Livros do Edson
Post 99 - Arete -
Foi um curto tempo de aprendizado, na escola,
E tamanha desenvoltura em suas posturas,
Imaginem se tivesse dedicado-se mais ao estudo?
Oh, grande, da excelência altiva, E tamanha desenvoltura em suas posturas,
Imaginem se tivesse dedicado-se mais ao estudo?
Óh, exímio das eras & comedido em suas batalhas,
Saiba que tuas facillities dizem de ti,
Mas ainda isto não é tudo de si...
- blog autoral de edsonnando, que é o mesmo que Edson Fernando, e que significa o mesmo que Edson Souza.
Cada nome utilizado é uma conta diferentes nas redes sociais (em um mesmo site ou em outros), isto tudo para se ter bastante perfis nas redes sociais (capacidade de postar conteúdos diferentes com cada perfil, ou redes que abrangem-se em direções / sentidos / círculos de pessoas diferentes, etc), isto, também, para poder ter mais perfis em sites como soundcloud, entre outros endereços e email -- ou seja, para ter mais espaço para pôr meus arquivos (artes, mixagens, sites, etc) -- , na web. Assim:
Acredito que eu não
tenha dupla (nem múltiplas) personalidades, e não me considero
egocêntrico ou megalomaníaco, apenas tenho muitos perfis pelos motivos
acima mencionados, ou seja, os modos com que se deve lidar com o escasso para produzir um muito.
Boa Leitura, amigos. Obrigado pelas
mensagens, pelo apoio, por curtir, compartilhar e comentar. Muito
obrigado por seguir @novalluz no t.co
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Aretè:
Arte e Excelência
Arete é uma palavra que vem do latim, ou seria do grego? (lembrem-se,
estou sem net em casa, e tudo que escrevo, na maior parte do tempo,
tem como referência a minha própria cabeça e ao meu raciocínio lógico - e os livros,
claro, os Livros do Edson), de qualquer modo, a palavra quer
dizer excelência, mestria e elegância, algo assim. A 1° vez que tomei
conhecimento desta palavra foi através do livro de Mago: A Ascensão,
onde os personagens tem aretè, ou seja, eles tem excelência ou uma
grande "iluminação" em suas mentalidades ou em suas Artes Mágikas (com
"k" mesmo).
Por muito tempo eu pensei que esta palavra fosse inventada, como muitas outras palavras do sistema storyteller, ela não só existe, como também simboliza um conceito forte, ou algo muito peculiar. Nosferatu, Demência, Condicionamento Social e Perseverança (Will - Força de Vontade - FV), são outros ótimos exemplos - tais palavras ou se referem a referências históricas da coisa a qual se refere, ou pode se tratar de um atualíssimo conceito da psicologia, do conhecimento científico e das teses comumente aceitas.
Arete realmente é algo que podemos adquirir ou que já nasce conosco. Para entender arete, remonte-se até a antiguidade, pense em um momento na vida do homem daquela época, o que tínhamos era a vida no campo e as primeiras cidades, com suas leis em construção - talvez não muito longe do que seja o Brasil hoje... - , pense na escravidão, nos costumes da época, enfim, as atividades mais comuns eram o trato da terra, as atividades do estado e os ofícios, outra categoria importante que não pode ser esquecida é a classe dos atores, dos escultores, enfim, os artistas. Ao nosso entendimento, segundo a opinião do blog, o arete nasce justamente de uma tamanha excelência na arte, praticada pelo artista, que ele,muita vezes, pode formar uma escola, uma tendência ou um movimento cultural, muitas vezes sem isto intentar - é a arte espontânea e maravilhosa, seria o nosso arete.
O quadro abaixo ilustra, ao nosso modo, esta nossa teoria:
Por muito tempo eu pensei que esta palavra fosse inventada, como muitas outras palavras do sistema storyteller, ela não só existe, como também simboliza um conceito forte, ou algo muito peculiar. Nosferatu, Demência, Condicionamento Social e Perseverança (Will - Força de Vontade - FV), são outros ótimos exemplos - tais palavras ou se referem a referências históricas da coisa a qual se refere, ou pode se tratar de um atualíssimo conceito da psicologia, do conhecimento científico e das teses comumente aceitas.
Arete realmente é algo que podemos adquirir ou que já nasce conosco. Para entender arete, remonte-se até a antiguidade, pense em um momento na vida do homem daquela época, o que tínhamos era a vida no campo e as primeiras cidades, com suas leis em construção - talvez não muito longe do que seja o Brasil hoje... - , pense na escravidão, nos costumes da época, enfim, as atividades mais comuns eram o trato da terra, as atividades do estado e os ofícios, outra categoria importante que não pode ser esquecida é a classe dos atores, dos escultores, enfim, os artistas. Ao nosso entendimento, segundo a opinião do blog, o arete nasce justamente de uma tamanha excelência na arte, praticada pelo artista, que ele,muita vezes, pode formar uma escola, uma tendência ou um movimento cultural, muitas vezes sem isto intentar - é a arte espontânea e maravilhosa, seria o nosso arete.
O quadro abaixo ilustra, ao nosso modo, esta nossa teoria:
Quadro Caminhos - Colheita, feito especialmente para este post. Legenda Abaixo:
- (C.A.M.I.N.H.O.S) Caminhos - A arte magnífica de um ser instruído ou inspirado (ou os dois), tem que se manifestar de uma forma ao seu público; quase sempre o artista deve optar por um caminho em sua arte, um formato, uma área, um estilo, o que seja; e, isto é, a marca do artista com seus trabalhos.
- (D.e.c.i.s.ã.o) Decisão - Decidir-se por um caminho,
e fazer a sua obra, a sua arte, o seu trabalho, nisto consiste este
estágio, além da fase de Planejamento, da parte teórica e da parte
abstrata ou das ideias em estado puro.
- (A.ç.ã.o) Ação - Depois de ter se decidido pelo caminho da arte, ter pensado em sua obra, é hora do criar exteriorizar-se, ou seja, isto seria a apresentação do teatro, a pintura do quadro, a leitura do poema, etc - a arte em sua forma "definitiva".
- (S.e.g.u.i.r) Seguir - Passadas todas as outras etapas, deve-se entrar em um ciclo going concern,
ou seja, o ciclo da continuidade; isto indica que deve-se ter um
interesse pela obra do artista, ou então o artista deve seguir com suas
apresentações e performances...
- (V.o.n.t.a.d.e) Vontade - Uma última peneira ainda é exigida da arte em questão, alguns chamam a isto de "crivo do tempo", mas de fato, o que creio se tratar, é que a verdadeira forma e aparência de uma obra se mostra mais claramente de acordo com a percepção de mais uma ou duas gerações, isto é, passado um pouco o frenesi do novo e o fascínio dos modismos, a prova final da arte é aguardar uma ou duas gerações para ver de fato, o que público sentirá quando entrar em contato com tal obra, e a isto, entendemos como a vontade do artista que ficou expressa em sua obra, e, certamente, se for uma obra puramente temporal (ou de moda e de tendência pop ou de época), pode ser, que esta arte 'temporal' acabe por esquecida ou ocorra um fenômeno interessante, onde o que era do mainstream, ou pop, passe a fazer parte de guettos, ou melhor, de nichos específicos de público-alvo (é o que acontece com as festas de axé hoje em dia, onde se vai mais gente que era jovem nos anos 90, do que gente que é jovem hoje, exceto na época do carnaval, claro).
- (C.o.l.h.e.r) Colher
- Por fim, finalmente, se colhe o que se plantou, mas notem que não
necessariamente tem que se passar pelos cinco estágios antes para se
colher, e a isto, se entende como a sociedade dos contratos
autenticados em cartórios, ou do valor monetário das artes e dos
artistas (totalmente individualista e que varia caso a caso), e tudo
isto, segundo as óticas de cada cultura específica, em um dado momento
histórico.
- Opcional:
E sempre, outro ciclo pode se iniciar, ou seja, um artista pode criar
novas artes, ou novas formas; exemplo: cantores que se tornam atores, e
escritores, etc.
- Só para os melhores: E a arte deve seguir depois do artista partir desta Terra.
Quadro Matão - Celeiro das Nuvens, e agora, também, a cidade das águas da chuva.
Uma referências as fortes chuvas que ocorreram em Matão no início de novembro de 2014 e que causaram o alargamento de vários rios, em uma analogia a que, "rio largo, tem que correr muita água" - ou seja, se uma das 1° chuvas da temporada deu um upgrade no rio, é sinal que muita água ainda vai passar por lá...
Uma referências as fortes chuvas que ocorreram em Matão no início de novembro de 2014 e que causaram o alargamento de vários rios, em uma analogia a que, "rio largo, tem que correr muita água" - ou seja, se uma das 1° chuvas da temporada deu um upgrade no rio, é sinal que muita água ainda vai passar por lá...
Dos
Dois Lados da Cidade
Foi uma mixagem perfeita –
Que todos perceberam
No momento em que se, e quando
Tocou o 1° acorde da outra canção,
sem alterar o ritmo, a melodia e nem a bateria.
Há um monte de mais em minhas mãos –
são tão raras e especiais que nem sei mais.
Aquele gole de água com limão
(mas
nem sempre foi água),
é o que me dá disposição,
mesmo agora, sem doideira em garrafa.
Porém quanto mais vejo tudo com inquietação
Mais, muito mais eu ouço: Não! Não e Não!
Aquilo que se dá é aquilo que se recebe,
se dou a raiva, recebo a raiva
– e
até a cadela fica com raiva!!
Se dou amém, tem mais ai também,
Se dou um solo de desdem,
sei que aquilo que não me tem
não tem como me intrometerem;
Do mesmo modo que a indiferença,
me torna indiferenciável, como pensa.
Mixou-se as duas músicas da cidade:
a chula e vulgar com a erudita e popular;
como pôde isto se dar?
Ora, ao que tudo indica
o problema não é o misturar,
mas, sim, quem faz esta mistura.
O som, é mais do que estação de rádio,
aparelho e sistema automotivo, ou CDs e mp3s,
Os sons são os pássaros, o sol, a chuva,
o lamento, a alegria, o vento, e esta poesia,
Em que se ajuntam, ambas, as preces e os sentimentos,
tanto dos que moram bem, quanto dos que moram mal,
num
'mix'
na imensa enxurrada alagadiça do temporal.
Quadro - Papel Cerrado - feito pelo autor do blog
- Inspirado na música Mira Niñita - Los Jaivas
- Inspirado na música Mira Niñita - Los Jaivas
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Sons do Post
Imagem do Soundcloud, do dia em homenagem a queda do murro de Berlim, que dividia o MUNDO em duas partes: a comunista e a capitalista.
Arte do Post
Tema para Web Livros do Edson_ Post 99 _ Um - Grifos Tropicais
CONTO:
A Tecnocracia Que Nos Vigia - parte II
(ou seria a Parte III ?)
A luz vai penetrando, de modo cada vez mais intenso, nas retinas do Menino-Lobo. Onde estou? - pensou.
Pouco a pouco, foi-se lembrando de flashes
do que tinha acontecido: naquele insalubre lixão, em Capinga, ou seria
em Matão? Já não se lembrava mais... ainda, mas lembrava-se de que era
a época próxima às festas de fim de ano, de 2013, ou 2012... muita
bebida, muita droga, loucura e mais continuidade infame; era um tal de
pedir e emprestar o isqueiro, era uma sequência interminável de levar o
copo à boca, bitucas que se lançavam bocas e dedos a fora, eram as
visitas à boca de fumo - até que alguém avisou ao Menino Lobo que no
Lixão vendiam uma droga de "qualidade" extrema e a um preço irrisório.
Era o que ele queria, e já há dois dias fora de casa, aprontando sem
precedentes (e sem consciência alguma), em um domingo a noite, quase
madrugada de segunda-feira, lembra-se, muito vagamente, de que entrou
no lixão e perguntou por crack, deu cerca de quinze Contos e recebeu
cerca de 3 gramas de pedra, e depois, não conseguia mais se lembrar com
clareza dos ocorridos. E como, Narrador, apenas posso dizer que ele se
viu envolto por algumas outras pessoas, vestidas de branco cirúrgico,
no breu da noite, pessoas estas, que diziam entre si, uma terminologia muito complexa, e portando,
ainda, muitos utensílios, sendo que foram as agulhas - que espiravam mais droga - que mais chamaram a atenção dele, enquanto duas pessoas vestidas de branco realizavam procedimentos de contenção...
Que
doideira! que fome! - pensou ele, e prosseguiu, em voz alta
("discursando" dentro de uma espécie de "cela psiquiátrica", branca,
acolchoada, com cama, um banheiro simples e a porta, trancada):
_
O que aconteceu comigo? Nem digo tanto o que deve ter acontecido
recentemente, duas ou três noites atrás, depois do lixão e das agulhas,
também, e, entre o agora - trancado aqui, neste lugar que nem sei qual
é... Digo: o que aconteceu em minha vida?! Naquele maldito momento que
enfiei a garrafa de vodca, seca, a dentro, por minha garganta, de meu
corpo inteiro, eu pedi aos céus que eu caísse, de cara, no chão -
esbofetado, estrapilhado e sem lógica alguma, e assim sou, sou o
Menino Lobo, o doído, o chapado, o incontrolável, o antissocial, o
anti-quisto, o cara parrana, o cara de louco, resumindo, eu sou tudo,
mesmos aceito - e eu sou o verdadeiro Menino Lobo, cheio de pelos e de
marcas de porradas no corpo; porém se meu corpo é marcado, eu já fiz a
vida de minha gente se tornar mais curta, com certeza. Mas é quando eu
como digo, disto, destas coisas de morte, eu não me lembro, mas isto
ainda deve, também, ser culpa dessas maldita drogas, que corre em
minhas veias, que me deram, desgraçados... ! Mas isso ainda é péssimo!,
porque sinto que estou tão chapado, como se eu tivesse muito chapado de
maconha, e nem tenho mais vontade de fumar minha pedra, meu crack, de
desse, alias,me dá, cade minha vontade da dura? Quer dizer, vacilão,
que tu tá tão chapado destas drogas que te deram, que parece brisa de
chá do amarelo, do hidropônico, do aquapuncturo, do diabo à quatro, e por
isto não quer usar seu bagulho do cão, que ultimamente, tem fumando, dia sim, outro também e um dia não?...
Ele cessa a sua fala e, na sala, começa a tocar String Beam Jean, do Belle & Sebastian. ... and the girls got home... , but the girls are right.
Esta música, uma das poucas que ele sabia a tradução, do inglês para o
português, significava muito para ele, uma vez que ele a aprendeu no
ensino médio, com um professor entusiasta com sua profissão e como folk
rock. Tocava assim: I had to leave them in the morning, I left the keys arround the way, I had to go to work. Trata-se justamente do viver a vida de modo "desordeiro", nas farras, nas noites (madrugadas) que viram dia (amanhecer), o famoso estar virado,
enfim, a bebida, as drogas e o sexo, sem fim, não necessariamente tudo
isto e nem nesta ordem, as tretas, as festas sem começo nem fim, ou
como Cazuza diz, na música que eu como Narrador mais aprecio, talvez de
todas as músicas, "Eu não tenho data pra comemorar; às vezes, os meus dias são de bar em bar / procurando uma agulha, num palheiro"
(O Tempo Não Para) - e o Menino Lobo achou esta agulha em um palheiro,
e ele não esta gostando nada nada disto. Falou, novamente:
_
Não aprecio estar neste lugar, nesta cela, nem com este som incrível
tocando ao fundo, mas de onde vem este som? Por que tudo branco? Porque
sem vontade de usar droga química alguma, alias, por que sem vontade de
droga nenhuma, exceto cigarros? Por que estou trancado, sem acesso a
água, comida e acesso a rede wireless? hum.. !!! Cadê meu smartphone?
Abri-se
um compartimento oculto, na parede, e junto, aparece água, uma jarra
com um copo, e uma refeição completa, nada de celular e ouve-se uma voz
que diz:
_ Ora, ora, rapazinho,
aproveite a sua comida, é cortesia de minha chefe, uma vez que pelos
nossos experimentos, deveria ficar 72 horas em jejum, e só se passaram
pouco mais de 12 horas, por enquanto desde o experimento. Mas agora,
coma e se refresque-se, seus testes terminaram, se assim eu quiser; mas
falta ainda coletar amostras finais de suas condições e estados de
saúde, afinal, você passou por um longo procedimento, e posso dizer,
que entrou em convulsão, overdose, chame como quiser (você não iria entender a diferença, mesmo),
umas três ou quatro vezes, porém, só te reanimamos duas vezes, você
está tecnicamente morto para a sociedade, ops, desculpe, este é o
discurso de Nikita, bem, você é um morto para a sociedade, ninguém lhe
dá atenção, não apreciam sua companhia, e quem é você para dizer que
não aprecia este laboratório, esta cela estéril vip?
_ Já chega - ouve-se uma voz ao fundo.
_ Bem,
é isto - continua a 1° voz - dentro de cerca de 64 horas você voltará
ao seu lixão, com seus pertences, incluindo suas 2,2 gramas de crack -
porém, duvidamos que você vai usar mais droga, novamente, nesta vida.
... tá bem
..., Queremos que saiba não irá se recordar de nada quando retornar ao
lixão, mas nós vamos te acompanhar de perto, bem de perto, e por hora,
aproveite sua estadia em um lugar limpo, e tranquilo, pode ser sua
única chance de ter isto em sua vida.
Quadro da Postagem - O Dom da Tela Excêntrica
(feito em GIMP, pelo autor do blog)
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