blog de Escritor: Edson Fernando

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Aproveitando as imensas facilidades do mundo on line e, também, aproveitando o imenso conteúdo que tenho de material escrito, resolvi transcrever uns livros on line.
É um projeto longo, acho que vai levar um tempo, mas as semente foram lançadas. E ora, os frutos, os frutos serão os mais variados possíveis, como agregar novos leitores e aumentar a minha visibilidade,além de proporcionar um pouco de diversão e cultura gratuitamente a todos vocês.Espero que gostem!

Boa Leitura, Leitores Amigos.

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Madrugados Virados

 

 

 

 

MADRUGADOS VIRADOS:  Novas Retratações de Conto do Noctâmbulo

 

 

Eis que faço novas todas as coisas – Jesus Cristo.

 

 

 

MADRUGADOS VIRADOS

 

I

 

    Luis Augusto se espanta a si mesmo. E as pessoas ao seu redor também, ele também espanta as outras pessoas. O acúmulo dos anos de carga pesada e densa em sua vida, o fizeram ter uma alma taciturna só dele, um ar sombrio o acompanha sempre. Mesmo quando ele deixou de fumar crack, ele ainda parecia um noiado (de paranoia, noia).

Luis se perguntava sempre: valeu a pena ter sobrevivido? Será que foi um bom negócio eu parar de beber? Enfim, deixar de usar droga química é uma boa saída para a vida de um fodido?

O problema não é o exdrogado. Ex-ladrão. Que seja o ex-viado, enfim, ex-crente, descrente. O problema não é isso mesmo. O problema são os olhares das pessoas da rua e que usam drogas para os ex-drogados. O problema é a comunidade LGTBQ+ olhando para o ex-viado como se ele fosse um excluído. Escuso? Enfim. O problema é a doutrina segregatícia dos crentes e a ideia de que ex-crente de uma igreja tem que ser crente em outra igreja evangélica. Poxa a vida! O cara pode deixar de ser crente, simplesmente. Descrente. ... e de ex-ladrão nem precisa dizer não, não é? já ouviram sobre o que acontece com quem entra por caminho do crime e desiste, e quer tentar outra vida? Já soube o que acontece com estas pessoas? ... enfim, ou fogem... ou...

Luis queria dar um reboot em sua vida. Por isto ele deixou de fumar pedra na lata, fazia anos que Luis não dava uma “latada”, mas enfim... o que dizer da pandemia? Que coisa que não passa! Sei lá... não era pra gente fazer nada na pandemia, era só pra ficar em casa, sem fazer nada, o problema é que a pandemia não passa e somos obrigados a fazer tudo, só que na pandemia, mas tem coisa que não dá certo. Só que parece que o crack dá certo na pandemia.

Sair às ruas é se expor, em épocas pandêmicas. Mas as correntes de pensamento (e Arte & Cultura, também) e os cientistas undergrounds dizem que crack-cocaine (cocaína e crack) são os imunizantes naturais, ou químicos, contra a Sars-Cov-II, ou vírus da doença do Corona vírus. Dizem que a maconha também traz certa proteção contra a Covid-19, porém o baseado geralmente vai de mão em mão, e neste mão em mão pode ocorrer situações com risco de contaminação. E algumas maconhas são suaves, enfim... algo que não acontece com o crack-cocaine que é algo pesado, na maioria das vezes.

No Brasil crack-cocaine agora é muito raro. O que tem por aí a venda é um misturadão [misturado] de remédios, drogas sintéticas, e um monte de produtos químicos ou industrializados que são usados para fazer o pó e a pedra, respectivamente, a cocaína e o crack.

De qualquer modo, as fórmulas são parecidas e o grau da chapação destes misturadões acaba sendo quase igual ao crack-cocaine original. Tem uma corrente de pensamento que diz que estas substâncias, apenas uma delas, por exemplo, é que elas são corretadas, porque de a raspa do tacho que se faz a cocaína pura (ou do refino, e agora, qual a versão original?), então desta sobra se faz o crack... enfim, destas substâncias se tira o imunizante espontâneo ao Corona vírus. Pelo sim pelo não. Onde circula o crack-cocaine parece que não circula tanto a Covid-19.

Este argumento foi forte e pesou na decisão de Luis de voltar a fumar crack. Mas calma leitor, não se desespere, ele está diferente fumando agora. Eu não vou dizer agora como ele fuma, porque ficaria muito grande esta parte do conto, aliás, o começo de um novo conto, mas agora digamos que ele fuma crack relax, com reflexos, lapsos de épocas passadas, que não voltam mais, apenas são lembradas. Sentidas. A todo custo, esforça-se para que não voltem à tona.

 

 

 

 

TRILOGIA DO CONTO DO NOCTÂMBULO

 

O autor, Edson F., escreve CASA DE MACUMBA / Conto do Noctâmbulo desde o final do século XX, desde 1998, aproximadamente.

Tratando-se de uma temática forte, e de público bem característico, a Casa de macumba e suas continuações é sobre o gueto, o desperdício de vida, sobre as drogas, as sociedades e seus preconceitos e suas atuações (seus combates mesmo contra as drogas) e como nada disto funciona e como o brasileiro vai ficando só cada vez mais viciado em droga, sexo, rap & funk e vagabundagem.

Mas eu o autor deste antro, não quero dar detalhes ao leitor sobre o que será encontrado nestas três páginas do blog que estão sendo escritas aqui, em LIVROS DO EDSON (blog).

O material mais atual é Madrugados Virados, que começou a ser concebido e escrito em 2020-21. De mesma temática, porém com upgrades, com evoluções destes assuntos.

Originalmente, o CONTO era assim organizado:

Casa de Macumba;

Conto do Noctâmbulo; e

Contos avulsos de continuação.

Agora, neste blog, deixamos assim a organização:

Conto do Noctâmbulo (e alguns contos avulsos entraram aqui também);

Agora está sendo transcrita MADRUGADOS VIRADOS, e não deixe de conferir também as outras páginas desta trilogia:

Conto do Noctâmbulo; casa de Macumba e

Madrugados Virados, claro.

 

Aguardem e continuem acompanhando este blog, lendo, dando share, ouvindo meus sets e etc. Muito Obrigado.

 

 

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