmo modo, cada empresa terá (ou não) seu tempo de se adequar aos novos tempos sociais e mundiais, terão o tempo de se especializarem e contarem com serviços especializados (ou não, mas isto é muito ainda relativo – se aplica a todos, porém ainda está subordinado aos agentes de fenômenos físicos e da perspectiva de seus observadores).

Bem, assim, as contabilidades, seja a convencional (de escrituração, de lançamentos, de balancetes e de elaboração de demonstrativos contábeis comuns como o BP – Balanço patrimonial – e a DRE – Demonstrativo de Resultado –), ou seja a [contabilidade] mais contemporânea (ligada as normas internacionais IASB e IFRS ou FASB e USGAAP, ou ainda as normas ISO e outras) se preocupam em demonstrar e apurar a situação da empresa; na contabilidade convencional é feita a contabilização dos fatos contábeis, aquilo que ocorreu de fato e que irá afetar as contas da empresa; já na contabilidade gerencial ou financeira são feitas estimativas, projeções, simulações, cálculos de ponto de equilíbrio contábil, custo de produto vendido, retorno de investimento, DFCs atual e futuros (Gerencial) ou DFCs histórico e atrasados (Financeira), por exemplo; de modo que a controladoria pode abranger quaisquer destas áreas, seja apenas se encarregando de analisar e auxiliar nas operações de uma destas áreas ou todas, caso se queira um controle global. Na verdade, se supõe assim que o termo globalização surgiu mesmo de um controle e de operações globais, isto em várias unidades e em vários países.
Assim, independente da área, o contador deve saber:
·       Legislações;
·       Sistemas e segurança digital;
·       Conhecimento de demonstrativos e elaboração de planilha de demonstração de resultados;
·       Estar atento as mudanças de sistemas, de comportamentos e de normas;
·       Lidar com inteligência emocional, com psicologia e bom tino com as barreiras ou com as frustações provindas de sua atividade e da atualização destas atividades;
·       Estar atento a outras áreas como Finanças & Controladoria, Sistemas e TIs, Gestão, Administração e Gerência; e
·       Ser ético, discreto, sigiloso, atencioso, proativo e um incansável estudante e pesquisador de legislações, metodologias e suas respectivas aplicações.
·       E (além de) demais exigências de cada área específica (como de praxe de cada profissão) ...

Pelo que vimos, o limite desta pesquisa de aplicação Controller em EPPs é muito abrangente, versátil e que dialoga com várias áreas, exigindo assim profissionais multidisciplinares em suas tarefas e comandos.
Mas afinal, o que se controla, a priori?

“A preocupação das organizações está voltada para a mediação, a avaliação e o controle de três aspectos principais: 1- Resultados: concretos e finais que se pretende alcançar no tempo; 2- Desempenho: o comportamento ou meios instrumentais que se pretende pôr e prática; 3- Fatores Críticos de Sucesso: aspectos fundamentais para que a organização seja bem-sucedida nos seus resultados [...]. Muitas empresas desenvolvem medidas várias para acompanhar resultados financeiros, custos de produção, quantidade e qualidade dos bens produzidos, desempenho individual das pessoas e satisfação dos clientes. [...] 1- Lucratividade: está relacionada ao volume de dinheiro gerado após deduzidas as despesas. [...] 2- Competitividade: diz respeito ao sucesso de uma empresa em relação aos seus concorrentes. [...] 3- Eficiência: significa o alcance de resultados com o mínimo de uso de recursos. [...] Eficiência = Recursos realizados utilizados / (dividido pelos) Recursos planejados para serem usados, o resultado de tudo isto deve ser feito vezes 100. A Eficiência analisa o lado da entrada do sistema e mede o desempenho do gerenciamento dos sistema. [...] 4- Eficácia: é a porcentagem da saída real sobre a saída esperada. [...] Eficácia = Saída Real / Saída (X 100). [...] Qualidade: refere-se à adequação em relação às especificações ou requisitos ou superação dos mesmos. [...] 6- Inovação: é o grau em que se produz novas ideias ou se adaptam velhas ideias para criar resultados lucrativos. [...] 7- Produtividade: é a relação entre as saídas e as entradas do sistema. [...] 8- Qualidade de Vida no trabalho: tem relação com os aspectos do ambiente físico e psicológico do trabalho que são importantes para os funcionários”(CHIAVENATO, 2010, p. 342).

Enfim, se controla aquilo que se intenta por controlar: seja a produção (departamentos: tático), as contas junto a credores (financiamentos, empréstimos: passivo circulante ou não, controle estratégico), ou controlar um determinado produto (controle de operações, etc.), isto é apenas um exemplo, pode haver interligação entre as diversas áreas de controle e isto também é entendido como controle global (e organizacional, claro).
Mas vamos ver como é definida, globalmente, a contabilidade financeira (e seu contraste, gerencial): “Contabilidade financeira é o processo de geração de demonstrativos financeiros para públicos externos, como acionistas, credores e autoridades governamentais. Esse processo é fortemente limitado por autoridade governamentais que definem padrões, regulamentações e impostos, além de exigir o parecer de auditores independentes (contrasta com a contabilidade gerencial)” (ATKINSON et al, 2008, p.37).
Bem, creio que agora é uma boa hora para que, finalmente, eu possa explicar quais [são] os limites desta Pesquisa – Controller em EPPs. Vamos desde o início?
Temos que entender o começo (o Big Bang) da controladoria. Anos 50-60, século XX, as empresas começam a perceber que suas atividades eram degradantes ao meio-ambiente e que havia muitas perdas e rupturas ao longo de seus processos produtivos. Neste ponto, inicial, a controladoria se relacionava inteiramente com a manutenção e os processos de produção; assim, o 5S, o controle (ou manutenção) preventivo e preditivo, se desenvolveram a partir daquela época, tendo como objetivo principal a otimização dos recursos financeiros das empresas (prolongado a vida útil e a rentabilidade de equipamentos, prédios e etc.); mas ainda assim,  o controle, ou  manutenção (e os seus dados inseridos e depois formatados em informações dentro de um SISTEMA) inicialmente, era usado em conjunto com [ou a manutenção ou] a supervisão de processos e métodos.
Assim, o controle surgiu em grandes empresas, departamentalizadas, a fim de servir de uma fonte de informação extremamente confiável, burocrática, sistêmica e lenta sobre os equipamentos, os processos e toda a organização de uma ótica sistemática da empresa; onde, por muito tempo, e até hoje, o controle tende a assumir uma posição de isolamento (entre os níveis técnico e estratégico) , quase intangível, posto em um pedestal de informática e ciências especializadas, a fim de dizer “ISSO ESTÁ DENTRO DOS PARÂMETROS”, “isto não está dentro das metas”, enfim.  Os limites de Controller em EPPs, ao meu entendimento, são bem outros. Mas, mesmo assim, a citação abaixo define bem estas questões de divisões e foco dos trabalhos de Controller, e suas relações com as contabilidades financeira e gerencial.

“A contabilidade financeira lida com a elaboração e a comunicação de informação econômica sobre uma organização ao público externo: acionistas, credores (bancos, financeiras e fornecedores), órgãos reguladores e autoridades governamentais tributárias. A informação contábil financeira comunica ao público externo as consequências das decisões e das melhorias de processos feitas por administradores e funcionários. [...] Em contraste, [...] a contabilidade gerencial deve fornecer informações econômicas ao público interno, como operadores / funcionários, gerentes intermediários e executivos de contabilidade gerencial. [...] As informações dos sistemas de contabilidade gerencial devem ajudar os funcionários a aprender a fazer o seguinte: 1- melhorar a qualidade das informações; 2- reduzir o custo de operações; 3- aumentar a adequação das operações às necessidades dos clientes” (ATKINSON et al, 2008, p. 37-38).

Para que não reste nenhuma sombra de dúvida entre a ligação entre Controller e Contabilidade Gerencial e Financeira, o quadro abaixo (quadro 3), diz das características destas contabilidades:


Contabilidade Financeira
Contabilidade Gerencial
Audiência
Externa: acionistas, credores e autoridades tributárias
Interna: funcionários, gerentes, executivos.
Propósito
Relatar o desempenho do passado ao público externo; contratos com proprietários e credores
Informar as decisões internas tomadas por funcionários e gerentes; dar feedback e controlar o desempenho operacional.
Posição no tempo
Histórica, atrasada.
Atual, orientada ao futuro.
Restrições
Regulamentada; orientada por princípios contábeis geralmente aceitos por autoridades governamentais.
Desregulamentada; sistemas de informações determinadas pela administração para atender às necessidades estratégicas e operacionais.
Tipo de informação
Apenas mensurações financeiras.
Mensurações financeira, operacionais físicas sobre processos, tecnologias, fornecedores, clientes e concorrentes.
Natureza da informação
Objetiva, auditável, confiável, consistente, precisa.
Mais subjetiva e sujeita a juízo de valor, válidas relevante, precisa.
Escopo
Altamente agregada; relatórios sobre a organização total.
Desagregada; informa decisões e ações locais.

Quadro 3: características básicas das contabilidades financeira e gerencial.
Fonte: (ATKINSON et al, 2008, p. 38)


Todavia, quando se pensa em Controller em EPPs todo este conceito deve ser adaptado e mutável. Nada de departamentos muito bem definidos e rígidos, os processos se simplificam, mas ainda assim, a controladoria em EPPs além de mixar finanças com gerência, deve ainda estar integrada à contabilidade convencional, as apurações de resultado e as questões tributárias e etc. De modo que os limites são os das áreas correlacionadas, dentro de suas aplicações cabíveis em EPPs ou PMEs.
Assim quando eu digo pesquisa de Controller em EPPs eu não pretendo dizer só controladoria, mas, também:
·       Administração: Ciência que estuda as Organizações; estudar a estrutura da empresa e as relações (cabíveis) de Controller com os anseios totais da empresa.
·       Aplicação Prática (realizar concretamente): técnica, o fazer, ou know-how; jeito, habilidade, competência e capacidade;
·       Comunicação (expressar, ser entendido e entender): tem que saber se comunicar como se deve: se for escrever um Relatório Administrativo, a linguagem deve ser a mais clara e concisa possível, com elegância e coesão entre outras qualidades textuais; já quando se vai falar com o pessoal do chão de fábrica ou com os operadores de sistemas, deve-se usar uma linguagem mais maleável e sem uma preocupação excessiva com normas formais, por exemplo; o mesmo vale no falar com juízes, outros contadores, advogados, engenheiros, nutricionistas  e etc.
·       Controle (Global ou por seções empresariais): é fundamental saber MUITO sobre esta área, e as outras, evidentemente, sempre e cada vez mais; seja pro nosso bem (com reconhecimento e valorização) ou pro nosso mal (sem aceitação ou aplicabilidade) ...;
·       Finanças (Contabilidade Financeira): a questão do dinheiro no tempo; [a questão] da consolidação dos resultados; apuração de resultados; administração de passivos e ativos e etc.;
·       Gerência (Contabilidade Gerencial):  cálculos internos aos donos ou acionistas da empresa, podem ser de teor diversos, como custos, retornos de investimentos, planilhas de vendas, DFCs e etc.; não pretendem atender ao FISCO nem a contabilidade convencional, mas pretende atender com maestria aos anseios operacionais ou estratégicos;
·       Legislação (Direito): fundamental, pois todo contabilista ou contador, se acometedor de algum erro, responde civil (Exemplos: Código de Processos Civis, responsabilidade profissional), administrativa (código de ética do profissional de contábeis) e criminalmente (por danos e perdas em decorrência de seus erros e inconstâncias de e) por seus atos.
·       Outras (estatística, matemática, português, informática diversa): não por nada que a calculadora dos contabilistas a HP12C tem memória para mais de 200 linhas de programação dentro de suas funcionalidades que incluem: Estatísticas (inclusive com média ponderada, moda e etc.), matemática financeira (juros compostos, valor Presente e valor futuro, juros, descontos, etc.), matemática avançada (fracionamento e porcentagens, calendários, etc.); mas isto ainda não é tudo, além da HP12C, contabilistas usam o Open Office ou o Microsoft Word, Planilhas eletrônicas, gráficos (ou seja, Português, informática, programas diversos e etc.); isto, sem falar de outros idiomas como Inglês, Italiano, Alemão e Mandarim.  E claro, as leis de outros países ao qual a empresa venha a ter ou firmar contrato de negócios.
·       Parcerias e network (contatos e negócios): esta é a parte humana, menos prática e científica, mas de maior foco nas questões dos relacionamentos, das operações de PE/VC, M&A e etc.; diz de contatos, amigos, conhecidos, fontes, negócios e etc., também pode dizer do trato com os contratos e a compliance (conformidade).
·       Processos (Engenharia, Mecânica, Nutrição, etc.): fundamental entender algo mais do que de modo, superficialmente, vago, como a empresa desenvolve as suas atividades;
·       Sistemas: a empresa tem sistema de gestão? É um SIG, um ERP? Tem marca, é legal? Ou seja, é possível usar este sistema, ele é condizente com aquilo que a empresa necessita? Tem opções a isto? Se sim, quais? Enfim, hoje em dia, com as alterações vindas do SPED e o E-Social e a ECD, entre outras questões, não se deve preocupar-se apenas com saber dos sistemas, mas também como esses funcionam (e se integram no sistema de escrituração contábil digital pública - ECD) e inclusive saber sobre a segurança do mesmo.

Tudo isto observado, ainda irá falta a parte de customização do serviço de Controller a cada empresa / entidade:

“As empresas são diferentes, bem como os gestores e seus controles. Com isso, o que se busca neste capítulo não são demonstrações prontas com modelos padrões para todos os tipos de empresas, gestores e administradores financeiros, mas o oferecimento de mecanismos de controles que possam ajudá-los na administração financeira do contrato. O administrador financeiro precisa fazer um trabalho de estudo da filosofia da empresa, dos objetivos estratégicos do gestor do contrato, e do mercado, para que as suas demonstrações sejam úteis e forneçam informações reais” (MOREIRA, 1999, p. 40-41).

Deve ponderar sobre cada tipo e finalidade de empresa, suas políticas, suas metas e etc. junto com o perfil profissional (acadêmico) de cada profissional de finanças /gestão / controladoria, envolvidos com estas questões, bem como (devem ser avaliados e analisados os aspectos envolvidos) com as suas plenas integrações aos sistemas e controles da empresa.
A autora Moreira (1999) fez um profundo estudo sobre a questão da gestão no trato com os (e gerências dos) contratos e conformidades com os anseios da empresa, destacando o papel do gestor (e dos administradores, contabilistas) neste processo todo. O Quadro e citação abaixo (Idem) dizem de uma planilha (relatório, modelo) de orçamento de custo, de finalidade gerencial, como pode ser notada:




Quadro 4: Modelo de Relatório de Orçamento de Custos.
Fonte: (MOREIRA, 1999, p. 45)


“(1) Cliente: Razão social do comprador; (2) Fornecimento: Descrição do objeto de compra: produtos e serviços; (3) Base Econômica: Data base do preço inicial; (4) Data: Data da elaboração ou revisão do relatório; (5) Item: Número de sequência da composição do custo; (6) Custos: Descrição dos componentes do custo;(7) Custo Base: Materiais + Mão-de-obra + Subcontratação; (8) Custo Total: Custo Base + Despesas da administração, quando da opção por rateio destes custos nos contratos; (9) Estudos: Gastos com estudos e projetos rateados para melhor controle; (10) Produção: Custos dos produtos ou serviços, deduzidas os gastos com estudos” (MOREIRA, 1999, p. 46).

Disto se conclui que as mudanças estão aí, na nossa porta, na mudança no retorno de investimento em países ricos, na questão da deflação ou da recessão; enfim, enquanto que no Brasil, muitos ainda vivem a se esforçar apenas por manterem as aparências e sobreviverem, enfim, mas de um modo ou de outro: é mudança.
A controladoria ajuda as empresas a superarem crises esse reinventarem, e não por nada, a controladoria por muito tempo esteve atrelada a questões de reengenharia, por exemplo.
Tudo ao seu tempo, tudo em mudança. Aquela controladoria robusta, lenta e extremamente burocrática há de ser substituída por sistemas mais enxutos e inteligentes, interligados e adhocráticos, isto, se os donos e detentores do poder de decisão empresarial ou governamental assim quiserem; e se a isto, ainda, for nos permitido viver e sentir, neste tempo.



REFERÊNCIAS:


ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência: Introdução ao Jogo e as Suas Regras. São Paulo: Loyola, 2002.

ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajiv D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark. Contabilidade Gerencial. Tradução de André Olímpio Mosselman Du Chenoy Castro. 2° Edição. São Paulo: Atlas, 2008.

CHIAVENATO, Idalberto. [Anhanguera PLT 302] Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

EQUIPE DIGERATI. Hardware ao Extremo. São Paulo: Digerati Books, 2010.

LÉVY, Pierre. A Inteligência Coletiva. Tradução de Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015.

MOREIRA, Andréia C. A Administração Financeira como Um Instrumento de Apoio à Tomada de Decisões na Gestão de Contratos. Monografia de MBA de Gerência Empresarial. Taubaté: Universidade de Taubaté, 1999.

TOFFLER, Alvin. O Choque do Futuro. Rio de Janeiro: Editora Artenova, 1973.

ULBRICH, Henrique. Universidade H4ck3r – Volume 2. São Paulo: Digerati Books, 2011.





Google Trends (de): Resultado de Comparação de interesses pelo termo "Controladoria" no Brasil


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