Mostrando postagens com marcador Jesus. Mostrar todas as postagens

Lições

Lições que se aprende e que não se aprende.


Ele é bom, humano e benevolente para com todos, sem preferência de raças nem de crenças, porque vê irmãos em todos os homens. Respeita, nos outros, todas as convicções sinceras, e não lança o anátema àqueles que não pensam como ele. Em todas as circunstâncias, a caridade é seu guia; diz a si mesmo que aquele que leva prejuízo a outrem por palavras malévolas, que fere a suscetibilidade e alguém por seu orgulho e seu desdém, que não recua a ideia de causar uma inquietação, uma contrariedade, ainda que leve, quando pode evita-lo, falta ao dever de amor ao próximo, e, não merece a clemência do Senhor. Não tem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa as ofensas, e não se lembra senão dos benefícios; porque sabe que lhe será perdoado como ele próprio houve perdoado [ou como ele próprio concedeu o perdão] (KARDEC, 1986, p. 222).


Não há mais tempo para farsas, mesmo as dissimuladas que se simulam assim para que se aparecessem como a grande verdade, não há; porque a revelação ou qualquer conceito que de tão intangível e antigo, tornou-se obsoleto e empoeirado, ficaram relegados a si mesmos. E parece que a mais ninguém importa ou sequer interessa.
As pessoas esperam o passado, mas esquecem-se que o mundo vai pra frente e não para trás, o relógio vai no sentido horário, e não no anti-horário, enfim, assim se vai o fluxo do tempo.
Nietzsche (2010) dedicou seu tempo em afirmar que “o homem é mal – assim falavam os outros sábios uns aos outros para consolo meu –; ai se isso fosse verdade ainda hoje! Que o mal é a melhor força do homem” (NIETZSCHE, 2010, p. 240). Obviamente isto significa uma ironia e uma falácia proposital, porque na sequência, Nietzsche (2010) vem a afirmar que “o homem deve-se fazer melhor e pior” (NIETZSCHE, 2010, p. 240).
Ou seja, é aquilo que afirmo; que, de fato, é aquilo também que algumas pessoas consideram inalcançáveis e / ou utópica; que é o controle, e aqui nem falo de empresa ou governos, mas sim falo do autocontrole pessoal, o equilíbrio, a harmonia e o centro-sentido de si mesmo, ainda assim considerando o planeta em que se vive e o que se deseja dele.
Aqueles que acreditam em honra própria, em vingança, em olho por olho e dente por dente, sinceramente, estas pessoas precisam “dar um update” para se atualizarem; por favor, pessoas de maior grau de consciência que convivem com os mais simples e ignorantes de nosso planeta, lhes deem uns toques no sentido de que, hoje e sempre, avisar-lhes que a Terra deve ir à frente (adelante!) e não para traseira.
Quem quer que pense em princípios errôneos como do “Fazer Justiça com as Próprias Mãos” e viço, e orgulho, mas ora, mas vá, que tolice, se está em Terra de Reparações nada disto mais faz sentido, não é mesmo? Como diz a delegada e o criminoso: Gratidão.
Mas com o melhor e o pior (Nietzsche, 2010) dá para se entender, também, um ponteiro de controller, que oscila entre a esquerda e a direita, a fim de atingir o seu centro.
Quem se afirma só da direita, como certos dogmas evangélicos pretensos religiosos, de uma crença que exibi não permitir às mulheres cortar os cabelos nem depilarem-se, tal como igualmente devem apenas usar roupas que cubram o corpo todo; porém, que os homens podem fazer aquilo que quiserem – desde que tenham o cabelo curto e a barba feita, mas senhores, quem ainda crê nisso? No véu? Mas tudo o que é culto não deve ser desvelado, segundo o próprio Jesus? Quem confia?
Devem ser os mesmos que se acham que são os do lado direto das coisas. E os mesmos que ocultamente agregam os da pura-esquerda (contravenção e crime, aqui) em suas seitas, para que ninguém desconfia que a delinquência esteja interligada a estas “certas” crenças.
Por isto, há que se ter em cada igreja, evangélica, principalmente, porque católicos já tem os padres com formação específica e os espiritas já são instruídos pelas entidades que eles aceitam e prestam atenção, um psicólogo, no mínimo; isto para orientar, se não os fiéis, mas aos pastores, obreiros, servos, desculpe-me a ausência de conhecimento destes termos; mas a única coisa que venho a afirmar aqui é que as igrejas devem ter um psicólogo ou um psiquiatra, ou ambos, para orientarem as pessoas que orientam os fiéis desta igreja, no mínimo, principalmente as igrejas menorzinhas ou de menor representação estatística, segundo dados oficiais.
Como diz Kant (2015):

Um homem pode dissimular o quanto quiser, para dourar perante si mesmo um comportamento ilegal do qual se recorda, e declara-se não culpado a seu respeito, como se se tratasse de um engano não premeditado e de um simples descuido que jamais se pode evitar totalmente [...]; ele descobre, contudo, que o advogado que fala em seu favor de modo algum consegue fazer calar o acusador nele, tão logo ele se dê conta de que no momento em que praticava a injustiça, estava em posse de seu juízo, isto é, no exercício de sua liberdade e, apesar disso, ele explica o seu delito a partir de certo mau hábito contraído por crescente abandono do cuidado para consigo [...]. Pois a vida dos sentidos tem, em relação à consciência inteligível de sua existência (da liberdade), unidade absoluta de um fenômeno, o qual, na medida em que contém simplesmente fenômenos da disposição concernente à lei moral (do caráter), tem que ser ajuizado não segundo a necessidade natural [...] mas segundo a espontaneidade absoluta da liberdade (KANT, 2015, p. 132).

Senhores, vejamos; já é bem tempo disto ser bem entendido e praticado. Ou seja, além do dissimular – que estávamos argumentando agora a pouco nesta postagem –, a contribuição de Kant (2015) ao presente texto fala ainda do necessário e da liberdade; Nietzsche (2010), oportunamente mencionado, fala do bom e belo, e que algumas coisas – como os seios das mulheres – são bons e belos ao mesmo tempo.
Nas coisas que podemos optar por fazer ou não, deve-se entendê-las como dever ou como prazer; deve, ainda, ser notada que na época de Kant não era associável à ideia de trabalhar e ter prazer ao mesmo tempo, porque o trabalho era algo onerante, hoje há quem já entenda o trabalho como um exercício físico ou intelectual edificante e construtivo e isto é algo bom e belo também, ou necessário e de liberdade, inclusive. Assim, para evitar confundir o bom como o errado e vice-e-versa, primeiro, deve-se questionar: isto é bom ou belo, ou seja, é necessário ou é de liberdade?
O caráter moral do ser deve ser alicerceado na liberdade da razão do próprio ser e não nas suas necessidades naturais (Kant, 2015).
Tudo que é imposto, ou que se espera, e que tem que acontecer é geralmente um dever, se não for dever, é algo que pertence a fanáticos; por exemplo, se sou um fiscal, tudo bem eu analisar quem está consumindo muita água, se está tocando a sua empresa sem a emissão das notas fiscais e os lançamentos tributários e etc.; assim se sou fiscal, este é meu dever, agora se não sou fiscal e começo a observar estas coisas e mesmo me irritar enquanto estou andando pelas ruas e vejo tudo isto, então já não é dever, é um gozo, um prazer – que (se assim for) subvertido, traz mais dor de cabeça e desconforto do que gosto e prazer. E se fosse fiscal e mesmo assim realizasse isto nas horas vagas, certamente, mais coisas de fanáticos ou desiquilibrados seriam, e volta-se na questão da falta de autocontrole.
E nisto se ramificou os erros que se propagam como verdade pelo perverso. O crime, bem como algumas seitas ditas evangélicas (mas que apenas gostam de se segregar e dividir a sociedade), quer se impor pelo medo, pela dor, pela subvenção e etc.; por isto, temos que insistir no esclarecimento, na paz, no belo, no bom, no necessário, no útil, no prazer e no equilíbrio.
Kant escreveu seu último livro “À Paz Perpétua”, que foi publicado pela primeira vez em 1795, na Alemanha, prevendo os sistemas de direito e legislação internacional como sinônimo de Paz; evidentemente, o mundo contemporâneo deve MUITO a Kant. Enfim, neste livro, no segundo suplemento, no artigo secreto para a paz perpétua, se lê assim:

Um artigo secreto nas negociações do direito público é objetivamente considerado, segundo seu conteúdo, uma contradição; subjetivamente, porém, julgado segundo a qualidade da pessoa que o dita, pode bem ter lugar aí um segredo, que ela acharia comprometedor para sua dignidade anunciar-se publicamente como [sendo] seu autor. O único artigo desse tipo está contido na proposição: “as máximas dos filósofos sobre as condições de possibilidades da paz pública devem ser consultadas pelos Estados equipadas para a guerra” (KANT, 2016, p. 54-55).

O segredo da Paz para Kant (2016) são as máximas filosóficas, convocadas pelos gestores de Estado, tal como se fossem épocas de guerra – ou seja, com sigilo, tino, talvez meandros e condições e etc. O próprio autor (Kant, 2016) afirma que este artigo secreto, de seu livro, é mais uma contradição; mas, cá para nós, faz todo o sentido. Quem sabe da paz são os filósofos, não os reis ou os presidentes. Porque é dada a sabedoria aos filósofos, lembre-se da citação de Nietzsche, sempre.
Por exemplo, a paz é do homem; enquanto as pessoas a esperarem de Deus – dizerem, não a PAZ é de Deus! –, então ela nunca vai ser dos homens; porque nós temos que fazer a nossa parte pela paz, e aguardar, que um dia ela vem; e claro, ter sistemas e regras legislativas claras, justas; e, apenas dar a permitir que as nações ajam dentro daquilo que é entendido como o conceito de dignidade humana.
Sinto muito a quem torce pelo fim dos tempos, a quem quer a barbárie e o terror, a quem deseja se impor pelo medo, pelo ódio ou pela dor (seja física ou psicológica), mas há bastante tempo, pessoas como os autores citados nesta postagem, como Kant, Kardec e Nietzsche se esforçam para auxiliar na contribuição à evolução da humanidade; e mesmo que Guerras Mundiais, Bombas Atômicas, poluição mundial e graves crises tenham sucedido desde que essas ideias (aqui, também defendidas) foram tornadas públicas, o importante é que se observa um esforço para que o planeta tenha um equilíbrio; e mesmo no caso mais recente de poluição ambiental em nível mundial, está sim sendo dispendido bastante esforços para que estas situação se altere e as coisas se normalizarem; ou seja, a Terra está evoluindo sim, e não estamos regressando no tempo, não, mas sim, avançando-o, mais ou menos adequado, de acordo com o desenvolvimento da região que vivemos e nosso próprio desenvolvimento intelectual.
Claro que existe dor, sempre existiu. O próprio Nietzsche (2010), diz não se dá a luz por gosto. É uma dor, viver é isto. Mas hoje, em dia, já temos o parto sem dor, e mesmo o parto humanitário (desculpem-me, mais uma vez, a carência de termos neste sentido), que vem justamente a amenizar o fardo do “dar a luz” de uma criança ao mundo.
E nasce para saber: o que vai e o que não vai aprender? Se ele nasceu para ser violento e infame, provavelmente não se contenderia na calmaria e na alegria. Já há quem veio ao mundo para aprender e educar, é quem se compraz em estudar e, mais ainda, em lecionar, evidentemente; isto é até retumbante. E retumba.
E o que (ele / ela) vai ser? Ai, nem dever, nem necessidade, nem ética, nem moralidade, nem ilegalidade, nem nada: vai ser o que puder ser; isto é, o que é, e se tiver um lugar que o couber. Porque nem todas as coisas são dadas neste tempo, veja o exemplo de Kant, em que algumas de suas ideias ainda nem são aceitas e ainda existem países que confundem os sentidos das razões práticas e puras, e assim, confundem todo o sistema legal de suas nações – com uma política moralista, isto é, que quer impor uma dada visão de um grupo ao mundo ou ao país – e que não está de acordo com as rígidas regras de pensamento e lógica.
Ou seja, as pessoas são o que elas podem ser e aquilo que o tempo e o espaço em que vivem ou são aceitas também possibilitam que elas, as pessoas, sejam.
Por minha parte, aqui, mesmo com minhas afrontações, e as provações que vim a sofrer, eu sigo, com fé no Mais Alto de que tudo tem um porque, que nem sempre, podemos também conhecer. Mas confiante, estou, que tudo se altera para o melhor e para o nosso conforto; inclusive um conforto para continuar uma leitura tal como a que segue:

Abriu caminho em frente tomado pelo nervosismo, afetando uma pressa ainda maior e consciente dos sorrisos e dos olhares e cutucões que sua cabeça empoada deixava para trás. Quando chegou aos degraus encontrou a família esperando-o junto à primeira lanterna. De relance percebeu que todas as figuras do grupo eram familiares e correu irritado escada abaixo. _ Preciso dar um recado na George’s Street, disse apressadamente ao pai. Vou para casa mais tarde. Sem esperar as perguntas do pai atravessou a estrada correndo e pôs-se a correr alucinadamente morro abaixo. Mas sabia para onde estava indo. O orgulho e a esperança e o desejo eram como ervas maceradas no coração soltaram vapores de um incenso enlouquecedor ante os olhos da mente [...] Os vapores erguiam-se ante os olhos angustiados em nuvens densas e enlouquecedoras e continuavam a subir até que o ar estivesse mais uma vez límpido e frio. [...] Ele parou e lançou um olhar para a varanda sombria do necrotério e de lá para a estreita passagem calçada ao lado. Viu a palavra Lotts na parede que ladeava a passagem e inspirou lentamente o ar pesado e pungente. _ É mijo de cavalo e palha podre, pensou. Um odor bom de respirar. Vai acalmar o meu coração. Meu coração agora está calmo. Já posso voltar. (JOYCE, 2016, p. 88-89).

Enfim, deve-se buscar aquilo que nos acalenta. Ou, na dúvida entre o conforto e a necessidade (após saber se é mesmo um dever ou um prazer), deve-se, sempre, quando possível, optar pelo prazer / conforto; e que não fira ninguém, física ou psicologicamente.
Todavia, em nível de personalidade, de psique de cada um é que se reside o bem-estar do coletivo, e há que se notar o fator subjetivo da paz; ou seja, que cada um enxerga a paz como pessoal de si mesmo, como uma visão pessoal; onde, a paz de um pode ser a algazarra, e, a paz de outros, a tranquilidade. Por isto, que de acordo com Kant (2016) é correto, a nós deste blogue, afirmarmos que a Paz, também, prove de leis atuais e justas, que atualizando isto para nosso tempo, que venham a garantir a dignidade e a pessoalidade do ser humano. Mas claro, sem permitir que abusos e excessos sejam acometidos em nome disto. Complementado: Leis atuais e justas, e naturais, se possível.
Desejo aprender a paz, de mim para com cada um, e, (a paz) de cada um para comigo. Eu tive a oportunidade de escolher a briga, mas eu optei por apenas executar meu direito de cidadão, de apenas fazer e deixar de fazer algo em virtude da necessidade ou do prazer (lembrando que “prazer” aqui quer dizer: poder escolher por fazer ou não fazer tal coisa – ou seja, não quero estressar-me com uma dada situação porque posso realizar outra coisa enquanto eu faria aquilo que me estressa ou intenta por estressar). A paz e um sorriso. Obrigado, leitor. Agradeço a sua companhia. Muito Obrigado.
E em relação àqueles velhos conceitos e aquelas velhas rixas, históricas ou não, aconselho-os, a quem assim interessar, a analisar as situações sobre o olhar de soslaio perceptível pelos outros lados, e tentarem perceber como eles percebem; afinal tanto eles, quanto nós formamos a humanidade. Ou não formamos? #Peace #Paz


Bibliografia

JOYCE, James. Retrato do Artista Quando Jovem. Tradução de Guilherme da Silva Braga. São Paulo: Media Fashion, 2016.

KANT, Immanuel. A Crítica da Razão Prática. Tradução de Valério Rohden. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015.

______. À Paz Perpétua. Tradução de Marco Zingano. Reimpressão. Porto Alegre (RS): L&PM, 2016.

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 56.ª Edição. São Paulo: Instituto de Difusão Espírita, 1986.

NIETZSCHE, Friedrich. Assim Falou Zaratustra. Tradução de Alex Marins. 4.ª Reimpressão. São Paulo: Martin Claret, 2010.



Vídeo You Tube: Coral Sem Fôlego, by Philips


Ass Nus - A Um Outro Século de Falsos




Mais um Século de Falsos (ass nus)





RESUMO DO POST:
       Antes do primeiro suspiro desta postagem, em letras de sutileza, vamos falar da gentileza? Obrigado amigos, vocês me dão muitas alegrias, nos muitos e também nos poucos acessos a este blog; sim, pois, se quando temos 150 view em um dia falamos, também devemos dizer da semana que apenas 30 pessoas viram este blog. Mas mesmo assim, obrigado. Pessoas de primeiro mundo, gente de país desenvolvido. Obrigado Suíça, França, Obrigado Reino Unido. E não podemos deixar de dizer, obrigado povo da China, obrigado população da Índia, obrigado povo da Rússia, obrigado mesmo. E claro, thank you, United States and Brazil, que continuam sendo os países que mais acessam este blog. Thank you, once again. Obrigado, obrigado meu mais sincero e puro muito obrigado. AGORA, Edsonnando (DJ, writter) também lê poesias, e logo logo cantará, na internet. E assim se faz um MARK WEB PERSONAL.
        Nesta postagem: Um pouco do paradoxo do nosso tempo, um pouco de poesia marginal (UNDERGROUND TOTAL), além de Moral & ética, Literatura e Poesia do Realismo / Naturalismo. E mais um pouco do século XXI – como um dj do interior de SP, de uma cidade que nem tem afterhours constantemente, tem um set no promodj, que obteve mais de 3,3 promopoints, justamente com a temática “depois das horas”.
        Tudo isto e muito mais nesta postagem de Livros do Edson, inspirada claramente em 3... 6... 9... seconds of the lightsBy Belle & Sebastian. (Track 01 – A Century of Fakers). Vejamos um quadro sobre isto:

A Century Of Fakers Fonte: http://www.metrolyrics.com/a-century-of-fakers-lyrics-belle-and-sebastian.html (Original track perfomanced by Belle & Sebastian, in two Albums: "A Century of Fakers" is track #2 on the album Push Barman to Open Old Wounds; AND The BOX Lazy Line CD#03 Track 01. It was written by Belle & Sebastian: Sarah Martin / Stuart Murdoch / Richard Colburn / Mike Cooke / Chris Geddes / Stevie Jackson / Isobel Campbell / Stuart David)
There are people going hungry far away
They've got nothing on their plates
And you're filling your fat face
With every different kind of cake
If you ever go lardy, or go lame
I will drop you straight away
Oh that's the chance you're gonna take
For every stupid thing you say
There are people going lonely, and they'll stay
Lonely far into the year
Cause you're making blinkers fashionable
And fashionably you'll say,
"All is equal in love and war"
And I'm sorry, but I've got some things to do
And you pretend to read a book
You'll never finish till the day

That the author dedicated
To a century of fakers
They took your mould and they burned it
On the fire in history today
Yeah the author dedicated
To a century of fakers
He was an anarchist
He tried his best but it wasn't good enough
La la la la la
Did I say I would see you soon? Well I'm sorry
But I just came off my bike
And my face is scarred
And chance has barred me seeing you tonight
I was over the other side of the city
And if the truth be known I'd say
That you look great from there
Before you shaved your golden hair today
Everybody's trying to make us
Another century of fakers
They took you mold and burned it
On the fire of history today
Everybody's trying to make us
Another cool decade of fakers
And everybody's trying to make us
Another century of fakers
Everybody's trying to make us
Another century of fakers


Um Século de Falsos
(Tradução Livre de LIVROS DO EDSON – apenas na 1° parte até o 1° refrão, depois tem a segunda parte e se repete o refrão):






Há pessoas indo com fome todos os dias
Eles não têm nada para pôr em seus pratos
E você está enchendo sua cara gorda com cada tipo diferente de bolinho
E se você sempre vai escorregadio  ou vai manco
Eu vou abaixar você longe com força
Esse é o preço que você tem que pagar
Por cada coisa estúpida que você diz

Há pessoas indo solitárias, e eles estão a ficar
Solitárias por entre o ano
Porque vocês estão se fazendo de uns cegos fashion-ados
E fashion-mente você vai dizer
“tudo é igual a amor e guerra” e
“Desculpa-me, mas eu tenho pegar alguma coisa pra fazer
E você pretende ler o livro enquanto você não vai nunca a terminar o dia

Aquele que o autor dedica o
Aos Um Século de Falsos.
Eles tomaram o seu molde e eles queimaram-na no fogo na história do hoje
Sim, o autor dedica o
Aos “Um Centenário de Falsos
Ele era um anarquista, ele tentou o melhor dele, mas isto não está bom o suficiente.
O Belle & Sebastian aprecia muito literatura, imagino, porque desde os anos 90, os CDS deles tem um acompanhamento com histórias nos encartes, as letras das músicas tem uma grande elaboração narrativa, etc. Por isto, vai ser mostrada agora uma tradução livre do encarte do CD 3.. 6.. 9.. secds of Light.
(Fragmentos) 3... 6... 9... Seconds Of The Light
Era um dia como hoje, realmente quente, quando todo mundo  está fora das portas, feliz por viver por ali. Jim tinha alguma coisa acontecendo. Um pequeno projeto que envolvia fazer pôsteres para concertos que poderiam nunca acontecer, e imprime encartes para gravações que nunca existiram. Ele tem pego ele mesmo em seis versões do seu “ser”. (...) Ele noticiou um jornal vivendo dentro de uma máquina. Ele parou e foi pegá-lo.  Ele tinha ajudado a tê-lo escrito. Ele pegou e começou a ler:
Claire e Eu decidimos providenciar um workshop de música para um grupo de 20 crianças com idade de cerca de 5 anos. Poderia ser atrelado a uma escola ou um centro comunitário. Crianças nesta idade são muitas desavergonhadas e enérgicas, com providencias potencializadas dos professores ou dos líderes do workshop pode-se alcançar uma vastidão ilimitada de representações musicais. A ideia do workshop é introduzir rimo e melodia num nível muito básico. Nós também poderíamos gostar de incorporar alguns bem simples movimentos (como bater as mãos ou marchar) que irão efetivamente relaxar e instigar as crianças à coordenação e a concentração.  Com o conjunto de ritmo, melodia e movimentos, nós poderíamos também orientar as atenções das crianças para a dinâmica da música e seu tempo. Para demonstração, nós vamos pegar crianças para fazerem as performances  de seus jeitos, com a canção variando de velocidade e volume. O Workshop (a oficina) vai fechar com apresentação da canção.
Para introduzir o workshop nós vamos começando com o jeitão, ao final de sete minutos. As crianças poderiam ser instruídas a formarem um círculo esparso. Nós vamos demonstrar a eles marchando e batendo palmas num ritmo básico de 4/4. Este jogo pode ser bem divertido. Ao se manter as palmas e as marchas, durante a batida, indivíduos são convidados a criar qualquer som, em qualquer ajuste, de qualquer tamanho, e sem nenhuma palavra. E a única restrição do game é que eles só podem fazer os seus sons, em seus turnos,  e com a música sempre sendo a mesma. Eles terão que lembrar o seu som pessoal.
Ele precisava pensar sobre isto um pouco. Ele teve estes pensamentos num Café próximo. Estava farto de pessoas comendo e falando ao mesmo tempo (...) .

Belle
A
N
D
Sebastian

QUADRO 1 Edsonnando and Livros do Edson loves Belle & Sebastian
FONTE: Elaborado pelo autor, especialmente para esta postagem.

             Disseram-me que eu era um poeta realista. Em resposta, eu disse que os realistas eram todos fracassados que notaram que tudo é nada, e que tudo é um jogo armado para bridar crianças da dor. O realismo é o que você vive nas ruas, e quando menos se espera, abre um livro do século XIX onde a mesma história já estava lá...



PRIMEIRAS PALAVRAS (INTRODUÇÃO):

Parece que vivemos a maior era de informação de todos os tempos, ao mesmo tempo em que a ignorância e o caos da tolice e da vaidade nunca foram tamanhos monstruosos como também o são hoje. E só se enganam, e só sofrem da cabeça e já se falecem mutuamente...
Impreterivelmente, sinto muito meus depois, mas a ascensão da mentalidade humana se deu apenas até os anos 2000, um pouco antes, 1997, algo como este último ano. Não é que depois dos anos 2000 não nasceram mais “grandes mentalidades” entre nós, humanidade. Absolutamente não é isto, acontece sim de haver pequenos grandiosos pensadores, crianças intelectualizadas, mas digo no geral. Até a minha geração e mais uma, havia uma competição pelo melhor da classe, o mais aplicado, o mais assíduo, enfim, havia uma preocupação em ser melhor, para vivermos em um mundo melhor. Isto se rompeu de certo modo depois dos anos 2000.
Depois dos anos 2000 individualidade e o ser do jeito que se é se tornaram o padrão, e a infantilidade ganhou vez. Antigamente, as pessoas ficavam sentidas ao ouvirem uma crítica, hoje, ao se dizer algo crítico para um dos da geração atual, por favor, faça isto, que é melhor, a única coisa que você recebe em troca (feedback) é descaso; e se você insistir em argumentar e disser coisas como, mas isso é incabível, seu sem educação, ele apenas lhe responderá, “é você que é isso”... E as coisas não se ajeitam, porque parece que o jovem de hoje não quer, de fato, se ajeitar, não quer melhorar, não quer nem saber dos altos padrões de se comportar e pensar e não quer nem saber das boas e árduas vitórias da vida.
Mas olha, olha lá fora. Veja o sol desta hora, das 17:45 de 23 de maio de 2015. Nietzsche disse algo como, quando no entardecer, no oceano, o sol bate e tudo se torna dourado, até os mais pobres são banhados de ouro nestas horas, e meus olhos não puderam se conter quando percebi isto. Enquanto há a beleza da poesia, há a dura constatação da realidade. Não que o Nietzsche disse não é realidade, pode o ser espiritualmente ou ideologicamente, mas sabemos que a riqueza que a população (e os líderes e grandes chefes) conta é a riqueza monetária, o dinheiro, os bens, as ações e o valor que tudo isto tem no mercado. Mas, agora vejamos novamente Belle & Sebastian, em Century Of Fakers (Jeepster, 1997 e 2000; Trama 2001):
There are people going lonely, and they’ll stay
Lonely far into the year
Because you’re making blinkers fashionable
And fashionably you’ll say
All is equal in love and warand
I’m sorry, but I’ve got something to do
And you pretend to read a book you’ll never finish till the day.

(Há pessoas indo sozinhas, e elas ficarão
Sozinhas por entre o ano
Porque você está se tornando um cego fashion-ado,
E fashion-mente você irá dizer
“tudo é igual a amor e guerra” e
“eu sinto muito, mas eu tenho que ir fazer alguma coisa
E você pretende ler um livro enquanto você nunca está a terminar o dia.

Não é a nossa era, sem dúvida alguma? Tudo que o Belle & Sebastian cantou nesta faixa diz exatamente daquilo que queremos dizer neste post:
         Individualismo, fazer uma coisa pensado em outra; e o mundo fashion, tão caro e tão volátil, tão desnecessário e tão desejado por todos. E o livro? Queremos ler os livros quando não os queremos ler? Como é isso? É a nossa juventude, sem dúvida alguma; Belle & Sebastian profetizaram o mundo de hoje, pós 2010 na Caixa Lazy Line Painter Jane e este post é sobre o CD 3 – 3... 6... 9... Seconds Of the Light! O Realismo, a Ética e a Moral. Boa leitura, amigos. Obrigado por me ajudarem a divulgar este blog na web – LISTAS NO TWITER – I LIKE IT



1. O Belle & Sebastian-ano
Confira aqui alguns links de sons, além de informações desta banda de folk rock da Escócia (Reino Unido).

A Century of Fakers – Versão 1 – LINK AQUI - https://www.youtube.com/watch?v=C4onwosSUzU

A Century of Fakers – Versão 2 – LINK AQUI - https://www.youtube.com/watch?v=Cpr-oaLCJ70

Le Pastie de la Bourgeoisie – Versão Live – LINK AQUI - https://www.youtube.com/watch?v=mD7MKlSbsSI

Put The Book back on the Shelf – LINK AQUI - https://www.youtube.com/watch?v=gaY1Y_hw7X0

Direct Mail do Belle & Sebastian de 19 de Maio de 2014, como segue, na íntegra e original (B and S irá lançar um CD triplo com o show que eles fizeram ontem, 22 de Maio e com outros shows, em breve – veja mais na transcrição do e-mail):

18/05/2015 - Belle And Sebastian � Live At The Glasgow Hydro Arena: Pre-Order Now!

Since it's a pretty special home show for us this Friday, we've decided to record it / the event for posterity. We're therefore excited to announce that we've teamed up with live music retailers Concert Live to bring you our Glasgow Hydro Arena performance in bespoke, instantly available three disc CD format, complete with original artwork and packaging.
This, our first live album release since 2005, will be completely unedited and available for fans to purchase at Friday's show, with the album available to collect just seconds after the final note of the encore has been sung.

If you're not heading to Glasgow this Friday then fear not, you can pre-order your copy for home delivery right here at a special pre-order price of just �15.

We will be hand signing one hundred CDs for the first one hundred of you who pre-order the album online for home delivery. You can secure your signed copy by acessing our oficial web sites (see belox):



2. O Realismo e o Naturalismo
Segundo Faraco e Moura (2000, p. 166), os principais pontos chaves, resumidos, do Naturalismo / Realismo, são: 
1.  Objetividade do Narrador;
2.  Nivelamento do homem aos demais seres do universo;
3.  Não idealização dos personagens;
4.  Condicionamento dos personagens ao meio físico e social;
5.  Concepção do relacionamento amoroso como um fato predominantemente fisiológico;
6.  Predominância do espaço urbano;
7.  Tendência do escritor a se ater ao seu tempo histórico; e
8.        Linguagem mais simplificada do que a usado pelos escritores românticos.




ILUSTRAÇÃO 1 – Capítulo 9: Realismo e Naturalismo
FONTE: Livro Literatura Brasileira  - Editora Ática – Versão do Professor (FARACO & MOURA , 2000 p. 155)


          A prosa realista (romances e contos), segundo os autores citados (Faraco & Moura, 2000, p. 166 e 167), apresentam-se, sinteticamente, conforme o quadro abaixo.

PROSA
POESIA
Romance
Conto
É conhecida como o movimento Parnasianismo, exemplo:
Tendência Realista
Tendência Naturalista






“Ao Coração que sofre, separado
Do Teu, no exílio em que a chorar te vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.

Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.

E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a Terra pelo Céu trocar;

E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.”

- Fragmento de Via Láctea. BILAC, Olavo. Obra reunida. (Rio de Janeiro: Aguiar, 1996; p. 126) apud Faraco e Moura (2000, p. 202). 
1.  Realismo Interior (Psicológico):
Vale-se da observação, introspecção e análise subjetiva dos conflitos interiores do homem. Aventuras e afazeres tem pouca importância, pois só o mundo interior do personagem é que interessa ao autor. Machado de Assis é o maior destaque desta tendência.
Caracteriza-se, deveras, pela análise científica da realidade concreta das coisas (também conhecido como o Realismo Exterior) – que, claro, difere-se do realismo interior, psicológico.
Destaque para autores como Aluísio Azevedo, Inglês Sousa e Adolfo Caminha.

- Subgrupo da literatura Naturalista
2.  Impressionismo:
Processo que preza pela criação de um texto ao quais as dimensões própria e exata das coisas tem pouca importância, o que importa é a impressão que se quer passar a quem observa. Geralmente, o enredo não tem uma sequência clara e lógica, mas constrói-se a partir de fragmentos daquilo que o observador (narrador, leitor) capta da realidade exterior.
O autor Raul Pompéia, com o romance O Ateneu ilustra muita bem esta técnica.
 Explorando e levando aos extremos a nova moda naturalista, lançavam-se várias obras sem valor literário, mas que conquistaram uma legião de leitores, graças ao EROTISMO EXPLÍCITO ou OBSCENO. Jornais da época chamavam tais textos de “leitura para homens”, em alusão que as digníssimas mulheres da época poderiam se ofender com as palavras; ainda a dizer que o naturalismo não era um artístico da natureza. Eu diria, assim “as coisas como, de fato, elas eram / são”.
Títulos deste subgrupo: A carne, Júlio Ribeiro, leitura “séria”. Todavia, temos: As Sete Noites de Lucrécia, Os prazeres de Rosália, Um Homem gasto... etc.

QUADRO 2 – Características de prosa e poesia Realista / naturalista
FONTE: Elaborado pelo autor; adaptado de Literatura Brasileira  - Editora Ática – Versão do Professor (FARACO & MOURA , 2000 p. 166 e 167)



3. A ÉTICA E A MORAL





Ilustração 2 – A Linha do tempo da Moralidade e da Ética
FONTE: Elaborado pelo autor
O quadro está em PT-BR, por isto, vamos explicar alguns pontos:
·        Sun Tzu: Naquela época, claro, a informação não era difundida. Os ensinamentos de Sun Tzu se referiam a dominar o Caminho, o Dao, para vencer cada inimigo e sempre triunfar.
·        Jesus: Ele veio para abolir o olho por olho e o dente por dente. Jesus pregava o amor ao próximo, o respeito, a obediência e a resignação.
·        Machiavel: Ele ensina como se tornar imperador, ou seja, como administrar os seus reinos e principados. Realmente se punha em prática tais filosofias e voltou a se dominar pela barbárie e pela força.
·        Nietzsche: Ensinava a teoria do Eterno Retorno, do Homem Superado; ele analisava cada aspecto histórico e filosófico de seus predecessores e através disto, criou uma filosofia do martelo, que derrubava velhas lendas e ídolos, pelo estudo e pela razão filosófica.
·        Gibran: Ele pregava sobre a superação espiritual da humanidade, com conceitos abstratos e práticos de boas ações e atitudes que nos faze superar a dor e não causar mais sofrimento aos nossos semelhantes.


Considerações Finais (what about the underground).
Assim, mesmo com milênios de moralidade e consciência, tem pessoas que preferem se delongar em suas aventuras e peripécias; nada contra, cada coisa tem um tempo no mundo e na vida, só acreditamos que coisas muito mais importantes poderiam ser feitas.
E para fechar, alguns poemas de Edson Fernando sobre a questão do realismo, simbolismo, do subgrupo naturalista e sobre as atitudes marginais e decadentes.

IDADE 18+ POEMAS RECOMENDADOS PARA ADULTOS (POESIAS MARGINAIS ORIGINAIS – SEM CORTES):


FUROS

Meu olho já tá bem aberto
E o arregalo mais
Para ver e dizer:
_ Não é você quem gosta da droga,
É a droga que curte você.

Ela quem te encerra:
Enquanto pensa que usa,
E usado e consumido
Por toxinas, princípios ativos e grana.

Fumar e chapar com amigos,
Beber e chapar com conhecidos,
Chapar e chapar de modo desmedido.
É um perigo!
Uma dose além e a morte vem
Uma dosa a menos e a paranoia vem.

Se quem se dedica aos vícios
Se dedicasse ao amor e ao altruísmo
A pessoa teria mais neurônios, mais felicidade,
E não teria medo de despertar de manhã.
A pessoa não destruiria a sua cara,
Pois quem fuma na lata dá na cara
E essa pessoa fica marcada como “Noia”.
E as vozes ressoam forte enquanto o drogado
Vai pelas ruas atrás de trocar notas por crack.

Fura a lata e abra um buraco negro no cérebro
Fume na lata e se acabe de verdade;
Se você está sem rumo e fuma,
Ai sim, você sai de si, se reperde e se repete.



MACHISMO IDEOLÓGICO RELIGIOSO

I

Vamos esclarecer 1 (uma) coisa:
A mulher não foi feita da costela de Adão,
Muito menos ela foi criada para servir aos homens,
Acontece o seguinte:
O universo é construído a partir
De princípios integralmente distintos
Que se atraem ou repelem.
No nosso caso, feminilidade e virilidade
- coisas ambíguas, que juntas formam a HUMANIDADE,
Juntas:
Ninguém é 100% Viril
Ninguém é 0% Viril.

Torno a prosa matemática.

Somos um MIX de HOMEM e MULHER,
Pergunte a um endocrinologista;
Ou seja,
A prevalência é relativa a cada um.
Uma mulher pode ter mais hormônios masculinos
Do que o próprio machão másculo que a deseja na cama,
E isto não indica submissão, não é não.

De forma alguma.
Pois o homem ou a mulher
Acabam provando a ferozes predadores
Que a inteligência substitui sentimentos de luta & caça.

O escuro, ou a experiência e a porta.

A garganta está irritada.

Edmundo diz:
“_Perder é ruim;
fazendo terapia
 e vai passar.”

E eu que estou acostumado
a perder sempre
tenho que experimentar
e me viciar na vitória;
vou participar de corridas de turfe.

Eles pensam no futuro:
Eles pensam no dinheiro.
O homem crê que sente
O que é melhor para a família,
O homem, o chefe de família;
O melhor chefe é aquele
Que já passou pela submissão
E sabe bem das deficiências de quem manda.

Tudo está intimamente ligado as tuas crenças.
O que prefere realmente
Ressoa com tuas ideias e sentimentos?

Acreditar realmente é a chave
E quem acredita não duvida
Nem hesita ou teme,
nem caga nas calças, apesar de as poder borrar ...

Não há quem manda, apenas,
O homem não nasceu para tal coisa
E a mulher para determinadas outras coisas,
Todos nós podemos fazer o que queremos.

E a crença é a chave para tudo.

Minha mulher é minha
Meu trabalho me sustenta
Eu faço filhos pra mostrar como sou bom de caralho
Se precisar eu mato, senão der, eu fujo,
Sou tão macho quanto eu posso
- e ainda falta muito para você o sê-lo.
Ideais assim, ainda faltam muito para a verdade
Mas infelizmente são ideias assim que o mundo tem.

O homem robusto, sem graciosidade,
Não é apenas questão de biótipo
É uma questão de crença
No homem cabra macho.

Diria, eu, se não fosse obsceno:
Sou de tanto modo macho
Que eu sou macho mesmo
(sei, só te chupam por trás aos domingos);
Eis o macho de fato:
A aranha
que chupa todo o carrapato.


II

Ser macho
É aguentar as intempéries da vida,
É sorrir ao ensinar os filhotes,
É não reclamar, mas fazer;
É ser do bem com os outros e a vida,
E ser puramente forte com os maus.




CRIADOROS (Hardcore Poem)

I

Acontece o ato
Segure-se no palito que sustenta a laje
Ondule-se avante, atrás, ritmicamente:
_ Deixa só eu meter.

Muito álcool
Tanto que derruba o copo,
Cheio de catuaba gelada,
E nem consegue dizer
E nem consegue fazer
Mas faz, catuabeiro.

Nas ruas claras, crianças mostram a bunda
Com a cueca enfiada no rêgo,
Meninos de onze anos que dizem:
_ com vontade de comê um viado.
E depois, a bicha é quem é pedófila.
Sendo que são os garotos quem querem
Tentar gozar.

Tudo está na cor.
Alguns já sabiam
E deleito-me facilmente
Desesperanço-me facilmente,
Mário, Maria, João, Joaninha,
Mel de Brotas, as trilhas de Brotas,
Cachoeiras dobráveis,
O tal sapo teocida,
A perereca da cadela
Rocks Pops com Hot-pockets
Contemporaneidade.

Nudez total na casa que um pedreiro e um servente
Constroem, no prumo, com as mãos calejadas...
Perguntas, dúvidas, penetrações calorosas
E depois, ou melhor, na hora,
Nem responde,
Palavras não saem da boca,
Só enrola a língua,
Sou fantástico calado,
Mas foi bem e depois,
Ora, depois enfia o dedo no orifício dilatado
Só para sentir o gosto do outro.
Cheiro de sexo
Cheiro de homem,
Coisinhas fruídas,
Embriaguez,
Entregas totais,
Corpos que se chocam intencionalmente.


II

Estou no contra fluxo
Caçando um turvo obscuro,
Fico alterando rotas seguras
E já fui notificado pela vigilância sanitária.
Minha vida é um caso público
E as adversidades me motivam,
Check in em empecilhos
Cães que sobem nas telhas:

Olho pro bar – caras a me encararem –
Meu pé visita a poça
E concluo imponente
Andar por aí
Com os bicos dos sapatos ensopados.

Eu carregando um ancião, três vezes bêbado,
Eu e mais outro...
Insustentabilidade do transporte do velho ruim,
O outro para,
Eu insisto
O outro corre, foge ao longe de minha vista embaçada
E deito o velho e o despus – outro doido –
Horror a rua, na hora de ir a missa.
Terminando roubando bolsas vermelhas de prostitutas.
Para ir pegar um chá e uma pedra treme queixo até umas horas:
Quando entra em contato com a substância aloprada
Ao extremo, é necessário que teu corpo
Esvaia todo o resto, pois agora, nada mais importa:

Lança o almoço de domingo nos muros,
Cospe sorvete de pistache nas ruas que passa,
Vômitos ubíquos, generalizados...

Em casa, fuma e acende
(não vai conversar com a mamãe).
Fica inerte em pensamentos impensáveis
E repleto de sentimentos insensíveis.



SEXTA FEIRA SANTA

‘fazemos a via sacra dos homens
numa longa estrada de terra
vendida para a construção de belas chácaras,
amontoados de entulho e de poluições,
fluxos incessantes de gente:
orientais, tranqueis, eres nus, casais,
canários, Hondas e frangos de frigorífico.

Nós, em segundo plano,
Nós os câmeras poéticos.

Todos exibem o que há sob a roupa íntima,
Todos correm, esperam, pedindo
Todos furam lata, bebem marafa,
Cantam MPBs clássicas
E RAPs desconhecidos.

Nós, filmamos tudo,
Editando e climatizando a fita.”

Chapação extremada que lhe faz pedir:
_ Dá pra mim ou vamô lá?
Ele deu pra mim,
Drama de querer:
_ Chato zoando.
Um bilhete para Gigi.
Sendo-o!!!

Numa capa de hospital
Um enfermeiro põe a sonda que retira meu mijo,
Nem me movo,
Estou mal,
Eu sofro de graves danos,
Vários demonhos me possuíram
E arrasaram com meu corpo.
Foi lá mesmo
Fui estuprado inteirinho,
comeram até meu coração, destruíram meu fígado
tudo se foi com o
ácido espiritual em contato com a carne.

Agora vejo com a atmã
E lá estão eles
- espíritos obsessivos –
Lá estão eles dentro dos corpos dos ‘cara’ que se acham bom,
Que foram pro mato fumar pedra
E com certeza, beber pinga,
E, pela noite, vai acontecer uma orgia
Regada com muita droga, cana, cinza e barro.
Vão tossir por seis
E vomitar só líquidos
Não temem nem o nada:
Se morrerem, já o estão,
Se vivem, algum dia mais não;
Mas se sentem cheiros,
Atiçam a vontade:
Cheiro de bunda, lamber;
Cheiro de rabo, meter;
Cheiro de olho azul, enfiar a língua na boca;
Cheiro de fumo, enrolar;
Cheiro de escuro, gozar;
Cheiro de cachaça, cair;
Cheiro em fumaças, consumir;
Cheiro de pedra, para-noiar.
E volta o depois: masturbação coletiva de homens casados.

Assim, pois, é melhor não ter nada
Do que ter e não dividir
E vai, jogue buraco com os outros
E negue-me mais uma vez, pois a aversão me faz melhor,
Aos teus olhos toscos, eu sou o pior de todos,
Mas só eu aguentei até este ponto. E canto:

If you going to San Francisco...
some flowers in your head...
If you Going to San Francisco”




NOTAS:

Ass Nus - quer dizer: 1- asno, pessoa de pouca sabedoria ou inteligência; ou ainda, 2 - Cus (isto mesmo, ânus - chulo) Nus - ou o pelo pelado, enfim, nossa indispensável condição de seres humanos e nossas vicissitudes e limitações.

O Set afterhour é o melhor material de gosto popular que tenho no promodj; eu toquei poucas vezes depois das cinco da manhã, gosto muito de rolar som neste horário alternativo e compartilho aqui o set. Abraços e Obrigado por acompanhar este blog.