Natali e Fatali.
O Natali é natalino, o surgimento ou dar a vida;
O Fatali é fatalista, o depauperamento ou o fim dos reveses da vida.
Imagem 1: Noel 71 Prisunic. Com aplicação de Filtros e Efeitos, do (software) Microsoft Word 2010.
Fonte: Web, S/d. Disponível em <https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/ab/53/46/ab53467eafed2ef82effdd0846ad0439.jpg> Acesso em 24 de Dezembro de 2016.
Amigos, saudações, e sejam bem-vindos a este blog. É-me uma imensa honra poder falar-lhes, em qualquer lugar do mundo - onde vocês estiverem - e no momento em que vocês consideram o melhor para acessar este blog: muito obrigado por ajudar a fazer este blog, os Livros do Edson e muito obrigado por sua leitura e atenção; assim, eu só quero agradecer um pouco mais, também, no sincero agradecimento por viver nesta era tecnológica, mesmo que antagonicamente algumas pessoas ainda vivam como antes de 1950... De todo modo: é desafiador e dinâmico viver por estes dias, no avançar do século XXI. Mas, o agora, também, é nosso espaço, principalmente com a Internet; e, devemos aproveitar isto; ou seja: esta é uma das maiores vantagens da internet – que é o privilégio de poder falar com as pessoas em qualquer lugar, a qualquer hora, sendo sempre no agora, transpondo as barreiras de línguas, barreiras geográficas, as de fusos horários e outras. E este é o novo e contemporâneo significado de ad hoc. E as coisas se misturam, cada vez mais e sempre...
E ao mesmo tempo é natal e algumas tradições são mantidas e também estas mesmas tradições podem acabar por servir de ignição para atos violentos, discriminatórios ou de segregações. Porque, infelizmente, se Deus criou a fé e as forças invisíveis, porém, foi o homem que quis que fossem às religiões que deveriam tomar conta dos motivos religiosos; ou seja, isto aponta para quando se começou a entender que a crença pessoal de cada um, socialmente, deveria ser vista como algo coletivo, assim isto foi o que se conveniou chamar de Religião. Assim, também, a religião é o coletivo e a religiosidade é singular – onde o centro das atenções deveria ser a religiosidade, mas infelizmente, as pessoas e as entidades estão preferindo mais valorizarem o numeral, o tanto, a quantidade do que o âmago, o pessoal e a qualidade.
E quando uma maioria tentar se impor pela quantidade e não pela qualidade, sempre acabam por desequilibrar as culturas e as ideologias diferentes. E quem se sente ameaçado ou acuado, acaba por fugir ou lutar (enfrentar) aquilo que o desequilibra. Eu não estou defendendo nem os fanáticos religiosos e nem os corruptos, mas será que nós já paramos para pensar que a cultura e fé ocidental impositiva são, de certa forma, ameaçadoras para algumas outras culturas? Ou então que mesmo estando certas as novas posturas e condutas que nós defendemos isto vai, radicalmente, contra o jeito de certas famílias, e mesmo contra os hábitos de certas pessoas; que não são mais hábitos aceitos como corretos, porém que são difíceis de alterarem-se, por se tratarem de um aspecto cultural? Ou seja, já paramos para pensar que talvez a modernidade e a contemporaneidade estejam exigindo demais de algumas culturas e tradições, ou mesmo exigindo um comportamento radicalmente contra o que algumas destas outras culturas – minoritárias – propagam? Ou seja, fases de transições e um dado tempo de assimilação, então, se fazem necessários.
Desta forma é que uma época que era para ser apenas de festas e comemorações se torna um período em que os níveis de alerta de segurança são redobrados, porque se trata de uma época de ataques, em potencial; onde os ânimos se exaltam e as teorias absurdas de fanáticos, que apesar de dissonantes, acabam por fascinarem àqueles que já estavam sem esperança ou amor-próprio. E se tem fanatismo e se tem propaganda, nem tanto precisaria de internet; mas, tem fanatismo, tem divulgação e ainda tem a internet, então, meu amigo leitor, tudo aquilo que falamos se torna exponencial, perigosamente.
Mas é claro, a internet é apena uma parte do mundo, ou melhor, é um outro mundo, virtual, que existe dentro da realidade real, concreta e física das coisas; sendo que em alguns pontos e momentos estas duas realidades se chocam, colidindo-se ou abraçando-se. Mas, de fato, a internet frisa mesmo algumas diferenças gritantes do mundo atual.
Exemplos da internet e da realidade concreta chocando-se: É a menina que fez sucesso na internet que depois vai fazer sucesso na tevê e nas revistas; ou é aquele morador de rua, que de tão gente boa, fez amizade com bastantes pessoas do bairro, prestando alguns serviços como de limpeza e de pequenos consertos, e foi deste modo que ganhou a confiança e admiração do pessoal do bairro, que depois de os moradores de endereço fixo fazerem um vídeo e postarem na web, acabaram por abrir as portas, em definitivo, para uma nova vida a este morador de rua. São de coisas assim que dizíamos...
Não podemos, assim, achar que estando tudo bem na nossa vidinha de internet ou naquela rede social que nós mais gostamos, então, tudo está bem em nossa vida, em certos aspectos; isto, ainda, quer dizer do egoísmo e visão limitada da realidade concreta das coisas, que algumas pessoas exibem. Porque se podemos inovar e fazer algo a mais, porque apenas iríamos fazer para nós e daquilo que já sabemos, apenas? Limitando-nos e nos contentando com nossas mesquinhezes.
Mas a internet ainda está também em Natali e Fatali – o principal assunto desta postagem; isto porque ao mesmo tempo a virtualidade, também carrega os mesmos problemas da humanidade, seja no aspecto de segurança, de ética, de conduta e comportamento e etc. E também está, a internet, em ciclos de ascensão e decadência; ou de vida e morte.
Significando, ainda, que:
O Natali é o natal, o nascimento ou o reviver;
O Fatali é o fatal, a morte ou as vicissitudes.
Mas o natali & o fatali não são antagônicos, muito pelo contrário, são dois lados de uma mesma moeda única; são faces distintas de um só título: a vida na Terra, ao que tudo nos indica.
Estas ideias não são necessariamente contrárias, vamos ver dois momentos de Drummond de Andrade (1998) agora, antes de fazermos esta explicação final de Natali e Fatali:
- não se morre
uma só vez, nem de vez.
Restam sempre muitas vidas
para serem consumidas
na razão dos desencontros
de nosso sangue nos corpos
por onde vai dividindo.
Ficam sempre muitas mortes
para serem longamente
reencarnadas noutro morto.
Mas estamos todos vivos.
E mais que vivos, alegres.
Estamos todos como éramos
ante de ser, e ninguém
dirá que ficou faltando
algum dos teus (DRUMMOND DE ANDRADE, 1998, p. 81).
Os dois poemas de Drummond de Andrade (1998) citados nesta postagem são, o de cima, que é “A mesa” (pp. 76-86) e o poema “Nosso Tempo” (pp. 119-126). Sendo que para muitas pessoas, a explicação do Natali e Fatali pode mesmo parecer desconexa ou “sem sentido” – porque e o sentido dela extrapola a compreensão normal de vida que as pessoas têm.
O Natal não é uma vez só e nem o Fatali é apenas em definitivo. Ficam sempre muitas vidas e muitas mortes, como já bem observou Drummond de Andrade (1998) na citação acima.
E continuando com o poeta de Itabira. Como diz Carlos Drummond de Andrade: “Escuta o Horrível emprego do dia, em todos os países de fala humana” (DRUMMOND DE ANDRADE, 1998, p. 124). Ou seja, todo dia, começa a acaba o trabalho; é o Natali e o Fatali a todo instante. O horrível emprego é o que traz o maravilhoso salário, que dá graça e continuidade a vida; que compra mimos e que impulsiona a economia. Ou seja, mesmo horrível, é necessário. Isto explica bem o Natali e o Fatali segundo a poesia drummondiana.
Onde, geralmente, as pessoas associam o Natali à felicidade e às festas; e o Fatali à tristeza e ao choro; mas isto não precisa ser assim; uma vez que quando se entende o Natali & o Fatali, então, tudo faz outros sentidos...
E isto para nós é o Natal – dia 25 de Dezembro – o Natalis; e o Fatal – o dia 31 de Dezembro – o Fatalis. E é bom que nos lembremos disto, sim.
Sendo que o Natal representa o nascimento de novas possibilidades ou a renovação das esperanças; e o Fatali é o fim de um ciclo – geralmente, o fim do ciclo do ano e etc. – e que indica que o caminho para o novo, finalmente, está em aberto. Como dizia Jesus sobre Natalis e Fatalis, quem não nascer de novo não entra no Reino dos Céus. E não amigos, isto não é batismo, é de fato renascer e reviver; muitas vezes, entendendo o ciclo e as coisas desta e de outras vidas. E este é mais um mistério da nossa Fé e da vida na Terra, mas não o único.
O mistério de nossa fé, maior, talvez seja mesmo o de:
Jesus ser feito menino, ter vindo à Terra como gente; ou seja, o corpo humano com capacidade de abrigar um Avatar, ou uma fidedigna e expectorada fac-símile imagem e semelhança de Deus, feito em pessoa “homem” – em próprio Deus –; ou, então, um Deus feito um Menino-Homem; indicando a capacidade que o corpo humano tem de abrigar espíritos muito evoluídos; e que detenham de total controle de suas capacidades – totais capacidades – físicas, mentais, espirituais e sociais; entre outras – TODAS.
Assim, amigos de web, e amigas leitoras, enquanto alguns pensam em como assustar e mesmo causar dor & Fatalis aos seres humanos que vivem suas vidas sociais inocentes, comprando presentes e enfeites de natal em feiras livres; existe quem pensa em como o significado do Natalis quer dizer da verdadeira luz humana, de cura, libertação e proteção – para nós e os nossos. E isto que mais falo hoje com esta postagem, do lado do nascer e do perecer da vida, e das coisas.
É assim que podemos escolher, e optar por seguir o caminho da iluminação ou da decadência, tentando interferir o mínimo possível nas escolhas que as outras pessoas fazem, porque se nós temos a nossa liberdade de escolha, elas também têm a liberdade de escolha delas; mas sempre, devemos ainda, invariavelmente, estar nos respeitando-nos uns aos outros, de modo que as culturas mais fracas devem estar a proteger e zelar pelas culturas mais frágeis e minoritárias e jamais que uma cultura venha a sufocar ou engolir a outra.
Que possamos sinceramente nos compreender e sermos compreendidos. Entender a época em que vivemos e as épocas em que sempre existiram para nós (nossas vicissitudes e condições) enquanto seres humanos em evolução. E lembre-se: enquanto uma pessoa vibra em uma frequência Natalis; outra pessoa pode estar em Fatalis, e isto é duro de entendermos, mas por mais difícil que isto possa parecer, devemos respeitar o direito do outro de vibrar negativamente, mas se formos perguntados, devemos, sim, alertar sobre os malefícios que ondas vibratórias negativas vêm a causar às pessoas, animais e coisas.
É isto senhoras e senhores; espero não ter me delongado mais do que o necessário. E que ainda dê tempo de nós fazermos tudo aquilo que viemos nos propor a fazer nesta existência e neste ano!
Feliz Natal para ti; e que o Fatali apenas possa te alcançar quando de fato estiver preparado para isto, que nada possa ser cortado de sua vida; desejo isto lhes sinceramente; e também: muita vida, saúde e proteção para vocês, leitores de Livros do Edson; ouvintes de DJ Edsonn@ndo (e meus outros perfis de DJ), e, quem mais me acompanha nas diversas atividades que faço. Muito obrigado. Boas festas e até mais.
Obrigado, também, a todos os meus clientes de 2016, dos serviços que faço com as revisões de Textos e Relatórios. Muito sucesso para vocês todos. Agradeço-lhes.
Voltem sempre. Obrigado e tudo de bom.
REFERÊNCIAS
DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. 1902 - 1987. Poesias, Seleções. Antologia Poética. Organizada pelo autor. 39ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. [Coletânea].