LIVROS DO EDSON, 2020.
Imagem 1> A Fenomenologia e os Idola
Fonte> feito em POV-Ray e Word. Livros do Edson (2020).
Legenda> A Fenomenologia é a única forma esférica na imagem, ou seja é o ser no mundo, o ser percebendo e se entendo como fenômeno no mundo físico; as outras figuras representam os Idola, ou as associações que fortalecem as relações interpessoais, e que também favorecem a força grupal, isso enquanto limitam e bloqueiam a mente e a psique do mesmo grupo.
ANO: 2020 –
TEMA: Dual –
SENTIDO: Fenomenologia ou do Idola (grupo)
Aqui estamos amigos de blog, de internet, amigo da vida real que me visita também aqui na internet, nas páginas do blogger, blogspot.com, mas que beleza! Vamos que vamos, Livros do Edson em 2020. Isso aí.
Nesta postagem não vamos dizer de nada muito profundo, ao menos nada não novo para quem já leu este blog algumas vezes. Vamos falar hoje, de propaganda de internet, de projeto meus de Lego e da teoria dos 4 idolas de Francis Bacon (1973). OU vamos falar sobre a Fenomenologia VS os 4 Idola.
Vamos lá? O que temos no mundo hoje? Bem, hoje é 2020, ou o tempo do dual entre amor e ódio, onde 2020 : pode ser tanto amor ( S2 00, simbolo de coração e infinito); ou ódio (oo zz, simbolo de infinito menor e zz, sono, dormência, falta de amor). É um ano para a dualidade entre amor e ódio, paz e guerra, e empatia ou antipatia.
O mundo globalizado não deu certo. A globalização não funcionou, e não, não foi o Bill Clinton que propôs a globalização como nós a conhecemos hoje. A ALCA (a Área de Livre Comércio da América) não aconteceu como foi esperada e de todo modo, já foi pressagiada que esta área livremente comercial não poderia ser bem sucedida.
A globalização é um fenômeno da Indústria 3.0, uma combinação de linha de produção descentralizada, de rede mundial de computadores, minimização de fronteiras e minimização de barreiras comerciais, além de gestão do capital humano e gestão do conhecimento científico. OU seja, Globalização é igual = Informática + Computação + Descentralização de Linhas de Produção + Sistemas Gerenciais + Gestão de Capital Humano (Gestão do Conhecimento). Entre outras coisas. Ou seja, a globalização foi um alinhamento governamental às intenções de empresas de globalizar suas produções e seus mercados, tentativa essa que teve êxito do final dos anos noventa (do século XX) até meados da década de 10 do (século XXI).
Mas a globalização ainda não morreu de vez, mas perdeu muito da sua força para a patriotismo, os fortalecimentos das fronteiras, e os discursos de segregações (machismo, segregações religiosas, políticas, postura anti-gay e anti-o-diverso e etc.) e separações.
Todavia, a indústria 4,0, aquela em que as próprias máquinas das empresas possuem algum tipo de inteligência artificial, ou que estejam interligadas a internet das coisas, enfim, a nova indústria se vê à toa num mundo globalizado, uma vez que seus clientes e seus mercados estão caminhando para um mundo segregado e fragmentando.
Por isto, existe o debate sobre a Fenomenologia VS 4 Idola, que se dá e que serve a fazer-se, também, questionamentos, como esse questionamento: se a globalização estivesse com força no mundo, provavelmente o Reino Unido não quereria o Brexit (lembrando, que oficialmente, o Brexit – saída do Reino Unido da União Europeia – foi na sexta-feira, 31 de janeiro de 2020, às 20:00)? Uma vez que a globalização está em queda, daí se tem o retorno de teorias já superadas, como os 4 Idola (Bacon, 1973), mas se a globalização estivesse em alta, daí os 4 idola se enfraqueceriam, porque a globalização e a fenomenologia teriam maior força e aceitação consensual? Debates filosóficos, a parte...
A fenomenologia é, teoricamente, o fenômeno de ser /estar no mundo, é o percebimento, a consciência do que significa estar no mundo. Poeticamente, a fenomenologia é comparada a um poema de Carlos Drummond de Andrade (1998), José:
E agora, José?
Sua doce palavra,
Seu instante de febre,
Sua gula e jejum,
Sua biblioteca,
Sua lavra de ouro,
Seu terno de vidro,
Sua incoerência,
seu ódio – agora? (DRUMMOND DE ANDRADE, 1998, p. 21)
E isto é o que se sente, se entende, se percebe, se faz ou se concebe do estar no mundo. Basicamente está é a definição de livros do Edson sobre a Fenomenologia, embasado ainda em concepções literárias.
E por fim, a fenomenologia é, do ponto de vista filosófico atual, como as definições de Wittgenstein, onde a fenomenologia, o saber, e o homem no mundo nada mais é do que: “O mundo é tudo o que acontece. O mundo é o conjunto dos fatos, não das coisas” (WITTGENSTEIN, S/d apud GRATELOUP, 2015, p. 136).
Por sua vez a teoria dos 4 Idola (veja mais sobre isto nos Posts Do Barro ao Sarro, deste blog) pode se ter a seguinte conceptualização disto:
“São de 4 gêneros os ídolos que bloqueia a mente humana [...]: Idola Tribus (ídolos da tribo), Idola Specus (da caverna), Idola Fori (do foro) e Idola Theatri (ídolos do teatro). A formação de noções e axiomas pela verdadeira indução é, sem dúvida, o remédio apropriado para afastar e repelir os ídolos. Será, contudo, de grande préstimo indicar no que consistem, posto que a doutrina dos ídolos tenha a ver com a interpretação da natureza o mesmo que a doutrina dos elencos sofísticos tem com a dialética vulgar. OS ÍDOLOS DA TRIBO estão fundados na própria natureza humana, na própria tribo ou espécie. É falsa a asserção de que os sentidos do homem são a medida das coisas. Muito ao contrário, todas as percepções, tanto dos sentidos quanto da mente, guardam analogia com a natureza humana e não com o universo. O intelecto humano é semelhante a um espelho que reflete desigualmente os raios das coisas, e dessa forma, as distorce e corrompe” (BACON, 1973, p. 27).
“ÍDOLOS DA CAVERNA são os dos homens enquanto indivíduos. Pois cada um tem uma caverna ou uma cova que intercepta e corrompe a luz da natureza: seja devido à natureza própria e singular de cada um; seja pela educação ou diálogo com outros; seja pela leitura dos livros ou pela autoridade daqueles que se respeitam; seja pela diferença de impressões; de tal forma que o espírito humano é coisa vária, sujeita a múltiplas perturbações, e até certo ponto sujeita ao acaso. Por isso, bem proclamou Heráclito 4 que os homens buscam em seus pequenos mundos e não no mundo grande ou universal” (BACON, 1973, p. 27-28).
“Há também os ídolos provenientes [...] do intercurso e da associação recíproca dos indivíduos do gênero humano, OS ÍDOLOS DO FORO devido ao comércio e consórcio [...]. Os homens se associam graças ao discurso (sermones), e as palavras são cunhadas pelo vulgo. E as palavras, impostas de maneira imprópria ou inepta, bloqueiam espantosamente o intelecto. Nem as definições, nem as explicações, com que os homens doutos se munem e se defendem, em certos domínios, restituem as coisas ao seu lugar. Ao contrário, as palavras forçam o intelecto e o perturbam por completo. E os homens são, assim, arrastados a inúmeras e inúteis controvérsias e fantasias” (BACON, 1973, p. 28).
“Os ÍDOLOS DO FORO são de todos os mais perturbadores: insinuam-se no intelecto graças ao pacto de palavras e de nomes. [...] Sucede também que as palavras volvem e refletem suas forças sobre o intelecto, o que torna a filosofia e a ciência sofísticas e inativas. As palavras, tomando quase sempre o sentido que lhes inculta o vulgo seguem a linha de divisão das coisas que são mais potentes ao intelecto vulgar. Contudo, quando o intelecto mais agudo e a observação mais diligente querem transferir essas linhas para que coincidam mais adequadamente com a natureza, as palavras se opõem. [...] Por sua vez, os ÍDOLOS DO TEATRO não são inatos, nem se insinuam às ocultas no intelecto, mas foram abertamente incutidos e recebidos por meio das fábulas dos sistemas e das pervertidas leis de demonstração. [...] Os ídolos do teatro, ou das teorias, são numerosos, e podem ser, e certamente o serão, ainda em muito maior número.[...] Pois, do mesmo modo que se podem formular muitas teorias do céu a partir dos fenômenos celestes; igualmente, com mais razão, sobre os fenômenos de que se ocupa a filosofia se pode fundar e constituir muitos dogmas. E acontece com as fábulas deste teatro o mesmo que no teatro dos poetas. As narrações feitas para a cena são mais ordenadas e elegantes e aprazem mais que as verdadeiras narrações tomadas da história” (BACON, 1973, p. 34-37).
“Os ÍDOLOS DO FORO são de todos os mais perturbadores: insinuam-se no intelecto graças ao pacto de palavras e de nomes. [...] Sucede também que as palavras volvem e refletem suas forças sobre o intelecto, o que torna a filosofia e a ciência sofísticas e inativas. As palavras, tomando quase sempre o sentido que lhes inculta o vulgo seguem a linha de divisão das coisas que são mais potentes ao intelecto vulgar. Contudo, quando o intelecto mais agudo e a observação mais diligente querem transferir essas linhas para que coincidam mais adequadamente com a natureza, as palavras se opõem. [...] Por sua vez, os ÍDOLOS DO TEATRO não são inatos, nem se insinuam às ocultas no intelecto, mas foram abertamente incutidos e recebidos por meio das fábulas dos sistemas e das pervertidas leis de demonstração. [...] Os ídolos do teatro, ou das teorias, são numerosos, e podem ser, e certamente o serão, ainda em muito maior número.[...] Pois, do mesmo modo que se podem formular muitas teorias do céu a partir dos fenômenos celestes; igualmente, com mais razão, sobre os fenômenos de que se ocupa a filosofia se pode fundar e constituir muitos dogmas. E acontece com as fábulas deste teatro o mesmo que no teatro dos poetas. As narrações feitas para a cena são mais ordenadas e elegantes e aprazem mais que as verdadeiras narrações tomadas da história” (BACON, 1973, p. 34-37).
Assim, vivemos 2020, com tantas tecnologias, tantos modos novos e surpreendentes de perceber e sentir a realidade e muitos ainda vivem tempos antigos, nostálgicos.
Ou seja, muitos preferiram dizer não a globalização e a minimização das fronteiras, e dizer sim a segregação, ao ódio, sim para o preconceito e sim para não aceitar o diverso, o outro, e assim vamos nós, só aceitando os nossos, os do nosso grupo, ou aqueles que são da nossa idola.
Mas infelizmente, ou felizmente para mim, o mundo vai a passos largos ao futuro e tudo isto de querer voltar as épocas tenebrosas da história, como medievalismo, militarismo, ditaduras ou controle de liberdade de expressão, tudo isto, nada mais são do que formas de propagandas em massas (de assimilação pública por invocação a sentimentos primitivos), de incentivar as formações e os desenvolvimentos das idolas (de incentivar a barbárie e preconceito, porque no mundo não globalizado, instruir-se é para poucos, porque não há a necessidade da gestão do conhecimento em mundos dicotômicos, uma vez que, sempre, uma coisa será sempre a certa, e outra e a errada – absurdo, claro!), e tudo isto para que?
Tudo isto só para que a fenomenologia e o livre pensamento (em relação as coisas do mundo, a liberdade de expressão e pensamento), se percam em paradigmas de compra e venda, de dinheiro, de poder e influências, enquanto a mentalidade, o pensamento e a liberdade são postos em cheque.
Imagem 2> Lasers Coloridos
Fonte> feito em POV-Ray. Livros do Edson (2020).
Legenda> Sobre as cores, são duas cores primárias, o vermelho e o azul; e uma cor secundária o verde, que se faz misturando o azul com o amarelo (que é outra cor primária). Os lasers tem reflexos que apontam cada um para um lado diferente; acima, uma taxa negra ocupa cerca de 25% do quadro.
Tirando a diversidade e a abrangência geral das coisas do mundo, se enfraquece as civilizações e aumenta-se os instrumentos de dominação, para que os poderosos possam se perpetuar no poder. Só a mente livre, a cultura e a educação, com o trabalho focado podem livrar as sociedades dos instrumentos de dominação e propaganda em massa, de todo modo, hoje em dia; enfim, o que as massas atestam como verdade, infelizmente, deve haver algum sinal de segregação, preconceito, fakenews ou discurso de ódio, nesta coisa que está sendo venerada pelas massas.
O mesmo Francis Bacon diz “Saber é Poder”, e é. UM dos mais temidos e perigosos tipos de poder, porque com a globalização, o saber foi globalizado, disponibilizado e democratizado, porém não é interessante que as massas saibam porque isto cheira a comunismo, e então claro, no mundo não-globalizado, terra-planista, as massas não podem saber de nada de verdade, porque ai sim não se cheira a comunismo.
Mas eu penso! E não sou comunista! Nem capitalista! Nem fascista! Nem sodomita (quem faz sexo anal com uma pessoa, de forma pervertida e sem o consentimento dela). Eu sou um livre pensador, que considera a Ciência e a Filosofia, as artes e a cultura, e que pensa que: inovação, empreendedorismo, controller e hobbies intelectualizados são grande parte da solução para as problemáticas atuais, do mundo de hoje. Que deve globalizar-se e se tornar o nosso mundo comum de todos, quer eles queiram ou quer eles não queiram.
Obrigado por sua atenção, fique com um pouco mais de conteúdo deste blog. Boa noite.
Imagem 3> The Ground and the Sky. Terra e Céu. Fundo .PNG
Fonte> feito em POV-Ray. Livros do Edson (2020).
THE OTHER LSP METHOD – In LEGO® Ideas
Novas Ideias de Projetos de Lego no Perfil de Other LSP Method, no site de LEGO® Ideas
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The Brickthèque Top Ten (Set list)
1. Faithless – God Is a DJ.
2. Yunus Guvenen – K’Aisha.
3. Shorty – Vazilando (Kryder & Eddie Thoneick Remix).
4. Howling – Phases.
5. Chicane – Offshore (Grum Extended Remix).
6. Asaf Avidan; The Mojos – One Day / Reckoning Song (Wankelmut Remix).
7. Kölsch – All The Matters (feat Troels Abrahamsen).
8. Gui Boratto – Destination: Education.
9. Björk – Mutual Core (16bit Remix).
10. UNKLE – Burn My Shadown (feat Ian Astburry).
BACON, Francis. Novum Organum ou Verdadeiras Indicações Acerca da Interpretação da Natureza. Tradução e notas de José Aluysio Reis de Andrade. In Os Pensadores XIII. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Edição traduzida de versão fac-similar de Friedrich Fromman, Verlag Gunther Holzboog, Stuttgart-Bad, Connstatt (1963).
DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Antologia Poética – Poesias, Seleções. Organizada pelo autor Carlos Drummond de Andrade. 39.º edição. Rio de Janeiro: Editora Record, 1998.
GRATELOUP, Léon-Louis. Dicionário Filosófico de Citações. Tradução Marina Appenzeller. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015.
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